Teresópolis – Casa da Seleção Brasileira desde 1987, a cidade na região serrana do Rio de Janeiro talvez tenha a primeira do país a entrar verdadeiramente no clima da Copa do Mundo de 2014. Justamente pelo fato de abrigar a Granja Comary, o entusiasmo local surgiu mais rapidamente.
Reformado ao custo de R$ 15 milhões, o moderno centro de treinamento fica logo na entrada do município, após uma subida íngreme. Num trajeto de 85 quilômetros a partir da rodoviária da Cidade Maravilhosa, onde o blog pegou um ônibus expresso, foram 871 metros de estrada acima. No fim do percurso, a neblina já cobria parte dos morros que cercam a pacata Teresópolis, de 167 mil habitantes. Por sinal, a temperatura vem caindo, variando de 15 graus (dia) e 10 graus (noite).
A ornamentação nas ruas começou uma semana antes da chegada da delegação brasileira, que trouxe consigo um batalhão de jornalistas de todos os cantos do país e do exterior – aproximadamente duas mil credenciais foram solicitadas junto à CBF.
Hotéis e pousadas estão lotados. Taxista com ponto bem na frente do portão da granja, Fernando Rebelo conta que as reservas na rede hoteleira visando a preparação da Canarinha começaram ainda em novembro passado. Um hotel, o Bel-Air, construiu 32 novos quartos por causa disso. Por sinal, o empreendimento foi escolhido pela direção da confederação brasileira de futebol para a distribuição de credenciais.
Turistas, jornalistas e uma cidade viva, respirando o Mundial. Com mais gente circulando, o cenário vai se transformando, com as cores verde e amarela. Rodoviária, avenidas centrais, casas, lojas, carros, postes. O comércio, claro, foi no embalo. No bojo, decoração oficial e espontânea em todos os cantos, algo tão tradicional em outras Copas, em tantas outras cidades do país…
Em 2014, o processo nacional segue mais lento. Teresópolis larga como exceção.