A justa derrota para o Bode do Sertão, em Araripina, abalou as estruturas na Ilha do Retiro (veja AQUI).
Fora dela, veio a gozação dos principais rivais após o tropeço. Principalmente dos líderes do Estadual, os tricolores.
O termo coisa, histórico apelido criado na década de 1990 por José Neves, ex-presidente do Santa Cruz, entrou na lista dos trending topics (TT) do Twitter.
Ou seja, um dos 10 assuntos mais comentados do dia.
A pejorativa expressão #chupacoisa chegou a ficar em 2º lugar entre os temas mais comentados no país na noite deste domingo no microblog, um fenômeno de audiência.
Lembrando que os três rivais costumam se tratar com “educação”, com #chupasarna e #chupabarbie.
Cinco jogos, com duas vitórias, um empate e duas derrotas.
Campanha fraca, e apenas contra times intermediários no Pernambucano.
Na tarde deste domingo, mais um capítulo da apatia leonina em 2011.
Um gol em uma falha (rara) de Magrão e um gol contra de Germano nos acréscimos da primeira etapa, após mais uma falha de cobertura do limitadíssimo ala-direito Renato.
Acéfalo, o Sport foi para o vestiário do Chapadão do Araripe. No 3º jogo fora de casa, terceiro tropeço. Uma campanha bem além da desculpa sobre a preparação física do elenco.
Os 45 minutos finais não foram suficientes para uma reação do Leão. No máximo, uma chance desperdiçada por Bala. Jogou como atacante, meia e lateral.
E o Bode berrou alto no Sertão, com 2 x 0 no placar. O som abalou a Ilha.
Curiosamente, os rubro-negros, que reclamaram bastante da fórmula de semifinal e final, agora já começam a agradecer o formato, pois o time ainda tem tempo suficiente para buscar os quatro primeiros lugares, apesar do mau início.
Para completar, o domingo ainda terminou com a notícia de que o volante Ramirez não vai mais para a Ilha do Retiro, e sim para os Aflitos, em mais um balão na temporada.
A sonolência no Sport está passando dos limites… Será que acorda com o berro?
Anunciada em 27 de dezembro de 2010, só agora a nova Secretaria Extraordinária da Copa 2014 começa a atuar de forma efetiva no governo do estado, englobando todas as ações de Pernambuco para o próximo Mundial de futebol. Acima, a primeira portaria da “Secopa”, publicada no Diário Oficial do estado esta semana.
Rafael Bandeira e Elias Rodrigues de Melo, em funções gratificadas, agora fazem parte do primeiro escalão da secretaria comandada por Ricardo Leitão. Ambos na supervisão.
Caberá à dupla o monitoramento das ações. No blog, continuamos monitando…
Confira um hotsite especial do Superesportes sobre a construção da arena AQUI.
Já dizia um dirigente do Corinthians. Não por acaso, o Timão foi o 4º clube do mundo em patrocínios em 2010, segundo o estudo de uma consultoria alemã (veja AQUI). O clube paulista somou 22 milhões de euros em marcas no seu unifome alvinegro. Ou R$ 50 milhões.
Ainda que em uma escala muito, mas muito menor, eis o futebol pernambucano.
O entendimento de que o símbolo do clube é suficiente para mantê-lo financeiramente parece ficar cada vez mais claro para os gestores locais.
Em entrevista ao blog, o presidente do Santa Cruz, Antônio Luiz Neto, ponderou de forma interessante sobre o assunto. Para ele, o “produto” clubístico deve ser medido independentemente dos resultados no campo.
“Nós (Pernambuco) estamos um pouco atrás em relação aos contratos, mas nota-se uma evolução. No Santa, evoluímos na gestão passada (com FBC), porque, mesmo sem conquistas, conseguimos patrocínios que viram a marca do clube, e não o status atual. Mostramos os resultados que o produto ‘Santa Cruz’ traz. O nosso futebol tem que fazer o mesmo, porque é a marca mais forte da região. Nós precisamos reconquistar a credibilidade. O trabalho tem que ser independente dos resultados.”
Na sua opinião, como está a “credibilidade” da marca do futebol pernambucano?
