Caravanas do destino

Excursão do Sport. Foto: Sport/divulgação

Rodovia federal, BR-101.

Partindo do Marco Zero, no Recife, 287 quilômetros para o norte e 343 para o sul.

São as duas caravanas das multidões, em um sábado marcado por futebol na estrada.

Mais de cinco mil pessoas vão encarar o desafio. Haja esperança longe de casa.

Metade formada por rubro-negros e metade tricolor. Torcidas separadas por 630 quilômetros de asfalto duplicado, triplicado, em reforma, esburacado…

Os leoninos tem um trajeto levemente mais curto, de aproximadamente 3h45min.

O objetivo é ocupar o módulo 3 do estádio Frasqueirão, em Natal, às 16h20. Trata-se de um setor inteiro do estádio, atrás de uma das metas. O Leão não irá jogar sozinho…

Tampouco a Cobra-Coral, no acanhado estádio Gerson Amaral, em Coruripe. Lá, os tricolores devem ocupar mais de 40% do espaço.

Para chegar até o pacato município alagoano, já perto de Sergipe, será necessário suportar 4h20min de expectativa dentro de ônibus ou carros. Jogo? Só à noite, às 20h.

O Sport precisa de um resultado positivo para se manter firme na briga pelo G4 da Série B. O Santa, em situação delicada, joga a sua vida para seguir em frente na Série D.

Que o domingo guarde um retorno positivo para as duas massas…

Excursão do Santa Cruz. Foto: Blog do Santinha/divulgação

Os hermanos levaram olé várias vezes

Capas do Olé de 29/09/2011 e 30/06/2005

Perder um título para a Argentina, seja ele com o time principal ou não, é chato.

Do lado de lá, idem. O Olé, o periódico esportivo mais popular do país vizinho, praticamente ignorou o resultado final do Superclássico das Américas, após o vice.

O fato lembrou a histórica capa – naquele caso, num toque de genialidade jornalística – de 30 de junho de 2005, no dia seguinte à decisão da Copa das Confederações.

Na ocasião, o Brasil deu show e goleou por 4 x 1… Com direito a “olé”, como em Belém.

Neste caso de 2011 teria sido mesmo desinteresse pelo torneio ou bossa?

Confira as duas capas acima numa resolução maior clicando aqui.

Abaixo, outras duas capas após o clássico, nas quais os rivais acusaram o golpe…

Primeiro, em 3 de junho de 2004, sobre o 3 x 1 brasileiro nas Eliminatórias da Copa do Mundo, no mesmo dia em que o tenista Gustavo Kuerten foi eliminado pelo argentino David Nalbandian no grand slam de Roland Garros.

À direita, a capa pós-final da Copa América de 2007, em 16 de julho, com um categórico 3 x 0 da Canarinha, com a sigla QEPD: “Que en paz descanse“, como num túmulo.

Perceba que nas quatro edições não aparece sequer um jogador brasileiro.

Os argentinos perdem bastante, mas perdem com muito estilo…

Capas do Olé de 03/06/2004 e 16/07/2007

Alçapão do Hulk

Estádio Gerson Amaral, em Coruripe. Foto: Henrique Silva/Flickr

Acanhado, o estádio Gerson Amaral, em Coruripe, foi inaugurado em 1993, mas somente dez anos depois foi construída a arquibancada principal.

São apenas seis mil lugares, no formato alçapão. Na estrutura, dez cabines de rádio.

As fotos deste post são de 29 de janeiro deste ano, produzidas por Henrique Silva, torcedor do CRB, durante o campeonato alagoano.

Campo modesto, mas bem cuidado, a 343 quilômetros do Recife. Lá, pela primeira vez nesta Série D, o Santa Cruz irá entrar em campo diante de uma torcida “rival”.

Nos quatro jogos como visitante na 1ª fase, três ocorreram em João Pessoa, nos quais os adversários tiveram o objetivo de arrecadar mais com a “colaboração” do povão.

O outro duelo foi em Belo Jardim, contra o Porto, com maioria absoluta de tricolores. Agora, não teve jeito. O Gerson Amaral terá um visual de “clássico” neste sábado…

Na teoria, seriam 600 ingressos para os corais neste jogo de volta das oitavas de final do Brasileiro, ou 10%. Porém, serão 2.500, o que corresponde a 41%.

De fato, os dirigentes locais confiam numa invasão do Santa, mas, é bom lembrar, o restante do estádio será mesmo ocupado pela barulhenta torcida do “Hulk”…

Estádio Gerson Amaral, em Coruripe. Foto: Henrique Silva/Flickr

Serviço extra para o capitão da Seleção

Superclássico das Américas: Brasil 2 x 0 Argentina. Foto: CBF/divulgação

Dois anos e três meses de espera…

O último grito de campeão havia sido em 28 de junho de 2009, quando a Seleção venceu os EUA por 3 x 2, de virada, conquistando a Copa das Confederações.

