Podcast 45 minutos (65º) – Passando a limpo Pernambuco nas Séries A, B, C e D

A 65ª edição do podcast 45 minutos passou a limpo o futebol pernambucano, debatendo a participação loca nas Séries A, B, C e D, além da entrevista com o presidente da FPF, Evandro Carvalho, concedida ao Superesportes.

Estou nessa gravação (1h20min) ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro.

Ouça agora ou quando quiser!

Os doze clubes do 101º Campeonato Pernambucano

Os times do Campeonato Pernambucano de 2015

Ainda não há um regulamento definido, mas os doze clubes participantes do Campeonato Pernambucano de 2015 já são conhecidos.

Os dois últimos times saíram da segundona, chamada de “Estadual Sub 23”.

Derrotado no tempo normal por 1 x 0, o Atlético viu o Belo Jardim devolver o placar do jogo de ida. No entanto, o representante de Camaragibe venceu nos pênalts por 5 x 3, em pleno Mendonção. É o estreante da vez.

Em Vitória de Santo Antão, Vera Cruz e Jaguar terminaram o confronto de 180 minutos sem que um golzinho sequer fosse marcado. Outra decisão nos pênaltis, melhor para o time da casa, 4 x 3.

A dupla irá substituir os rebaixados desta temporada, Vitória e Chã Grande.

Antes, vão decidir o títtulo em um jogo, em 11 de outubro, no Carneirão.

Também em outubro deve sair a fórmula da 101ª edição do Estadual. A expectativa da FPF é “driblar” o calendário nacional e iniciar a competição ainda em dezembro deste ano, com jogos também em janeiro.

Eis a divisão de clubes por região…

Região Metropolitana do Recife (5)
América, Atlético Pernambucano, Náutico, Santa Cruz e Sport

Zona da Mata (1)
Vera Cruz

Agreste (4)
Central, Pesqueira, Porto e Ypiranga

Sertão (2)
Salgueiro e Serra Talhada

20 perguntas a Evandro Carvalho sobre o Todos com a Nota

O presidente da FPF, Evandro Carvalho. Foto: Teresa Maia/DP/D.A Press

Após garantir um novo mandato como presidente da FPF, de 2015 a 2018, Evandro Carvalho recebeu em seu gabinete na sede da entidade, na Boa Vista, a equipe do Superesportes para a entrevista. Ao lado de João de Andrade Neto, participei dos questionamentos. A conversa teve 1h30. Um dos principais pontos foi a série de perguntas (quase um debate) sobre o Todos com a Nota e os públicos fantasmas que há pelo menos três anos mancham o Estadual.

Confira as 20 perguntas e as respostas do dirigente.

Pelo visto, o cenário continuará em 2015…

Em 2015 haverá uma maior fiscalização do programa Todos com a Nota para impedir os públicos “fantasmas” no Estadual, quando o anunciado no borderô não corresponde ao real presente aos estádio?

“A fiscalização é da própria Secretaria da Fazenda. O Governo só paga o que foi trocado. A lei é clara. Se foi trocado 10 mil não importa se no estádio tem 10 mil ou uma pessoa.”

Isso não desvirtua o programa?

“O programa é exatamente por isso. Para fazer a troca.”

Não se discute a troca e sim a presença de público nos estádios…

“Está lá borderô, o total de ingressos adquiridos e o total de ingressos do Todos com a Nota.”

No borderô não aparecem quantas pessoas de fato estiveram no jogo.

“Como eu pago o INSS? A lei determina que eu sou obrigado a pagar em cima do valor recebido.”

Mas já foi feito um questionamento à Secretaria da Fazenda e não teria problema de se colocar no borderô também o público presente

“Todos com a Nota é troca de ingressos. Todo jogo se anuncia o público (sistema de som).”

Não anuncia. Na estatística de público da Série D, por exemplo, o Central tem pouco mais de 7 mil torcedores por jogo, quando os públicos reais não foram esses.

“O que dá média de público não é quem está no estádio. É quem pagou, quem comprou. Eu tenho que recolher INSS.”

Não seria mais fácil o Estado patrocinar o Estadual?

“Perderia a essência do programa.”

Mas o senhor não concorda que a essência do programa já está perdida, já que ela não é apenas ajudar os clubes do interior, mas principalmente levar o torcedor ao estádio?

