Não joga nem deixa jogar. E vai somando

Série B 2011: Grêmio Barueri 0x0 Náutico. Foto: Marcos Bezerra/Futura Press

Sem peças de reposição à altura, depois do desgaste do meia Eduardo Ramos do atacante Kieza no clássico, Waldemar Lemos não fez mistério algum.

O técnico fechou completamente o Náutico, sem nenhum pudor.

Escalou quatro volantes no meio-campo e viajou para São Paulo em busca do empate.

Contra o Grêmio Barueri, na tarde deste sábado, um jogo insosso.

Exatamente como o Timbu queria…

Como já ocorreu em outras oportunidades. Fato que não surpreendeu.

Não lembra, torcedor?

Pois este foi o 4º empate em 0 x 0 do Alvirrubro longe dos Aflitos nesta Série B.

Fechadinho, sem se expor, sem incomodar. Mas quase sempre pontuando…

Não joga e não deixa jogar. É claro que os dois times criaram algumas oportunidades. Elton, aos 44, quase marcou para o Alvirrubro. Nada do outro mundo.

No bojo, esses lances englobam a exceção à regra.

Não por acaso, o Timbu está garantido no G4 após 16 rodadas. Se falta um elenco de qualidade ao Náutico, sobra disposição para um time tão desacreditado há algum tempo.

A apatia na Ilha do Retiro assustou, mas o pontinho na Arena Barueri, logo em seguida, tranquilizou e manteve o grupo focado na meta de pelo menos 32 pontos no 1º turno.

É possível… No máximo, 36.

Série B 2011: Grêmio Barueri 0x0 Náutico. Foto: Marcos Bezerra/Futura Press

Voo com turbulência do Carcará

Série B 2011: Bragantino 5x3 Salgueiro. Foto: Fábio Eduardo (Bragantino)/divulgação

Turbulência.

Essa palavra se aplica bem ao contexto atual do Carcará, dentro e fora de campo. Após um início animador na Série B, o clube sertanejo só fez despencar na competição.

Começou a preencher a cartilha do rebaixamento. Só neste sábado foram dois episódios, com a demissão de Neco e a dispensa de Rosembrick, atleta mais renomado no elenco.

Na estreia do técnico Maurício Simões, então, mais turbulência… Um jogo maluco, para ser mais exato. Na média, um gol a cada 7 minutos e 30 segundos, num rimo alucinante.

No primeiro tempo foram seis tentos.

O time da casa abria vantagem e logo o visitante indigesto empatava. Bragantino e Salgueiro fizeram o improvável jogão da rodada, num deserto estádio no interior paulista.

Otacílio Neto aos 5, Élvis aos 15.
Lincom aos 29, Piauí aos 35.
Lincom aos 44, Fabrício Ceará aos 44.

No segundo tempo, “apenas” dois gols. Um do Bragantino… e o outro também.

Mudança no script. Bragantino 5 x 3. Obviamente, mais turbulência no Sertão…

Série B 2011: Bragantino 5x3 Salgueiro. Foto: Fábio Eduardo (Bragantino)/divulgação

Deram o bote dentro da jaula

Série B 2011: Sport 2x3 Portuguesa. Foto: Edvaldo Rodrigues/Diario de Pernambuco

Líder da Série B, a Portuguesa chegou com um cartel de respeito no Recife.

7 jogos como visitante, com 4 vitórias, 2 empates e apenas 1 derrota.

O elenco tem qualidade e o padrão de jogo é bem definido. Tocando bem a bola, a equipe busca reduzir a pressão dos mandantes, esfriando a partida, variando o jogo.

Depois, o bote. Foi exatamente o que aconteceu neste sábado, na Ilha do Retiro.

No caso, o Leão, até então invicto em sua jaula. Após a vitória no clássico, os rubro-negros tiveram uma prova de fogo para saber se havia chegado o momento de arrancar.

A torcida compareceu e a equipe treinada por Mazola mostrou o mesmo ímpeto diante do Náutico. No primeiro tempo foram pelo menos quatro ótimas oportunidades.

Por preciosismo, falta de pontaria ou mérito do goleiro, o time pernambucano não conseguiu balançar as redes. Apesar disso, desceu para o vestiário sob aplausos.

Mas, contra a melhor equipe da competição, isso seria venal…

De fato, a atuação não era ruim. Na etapa final, modificado, uma vez  que Paulista não vem rendendo, o Sport tentou impor o mesmo ritmo. A mesma tática, o mesmo discurso.

Não conseguiu. Aí, já era o momento da Lusa, como nas rodadas anteriores. A própria torcida parecia saber disso, tensa a cada falta marcada a favor do adversário.

Em uma dessas infrações, logo aos 12 minutos, o meia Marco Antônio acertou uma cobrança no ângulo direito de Magrão. O ídolo falhou no lance…

E o camisa 1 voltaria a falhar aos 24, quando espalmou mal um chute, bem na frente de Henrique, que só teve o trabalho de empurrar para as redes.

A chuvas já tomava conta, a torcida já deixava o estádio. O Sport até lutou, diminuindo o placar com Williams. Mas Edno, em cobrança de pênalti aos 39, fez o terceiro.

Na base do abafa, Maylson marcou mais um. Não evitou a primeira derrota rubro-negra na Ilha: 2 x 3. Assim, o Sport ainda não conseguiu encaixar uma série de vitórias.

Pior, agora o Leão, abatido, sai de sua jaula para duas rodadas na savana…

O mascote da Portuguesa? Curiosamente, também é um leão. Selvagem.

Série B 2011: Sport 2x3 Portuguesa. Foto: Edvaldo Rodrigues/Diario de Pernambuco

Fortalecendo a torcida das próximas décadas

Curumins corais no Arruda, com Thiago Mathias. Foto: Santa Cruz/divulgação

Com o título pernambucano de 2011, o Santa Cruz revitalizou a luta pela renovação de sua torcida. Foi uma conquista de peso, contra rivais que investiram bastante.

A diretoria do clube aproveitou a oportunidade para entregar a faixa de campeão a crianças de até 12 anos, a nova geração de fiéis tricolores, os curumins corais.

O evento simbólico teve o objetivo de fortalecer essa base de um futuro próximo, até então contaminada por sucessivos fiascos no Arruda. Na estreia, 167 crianças.

O presidente coral, Antônio Luiz Neto, chegou a gravar um vídeo para o site oficial sobre a iniciativa realizada neste sábado, com a presença dos jogadores campeões.

Ação simples e eficaz.

Como curiosidade, a presença do lateral-esquerdo Dutra, agora coral, mas que no Estadual defendeu as cores do Sport, justamente o rival vencido na decisão…

Dutra e Igor.