Depois, fiasco na Copa do Mundo, na Copa América, em amistosos…

Nesta quarta-feira, ainda que em uma disputa mais modesta, um lampejo de glória.

Em um duelo sem as estrelas internacionais, o Brasil venceu a Argentina por 2 x 0, diante de 43 mil pessoas no Mangueirão, em Belém.

Assim, levou o primeiro título do Superclássico das Américas.

Nada de Messi, Kaká, Tevez ou Robinho. Espaço no gramado, então, para candidatos a novos ídolos, nos dois lados, diga-se.

No primeiro gol, um pique de 85 metros, de uma área até a outra. Em 12 segundos, Lucas armou o contragolpe e ainda concluiu a jogada, com categoria.

Depois, o meia Diego Souza observou bem e cruzou para Neymar empurrar para as redes. Gol merecido para um jogador que cansou de driblar os hermanos.

Lucas e Neymar, diferenciados. Garantidos no time “principal” do Brasil, comandado por Mano Menezes, agora com um pouco de oxigênio para trabalhar.

A vitória sobre o tradicional rival foi justa, com um futebol bem superior ao apresentado no insosso empate sem gols em Córdoba, no jogo de ida da nova copa.

Agora capitão, o meia Ronaldinho Gaúcho precisou de todas as suas forças para erguer o troféu de 17,2 quilos.

Certamente, o capitão brazuca já estava com saudades desse serviço extra.

Superclássico das Américas 2011: Brasil 2 x 0 Argentina. Foto: CBF/divulgação

Dezoito marcas em 2010. Quantas em 2014?

Patrocinadores da Fifa

Haja patrocínio no grande show do futebol…

A Copa do Mundo, como modelo de excelência em infraestrutura e visibilidade, é o grande trunfo da Fifa para obter receitas regulares em números exorbitantes.

Basta dizer que nos últimos quatro anos, 87% do faturamento da entidade, de US$ 4,19 bilhões, foi através de contratos relacionados diretamente ao Mundial da África do Sul.

Em 2010, a Fifa chegou a um acordo com 18 empresas (veja aqui).

Acima, os patrocínios já garantidos para a edição de 2014. A três anos da próxima Copa do Mundo, o número já foi igualado. Lembrando que a cota ainda não está fechada…

Sempre cabe mais uma cifra.

O primeiro título de nossas vidas

Mano Menezes e Alejandro Sabella, técnicos do Brasil e da Argentina. Foto: CBF/divulgação

Nos bastidores do estádio Mangueirão, em Belém, um encontro de pura rivalidade.

Mano Menezes, o contestado técnico da Seleção Brasileira, de 49 anos.

Alesandro Sabella, o treinador da Argentina, de 56 anos, mais conhecido por ter sido assistente de Daniel Passarella. Virou técnico somente há dois anos.

Entre o treino da Canarinha e a movimentação dos hermanos, na véspera, uma conversa rápida em portunhol, com um “boa sorte” mandrake para cada lado e pronto.

Agora, a decisão do primeiro Superclássico das Américas.

Em jogo, na noite desta quarta-feira, o primeiro título de Mano e Sabella no comando de duas das principais seleções do futebol mundial.

Para o brasileiro, o vice pode representar o limite da tolerância. Para o argentino, a sequência de resultados adversos desde o seu antecessor, na Copa América.

Duas escolas em crise, a três anos de uma Copa do Mundo na América do Sul.

A nova taça poderá amenizar o sufoco… De Mano Menezes ou Alejandro Sabella. E só.

Cesta de futsal

Fenômeno também no marketing, Ronaldo segue desenvolvendo a 9nine, sua agência. Além de Neymar e Anderson Silva, outro grande craque “listado” é Falcão, do futsal.

Abaixo, um vídeo produzido durante uma visita do melhor jogador de futsal do mundo na sede da empresa, com direito a uma cesta antológica…

Na sua região, qual é o nome desse lance? Banho de letra? Carretilha…?

Probabilidades da Série B 2011 – A 12 rodadas do fim

Infobola e Chance de Gol, 26a rodada da Série B 2011

Postagem com as projeções do Campeonato Brasileiro da Série B após 26 rodadas.

G4 formado por três clubes de São Paulo e um de Pernambuco. O Sport “abriu” a vaga.

Com as 260 partidas na competição, a chance de acesso do Timbu varia entre 72,7% e 78%, enquanto o Leão apresenta uma diferença nos cálculos de 45% a 64,6%.