“Objetivo não é esse. O objetivo é gerar uma série de opções de lazer à população mais pobre. Além disso há a contrapartida do percentual do governo que vai para ajudar instituições de caridades, creches e hospitais, que recebem em torno de 20% da receita do TCN. Se o governo faz o patrocínio acaba todo esse apoio social. O dinheiro vai direto para o clube, livre de imposto. Não gera nenhuma contrapartida social.”

Se em todo jogo se anuncia o público real no estádio, qual é a dificuldade de colocar isso também no borderô?

“Público presente para criterio técnico é quem comprou o ingresso.”

Então para que anunciar?

“Para atender um pedido da imprensa.”

Então aqui vai um novo pedido. Coloque isso no borderô.

“Se eu colocar no borderô, o que vai ser computado para média de público e para os encargos será o público presente. E isso vai gerar uma sonegação fiscal. É crime. É o que a lei diz. Eu, inclusive, sou obrigado a recolher o seguro sobre publico presente.”

Inclusive uma seguradora está ganhando dinheiro para segurar gente que não está no estádio.

“Sabe quanto era o valor da seguradora quando assumi? Pagava R$ 0,25 (por ingresso). Sabe quanto pago hoje? R$ 0,05. Como existe uma defasagem eu fiz uma equação. Tanto que o valor do seguro é irrisório. Não existe seguro nenhum no mundo por esse valor. Exatamente para projetar efetivamente quem está em campo. Antigamente existia essa distorção. Antes ela segurava uma coisa que não existia. Estava ganhando dinheiro que não precisa. Fiz uma equação. Eu tenho em média 2 mil ingressos trocados e em média 400 pessoas no estádio. O valor que era para 2 mil não podia ser o mesmo para 400. Então fizemos uma regra de três e esse valor caiu até chegar ao valor real de 400 pessoas.”

Desde que houve a implantação do cartão eletrônico na capital, dificilmente aconteceu todas as reservas de ingressos por jogo. Ao contrário do interior…

“Já estamos propondo o cartão magnético no interior. O problema é o custo. Até o final de 2015 vamos implantar em todo interior.”

O senhor não acha no mínimo estranho um estádio estar vazio, como os dos Sub 23, e no borderô constar 2 mil pessoas?

“Vamos tomar por exemplo a Europa. Em Portugal os clubes vendem os ingressos antecipados por carnê e declaram para a Fazenda de Portugal todos os ingressos vendidos. A Fazenda recebe como público 100% dos ingressos vendidos e alguns clubes no final do campeonato dão público zero, mas tudo já foi computado. Legalmente tem que ser assim. Se não for assim é sonegação, é crime. Não tem outra maneira.”

Mas isso não é com dinheiro público…

“Mas a lei é a mesma.”

Mas o dinheiro é publico. Não seria mais justo pagar apenas pelos ingressos que de fato foram usados?

“Ai perde o objetivo da Fazenda que é o aumento da arrecadação de receita.”

Isso não é uma forma de burlar para se ter uma maior receita?

“Não tem como o governo fazer nada diferente. O governo é engessado. A única maneira é ele terminar o programa e resolver patrocinar os clubes. Se ele fizer isso ele tira toda a contrapartida social. A gente já pensou nisso. Seria mais cômodo.”

Em resumo. No ano que vem teremos públicos fantasmas de novo?

“Qual o conceito de fantasmas de vocês? Em Goiás, o governo paga antecipado e dá o direito do clube de apresentar no final do ano ‘x’ notas.”

O senhor está justificando uma falha com outra.

“Não é falha. É que não tem como fugir disso. Se eu lançar no borderô mil pessoas em campo estou sonegando o INSS porque houve troca de 5 mil ingressos.”

Mas na prática isso já está acontecendo, o senhor está apenas documentando para não ter o perigo de ter o problema.

“Como gestor tenho que prestar contas com o INSS e o Tribunal de Contas. Ou é assim ou acaba. Não tem jeito.”

Caixa Econômica nos uniformes pernambucanos, femininos

Campeonato Brasileiro de futebol feminino de 2014

A Caixa Econômica Federal tornou-se o principal patrocinador do futebol brasileiro. É quem mais estampa a marca na Série A, com oito times. Em todas as divisões, o banco paga cotas anuais de R$ 1 milhão a R$ 30 milhões.

