Principal desfalque do Náutico no primeiro clássico do ano em Pernambuco, o atacante Rogério não foi esquecido pelos alvirrubros neste domingo.
O jogador, que rompeu os ligamentos do joelho direito após uma entrada imprudente de Maneco, do América, virou alvo de uma ação de marketing dos alvirrubros na entrada da Ilha do Retiro. Solidariedade ao jogador, que vinha sendo titular na equipe.
Uma máscara, bem ao estilo carnavalesco, foi distribuída para a torcida vermelha e branca, estabelecida na geral do placar do estádio leonino.
Na máscara, que realmente ficou parecida com o jogador, a mensagem:
“Tamo junto Guerreiro!”
A recuperação de Rogério deverá durar seis meses, com duas cirurgias agendadas…
A ação acontece junto ao projeto Arena Tour, de divulgação do estádio do Mundial, a nova casa timbu. Trata-se de uma van que vai acompanhar o time no Estadual.
Só existe uma forma de alguém vencer um jogo como o que Novak Djokoviv e Rafael Nadal protagonizaram ontem na final do Australian Open: dedicar a sua vida inteira ao esporte. Uma partida que atravessou a noite e entrou pela madrugada em Melbourne. Uma manhã inteira no Brasil. No relógio, o tempo exato de duração da partida: 5h53. A final de um Grand Slam mais longa de toda a história. Possivelmente, a melhor de todas. Um jogo que definiu o tênis nos dias de hoje. Um esporte que leva o atleta ao seu limite extremo de qualidade técnica, preparo físico, equilíbrio psicológico, inteligência, força de vontade e, sobretudo, dedicação incondicional. E, depois de horas e horas em quadra, o lado mais cruel e inevitável do esporte: o jogo teria que ter um vencedor. E este foi Djokovic. Seu terceiro título na Austrália. Seu quinto Grand Slam. Desta vez, mais do que nunca, precisou mostrar tudo o que tem para ser o tenista nº 1 do mundo.
Para contar a história desta final, é preciso ter consciência que o verbo “perder” não pode estar em nenhuma frase sobre Rafael Nadal. Ainda que a estatística dos confrontos entre os dois seja brutal: Sete vitórias do sérvio nas últimas sete partidas – incluindo as três últimas finais de Grand Slam: Wimbledon, US Open e agora o Australian Open. Impossível imaginar o que passa pela cabeça do espanhol em um momento como esse. Ontem, literalmente, ele fez o possível. E, em alguns momentos, o impossível. Foi um jogo marcado por intermináveis e agressivas trocas de bolas. Na maioria delas, prevaleceu o vigor físico e a raça de Nadal. Foi desta forma, transformando simples pontos em verdadeiras batalhas, que ele se impôs no momento crucial da final. Perdia por 2 sets a 1 e esteve duas vezes muito perto de perder o 4º set.
O primeiro “milagre” aconteceu no 9º game. O set estava 4 a 4, mas Djokovic tinha três bolas para quebrar o saque do espanhol e praticamente por a mão na taça. Mas Rafa demoliu a vantagem do adversário, reverteu o 0/40 e jogou a pressão para o outro lado da quadra. Por pouco tempo. No tiebreak, Nadal chegou a estar perdendo por 5 a 3, com o saque nas mãos do seu rival. Naquele momento nem Djokovic parecia acreditar no nível de tênis apresentado pelo espanhol para sair daquela situação e reverter o placar e, sobretudo, o psicológico da partida.
Passavam de 4 horas de jogo. Dali por diante, ficava claro que a final já entraria para a história. Revigorado, Nadal parecia imbatível no 5º set. Quebrou o saque e chegou a abrir 4 a 2. E seria mesmo imbatível se do outro lado estivesse qualquer outro tenista em atividade. Mas, entre tantas qualidades, talvez a que mais pese a favor de Djokovic seja a tranquilidade. Raramente sua expressão revela qualquer angústia. Sua postura em quadra nãu sucumbe a pressão. Perde um ponto que parecia ganho, beija o crucifixo, conversa consigo mesmo, dá um sorriso e volta para o jogo. Parece inabalável. Talvez, atualmente, seja mesmo. Aos 24 anos vive o auge da sua forma técnica e física. Domina o circuito desde o ano passado.
