A noite superou a pressão

Eduardo Ramos

Talentoso e dono de arrancadas que conduziam o time às vitórias. O meia Eduardo Ramos rapidamente foi apontado como a “melhor contratação do Sport em 2010″.

E era verdade. Uma grata surpresa.

Começou jogou como segundo volante. Marcava e municiava Ricardinho, que havia sido o escolhido em janeiro para armar o time.

O tempo mostrou que Eduardo Ramos jogava bem mais que a posição que ocupava e que Ricardinho estava “cansado”, longe de ser um camisa 10 da Ilha do Retiro.

Mesmo atuando um pouco mais atrás, Eduardo Ramos foi mostrando a sua qualidade no passe e, sobretudo, nas passadas largas com a bola dominada.

Em 24 de janeiro, fui até Caruaru para fazer a cobertura do jogo Central x Sport para o jornal. O editor do Diario, Fred Figueiroa, também foi. Ainda no primeiro tempo, Fred comentou, lá do alto da cabine do Lacerdão:

“Esse cara joga bola. Sai para o jogo, é forte e chega no ataque. Pode jogar mais.”

Olhei para o lado e falei: “Tá bom, velho… Vai virar auxiliar de Givanildo Oliveira, é?”.

Brincadeira à parte, o jogador teve a segunda nota mais alta da vitória leonina por 2 x 1, com um 7,5. Abaixo apenas de Wilson, autor dos gols, com 9 (veja AQUI).

De fato, Eduardo Ramos rapidamente se transformou no principal articulador da equipe. Armou, deu assistências e marcou gols.

Foram muitos. Dez ao todo. O próprio meia chegou a dizer que nunca tinha tido uma fase “ofensiva” tão boa na carreira. Acabou como vice-artilheiro do time no Estadual.

Campeão e eleito o melhor jogador do Pernambucano, diga-se.

O status de ídolo já estava bem encaminhado.

Sucesso paralelo aos problemas particulares, um extracampo que comprometeu a sua passagem no clube. Goiano de Caçu, Eduardo passou a morar no Recife. Um jovem de 24 anos que conheceu a generosa noite da cidade. Em sua essência.

Em campo, uma displicência irritante para a torcida. Finalizações longe do padrão de outrora. O nível dos adversários havia melhorado? Sim. Mas não a ponto de fazer com que o jogador se tornasse opaco. As críticas foram inevitáveis.

Eis que na véspera do jogo contra o São Caetano, na Ilha, onde as vaias já eram algo comum para o camisa 8, o jogador pediu dispensa do clube. Problemas pessoais.

A pressão superou o talento. A noite superou a pressão. E não será fácil acordar.

A montagem que ilustra o post já circula há alguns dias na web. Marcou o jogador, segundo ele mesmo em entrevista ao repórter Celso Ishigami (veja AQUI).

4 Replies to “A noite superou a pressão”

  1. é verdade que ele caiu de rendimento + essa foto é muito nada haver pra quem
    não sabe essa foto foi feita no dia do aniversario dele e pessoas que não tão nem ai pra
    imagem do jogador fala oque quer,esduardo realmente tava passando por momentos muito delicados da vida pessoal dele que ão cabe a mim falar,ele se dedica no que faz,fez um otimo campeonato,so que todo mundo se faz de inocente 99% dos jogadore bebem e nem por isso deixam de jogar,as pessoas tem direito de reclamarem do futebol dele + não do que ele faz ou deixa de fazer,sinceramente pessoas boas do cora~ção assim como ele so conheci ele e bruno teles que é meu cunhado, e a prova disso é que ele deu a voltar por cima e hoe tah ai jogando bem no nautico.

  2. Eduardo Ramos é um excelente segundo volante. Se Givalnido tivesse dado mais oportunidades à Kásiso ou Adriano Pimenta, meias de verdade, talvez Eduardo Ramos ainda estivesse jogando um bolão como segundo volante. E o Sport não teria perdido um excelente meia como Adriano Pimenta.

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