Leandro Pedro Vuaden bem que tentou ser o personagem principal da partida no estádio dos Aflitos, na noite deste sábado, ao exigir a retirada de uma faixa de protesto da torcida alvirrubra, exposta no meio da arquibancada, numa manifestação pacífica.
A mensagem “Não irão nos derrubar no apito” não agradou ao árbitro gaúcho. Ele só começou a partida depois da retirada da faixa, com a solicitação junto à Polícia Militar.
Foram 16 minutos sem o ponta-pé inicial. Vuaden foi autoritário ou agiu corretamente?
Quando a bola rolou, coube a Kieza se tornar o protagonista da partida, e em apenas 45 minutos, marcando os gols da vitória sobre o lanterna Atlético-GO, por 2 x 0.
Liberdade de expressão da torcida à parte, Kieza, que chegou a pedir aos torcedores que tirassem a faixa para iniciar o jogo, mostrou o quanto é importante à equipe.
No primeiro gol, um pênalti bem cobrado. No segundo, se aproveitou da falha do goleiro adversário e tocou de cabeça. Com presença de área, chegou a nove tentos na Série A.
Como atacante vinha sem ritmo, e sentiu dores na coxa esquerda, Gallo optou por preservar Kieza, que saiu no intervalo, para a entrada do recém-contratado Reis.
Com a boa vantagem imposta, foram quase 45 minutos de futebol de puro marasmo, até que Rhayner, no finzinho, acertou a trave duas vezes. O seu gol virou uma odisseia.
Ali, a verdade é que ninguém mais nem se lembrava da faixa de protesto. O sentimento dos treze mil torcedores presentes era outro.
Era a confiança retomada, uma vez que o resultado aumentou ainda mais o domínio vermelho e branco em seu reduto – apesar de que a equipe jogou de verde, com a estreia do quarto padrão oficial do clube.
Até esta rodada, o aproveitamento em casa era de 72% dos pontos disputados. Agora, com treze partidas em Rosa e Silva, o índice subiu para 74%.
Com 34 pontos na classificação, o Náutico se aproxima da zona de segurança para se garantir na elite nacional em 2013, entre 43 e 45 pontos. Com ou sem protesto.