Tamanho investimento gerou uma corrida para firmar acordos com a instituição. Contudo, era (é) preciso ter as certidões negativas, organizando as dívidas fiscais (milionárias). Claro, nem todos os clubes conseguiram.

No futebol feminino, por outro lado, a adesão é total. Os vinte participantes do Brasileiro contam com a Caixa como patrocinador-master.

A explicação é a operação financeira da competição. Pela segunda edição seguida, a Caixa investe R$ 10 milhões no campeonato, ajudando a bancar os baixos salários e com os direitos de tevê. Neste ano, três times pernambucanos estão na disputa. O pentacampeão estadual Vitória, o Sport e o Náutico.

Em 2013, o Centro Olímpico-SP foi campeão num torneio de 70 jogos, envolvendo 14 estados. Ao todo foram marcados 253 gols.

Náutico – 2 vezes campeão pernambucano (2005 e 2006)

Time feminino do Náutico no Brasileiro de 2014. Foto: Site oficial do Náutico/assessoria

Sport – 5 vezes campeão pernambucano (1999, 2000, 2007, 2008 e 2009) e uma vez vice-campeão da Copa do Brasil (2008)

Time feminino do Sport no Brasileiro de 2014. Foto: Ney Gomes/Sport

Vitória – 5 vezes campeão pernambucano (2010, 2011, 2012, 2013 e 2014) e duas vezes vice-campeão da Copa do Brasil (2011 e 2013)

Time feminino da Acadêmica Vitória no Brasileiro de 2014. Foto: Site oficial do Vitória/assessoria

Cartões magnéticos do TCN no interior, uma realidade cada vez mais próxima

Cartões magnéticos do TCN. Crédito: TCN/divulgação

O Todos com a Nota foi informatizado no início de 2010, quando os usuários do Grande Recife passaram a adquirir cartões magnéticos. O sistema melhorou o processo de solicitação e também clareou a execução do programa.

Desde então, o número passou de 370 mil usuários na região metropolitana (Sport 48%, Santa Cruz 30%, Náutico 22%). Contudo, segue defasado no interior, com a troca física, no guichê. Não por acaso, ocorre a troca de ingressos sem controle, com públicos fantasmas há tempos.

De acordo com o presidente da FPF, Evandro Carvalho, o sistema digital do programa estatal poderá se estender aos jogos no interior até o fim de 2015. Já houve uma conversa com a Secretaria da Fazenda e o momento atual é o de captação de recursos para a infraestrutura além da capital.

Segundo o dirigente, há uma expectativa de que pelo menos 20 mil pessoas em Salgueiro e 50 mil em Caruaru solicitem o cartão futuramente.

Ao Superesportes, Evandro Carvalho disse também que não há como mudar o borderô cheio em um jogo vazio, uma vez que as trocas foram feitas.

Segundo ele, “ou continua assim ou acaba”. Pois é, acredite.

Nota-se que a informatização do TCN, um plano para o Pernambucano de 2016, é essencial para que o público presente volte a ser… presente, no borderô.

Obra do estádio de Olinda volta após 22 meses. Prefeitura aponta ritmo acelerado

Retomada da construção do estádio Grito da República, em Olinda. Foto: Luiz Fabiano/Pref. Olinda

A construção do estádio Grito da República, no bairro de Rio Doce, em Olinda, ficou parada durante 22 meses. Até o mato subir e tomar conta.

O tema já foi abordado pelo blog aqui.

A ordem de serviço, com investimentos do Ministério do Esporte e da Prefeitura de Olinda, foi assinada em 2008! Inicialmente, o gasto era de R$ 7,1 milhões. Porém, após muito tempo sem atividade no terreno, a obra foi retomada em setembro – com um custo total recalculado em R$ 10.545.712. A previsão, agora, é entregar o estádio de 10.700 lugares em dezembro de 2014.

É um pouco tarde para o objetivo original. Basta ler o trecho sublinhado da justificativa oficial da obra, no site governamental Portal dos Convênios.

