Tricolor desencanta, goleia e entra no G4

Série C 2012: Santa Cruz 4x0 Icasa. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

Agenda olímpica à parte, o Santa Cruz viveu uma semana de preparação. O técnico Zé Teodoro cobrou demais da equipe, aquém daquela vista na reta decisiva do Estadual.

Os quatro empates nas cinco primeiras rodadas incomodavam sim. Por mais que a tabela apontasse a invencibilidade, o torcedor tricolor queria ver uma apresentação mais convincente da equipe. Os próprios jogadores estavam focados para esta meta.

Enfrentar o líder do grupo A no Arruda, neste sábado, poderia ser uma boa injeção de ânimo para aumentar o rendimento do time na Série C.

Mesmo com o clima olímpico dominando a programação na mídia, 24.824 torcedores foram ao estádio em mais um bom público na competição.

Cheio de modificações, incluindo aí a estreia do meia Leandro Oliveira, o Tricolor passou por cima do Icasa. Viu o adversário cearense chegar algumas vezes em sua barra, mas foi contundente nas oportunidades criadas, sem oscilar muito.

A goleada por 4 x 0 teve gols de Fabrício Ceará, Edson Borges, de cabeça, Dênis Marques cobrando pênalti, e Flávio Caça-Rato pegando o rebote numa bomba de DM9.

O resultado colocou o bicampeão pernambucano numa posição mais segura em busca do G4. Com o elenco formado, o lugar coral na zona de acesso deveria ser cativo.

Cabe ao Santa seguir no ritmo imposto nesta tarde, revertendo a teoria em prática.

Assim, conseguirá transformar o caráter provisório entre os quatro primeiros.

Série C 2012: Santa Cruz 4x0 Icasa. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

O reboot de Blade Runner ao vivo no Estádio Olímpico

Oscar Pistorius nos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres. Foto: COI/divulgação

Em mais de um século de história, a Olimpíada proporcionou imagens inesquecíveis.

Uma glória inesperada. Um protesto com um gesto simples, com o punho cerrado para o alto. Um abraço entre lágrimas de vencedor e vencido. Exemplos não faltam.

Não mesmo, pois surgem novos e emocionantes episódios a cada quatro anos.

São scripts dignos de Hollywood, com atos de superação, heróicos. Alguns surreais.

Então, o que dizer de Oscar Pistorius? Com apenas onze meses foi submetido a uma cirurgia. Em 1987, o sul-africano teve as duas pernas amputadas na altura dos joelhos.

Havia nascido em Johannesburgo com uma alteração ortopédica raríssima, chamada de hemimelia fibular. Costuma ocorrer uma vez em cada 40 mil nascimentos.

Cresceu, estudou, tornou-se atleta. Com próteses produzidas com fibra de carbono, passou a correr, e muito. Quis competir nos 400 metros rasos na Olimpíada de Beijing, em 2008, mas o pleito foi rejeitado pelo Comitê Olímpico Internacional.

Acredite, o órgão alegou que as próteses poderiam resultar em uma vantagem, devido ao peso. Foi à justiça e ganhou a causa no Tribunal de Arbitragem Desportiva (TAD). Só não conseguiu a marca mínima para a competição. Medalha de ouro nas Paraolimpíadas.

Esperou e perseverou, como tudo em sua vida. Alcançou a marca para 2012. Neste sábado, estreou na disputa, numa cena desde já antalógica, daquelas de cinema.

Inspirada em uma ficção como Blade Runner. Não por acaso, este é o seu apelido…

Futebol na beira do pódio, a 180 minutos do ouro

Olimpíadas 2012: Brasil 3x2 Honduras. Foto: CBF/divulgação

Em sua 12ª participação nos Jogos Olímpicos, a Seleção Brasileira alcança pela sexta vez a vaga na semifinal do torneio de futebol masculino.

De virada, o Brasil derrotou Honduras por 3 x 2 no estádio do Newcastle, com dois gols de Leandro Damião e um outro de Neymar.

O que parecia uma parada fácil se tornou em um panorama tenso neste sábado.

A Canarinha encontrou muitas dificuldades, com Oscar bem marcado e com o goleiro Gabriel bem desatento. E olhe que a Seleção jogou com um a mais desde os 32 minutos, depois que Wilmer Crisanto recebeu o segundo a cartão amarelo.

Na etapa complementar, quando Honduras fez 2 x 1 com apenas dois minutos, o Brasil novamente deu sorte, com o pênalti (duvidoso) marcado e convertido por Neymar.

Por sinal, o craque do Santos, vaiado do começo ao fim pela torcida inglesa devido ao cai-cai, se mostrou bem disposto em campo, atuando de forma coletiva.

Haja fôlego para continuar vaiando o camisa 11, o ponto alto e decisivo até aqui.

O ouro, como todos estão cansados de saber, nunca veio. Mas o Brasil está novamente na rota até o alto do pódio. Faltam dois jogos.

A vida do time verde e amarelo nunca foi fácil na semifinal. Na cinco participações anteriores, apenas duas classificações à decisão. Em ambas, no sufoco (veja aqui).

1976 – Brasil 0 x 2 Polônia
1984 – Brasil 2 x 1 Itália
1988 – Brasil 1 x 1 Alemanha (3 x 2 nos pênaltis)
1996 – Brasil 3 x 4 Nigéria
2008 – Brasil 0 x 3 Argentina

Retomar a confiança desgastada no duelo contra Honduras será primordial para a penúltima etapa da medalha mais deseja pelo país na Olimpíada.

Atualização às 18h: Brasil x Coreia do Sul, na terça. Na outra chave, México x Japão

Olimpíadas 2012: Brasil 3x2 Honduras. Foto: Fifa/divulgação