E isso tudo se transforma em confiança na hora dos pontos decisivos. Depois do que viu Nadal fazer no 4º set, o sérvio sabia que só havia uma forma de sair daquela quadra com a taça: atacar o tempo inteiro. As longas trocas de bola favoreceriam o adversário. Era preciso matar o jogo e ele assumiu o risco. Jogando o seu melhor tênis, devolveu a quebra, empatou o set e não deu mais chance para o espanhol. O empate persistiu até 5 a 5. Há quem diga que aquela final deveria ter acabado justamente neste momento. Era um jogo digno de dois vencedores. Seria até justo. Mas se fosse justo não seria tênis. Não seria esporte. Não prenderia atenção de milhões de pessoas ao redor do mundo. O jogo não termina sem o vencedor. O torneio não acaba sem o campeão. A imagem de Djokovic atacando e cravando último ponto do jogo será repetida incontáveis vezes nos próximos anos. Será vista e revista por milhões de pessoas na TV, na internet e, sobretudo, na lembrança. Afinal jogos como esse nunca terminam.
* Fred Figueiroa é editor da primeira página do Diario e colaborador do blog
Foi o terceiro jogo coral no Sertão nesta temporada. Foi, também, o terceiro jogo do Araripina diante em um grande clube do Recife em seu reduto.
Com experiência suficiente para as situações distintas, Santa Cruz e Araripina fizeram uma boa partida no Chapadão do Araripe, neste sábado. Melhor para o Bode.
O céu ainda estava claro quando Vanderlei marcou o seu terceiro gol no Estadual.
Marcelo Pitbull cruzou na entrada da área e o experiente centroavante de 33 anos ganhou a disputa para Leandro Souza (1,89m x 1,87m) e cabeceou com categoria.
A festa da torcida do Bode, aos cinco minutos, quase parou aos dez.
Branquinho foi derrubado na área. Pênalti claro. Mas, assim como havia acontecido na rodada anterior, o meia Weslley voltou a desperdiçar uma cobrança.
Bateu forte, mas quase no meio do gol. Em cima do goleiro.
Quem se consagrou no lance foi Léo, de 22 anos. Terceiro na posição no Araripina, ele acabou escalado para a partida de última hora.
Mesmo sendo o goleiro mais baixinho do elenco (1,85m), Léo teve uma ótima atuação, com muita elasticidade e agilidade. Compensou a marcação insegura da equipe.
Com essa análise, nota-se que o Tricolor pressionou bastante. O time não se abateu e criou várias chances. Flávio Caça-Rato perdeu as duas principais no primeiro tempo.
Na etapa final, Carlinhos Bala voltou a vestir a camisa coral após seis anos. Entrou aos 13 minutos, mas completamente fora de ritmo. Quem não entrou foi Léo, o coral…
De cabeça, Leandro Souza e Branquinho ainda acertaram o travessão. O que não impediu o Santa de sair derrotado pela segunda vez no Sertão, por 2 x 0.
Sim, pois o Bode articulou com eficiência um contragolpe aos 43 minutos, terminando com o chutaço de Cristóvão. Ao Araripina, o primeiro berro em 2012. Merecido.
Antes da análise sobre o resultado da enquete, vale relembrar o calendário pernambucano até a Copa das Confederações, no limite:
03/2012 – Visita do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, ao estado.
05/2012 – Prazo de conclusão da duplicação da BR-408, acesso vital à arena.
06/2012 – Anúncio da Fifa sobre a presença do Recife na Copa das Confederações.
12/2012 – Antiga estimativa para a entrega da Arena Pernambuco.
03/2013 – Nova estimativa para a conclusão do estádio local para o Mundial.
03/2013 – Prazo para o fim da construção da Radial da Copa, o outro acesso à arena.
