Os gráficos tridimensionais da Arena Pernambuco guardam surpresas pelo arrojo.
Mas não tão surpreendente quanto este número: R$ 10.074.000.
Esse dado será a diferença acumulada ao longo de 30 anos na contrapartida anunciada pelo governo do estado, após a vitória da Odebrecht na licitação da arena, em relação ao valor publicado no Diário Oficial do estado no dia 30 de setembro.
Não se discute no blog a lisura da licitação.
O processo passou por todas as camadas burocráticas possíveis, de fato.
Porém, é preciso esclarecer o detalhamento do processo após a licitação (ou a retificação do contrato) que resultou no aumento da contrapartida do estado para o futuro estádio em São Lourenço da Mata.
Pelo acordo firmado na Parceria Público-Privada (PPP) visando a arena da Copa do Mundo de 2014, divulgado em 12 de maio deste ano, o governo pernambucano pagaria R$ 3.994.200 por ano ao consórcio vencedor (veja AQUI).
O valor poderia variar, de acordo com o número de clubes atuando na arena. Porém, o cenário não mudou desde o anúncio oficial dos valores. Nenhum clube assinou.
O pagamento vale a partir de 2013, após a inauguração do estádio, prevista para dezembro de 2012, de acordo com o cronograma exigido pela Fifa.
Em 2033, o estádio vai passar a ser propriedade do estado, que poderá lançar uma nova licitação para a operação da arena multituso logo em seguida.
No entanto, o Diário Oficial, com o relatório orçamentário do comitê gestor das PPPs, traz um novo valor a ser pago neste período: R$ 4.330.000 (abaixo, em milhares).
A diferença anual chega a R$ 335.800.
Após 30 longas prestações, chega-se ao valor total de R$ 10.074.000…
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Não duvide se isso aumentar a medida que a construção atrasa.