Para qualquer clube tradicional no Brasil, um título como o desta postagem significa o abismo cada vez mais próximo, decadente.
Sim, a dois jogos da Terceirona, do inferno, distante dos 40 melhores times do país.
Para o Santa Cruz, tão achincalhado nos últimos anos, isso seria a redenção. O primeiro passo dela, na verdade. Um desejo maior, numa longa marcha. Que precisa começar…
Para chegar pertinho do primeiro acesso nacional, foi preciso superar um confronto de 180 minutos contra os alagoanos do Coruripe.
No Arruda, vitória magra por 1 x 0. Futebol fraco, diante de 44 mil pessoas, mas com uma vantagem importante. Seria uma semana inteira de preparação para a decisão.
E aquela vantagem acabou se tornando vital para a campanha coral…
Em Coruripe, a 343 quilômetros do Recife, com a presença de dois mil fiéis tricolores no acanhado estádio Gerson Amaral, um empate em 0 x 0.
Foi o resultado esperado pelo campeão pernambucano. Necessário.
A partida teve cara de várzea, digna de uma divisão tão abissal. Um cartão vermelho para cada lado, muitos passes errados e poucas chances de gol.
Apesar disso, o clima foi tenso durante toda a partida. Esse sensação vem dos anos no limbo, com o tricolor quase acostumado ao que há de pior em torcer: sempre sofrer.
Enfim, o Tricolor está classificado às quartas de final da famigerada Série D, o pré-sal do futebol brasileiro, onde não cabe mais o Santa Cruz. Nunca coube.
Faltam apenas dois jogos. Um deles, no Mundão. Recorde de público à vista.
A Série C está perto. Nunca uma multidão ficou tão feliz e ansiosa por isso…