06/2013 – Entre os dias 15 e 30, o torneio que serve de preparação para a Copa 2014.
Para que o cronograma seja cumprido à risca, as autoridades precisam resolver de uma vez por todas o andamento dos trabalhos na arena, envoltos por paralisações…
Mais de quatro dias de greve num período no qual a necessidade de trabalho é de quase quatro turnos por dia indica que a porcentagem das obras na arena esperada para junho, de 70%, está ficando mais distante. Não há mais tempo extra.
Ainda assim, a torcida pernambucana acredita na confirmação do Recife no torneio-teste da Fifa, com 79% dos 1.009 votos da enquete.
Você acha que Pernambuco será confirmado como subsede da Copa das Confederações de 2013?
Sport – 507 votos
Sim – 73,77%, 374 votos
Não – 26,23%, 133 votos
Os proprietários das cadeiras cativas dos Aflitos deverão utilizar o direito na Arena Pernambuco quando o Náutico começar a mandar os seus jogos na nova casa.
Portanto, a taxa de manutenção para esta temporada, quitada entre os dias 19 de dezembro de 2011 e 22 de janeiro de 2012, será a última da história do estádio…
Depois das cadeiras metálicas e apertadas, será a vez dos assentos retráteis, com 50 centímetros de largura e encosto de pelo menos 30 centímetros.
E olhe que ainda terá o modelo VIP, com cadeiras de 60 centímetros de largura.
Portanto, o novo cartão das cadeiras do estádio dos Aflitos se tornará uma relíquia…
Saiba mais sobre os assentos no Padrão Fifa clicando aqui.
Cenário dividido, em várias formas. Na construção e no futebol.
Todos os 2.397 funcionários da Arena Pernambuco paralisaram as obras do estádio nesta semana. A construção está com 32% das obras executadas.
No apertado calendário, já são três dias sem atividades. No post, fotos deste mês.
O acordo entre o Consórcio Arena Pernambuco e o sindicato, que exige um abono nas condições financeiras, vem sendo costurado para manter o ritmo até junho, data do anúncio oficial da Fifa sobre a Copa das Confederações de 2013.
Caso não ocorra mais transtornos, o estádio em São Lourenço da Mata será liberado para os clubes pernambucanos em julho de 2013.
Sim, clubes. Plural. A tendência é que durante alguns anos a Arena Pernambuco seja uma espécie de San Siro, com Náutico e Sport dividindo a estrutura.
Em vez de Milan e Internazionale… A versão recifense, com a rivalidade centenária.
Alvirrubros assinaram contrato por 30 anos.
Rubro-negros deverão assinar por 3, com a possibilidade de estender em mais 1 ano.
A Arena Pernambuco vai tomando forma, estrutural e burocrática.
Só não terá dois nomes, como na Itália. Lá, é San Siro para o Milan e Giuseppe Meazza para a Inter. Aqui, o “nome” será definido em um contrato de naming rights.
Nenhum estádio da Copa do Mundo de 2014 terá alambrados.
Trata-se de uma exigência presente no Padrão Fifa para as doze arenas (veja aqui).
Obviamente, este será o modelo adotado na Arena Pernambuco.
No entanto, o estádio em São Lourenço da Mata, que terá capacidade para 46.214 pessoas, poderá passar por um processo de transição estrutural após o Mundial.
O palco será liberado definitivamente pela Fifa em meados de julho de 2014. Aí, existe a possibilidade de ser colocada uma proteção entre a arquibancada e o gramado.
Em tese, seriam alambrados menores ou uma tela de acrílico, como em La Bombonera.
O Consórcio Arena Pernambuco admite estudar a ideia da transição.
A decisão deverá ser tomada após o comportamento dos torcedores nos jogos. Se for ordeiro nos primeiros meses, o projeto será descartado.
Outras arenas no país deverão passar pelo mesmo processo,algo semelhante ao que ocorreu na Inglaerra, há mais de duas décadas.
Aqui, para facilitar a transição, as torcidas organizadas deverão ficar no anel superior…
Você acha que será necessário algum tipo de alambrado na Arena Pernambuco?
