Quarta-feira de Cinzas, 22h, em São Lourenço e com transmissão aberta na tevê. Nem mesmo a liderança e as duas vitórias seguidas, incluindo um clássico, conseguiram dobrar o torcedor alvirrubro num cenário tão adverso.
Foram apenas 1.801 testemunhas na Arena Pernambuco, num processo que não gera prejuízo ao consórcio, mas ao cidadão, que irá financiar o estádio.
Entre os torcedores que se arriscaram, a expectativa era ver um Náutico com movimentação e força ofensiva, como nas últimas apresentações. Porém, o Timbu encontrou uma marcação encaixada do Salgueiro, com três volantes.
Apesar do sistema, o time sertanejo também se lançou ao ataque, com moderação. A proposta do visitante se manteve durante todo o jogo.
Aos sete minutos do segundo tempo, o golzinho para completar a proposta. Num belo lançamento – com a falha no corte de Luiz Alberto -, Vitor Caicó invadiu a área, driblou o adversário e tocou para o gol vazio. Tirou Lisca do sério.
O treinador mexeu na equipe logo depois, com o objetivo de dar mais mobilidade ao meio-campo – com a saída e Marcus Vinícius para a entrada de Roberson. Apesar da vontade, o Timbu não reagiu. Pior, nos descontos, Luiz Alberto voltou a falhar, cometendo pênalti em Fabrício Ceará. O mesmo bateu, 2 x 0.
Num cenário inóspito, o Náutico sofreu o seu primeiro revés no Estadual. Ao Salgueiro, a primeira vitória de um time do interior na Arena, sem público.