O quadro se repetiu, com o prata da casa Juninho sendo acionado no lugar de André no segundo tempo. Com a milionária contratação passando em banco – desperdiçou três chances incríveis, mas foi útil no esquema – o atacante de 18 anos foi chamado por Ney Franco. Contra o Campinense, marcou o único e importante gol leonino no primeiro jogo do confronto, contra o Joinville, recebeu ótimo passe de Rithely e finalizou quase sem espaço, e agora contra o Náutico foi ainda mais avassalador. O Sport perdia o clássico até os 45 minutos do segundo tempo, no jogo de ida da semifinal do Estadual.
Em plena Ilha, a torcida alvirrubra celebrava o silêncio do público mandante. Apesar do 2 x 1, os leoninos haviam dominado, finalizando bastante contra a meta de Tiago Cardoso – com ótima atuação até então, mostrando o porquê de sua contratação. Após disputar algumas jogadas longe da área, uma vez que também atua como meia, Juninho acabou sendo orientado a ficar na área. No primeiro lance, iniciado por Everton Felipe (que também entrou no decorrer), a jogada prosseguiu com Rogério, num cruzamento na medida. De cabeça, com força, o empate. Na pressão do estádio, numa festa já invertida, o rubro-negro manteve o rival alvirrubro em seu campo, trocando passes nos descontos, buscando espaço para a última tentativa.
Após o escanteio conquistado por Lenis, Everton Felipe cobrou baixo, como de costume, mas Juninho se antecipou a João Ananias, girou e finalizou. Em menos de dois minutos, da derrota à vitória, 3 x 2. Juninho chegou a 5 gols em 14 jogos como profissional. Começo promissor, pressionando André, com os mesmos 5 gols nesta volta. Sobre o resultado, o leão, que ganhou o primeiro clássico no ano, tem o empate a seu favor, num momento em que vem ganhando casca em mata-matas. Entretanto, terá que corrigir os problemas defensivos. De posicionamento, de rebotes e até mesmo de escalação – caso Ronaldo Alves siga fora. Em quatro jogos seguidos na Ilha (Campinense, Danubio, Joinville e Náutico), só não tomou gol em um.
Quanto ao alvirrubro, fica a lamentação após jogar com muita disposição defensiva. A zaga cortou cruzamentos, dividiu jogadas, rasgou, os volantes ocuparam os espaços no meio e os atacantes tentaram prender a bola. Foi a tática de Milton Cruz. Teve poucas chances, mas construía uma vitória justa. Sem contar o gol anulado de Everton Páscoa, quando estava 1 x 1. Embora torcedores e parte da imprensa considerem que a partida teria chegado aos 3 x 1, pois o gol de Anselmo saiu dois minutos depois, não me parece correta a leitura de que o lance seguiria da mesma forma caso o primeiro o gol tivesse sido valido. De toda forma, a queixa é justa, pois foi o lance capital da partida, mal assinalado. E o jogo na Arena promete…
Nada tá definido.
O América e o Náutico, a partir do ano que vem, farão o clássico dos falidos. Como o América, a Barbie vai viver apenas das glórias de um passado distante…
Saudações do campeão. Rumo ao bi do Nordeste e tri no Pernambuquinho.
Se possível olhe novamente o lance do pênalti. Observe que o empurrão é anterior a mão. É exatamente por ser deslocado em pleno ar que a bola termina escorrendo pela mão. Pênalti claro!!! Ainda mais se comparado com a “aberração” assinalada na outra semi-final.
Boa noite Cassio!
Gostaria de saber a opinião do Blog quanto ao lance do pênalti (ou não) em Diego Souza. Poderia também interferir no resultado final, imagino? Creio que enfraquece a reclamação do Náutico com relação ao árbitro.
Abraço
Nota do blog
Avelino, revi o lance na internet. No estádio, vendo o jogo, não tinha achado nada (nem falta). Vendo depois, mantive a opinião, pois acho que Diego Souza dominou com o braço também (o que já anteciparia a marcação da falta, no empurrão). Abraço
Pobre Náutico, mais uma vez fadado ao fracasso e lá se vão 14 anos… triste torcer pra uma clube tão fracassado, que tem derrotas como essa, que faz o torcedor se empolgar pra entregar a rapadura no final.
Processo de Americanização começou e vem firme e forte.
Fechado com João Montenegro. O esquema do Náutico não funcionou até os 44 do segundo tempo. Se o adversário finalizou cinco chances claríssimas, o esquema (que era se defender) não funcionou. O placar naquele momento era mais obra do acaso (bolas na trave) e da incompetência do ataque adversário (André).
Discordo de Cássio nessa, mas gosto muito do seu trabalho e o blog. Segue o jogo.
Tô fechado com o João Montenegro. Não acho que se possa dizer que a estratégia do Náutico tenha funcionado até os 44 do segundo tempo. Isso porque aquele resultado de momento não era mérito do Náutico, mas sim obra da casualidade (bolas na trave) e incompetência do ataque do adversário (André).
Ou seja, um time que entra em campo com o propósito de se defender e permite que o adversário finalize 5 chances claríssimas, não pode dizer que o seu esquema funcionou.
Enfim, discordo de Cássio também nessa, mas gosto muito do blog. Segue o jogo.
Cássio, no final do 3º parágrafo, faltou colocar o Joinville na lista dos clubes que marcaram gol na Ilha nos últimos 4 jogos.
Nota do blog
Correção feita, Daniel. Muito obrigado!
Cassio, respeito muito sua opinião e gosto demais do blog. Mas falar que o Náutico “construía uma vitória justa” chega a ser injusto com a quantidade de chances que o Sport criou. Foram três com André (a que ele saiu na cara de Thiago Cardoso, a bola na trave e mais uma na cara do gol), uma com Rogério logo no começo do jogo (numa ótima defesa de Thiago Cardoso) e mais a bola na trave com a cabeçada de Diego Souza. Foram cinco chances claras! O Sport dominou o jogo e mereceu demais essa vitória.
Outra parte do seu texto que eu achei estranha: “Quanto ao alvirrubro, fica a lamentação após jogar com muita disposição defensiva”. Realmente, lamentação pela disposição mesmo. Pois pelo futebol que eles apresentaram, acabaram saindo no lucro. O time que se propõe a fazer um jogo defensivo e sair no contra-ataque não se pode dar o luxo de levar três gols e ainda permitir que o outro time tenha mais cinco (!!!!) chances claras de gol. Sem contar que o Náutico não criou uma jogada: um gol de falta e um gol numa lambança da zaga do Sport.
Enfim, isso tudo foi só pra falar que pela primeira vez discordei muito da sua análise.
Nota do blog
João, primeiramente, obrigado pela educação no debate – em caso de discordância, aqui, não é tão comum. Eu entendia a vitória parcial do Náutico como mérito defensivo, com ótima atuação de Tiago Cardoso (pago para fazer isso, não é verdade?) e uma zaga mais segura que a do Sport – que foi menos testada no jogo, é verdade. Que o Sport jogou melhor, talvez seja unanimidade, mas o futebol, claro, não se resume a isso. A proposta do Náutico funcionou durante 89 minutos – foi a campo sabendo da pressão que receberia, das poucas chances que teria, e vinha dando conta. Abraço!
SPORT na final, mais uma vez, do campeonato pernambucano. Só não sei contra quem…