Os ciclos da Copa do Mundo de Dunga e Mano Menezes

Dunga e Mano Menezes

Em 2010, a derrota para a Holanda nas quartas de final da Copa do Mundo custou o emprego de Dunga no comando técnico da Seleção Brasileira.

Contestado pelo esquema armado no Brasil, bem distante das características do futebol nacional, o treinador havia vencido a Copa América e a Copa das Confederações.

Ainda assim, após a falha do goleiro Júlio César, unanimidade naquele time, o Brasil se despediu da competição na África do Sul.

O ambiente não era bom, vale lembrar. Um eterno atrito com a imprensa, num processo de vingança contínuo desde 1994, quando ergueu a taça do Tetra.

Era o fim do Brasil pouco cerebral e voltado para os contragolpes. Hora de chamar jovens habilidosos como Neymar e Ganso, pedidos (e preteridos) na época.

Veio Mano Menezes e o seu currículo. Na verdade, a falta dele.

O técnico, também gaúcho, contava com dois títulos da Série B e um da Copa do Brasil.

Nesse tempo todo à frente do time verde e amarelo, Mano até chamou a nova geração, mas não colecionou bons resultados diante de times tradicionais, campeões mundiais.

Ou seja, não bastava só a convocação dos craques teoricamente incontestávels. Assim como não bastava só a organização de Dunga.

Mano disputou duas competições, com uma participação pífia na Copa América, na Argentina, e uma prata frustrante na Olimpíada de Londres. Da estreia em 10 de agosto de 2010 até este 11 de agosto de 2012, dois anos de desgosto (veja aqui).

Nos Jogos Olímpicos, o Brasil se viu com goleiros desconhecidos – Gabriel e Neto -, num retrato das convocações e escalações, que se estendem a outras posições. Rafael, o camisa 1, se machucou antes da competição e deixou todo o plano na mão.

Se um grande time começa por um grande goleiro, este não foi o nosso caso.

Consciente da pressão pelo rendimento, o técnico balança. Estamos a dois anos da Copa do Mundo. A menos de um para a Copa das Confederações.

Eventos bem aqui no Brasil. Paralelamente aos investimentos de R$ 64 bilhões na infraestrutura dos torneios, espera-se um bom desempenho da Seleção…

O grupo jovem e talentoso em Londres carece de uma uma dinâmica tática.

Será Mano o responsável por isso? Se a resposta for sim, não se discute mais o assunto. Restará torcer. Se for não, a hora de mudar é agora.

Não há mais tempo para a CBF ficar em cima do muro… O ciclo está no limite.

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