Nova pasta para 2014

Pasta executivaO dia marcou o anúncio oficial do novo secretariado do governo de Pernambuco.

Entre as várias pastas, destaque para a criação de uma nova secretaria.

A Secretaria da Copa do Mundo de 2014. Uma pasta com prazo de validade apertado.

O titular será Ricardo Leitão, que ocupou a Casa Civil nos quatro anos do primeiro mandato do governador Eduardo Campos.

A verdade é que Leitão já dava as cartas sobre o Mundial no estado há bastante tempo. Tanto que também coordenava o Comitê Estadual  para a Copa 2014.

A medida tomada nesta segunda pelo governador reeleito, de caráter extraordinário, ainda será encaminhada à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), para confirmar (ou não) a criação da pasta, que irá facilitar a captação (e execução) de recursos. As obras vão bem além da arena, com mobilidade, segurança etc.

Com a maioria dos deputados na Alepe, o governador Eduardo Campos não deverá enfrentar problema algum para ratificar a nova secretaria.

Experiente, Leitão atua também como um escudo para qualquer crítica sobre o andamento das obras do estado para a próxima Copa (veja AQUI).

O cronograma precisa ser cumprido à risca. E aí não tem Alepe que dê jeito.

Montando blocos

Fiat

Dentro de 28 meses, a Fiat irá inaugurar uma montadora no estado, em um investimento pesado de R$ 3 bilhões. Serão 3.500 empregos na indústria automobilística.

Aproveitando o embalo desta nova planta, a empresa está fechando uma parceria com os três grandes clubes de futebol do Recife.

De cara, uma cota de patrocínio bem generosa, de “boas vindas”. O valor?

Um cheque de R$ 200 mil para cada clube… Cota única, anual. O dinheiro seria o resultado de uma boa costura política dos governos estadual e federal.

Desde já, diretores de Santa Cruz, Náutico e Sport negam o acordo. A conferir.

Independentemente do resultado, acordos agregados deste porte deveriam fazer parte da rotina dos nossos clubes.

Assim como ocorre em outros estados, onde os grandes times  negociam em bloco. Geralmente, com um peso maior na mesa, assinam bons contratos também…

Os maiores do país

Criado em 1996, o ranking de clubes brasileiros elaborado pela Folha de São Paulo chega à sua 15ª edição. A tabulação das equipes leva em consideração títulos e vices nacionais e internacionais. Neste ano, os campeonatos estaduais passaram a valer pontos. No entanto, apenas clubes que já chegaram a uma decisão de porte nacional ou no exterior entram na lista. Assim, espaço para 34 clubes.

Contabilizando apenas os pontos da década que está chegando ao fim, o Internacional foi o líder, com 233 pontos, e um Mundial e duas Libertadores. De Pernambuco, Sport e Náutico aparecem no ranking. Saiba mais sobre o ranking da Folha clicando AQUI.

O ranking não considerou a unificação da Taça Brasil e do Robertão à Série A. Até o momento, nem mesmo a “CBF”, que não atualizou seus dados (veja AQUI).

Ranking de clubes da Folha de S.Paulo 2010

De novo, o tribunal

Tribunal...

Além da vitória no campo, o Sport precisou vencer na justiça comum para ser confirmado como o campeão brasileiro de 1987. A batalha no tribunal acabou exatamente em 16 de abril de 2001, com o fim do prazo para o Flamengo entrar com uma ação rescisória, que era a única hipótese para tentar modificar a decisão judicial definitiva, apresentando uma nova evidência no caso.

Foi uma espera longa, pois o Leão entrou com esta ação em 10 de fevereiro de 1988, na 10ª Vara da Justiça Federal de Pernambuco. Esta é a tal sentença “transitada em julgado”, tão citada por Homero Lacerda e que garante ao rubro-negro de Pernambuco o status de único campeão nacional daquele ano.

Porém, o Sport deverá enfrentar em breve uma nova guerra nos tribunais. Na última semana, a CBF negou ao Fla a oficialização de sua suposta conquista, a “Copa União”, que apenas era o Módulo Verde da competição em 1987. No entanto, o presidente da entidade, Ricardo Teixeira, deixou em aberto o caminho para que o clube carioca tente essa divisão através da justiça comum – o que é proibido hoje em dia pela CBF.

Após uma sucessão de notas em seu site repudiando a negativa da CBF sobre a divisão, a diretoria do Flamengo já articula uma ação declaratória, iniciando um novo processo. Partindo do zero e com um fato novo: a unificação dos títulos da Taça Brasil e do Robertão, com direito à brecha de dois campeões em 1967 e 1968.

Ações diferentes, interpretações diferentes?

