Dos 10 estádios vistoriados pelo vice-presidente da FPF, José Joaquim, apenas o Paulo de Souza, em Petrolina, não foi liberado para o início do Campeonato Pernambucano. O local segue em reformas, pois apresenta problemas estruturais. O prazo para a conclusão da obra é de 25 dias.
Somente o Arruda ainda não foi analisado pela federação, até mesmo porque a estréia coral em casa será apenas no dia 18 deste mês. Joaquim deverá ir ao estádio José do Rego Maciel na próxima segunda-feira. Abaixo, um quadro com os dados das praças esportivas que serão utilizadas no Pernambucano, com informações da FPF. Vale ressaltar que além do Central, o Porto também jogará no Lacerdão.
O Gigante do Agreste tem uma capacidade superior a 7 mil pessoas. José Joaquim diz que o estádio pode ter a capacidade ampliada para até 8.500 pessoas. Porém, ele irá avaliar o jogo de domingo, entre Sete de Setembro e Santa Cruz, para ver se é necessário um aumento na carga de ingressos. “Já disseram que o estádio poderia receber até 15 mil pessoas, e isso não existe. Não tem segurança alguma para esse povo todo. Veremos como ficará com 7 mil”, afirmou o dirigente.
Curiosidade: a FPF decidiu padronizar as dimensões dos campos neste ano, com o tamanho 105 metros x 70 metros. Apenas o Sport manteve o tamanho anterior, que é um pouco maior (110m x 70m). 😎
Abaixo, os maiores públicos do Estadual (pagantes). Todos os jogos foram no Arruda.
80.203 – Náutico 0 x 2 Sport (15/03/98)
76.636 – Santa Cruz (6) 1 x 1 (5) Náutico (18/12/83)
74.280 – Santa Cruz 2 x 0 Sport (18/07/93)
71.243 – Santa Cruz 2 x 1 Náutico (28/07/93)
71.137 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (21/02/99)
70.003 – Santa Cruz 0 x 2 Náutico (11/07/2001)
Obs. No jogo entre Santa e Sport, em julho de 1993, a FPF colocou 90 mil ingressos ( 😯 ) à disposição do torcedor (veja AQUI). Considerando o público não pagante, a final do Pernambucano de 1983, vencida nos pênaltis pelo Tricolor, teve um público de 83 mil pessoas. Em 1998, o ingresso era trocado por notas fiscais, assim como hoje em dia.
Contabilizando as 94 edições do Campeonato Pernambucano (1915/2008), como ficaria o ranking histórico da competição? O pesquisador Carlos Celso Cordeiro teve a paciência de fazer o somatório de todas as campanhas dos 62 times que já participaram da 1ª divisão pernambucana.
Ao lado, as colocações dos 11 participantes da edição de 2009 (compilação de pontos). Apenas o Acadêmica Vitória não consta na tabela. Apesar de ter herdado 99% da Desportiva Vitória (até o presidente…), legalmente, trata-se de outro time.
Já o Blog dos Números, editado por Adethson Leite elaborou uma tabela detalhada levando em consideração a posição do clube no campeonato (ao lado). Assim, um título vale 50 pontos, enquanto o vice leva 30 e o 3° lugar recebe 20. Todas as colocações valem pontos. No entanto, a quantidade varia (a partir do 5° colocado) de acordo com o número de participantes.
Nos 2 rankings, a única mudança é entre Salgueiro e Cabense, no final da tabela. No ranking de Adethson, o Central caiu do 4° para o 5° lugar devido aos 6 títulos pernambucanos do América, que pesaram bastante.
Perto de completar 50 anos, o novo técnico do Central, Lorival Santos, pode até ser desconhecido por boa parte da torcida (não só a alvinegra). No entando, o comandante da Patativa já acumula certa experiência no mundo da bola. E não é só como treinador…
Em 1999, ele fez um estágio na Internazionale de Itália. No ano seguinte, porém, Lorival foi contratado para ser o consultor técnico do grupo de investimentos norte-americano Hicks Muse, Tate & Furst (HMTF), que despejou milhões de reais no Corinthians, entre abril de 1999 e agosto de 2002.
Na empresa (que só no primeiro ano investiu R$ 100 milhões no clube), Santos tinha a missão de coordenar o planejamento de investimentos no futebol corintiano. Em 2001, ele também acabou assumindo a equipe B do Timão, quando conseguiu o título da Copa Chivas, torneio amisto realizado no México.
