Mistério da esfinge

Egito

Egito.

No ranking da Fifa, a seleção aparece em 24º lugar. No continente africano, o país ocupa a 4ª posição. Uma das seleções mais tradicionais da África. Tem nada menos que 6 títulos da Copa Africana. É o maior campeão. Ganhou as duas últimas edições…

E está na final do torneio de 2010, cuja final será no domingo, contra Gana, em Luanda, em Angola. Egípcios em busca do inédito tricampeonato.

Ok. Mas e daí…? O Egito está fora da Copa do Mundo. Aliás… O Egito é um verdadeiro fracasso no Mundial. Só esteve lá 2 vezes. A primeira em 1934 e a última em 1990. Um hiato de 20 anos. E que não acabará neste ano, na África do Sul.

Em 18 de novembro, o país disputou um jogo-desempate das Eliminatórias contra a Argélia, em campo neutro (Sudão), e acabou perdendo por 1 x 0. Diante do mesmo adversário, na semifinal da atual Copa Africana, os egípcios golearam por 4 x 0… 😯

Uma potência em casa e um fiasco fora dela.

É curioso, porém, perceber que outros países africanos vêm se firmando com participações efetivas na Copa do Mundo. Gana, adversária na decisão africana, irá para o seu 2º Mundial seguido. Mesma situação viviva pela seleção da Costa do Marfim. Em 2010, Camarões estará pela 6ª vez numa Copa!

Como é possível uma disparidade tão grande? Experiência, técnica, tradição?

É complicado avaliar, mas é possível afirmar que o time egípcio é basicamente formado por atletas que jogam no país, sem intercâmbio algum. No exterior, apenas os meias Shawky (Middlesborough, da Inglaterra) e Abd Rabo (Al-Ahli, dos Emirados Árabes), o goleiro El-Hadary (Sion, da Suíça) e o atacante Mohamed Zidan, o mais bem sucedido, no Borussia Dortmund.

Os adversários do continente, porém, exportam dezenas de atletas para a Europa. Abaixo, três grandes exemplos.

Camarões: Eto’o, na Internazionale (Itália)
Costa do Marfim: Drogba, no Chelsea (Inglaterra)
Gana: Essien, no Chelsea (Inglaterra)

Mas essa “explicação” acaba não sendo suficiente porque o Egito mantém uma hegemonia na África contra esses mesmos jogadores. Estaca zero.

O problema, então, seria a “Copa do Mundo“?

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