Bilheteria cada vez menor na receita geral dos clubes brasileiros

Distribuição de renda nos 27 principais clubes brasileiros de 2006 a 2013. Crédito: Pluri Consultoria

Entre os sete principais tópicos na distribuição de receita dos maiores clubes do país, a cota de transmissão na televisão aparece, sem surpresa, como o maior, com exatamente 1/3 dos R$ 3,3 bilhões.

Mas o que realmente chama a atenção é o peso da bilheteria. Considerando o período de 2006 a 2013, o faturamento com a venda de ingressos dos 27 clubes analisados – entre eles os três grandes de Pernambuco – variou de 8% a 13%. No último ano, 11%, sendo o 4º tópico da lista elaborada pela Pluri Consultoria.

É muito pouco, mas condiz com a média de público da Série A – apenas a 15ª  liga da última temporada, com 14.951 espectadores. Com estádios vazios, mesmo com as arenas, o cenário clama por uma transformação (preços, pacotes, conforto, logística etc).

Neste contexto, vale uma observação local. Em 2014, o Santa recebeu cerca de R$ 3 milhões pelo televisionamento da Série B, bem abaixo do Sport (R$ 27 mi). Então, é até compreensível que a arrecadação coral nos jogos seja maior, sendo o ponto fora da curva entre os demais times analisados, mas o dado também segue abaixo do marketing. Aí sim uma falha coral, sobretudo porque o marketing geral vem forte nos balanços desde 2008.

Em relação ao Alvirrubro, a venda dos direitos econômicos dos jogadores (Douglas Santos no caso mais rentável) teve um peso considerável, não sendo possível compará-lo ao Tricolor, dependente dos guichês.

O estudo teve os seguintes balanços: Atlético-MG, Atlético-PR, Avaí, Bahia, Botafogo, Corinthians, Coritiba, Criciúma, Cruzeiro, Figueirense, Flamengo, Fluminense, Goiás, Grêmio, Guarani, Inter, Joinville, Náutico, Palmeiras, Paraná, Ponte Preta, Santa Cruz, Santos, São Paulo, Sport, Vasco e Vitória.

Confira a análise completa, com 15 páginas, clicando aqui.

Distribuição de renda nos 27 principais clubes brasileiros de 2006 a 2013. Crédito: Pluri Consultoria

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