“Nós vencemos o Boca Juniors na semifinal e o River Plate na final. Foi um título internacional importante”, disse o técnico em entrevista no CT do Porto, nesta semana, demonstrando todo o orgulho com a conquisa.
No total, foram 39 jogos no Corinthians (entre amistosos e partidas oficiais), com 27 vitórias, 8 empates e 4 derrotas. Nada mal. Vale lembrar que Lorival Santos jogou como volante, com passagens no Paulista/SP e no América/MG.
Sobre a chegada no Central, o técnico ressaltou a importância da passagem no estado: “Nesse tempo todo de carreira, só faltava atuar em 2 grandes centros, que são Pernambuco e Goiás. Mas acho que com a participação no Pernambucano, que será muito disputado, já me sinto realizado”.
Mais dados sobre o técnico podem ser encontrados no site oficial dele (muito bem organizado): http://www.lorivalsantos.com.br
A situação financeira dos clubes do interior pernambucano sempre foi bastante apertada. Com uma fonte de renda muito menor que a receita dos clubes do Recife, o demais participantes do Estadual precisam “se virar nos 30”. Mas até que o Ypirangaabriu o cofre neste início de temporada… 😯
Curiosamente, o dinheiro não foi investido em medalhões, como nos anos anteriores (Júnior Amorim, Lima, Miltinho, Wilson Surubim…), mas sim em estrutura. O time de Santa Cruz do Capibaribe passou 30 dias treinando no estádio municipal Valdomiro Silva, em Brejo da Madre Deus (Agreste), já que o estádio do clube, o Otávio Limeira Alves, estava passando por uma reforma no gramado.
E o custo disso…?
R$ 45 mil, o valor agregado da hospedagem, alimentação, transporte e aluguel do estádio em Brejo da Madre de Deus.
R$ 20 mil, o preço para a troca do campo, que foi nivelado e está bem razoável. Eu vi de perto o gramado nesta segunda, durante a viagem para detalhar no Diario a participação do Ypiranga no Pernambucano. “Está bonzinho até demais para o meu gosto”, disse o técnico Pedro Manta, “quase” achando ruim. 😎
O dinheiro até apareceu entre novembro (início da pré-temporada) e dezembro. Mas a folha do time, porém, será de R$ 40 mil, uma das mais baixas do interior. A base do grupo é formada pelos atletas que foram vice-campeões estaduais de juniores com o Ypiranga em 2008. Além disso, a Máquina de Costura vem respaldada pela garantia de 3 patrocinadores fixos (Rota do Mar, Pontes Têxtil e Qumilson). Boa sorte ao Ypiranga!
O presidente da FPF, Carlos Alberto Oliveira, confirmou neste domingo a festa que irá marcar o centenário do Clássico dos Clássicos, entre Sport e Náutico, em 25 de julho. Na data, os velhos rivais deverão se enfrentar pela Série A.
A reserva da data (um sábado) já foi solicitada pela FPF junto ao diretor de competições da CBF, Virgílio Elísio. A partida (que ainda não tem mando de campo definido) poderá ter até a presença do presidente da Conmebol, Nicolás Leoz.
Festa, história, 100 anos… Tudo bem. Mas também estará em disputa o Troféu 100 anos de Clássicos, oferecido pela Federação Pernambucana de Futebol. E, obviamente, as duas torcidas irão fazer questão dessa taça. Mas e se o jogo terminar empatado? 😎 O mandatário da FPF ainda não decidiu se o título será dividido ou se irá para disputa de pênaltis.
Obs. Os dois escudos acima foram os primeiros de Sport (1905) e Náutico (1901), respectivamente. Leia mais sobre a história do clássico clicando AQUI.
Os elencos de Central e Porto vêm treinando no mesmo local, e horário, há mais de um mês. Isso mesmo…
As duas diretorias firmaram um acordo de parceria, no qual o Tricolor poderá jogar no Lacerdão (já que o aluguel do estádio Antônio Inácio estava muito caro), enquanto a Patativa poderá treinar normalmente no Centro de Treinamento Ninho do Gavião, pertencente ao Porto. O contrato terá validade de 3 anos. 😯
Apesar da decisão curiosa, os dirigentes acharam “normal” a idéia, mesmo com a forte rivalidade em Caruaru. E esse será o tema da enquete desta semana. Você concordaria com uma parceria com o maior rival? Estádio, CT, empréstimo de jogadores… Opine!
Última enquete: Quem vem se preparando melhor para o Pernambucano de 2009?