“Inicialmente vimos informar que o Estádio Municipal de Olinda situa-se na Avenida Brasil, entre as Avenidas Jules Rimet e a México, na 2º Etapa no Bairro de Rio Doce e; Considerando que o Município de Olinda vem realizando a Construção do Estádio de Futebol em Rio Doce com o objetivo de ampliar os espaços de práticas esportivas e culturais para jovens, adultos e idosos, proporcionando a realização de torneios esportivos, além de dar oportunidade de revelar atletas profissionais para os clubes existentes a nível Nacional, bem como Internacionalmente; Considerando ainda o momento em que o país vivencia a Copa do Mundo em 2014, onde poderemos disponibilizar esse espaço esportivo para ser utilizado como centro de treinamento de seleções mundiais; Considerando enfim a necessidade de complementação deste Estádio para estar apto a atender as exigências da Federação Pernambucana de Futebol( F. P. F ) e também da FIFA; Enfim, entendemos que estaremos contribuindo para que, através da prática de esportes e de lazer, possamos ter um espaço público que venha convergir a relação entre pessoas.”

Enquanto isso, a Prefeitura de Olinda publica uma nota sobre a retomada com a seguinte mensagem…

“A obra de construção do Estádio Grito da República, em Rio Doce, encontra-se em ritmo acelerado.”

Ritmo acelerado? Só se for para a Copa do Mundo de 2018…

Retomada da construção do estádio Grito da República, em Olinda. Foto: Luiz Fabiano/Pref. Olinda

Liberação da cerveja na pauta da Alepe em 2015

Cervejas oficiais de Sport, Náutico e Santa Cruz (Ambev/Brahma)

Já está sendo articulada a volta da cerveja ao futebol pernambucano. A médio prazo.

Como se sabe, a cerveja está proibida (venda e consumo) desde a publicação da lei estadual em 24 de março de 2009, de autoria do deputado Alberto Feitosa. Cinco anos depois, uma alteração na redação deverá ser discutida na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

A informação é do presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho.

Segundo o dirigente, o projeto de autoria do deputado Antônio Moraes não irá revogar a lei vigente, mas derrogá-la. Ou seja, mudará apenas um artigo.

Assim, continuará o veto ao uísque, vodca, vinho e outras bebidas. Menos uma.

Somente a cerveja seria liberada. Basta para incrementar a receita no futebol. Na Copa do Mundo de 2014 a oferta nos 64 jogos foi de 3 milhões de latinhas.

Duas audiências públicas já foram realizadas sobre o tema.

A articulação está de tal forma que uma cervejaria já mostrou interesse em adquirir o naming rights do Estadual pelos próximos quatro anos. O acordo está condicionado à liberação da cerva.

O mesmo aconteceu em 2009, com a Ambev, quando a empresa acabou voltando atrás no contrato R$ 800 mil por causa da proibição.

Sobre a reviravolta na lei – o próprio Juizado do Torcedor (Jetep) já admitiu que a lei em vigor não diminuiu a violência -, há uma particularidade…

No site oficial da Alepe, o projeto de lei ordinária nº 584/2011, de Antônio Moraes, encontra-se parado desde 22 de maio de 2012, quando o próprio parlamentar solicitou a retirada de tramitação.

Por sinal, o presidente da assembleia, Guilherme Uchôa, diz que ainda não há movimento na casa sobre essa pauta, que não passou sequer nas comissões.

Mesmo assim, a FPF mostra-se animada com a votação. Resta aguardar para ver se não foi mais empolgação do que fato concreto. Veremos em 2015.

Fan Fest do Cais da Alfândega em penúltimo lugar no Mundial

Fan Fest do Recife para o jogo Brasil 3x1 Croácia. Foto: Renato Barro (twitter.com/renatorbarros)

Inicialmente, a Fan Fest no Recife receberia um investimento de R$ 20 milhões, num grande evento no Marco Zero. Como a Prefeitura do Recife voltou atrás na decisão de organizá-la, uma grande discussão junto a Fifa durou meses.

Nesse tempo, o centro de entretenimento foi recalculado para R$ 11 milhões e, posteriormente, R$ 6 milhões. Quanto mais barato, menor a estrutura, claro. Acabou mesmo sendo realizado sem dinheiro da prefeitura.

Mesmo acanhada, a fan fest na capital pernambucana, no Cais da Alfândega, recebeu grandes públicos na Copa do Mundo de 2014, mostrando o erro de visão da PCR. A lotação máxima, bem além da conta, foi de 8 mil torcedores. Pouco se comparada à versão de Copacabana, com até 30 mil pessoas.

