A vida do Náutico tem sido dura desde a conquista do acesso à elite, juntamente com o Sport, em 2006.
Em 2007, o clube de Rosa e Silva recebeu R$ 3 milhões pela cota de transmissão na TV do Nacional. A menor entre todos os 20 clubes – o Sport, por exemplo, ganhou mais de R$ 11 milhões.
Para piorar a situação, o time passou 20 rodadas na zona de rebaixamento. Mas após uma arrancada inacreditável, apoiado na boa fase da dupla Acosta/Geraldo, e de uma zaga que se encontrou na reta final, o Timbu não caiu.
Como não caiu em 1989, 1990, 1991, 1992 e 1993, nas edições que também tiveram o acesso e o descenso.
Porém… Neste ano, após reclamar bastante (e se articular com ex-presidente do Internacional, Fernando Carvalho, de grande influência no Clube dos 13), o Alvirrubro recebeu uma verba de R$ 5 milhões (anteriormente, só ia ganhar R$ 400 mil a mais que no ano passado).
Mais dinheiro significa uma equipe melhor?
Nem sempre a relação é a mesma. E se fosse, o Corinthians jamais teria caído.
Ao contrário do ano passado, quando Roberto Fernandes assumiu na 9ª rodada do Brasileiro (dirigindo o time em 30 partidas), em 2008 o Náutico teve uma verdadeira ciranda no comando técnico, com 5 nomes ao todo.
O time também não teve um “Acosta” (como Roberto já cansou de dizer) e Geraldo não vem repetindo a boa performance. Mas a determinação do grupo é a mesma. O foco é o mesmo.
E precisa ser! Pois permanecer na Série A é questão de sobrevivência financeira para o Náutico. Ainda mais agora, que os contratos de TV estão sendo refeitos. Continuar na Série A faz diferença até mesmo no valor do ingresso da promoção Todos com a nota, que paga R$ 9 por cada bilhete na elite e apenas R$ 3,5 por um jogo na Série C (caso do Santa nesta temporada). Patrocínios melhores, mais investimentos.
Uma bola de neve positiva. O panorama alvirrubro está complicado, mas ainda existe uma luz no fim do túnel. E é muita ($$$) coisa em jogo.
Portanto: Náutico x Cruzeiro, neste sábado, às 17h30, nos Aflitos. Três pontos que podem valer o ano, Timbu.