Do laranja berrante ao amarelo não menos espaçoso.
Da instituição bancária para a engenharia.
O primeiro a vestir a nova camisa foi o volante Marquinhos Paraná, 11º reforço do ano.
No cofre rubro-negro, apesar dos valores não revelados, a verba se aproximou da cota desejada pela diretoria do clube, de R$ 6 milhões por ano.
É o mínimo necessário para concorrer com adversários que vão ganhar até R$ 30 milhões em patrocínios em 2012, durante a Série A…
É importante destacar que o acordo leonino não não foi costurado pela 9ine, que vinha prospectando investidores para o clube. Ou seja, a receita é 100% do Sport.
Contratados pela entidade que comanda o futebol, dois ingleses estão na capital pernambucana filmando a cultura local e, sobretudo, os grandes clubes do estado.
O material será editado em um documentário de uma hora, para a Copa do Mundo.
A IMG World, empresa de entretenimento, esportes e mídia, irá produzir especiais sobre as 12 subsedes. O Recife é a 6ª cidade na rota, a primeira da região.
O repórter Mehrdad Masoudi e o cinegrafista James Masom ficarão sete dias no estado. Na pauta, Marco Zero, Cidade Alta, os três estádios, FPF, o Clássico dos Clássicos…
Sim, a festa de rubro-negros e alvirrubros será registrada para o mundo.
Haverá espaço também para história, como o jogo Chile 5 x 2 Estados Unidos, o único da Copa de 1950 realizado no Nordeste, na Ilha do Retiro, e humor, com o Íbis.
Nos clubes, o trabalho começou na Ilha, com depoimentos do goleiro Magrão e do técnico Mazola Júnior. Vale lembrar que o Trio de Ferro já foi citado no site da Fifa.
Os filmes serão distribuídos para todas as emissoras que compraram os direitos de transmissão do Mundial de 2014. É uma oportunidades daquelas para a visibilidade…
O que não deve faltar no vídeo oficial de 1 hora da Fifa sobre o Recife?
De todos os grandes clássicos de Pernambuco, o confronto entre Sport e Náutico na Ilha do Retiro é o que marca o maior tabu. Tanto em tempo quanto em partidas.
Na casa rubro-negra, o Timbu não vence há 16 partidas, há quase oito anos. Mais precisamente desde o dia 28 de março de 2004, quando cravou 3 x 1 (relembre aqui).
Já são 9 vitórias leoninas e 7 empates. Neste domingo, o primeiro choque em 2012.
Abaixo, os jejuns em cada clássico do Recife, com a última vitória nas 12 situações e o número de jogos sem alcançar um resultado positivo entre parênteses.
Na Ilha do Retiro
Náutico – 09/08/11 – Sport 2 x 0 Náutico – Série B (0)
Santa Cruz – 28/03/2010 – Sport 2 x 0 Santa Cruz – Pernambucano (2)
Como visitante
Náutico – 13/07/2008 – Náutico 0 x 2 Sport – Série A (8)
Santa Cruz – 15/05/2011 – Santa Cruz 0 x 1 Sport – Pernambucano (0)
Nos Aflitos
Sport – 29/10/2011 – Náutico 2 x 0 Sport – Série B (0)
Santa Cruz – 30/01/2011 – Náutico 3 x 1 Santa Cruz – Pernambucano (0)
Como visitante
Sport – 28/03/2004 – Sport 1 x 3 Náutico – Pernambucano (16)
Santa Cruz – 29/03/2009 – Santa Cruz 1 x 3 Náutico – Pernambucano (3)
No Arruda
Sport – 06/02/2011 – Santa Cruz 2 x 0 Sport – Pernambucano (1)
Náutico – 21/03/2010 – Santa Cruz 4 x 2 Náutico – Pernambucano (2)
Como visitante
Sport – 08/05/2011 – Sport 0 x 2 Santa Cruz – Pernambucano (0)
Náutico – 05/11/2005 – Náutico 0 x 2 Santa Cruz – Série B (7)