O custo operacional da Arena Pernambuco preocupa o governo do estado, que já não esconde a necessidade de reavaliar o contrato com a Odebrecht. A primeira medida será o estudo produzido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), com o objetivo de procurar soluções para reduzir custos e aumentar as receitas. Um procedimento administrativo, no qual há jurisprudência, dispensou a licitação, deixando claro a pressa do estado para reorganizar os gastos com a parceria público-privada, assinada até 2043. O estudo deve sair em seis meses.
Ao blog, o vice-governador do estado, Raul Henry, explicou a ideia:
“A FGV vai estudar a contraprestação operacional (inclui obra, taxa de retorno e custo fixo/operacional). Quando o estádio foi criado, havia uma série de coisas previstas em um momento de euforia no país, como a Radial da Copa e a Cidade da Copa. A Fundação Getúlio Vargas fará uma revisão do momento”.
Apesar do momento delicado do estado como negócio, ele considerou acertada a ideia de erguer um novo estádio. “Quando Pernambuco ganhou a chance de receber a Copa, todas as cidades queriam. Ganhamos visibilidade”.
Na parceria público-privada, o governo terá que suprir o rombo no faturamento anual caso a receita seja abaixo de 50% da previsão de R$ 73,2 milhões, segundo o aditivo assinado em 21 dezembro de 2010. Atualmente, a projeção já estaria em R$ 110 milhões. Com jogos esvaziados – o segundo Clássico dos Clássicos no hexagonal atraiu apenas 6.063 espectadores -, o buraco só faz aumentar. “Assumimos (o governo) em um momento de turbulência e estamos estudando para dar uma solução”, completou Henry.
Sobre o custo de construção do estádio (R$ 743 milhões), saiba mais aqui.