Rivais no campo e sem entendimento algum fora dele.
Apesar da forma cordial em reuniões na FPF, dirigentes de Santa Cruz, Náutico e Sport não costumam chegar a acordos em bloco para benefícios múltiplos.
O último caso deste tipo foi em julho de 2003!
Afundados em dívidas na época – muito mais do que hoje, acredite -, os três principais clubes do estado se articularam durante um ano com a Justiça do Trabalho. No fim, para voltar a ter crédito na praça, conseguiram um acordo que destinou 20% de todas as receitas nas bilheterias para reduzir as dívidas trabalhistas.
No último dado do passivo, os três agregavam R$ 62 milhões em dívidas trabalhistas.
Aquele desespero resultou em um contexto incomum no futebol pernambucano. Para se ter ideia, o acordo com a justiça segue em vigor, sem data para acabar.
No entanto, a resposta para que o “bloco” não funcionasse mais seria a “cultura do caranguejo”, segundo o presidente timbu, Berillo Júnior, em entrevista ao blog.
“Aqui, os dirigentes pensavam somente de uma forma: o que é bom para os meus rivais, nunca será bom para mim. Isso atrapalhou muitas negociações com empresas, que só topariam um acerto se fosse com os três. É o caranguejo puxando o outro.”
“Algumas vezes no passado foi o próprio Sport, já no Clube dos 13. Um exemplo: uma cota R$ 500 mil para Náutico e para o Santa é muita coisa. Para o Sport, talvez tenha como dar um jeito. Então era melhor que os outros dois não recebessem.”
Em São Paulo já existe o G4, formado por São Paulo, Corinthians, Palmeiras e Santos. Eles só negociam contratos de forma conjunta. Se o pensamento local continuar, o nosso futebol só vai montar um “G3” no dia em que o caranguejo andar para frente…
Você é a favor de um bloco de negociações com Sport, Náutico e Santa Cruz?
Quando será que o sol vai brilhar novamente para o futebol pernambucano?
Para muitos, a data já “existe”, numa mistura de fatores.
Pernambuco será uma das 12 subsedes brasileiras na Copa do Mundo de 2014. Para isso, o estado está construindo uma nova arena na região metropolitana.
Um investimento de R$ 532 milhões, através de uma parceria público-privada.
No entanto, vários investimentos de infraestrutura estão inseridos no pacote pró-Copa em Pernambuco. O número passa de R$ 8.000.000.000. Estradas, aeroporto, metrô…
A iniciativa privada também está se mexendo. Em Suape, considerando os últimos cinco anos e os próximos três, uma injeção de R$ 35 bilhões em plantas de grande porte.
Projeções indicam que o nosso PIB deverá dobrar até 2020, chegando a R$ 140 bilhões. Falta dividir as riquezas, pois a nossa renda per capita é a 21ª do país, com 8 mil reais.
Porém, até que ponto tudo isso vai refletir diretamente no crescimento do futebol pernambucano, a curto prazo? Será um motor, uma ação moderada ou nula?
Para os dirigentes locais, essa é uma oportunidade de ouro em relação ao futebol, com o aquecimento das empresas no estado. É preciso estabelecer contatos. Abaixo, a opinião de Gustavo Dubeux, mandatário rubro-negro, em entrevista ao blog.
“Com a Copa do Mundo de 2014, e Pernambucano sendo uma das sedes, os patrocínios dos clubes e do campeonato estadual deverão aumentar bastante nos próximos anos, com muita visibilidade do futebol. É preciso um trabalho forte nos departamentos de marketing para aproveitar esse momento. No Sport, isso é prioridade máxima para aumentar a nossa receita. Vamos vender bem a marca.”
Então, é preciso segurar a “onda” nos próximos três anos. Depois, a bonança…
A curto prazo, o que será mais impactante para o futebol pernambucano: Mundial de 2014 ou Complexo de Suape?
Dos seis jogos da 4ª rodada do Estadual de 2011, apenas um movimentou o ranking dos pênaltis e dos cartões vermelhos. Nos Aflitos, Náutico e Cabense disputaram um jogo com duas expulsões, uma para cada lado, além de um pênalti perdido por Xinho (foto), do Azulão. Confira abaixo a nova atualização do levantamento do blog.