Com uma estrutura modesta, não tinha mesmop como ser diferente a má situação no ranking de espectadores, num dado apresentado só agora pela Fifa.

O Recife foi a penúltimo lugar no quesito…

1º) Rio de Janeiro – 937.330
2º) São Paulo – 806.226
3º) Fortaleza – 781.602
4º) Manaus – 504.108
5º) Porto Alegre – 497.893
6º) Brasília – 369.480
7º) Cuiabá – 306.896
8º) Belo Horizonte – 255.403
9º) Salvador – 255.040
10º) Natal – 195.062
11º) Recife – 132.510
12º) Curitiba – 112.836

As 12 fan fests tiveram 748 apresentações ao vivo (menos no Recife) e 760 horas de música. Ao todo, o evento reuniu 5.154.386 pessoas.

Pernambuco representou 2,5%.

O artilheiro de bronze de Abelardo da Hora

Estátua "O Artilheiro", de Abelardo da Hora. Foto: Arena Pernambuco/facebook

Com cinco metros de altura e pesando aproximadamente 1,5 tonelada, a obra “O Artilheiro” é a grande lembrança esportiva do escultor, desenhista, gravurista e ceramista Abelardo da Hora.

Na entrada da Arena Pernambuco, a obra eterniza o mestre pernambucano no futebol, também torcedor alvirrubro.

“É o gol, o momento em que o torcedor mais se alegra. É um instante, uma fração de segundos, que marca a eternidade”.

Palavras do próprio artista ao inaugurar a obra.

O arremate de bronze, foi apresentado em 31 de julho, após a Copa do Mundo, numa homenagem aos 90 anos do artista – comemorados no próprio estádio.

Por sinal, o mestre pernambucano dedicou 60 anos à arte moderna.

Em um de seus últimos atos, deixou a sua marca no esporte.

Abelardo faleceu neste 23 de setembro (veja aqui)

Por aclamação, Evandro Carvalho garante mais quatro anos no comando da FPF, a 5ª federação mais rica do país

Evandro Carvalho no discurso após a eleição para presidente da FPF, em 22 de setembro de 2014. Foto: FPF/Assessoria

Por aclamação – ou seja, com os votos de todos os clubes e ligas municipais -, Evandro Carvalho foi eleito para mais um mandato na presidência da Federação Pernambucana de Futebol. Serão quatro anos, de 2015 a 2018.

O dirigente já vinha no comando da entidade desde 29 agosto de 2011, após a morte do então mandatário, Carlo Alberto Oliveira. A eleição nesta segunda-feira foi apenas protocolar, atendendo aos requisitos da Assembleia Eletiva.

Depois, ao lado dos seus vice-presidentes, do conselho fiscal da entidade e dos membros do TJD, discursou para os representantes das agremiações presentes, inclusive dos grandes clubes, que tanto se queixavam. Caso não volte atrás na palavra, este deverá ser o último mandato de Evandro frente à federação – até porque já vislumbra a vice-presidência da CBF.

Para os próximos anos, além de contar com uma oposição mais viva – diluída nesta eleição pela brusca mudança de data do pleito -, o presidente deve focar na organização do Pernambucano, que há alguns anos vem passando por transformações devido ao calendário nacional, quase nunca para melhor.

O primeiro ponto deve ser conseguir uma liberação junto à CBF para poder organizar jogos em dezembro e janeiro, onde quer, mais uma vez, realizar a fase preliminar do Estadual, apenas com os clubes intermediários.

Em relação às finanças, a FPF já é a 5ª federação mais rica do país. Em 2013 a receita foi de R$ 6,6 milhões. Hoje, o seu patrimônio líquido é de R$ 5,6 milhões.

Além do subsídio estatal do Todos com a Nota, a federação pernambucana se notabiliza pela cobrança de 8% da renda bruta de cada partida no estado, numa “taxa administrativa”. Até fevereiro de 2013 o valor era de 6%, já acima da média. Na maior parte do país as entidades cobram 5% da bilheteria.

A captação de recursos é grande. Agora, Evandro tem quatro anos pela frente, tempo suficiente para também fomentar os clubes com essa saúde financeira.

Até mesmo porque o apoio recebido foi claro. Foi aclamado.

Evandro Carvalho no discurso após a eleição para presidente da FPF, em 22 de setembro de 2014. Foto: FPF/Assessoria