De hoje até o próximo sábado, vou postar diariamente os vídeos dos títulos pernambucanos desta década. Neste sábado, a histórica final de 2001, quando o Náutico venceu o Santa Cruz por 2 x 0, diante de 70 mil pagantes no Arruda. A vitória (com gols de Kuki e Thiago Tubarão) acabou com um jejum de 11 anos sem troféus em Rosa e Silva. E mais (principalmente…): foi o título do centenário do clube, e que ainda evitou o hexa do Sport. Sem dúvida alguma foi uma das maiores vitórias da história do Alvirrubro. Leia mais sobre o título AQUI.
Um casal canadense de missionários menonitas (evangélicos) chegou ao Recife no final da década de 70 com o objetivo de trabalhar em obras de assistência social. Em Pernambuco, eles tiveram um filho, Robyn Regehr, nascido em 19 de abril de 1980. Ainda criança (4 anos), ele foi levado pela família, que ainda morou na Indonésia antes de voltar ao Canadá (na Ásia nasceu o irmão mais novo de Robyn).
No Canadá, onde chegou em 1992, ele cresceu na cidade de Rosthern. E não aprendeu uma palavra sequer na língua portuguesa (por sinal, ele estaria lascado agora com a correção ortográfica 😯 ). A sua ligação com o Recife foi cortada há quase 25 anos. Mesmo assim, Robyn entrou para a história do esporte brasileiro. E logo na terra do gelo…
Ele é o único jogador nascido no país no tradicional campeonato norte-americano de hóquei sobre o gelo, a National Hockey League (NHL) – veja o site oficial de Regehr clicando AQUI. O pernambucano (que se naturalizou canadense) atua como defensor na NHL desde a temporada 1999/2000, após ter sido o 19° escolhido no Draft (recrutamento) da liga. Ele foi selecionado pelo tradicional Colorado Avalanche, que o negociou no mesmo dia.
Ou seja, desde o primeiro ano, Regehr vem jogando Calgary Flames, de Alberta, Canadá (pois é, na NHL um time canadense pode jogar contra equipes dos EUA). E ele é considerado um líder da equipe e um dos ídolos da torcida. Até mesmo porque já está em sua 9ª temporada no hóquei. Ao todo, disputou 667 jogos, marcando 141 pontos (veja as estatísticas completas do pernambucano clicando AQUI).
Bastante popular nos EUA, o hóquei reúne alguns dos maiores salários do esporte. Na temporada 2007/2008, por exemplo, Daniel Briere ganhou US$ 10 milhões para defender o Philadelphia Flyers. Mas o recifense está bem na fita. Ele assinou um contrato de 5 anos (que começou a valer na atual temporada), no valor de US$ 20 milhões (R$ 46 milhões). 😀 Bastante comum no futebol, as “luvas” para assinar um contrato também existem no hóquei. E somente por isso, R$ 2,3 milhões entraram na conta de Robyn. Tanto dinheiro é justificado pelas atuações de Regehr, que em 2004 venceu a Copa do Mundo de Hóquei. Pelo Canadá, naturalmente.
O começo de sua carreira, porém, foi trágico. Em 4 de julho de 1999, ele fraturou as duas tíbias em um acidente automobilístico perto de sua casa, que vitimou duas pessoas que estavam no outro carro. Por conta própria, Robyn entrou em uma clínica de reabilitação. Ainda assim, atuou 57 vezes no campeonato (acreditem, é um número baixo para os padrões da NHL). Mas em 2003/04 ele foi um dos destaques dos Flames, com 18 pontos em 82 jogos (eu avisei…), ajudando a equipe a conquistar a Conferência Oeste. Na final da Copa Stanley (o “Superbowl” da NFL), o Flames ficou com o vice.
Leia uma entrevista de Regehr (traduzida), clicando AQUI.
O time Robyn Regehr joga na Pengrowth Arena, que tem capacidade para 19.289 pessoas (veja abaixo). O Calgary Flames entrou na liga em 1972, e venceu a Copa Stanley uma vez, em 1988/89. A temporada 08/09 vem sendo excelente para a equipe, que ocupa o 3° lugar na Conferência (que tem 15 times), com 22 vitórias em 37 jogos, até o dia 2 de janeiro. Veja a classificação AQUI. Ainda faltam 45 jogos para acabar a temporada regular e dar início aos playoffs.
Antes do recifense, apenas outro brasileiro conseguiu ingressar na maior liga de hóquei sobre o gelo. O pioneiro foi o Mike Greenlay, nascido em Vitória/ES, em 1968. Ele atuou apenas 2 vezes, no campeonato de 89/90. Curiosamente, Greenlay cresceu em Alberta, sede do Calgary Flames. Depois de encerrar a carreira (ele ainda perambulou em clubes de ligas menores), Mike virou comentarista esportivo de uma rede de TV.