Pênaltis a favor
2 pênaltis – Santa Cruz e Porto
1 pênalti – Náutico, Araripina e Cabense
Pênaltis cometidos
2 pênaltis – Vitória e América
1 pênalti – Petrolina, Ypiranga e Náutico
Após 4 rodadas e 24 jogos, recifenses e caruaruenses dominam o G4. Só como curiosidade vale dizer que caso acabasse hoje, o#PE2011 teria o Clássico das Multidões em uma semifinal (Santa, 1º x Sport, 4º) e o Clássico Matuto na outra chave (Porto, 2º x Central, 3º). Seria, no mínimo, animado. Não para os alvirrubros…
Sport 1 x 0 Ypiranga – Um clube que vence e termina o jogo com aura de “crise”. Leão começa a viver uma pressão desnecessária. Máquina de Costura deu trabalho.
Araripina 0 x 1 Santa Cruz – O Bode berrou no Chapadão, mas Tiago Cardoso segurou tudo na meta coral. Lá na frente, Thiago Matias deixou o time 100%, sensação.
América 0 x 2 Central – A Patativa se recuperou rápido após o tropeço em casa e decolou na tabela. Mequinha, longe de Paulista, segue sem pontuar. Preocupante.
Petrolina 1 x 0 Vitória – Bruno Maranhão, que já havia sido destaque diante do Sport, voltou a ser decisivo. Fera Sertaneja marca o seu território na zona intermediária.
Náutico 1 x 1 Cabense – Dois cartões vermelhos, pênalti perdido, jogador sendo levado para o hospital com fratura. Teve de tudo nos Aflitos, menos um vencedor.
Porto 1 x 0 Salgueiro – Quase 4 mil pessoas no Lacerdão assistiam ao 0 x 0 até os 27 minutos do 2º tempo. Aí, Laranjeira marcou e deixou o Gavião 100%.
Sete amarelos e mais dois cartões vermelhos nos Aflitos. Um pênalti marcado.
Ricardo Tavares mostrou um rigor típico de quem representa um quadro de arbitragem pressionado desde o primeiro minuto do campeonato.
Como era esperado, o Estadual de 2011 está sendo complicado. Encerrando a 4ª rodada, em uma sexta chuvosa, Náutico e Cabense fizeram um jogo disputado.
O time do Cabo de Santo Agostinho voltou a mostrar qualidade, mais uma vez com Rosivaldo. Carrasco do Sport, o atacante também balançou as redes do Timbu.
Neste momento do 1º tempo, a Cabense já havia cobrado um pênalti em direção à Suape… E o Timbu já seguia com dez em campo.
No finzinho, Caça-Rato foi expulso, deixando os times em condições de “igualdade”.
Com o apito final, com 1 x 1 no placar, os dois times saíram reclamando… No lado da Cabense, uma indignação ainda maior. Mais uma vez, pesou para o lado mais fraco.
Geladeira? A noite fria nos Aflitos pode ter sido um aviso não só a Tavares, mas para todo o quadro de árbitros da FPF. Atenção e critério.
A partir deste domingo, os jogos envolvendo Náutico, Sport e Santa Cruz no Pernambucano de 2011 vão ter um rigoroso controle antidoping.
A solicitação foi feita pelos próprios clubes…
O custo da equipe, de três médicos por jogo, não é muito barato. Em jogos na capital, o valor é de R$ 3.040, sob coordenação de Jomar Ferreira.
Nas partidas no interior, quanto maior a distância em relação ao Recife, maior a despesa, podendo chegar a R$ 380 em Petrolina e Araripina (saiba mais AQUI).
Até o fim da fase classificatória, sem contar os clássicos, o Trio de Ferro terá 42 jogos. Considerando o valor “original” do antidoping com os acréscimos: R$ 130.820.
É o preço para acabar com qualquer suspeita de adversário a 200 km/h.
Mesmo assim, alguns times vão chegar voando nos confrontos do Estadual, pois o combustível da mala branca também é eficiente….