Portanto, o Sport deve preparar desde já a sua defesa. Tarefa para João Humberto Martorelli, vice-presidente jurídico do Leão a partir desta quarta-feira, na posse de Gustavo Dubeux. Já vai começar com muito trabalho.

Veja a cronologia jurídica da primeira ação do caso AQUI.

Artimanhas de um campeão

Livro: Futebol: Paixão e CatimbaPost em homenagem ao primeiro campeão brasileiro de futebol. Agora, oficialmente.

O Esporte Clube Bahia.

Campeão da Taça Brasil de 1959, primeiro torneio nacional a indicar um representante do país à Taça Libertadores da América (veja AQUI). Agora, unificado à Série A.

Na campanha, 14 jogos, com 9 vitórias, 2 empates e 3 derrotas. Bateu o Santos na finalíssima, disputada no Maracanã.

No campo, a história é conhecida. E no extracampo? Nos bastidores…

Aí, é preciso ler ao ótimo livro “Futebol: Paixão & Catimba”, publicado em 1973, com frases do notável e folclórico dirigente do Tricolor de Aço, Osório Vilas Boas.

Como nem todas as histórias mostram um lado positivo do “Baêa”, o livro foi censurado durante muito tempo pelo clube.

Em um dos episódios, o cartola explica o mata-mata contra o Sport, no caminho para o título da Taça Brasil. Era uma melhor de 3. Na primeira, em Salvador, Bahia 3 x 2.

Na segunda, na Ilha do Retiro, com João Havelange na tribuna de honra, o Leão atropelou, por 6 x 0. Aí, ele narra a história até a vitória na negra, por 2 x 0, na Ilha.

Basta dizer que, na véspera do jogo, o dirigente pagou várias rodadas de cerveja para os jogadores do Sport… O time entrou cambaleando. Deu no que deu!

O livro completo está disponível na internet. Veja AQUI.

Mundo Vermelho, mas não no vermelho

Projetos antigos (cinza) e novos (vermelho) da Arena Pernambuco e do Maracanã. Imagens: divulgaçãoPode ser apenas uma coincidência…

Ou alguma mensagem subliminar, política.

Quando os primeiros projetos das arenas brasileiras para a Copa do Mundo de 2014 foram divulgadas, o tom dos estádios eram mais sóbrios, com cadeiras cinzas.

Isso é algo de praxe na elaboração do design de um megaprojeto. Somente depois é que vão sendo feitos os ajustes.

Em Pernambuco, a arena só ficou vermelha por dentro neste ano, após a licitação.

Agora, com divulgação da arte-final do velho Maracanã, ocorreu o mesmo (veja AQUI).

No campo da coincidência ainda vale citar o “2014” do logotipo oficial do próximo Mundial no país, na cor vermelha e sem uma explicação plausível (convincente). Veja AQUI.

Mas é preciso ressaltar que a Arena Fonte Nova também teria 50 mil cadeiras na cor cinza. Agora, o palco de Salvador será azul.

No fim, porém, uma certeza:

Até que os estádios sejam erguidos de fato, ficará uma curiosidade grande na torcida sobre o verdadeiro design dos nossos projetos para o mundo do futebol.

Cores à parte, o orçamento agregado da Arena Pernambuco e da reforma do Maracanã para 2014 chega a incríveis R$ 1,23 bilhão.

Haja tinta para tantas cédulas…

Pediu arrego?

Nota oficial do Flamengo (23/12/2010) sobre o Brasileiro de 1987

Leu a nota acima?

Só depois disso esse post terá um sentido.

O tema na cerimônia da CBF no Rio de Janeiro era a unificação dos títulos brasileiros entre 1959 e 1970, mas, no fim do dia, a discussão acabou sendo focada no Brasileirão de 1987.

Como sempre… Eita assunto arrastado.

Com 14 títulos oficializados pela entidade que comanda o futebol do país, o Flamengo esperava que a conta chegasse a “15” taças reconhecidas. Mas não chegou.

O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, citou a sentença judicial a favor do Sport, transitada em julgado e sem chance de modificação desde 16 de abril de 2001.

Ao Fla, restou repudiar a ação da CBF. Como se já não soubesse, depois de 23 anos…

No site oficial do rubro-negro carioca, a nota oficial postada acima (veja AQUI). É curiosa, pois o clube aceita o Sport como campeão.

A tentativa, derradeira, é dividir o título. Isso mesmo.

Para saber porque isso não aconteceu até hoje – mesmo com uma superproteção midiática – , leia o “Arquivo 87”, reportagem publicada pelo Diario de Pernambuco em 7 de dezembro de 2009 e que virou fonte de informação de vários jornalistas do Sudeste, que finalmente quiseram sair da “verdade absoluta” do Módulo Verde… Clique AQUI.