Robyn Regehr na NHL
9 temporadas
667 jogos
28 gols
113 assistências
141 pontos (soma dos gols e assistências)
Obs. A atual temporada só não foi a 10ª na carreira de Regehr por causa do Acordo Coletivo de Trabalho em 2004/2005, que resultou em uma greve que inviabilizou toda a temporada na NHL.
Veja abaixo um vídeo com os melhores momentos de Robyn Regehr na NHL. Como ele é um defensor, entenda isso como muita pancada…
Em maio de 2008, o cardiologista Célio Cabral assumiu a presidência do Sete de Setembro, de Garanhuns. A eleição no clube só deveria ter ocorrido em dezembro, mas o então presidente, o norte-americano Andrew Hazelton (foto), abandonou o clube após o Estadual (no qual o Sete escapou do rebaixamento por milagre). Em entrevista por telefone, Célio alega ter encontrado um clube afundado em dívidas.
E fez uma grave denúncia contra a gestão anterior. Segundo Célio, Andrew teria passado 50 cheques sem fundo para jogadores e funcionários (isso mesmo, 50). 😯 E mais…
Todos os computadores da sede social, além de documentos e móveis, teriam sido levados. Além disso, 15 novas causas trabalhistas surgiram na gestão.
“Foi inacreditável a forma como encontramos o clube. Levaram tudo, e ainda deixaram um calote grande. Muitos comerciantes não querem nem ouvir o nome do ex-presidente, que deixou a cidade e voltou para os Estados Unidos. Para recomeçar tudo, gastei R$ 77 mil do meu bolso”, disse o novo mandatário do Sete de Setembro.
Andrew chegou a Garanhuns em 2006 (veja AQUI). Em janeiro do ano seguinte ele assumiu o Sete. Com projetos ambiciosos (como transformar a cidade em um centro de treinamento para alguma seleção durante a Copa do Mundo de 2014), o norte-americano reergueu o clube. No mesmo ano, o Alviverde conseguiu o acesso à elite do futebol pernambucano, com o vice na Série A-2.
Na época, Hazelton (dono de uma empresa de telecomunicações que opera no Brasil, na Argentina e no Panamá) disse ter investido R$ 400 mil no clube, com a juda de 7 empresários estrangeiros. O objetivo, como sempre, era revelar e negociar jovens valores. No entanto, o mau desempenho no Pernambucano desencadeou uma crise no clube, que já vinha em dificuldades devido ao elevado custo do Gigante do Agreste. O estádio continua sendo motivo de preocupação. O novo presidente vem investindo no campo, bastante criticado no último Estadual.
E não é que a diretoria do Sport poderá dizer que contratou um jogador para 2009 ainda em 2008? 😀 Assim, o volante Hamilton (que disputou o Brasileirão pelo Náutico) é o primeiro reforço do Leão para a Taça Libertadores. Presente anunciado em 31 de dezembro, aos 47 minutos do 2° tempo deste ano! Essa negociação já vinha ocorrendo há vários dias.
A demora foi causada pela proposta do jogador, que havia pedido a bagatela de R$ 500 mil de luvas e salários de R$ 80 mil. Com um sonoro “não” dos dirigentes do Sport, os valores caíram rapidamente para R$ 250 mil e R$ 50 mil, respectivamente.
A contratação foi confirmada no site oficial do clube. “Hamilton se apresentará ao técnico Nelsinho Batista juntamente com todo o elenco do Sport no próximo sábado, 3 de janeiro. Ele manifestou vontade de voltar ao Sport e fechamos a contratação”, disse o ainda presidente Milton Bivar.
Hamílton Hênio Ferreira Calheiros, de 28 anos, é natural de Murici/AL. Essa será a segunda passagem do volante no Rubro-negro. Em 2006, quando se destacou como um marcador implacável, ele foi campeão estadual e ainda titular no vice-campeonato da Série B. Depois, foi negociado com o futebol turco.
Neste ano, ele voltou para Pernambuco. Mas para o rival Náutico, onde teve boas atuações. No entanto, a sua passagem em Rosa e Silva ficou marcada pelo episódio na última rodada, quando se negou a viajar com o grupo para São Paulo, onde o Timbu enfrentou o Santos. Alegando estar “inseguro” por causa de uma lesão, Hamilton ficou no Recife. A decisão, é claro, minou a sua permanência nos Aflitos. Vamos aguardar o seu comportamente na Ilha.