Por outro lado, a Lusa já está aparece com 99% nos dois sites de projeção esportiva pesquisados pelo blog. É possível reverter isso? Quase impossível…

O número histórico a ser alcançado para um tranquilo acesso à elite é de 65 pontos. Assim, o Náutico precisa somar 18 pontos – 6 vitórias -, ou 50% dos pontos restantes.

Já o Sport necessita de mais 22 pontos, o que corresponde a 7 vitórias e 1 empate, com um elevado aproveitamento de 61,1% dos pontos…

Contagem regressiva para a dupla centenária até a 38ª rodada?

Confira os dados da rodada anterior clicando aqui.

Fontes: Infobola e Chance de Gol.

Eis a 27ª rodada para os pernambucanos:

30/09 – Náutico x Duque de Caxias (20h30)
30/09 – Ponte Preta x Salgueiro (20h30)
01/10 – ABC x Sport (16h20)

Quando um bom jogo resulta em nada

Série B 2011: Criciúma 1 x 0 Sport. Foto: Ulisses Job/Futura Press

Foram inúmeras chances, durante toda a partida.

O ataque rubro-negro produziu, mas até o limite da linha do gol. Ali, não atravessou.

Bruno Mineiro esteve perto, cabeceando, chutando cruzado, batendo colocado…

Além de articular, Marcelinho Paraíba, finalizando com efeito, arriscou várias vezes. Teve a última bola do jogo, já nos descontos.

O meia Maylson, peça surpresa na etapa final, também teve duas grandes chances. Na primeira, livre, bateu fraquinho. Depois, num contra-ataque, chutou pra fora.

O Sport dominou boa parte do confronto contra o Criciúma, adversário fortíssimo em seu estádio, o Heriberto Hulse.

O Sport chegou bem nas laterais do campo, com Saci e Thiaguinho. Os cruzamentos não estava calibrados, mas a intensidade dos ataques sufucou o Tigre.

A zaga leonina, é verdade, esteve confusa. Na verdade, estava esfacelada. César, lesionado, e Montoya, suspenso, desfalcaram a defesa.

Na falta de reposição, vaga para o jovem paraense Raul, de 21 anos. Nervoso, o jogador não se encontrou. O volante Josias, outra novidade forçada, também não atuou bem.

Ainda assim, isso não foi o fator vital na noite desta terça-feira.

Apesar de uma noite marcada pelo bom futebol do time pernambucano, o resultado foi exatamente o contrário. Em contragolpe, uma vez que o Sport pressionava, o Criciúma se aproveitou de uma falha de posicionamento na área e fez 1 x 0.

Derrota, fim da série invicta de oito jogos e saída do G4.

Não dá pra dizer que o ataque não sabe finalizar, uma vez que o Leão tem o segundo melhor ataque da Série B, com 44 gols, mas faltou pontaria… Faltou capricho.

Série B 2011: Criciúma 1 x 0 Sport. Foto: Ulisses Job/Futura Press

Aflitos, o pilar do acesso

Série B 2011: Náutico 2 x 0 ABC. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Dez vitórias e três empates.

Em treze jogos… O aproveitamento chega a 84,6%.

Invicto nos Aflitos, o Náutico segue com a melhor campanha como mandante na Segundona. Trata-se da base de sua campanha rumo ao retorno para a Série A.

Diante de 14 mil alvirrubros na noite desta terça, vitória justa sobre o ABC, por 2 x 0.

Para isso, claro, o onipresente Kieza, que chegou aos 14 gols na Série B. Recuperou o posto de artilheiro da competição, ao lado de Ricardo Jesus, da Ponte Preta.

Por sinal, foi uma dupla vitória sobre o adversário de Campinas, pois o gol que abriu o triunfo em Rosa e Silva recolocou o Alvirrubro na vice-liderança, agora com 47 pontos, superando a própria Macaca, do co-artilheiro.

No segundo tempo, o zagueiro Marlon ainda marcou um gol com jeitão de centroavante, imitando o que está dando certo. No caso, o próprio Kieza.

O jogo foi encardido, típico de Série B, mas o Timbu soube se impor novamente em casa, reduto histórico do sucesso vermelho e branco.

O time comandado por Waldemar Lemos, já encaixado, volta a abrir quatro pontos sobre o 5º lugar, com uma margem animadora. Seriedade sempre, mas com foco.

E isso é o que mais existe no elenco do Náutico, atualmente.

Faltam seis vitórias para o melhor 2012 possível. Faltam seis jogos nos Aflitos…

Série B 2011: Náutico 2 x 0 ABC. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco