Na calculadora, a matemática insiste em dizer o contrário.
Projeções, equações de segundo grau, logaritmos…
Juntando tudo e multiplicando por dez, ainda aparece um percentual irrisório de chance.
O Sport está abraçado a isso, para não dizer que já está abraçado à segunda divisão.
Após as duas goleadas sofridas em São Paulo, para Corinthians e Portuguesa, o time teria um novo técnico, no último lampejo de “motivação”. O emprestado Sérgio Guedes.
O Leão enfrentaria um adversário qualificado, o terceiro colocado. Porém, a delegação do Grêmio viajou desfalcada de nomes como Zé Roberto, Elano e Marcelo Moreno.
Nos primeiros instantes, um futebol afobado, com inúmeras bolas alçadas na área. Aos poucos, foi sendo anulado pela marcação tricolor, pelos contragolpes bem articulados.
Desmarcados, Leandro e Kléber levavam perigo. Mas coube a Anderson Pico, que não havia marcado um gol sequer na Série A, abrir o placar.
No último lance do primeiro tempo, um retrato do ímpeto do Sport nesta competição.
A zaga afastou mal uma bola. A pelota passou na frente de Anderson Pico, na meia-lua. O gremista escorregou, mas teve tempo para levantar, olhar a meta de Magrão preparar o chute e bater colocado. Vantagem, apito para o intervalo e uma torcida perplexa.
Na volta para a etapa complementar, a necessidade de fazer dois gols para manter a esperança rapidamente se dissipou na noite desta quinta.
De fato, saíram dois gols. Do bem armado time de Vanderlei Luxemburgo.
Aos 6 minutos, Leandro, numa arrancada para desmoralizar a pesadíssima defesa formada por Bruno Aguiar e Ailson. Aos 11, Marquinhos, aproveitando uma sobra sem qualquer contenção dos rubro-negros. De pênalti, Hugo diminuiu aos 34.
Outo revés na conta, por 3 x 1, repleto de vaias dos 12.817 torcedores, com direito a faixas e cartazes contra a gestão de Gustavo Dubeux. Ainda mais com a diferença para deixar a zona de rebaixamento ampliada de seis para oito pontos.
Não há administração que se sustente sem os resultados no gramado.