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Um dos piores clássicos que já vi na Ilha do Retiro.

Uma arbitragem fraca, sem pulso, conivente.

Dois times longe de um primor técnico.

O Sport com uma falta de articulação no meio-campo que irrita qualquer um. Que faz o torcedor sair do estádio sem outro assunto para conversar.

O Náutico com um time de meninos, com sete jogadores da base em campo. O que não é sinônimo de qualidade. Para isso, falta muito ainda. Era uma equipe remendada.

Um técnico experiente, mas sem ousadia alguma para mexer na equipe, mantendo 3 zagueiros por mais 30 minutos de prorrogação se fosse o caso neste sábado.

O outro, interino, contava os minutos para deixar a área técnica, consciente de que o elenco timbu não reunia forças.

Um empate justo. No placar, 1 x 1. Mas até os gols mostram o baixo nível da partida.

O primeiro, depois de uma linha de impedimento absurdamente mal feita pela zaga alvirrubra, mesmo com o lançamento (um “balão”, na verdade) de Dutra. Na hora de finalizar, Wilson teve o seu mérito. Mas o time não embalou.

Depois, uma cobrança de falta de Hamilton, que em 2009 vestia a camisa do Sport. Com o uniforme do Náutico – e também com a braçadeira de capitão, por causa da ausência de Carlinhso Bala -, o volante abusou da pegada forte, mas também ficou marcado com o gol de falta. Mas “daquele” jeito, né…

Num frango de Magrão! Os gigantes também falham, Magrão. E mais de uma vez, como no caso do paredão leonino, que já não havia ido bem na última quarta.

No fim, uma expulsão pra cada lado, numa situação mal dirigida pelo árbitro Carlos Costa, que até ali não sabia o que era cartão amarelo. Acho que ele nem levou.

E ficou nisso. Com vaias, é claro 😕

Confesso que ficou um cheiro de “Série C”. Ainda está cedo, ok. Mas só o fato de temer isso já é preocupante. Dos dois lados, é bom ressaltar.

Ainda bem que o jogo foi no sábado. Rubro-negros e alvirrubros não mereciam perder um domingo no Recife com uma partida tão fraca.

Foto: Ricardo Fernandes/DP

O futebol é bem dinâmico.

A vaia e o aplauso caminham praticamente juntos.

Os exaltados hoje podem ser humilhados amanhã. E vice-versa.

O Náutico vinha numa sequência incrível de 5 vitórias. Aos trancos e barrancos? Ok. Mas eram 5 vitórias e a cola na liderança do Estadual. Vieram as 2 derrotas para os times de Caruaru e tudo mudou.

Por um simples motivo: o próximo jogo é o clássico contra o Sport, na Ilha do Retiro, onde o Timbu não vence desde 28 de março de 2004.

Uma 3ª derrota seguida poderá complicar um pouco a vida do técnico Guilherme Macuglia, que já não tem a aprovação total da cúpula timbu.

A situação se torna ainda mais surreal pela repetição. Nos últimos anos, pelo menos 3 técnicos caíram em Rosa e Silva após um revés no Clássico dos Clássicos. 👿

Em outubro de 2006, Paulo Campos caiu após a derrota por 2 x 0 na Ilha, pela Série B (gols de Fumagalli). Na época, os jogadores alvirrubros reclamaram da atitude da diretoria, já que o grupo gostava do comandante, que ficou à frente da equipe durante 25 partidas. Hélio dos Anjos conduziu o restante da campanha de volta à elite nacional.

Em 2007, já na Série A, PC Gusmão caiu após 8 jogos. A queda aconteceu após a goleada por 4 x 1, também na Ilha. A demissão, porém, só foi confirmada no dia seguinte. Apesar de que no vestiário parte da diretoria já dizia nas rádios que ele estava demitido, enquanto outros dirigentes também afirmavam o contrário.

Em julho de 2008 foi a vez de Leandro Machado, também no Brasileirão. Derrota por 2 x 0, dessa vez nos Aflitos. No caso de Machado, o presidente timbu na época, Maurício Cardoso, chegou a negar que o revés no clássico tivesse sido o motivo da demissão.

Sina?

Atualização às 12h40: Macuglia acabou sendo demitido nesta manhã. Desta vez deu nem para esperar o clássico! Eu bem que avisei…