Blog de Esportes

Mesmo de folga, inventei de levar o caderno para anotar qualquer besteira lá no Arruda. E acabei fazendo o scout do clássico… Confira abaixo alguns números.

1 Santa Cruz

13 finalizações (4 certas)  – Somente na última delas veio o sucesso, em uma cabeçada de Adilson, que incendiou o Povão. Mas uma delas, que parecia letal, explodiu na trave. Pênalti perdido por Marcelo Ramos…
20 faltas – Acho que em alguns momentos o Santa poderia ter feito a tal “falta inteligente”, dita certa vez pelo técnico alvirrubro Roberto Fernandes. No 2° tempo foram apenas 6. Curiosamente, o Sport cresceu na partida.
4 escanteios – O gol saiu na última cobrança, do menino Sandro, pelo lado direito.
1 impedimento – 😎

1 Sport

10 finalizações (3 certas) – Paulo Baier de falta… Andrade de falta… A bola não entrou por detalhe! Mas com Ciro não tem isso. O prodígio da Ilha entrou e acertou mais um belo chute na sua curta carreira. Quase se consagrou neste domingo.
32 faltas – A defesa rubro-negra manteve a sua média de faltas. Mostrando certa regularidade, independente do nível do adversário.
6 escanteios – Foram 5 somente na etapa final. Baier bateu tantos escanteios que cansou no fim. A bola parada ainda não se tornou uma arma mortal para o Leão.
2 impedimentos – 😎

O Clássico das Multidões passou ao vivo na TV. Mas dessa vez isso não foi suficiente para afastar o público do estádio. O Arruda recebeu 42.329 torcedores nesta tarde. Eu estava lá. Mesmo de folga, queria ver de perto a festa no Mundão.

As gozações… Com o velho humor pernambucano. 😀

Os gritos de guerra… Em uma altura que deixou difícil qualquer diálogo.

Algo bem diferente da transmissão pela TV, que ainda não consegue trazer esse diferencial para o torcedor do sofá.

No Arruda, vi a hilária faixa “Aluga-se estádio para a Libertadores”, passando de um lado para o outro da torcida do Santa Cruz. Vi um bandeirão gigante (175m x 45m), que encheu a torcida coral de orgulho.

Os rubro-negros não cansaram de dar uma sacaneada sobre a 4ª divisão nacional do rival: “O Santa não para… De descer… Da A pra B, da B pra C, da C pra D…”. Foram disponibilizados para a torcida do Sport cerca de 11 mil ingressos. Todos eles presentes nas arquibancadas.

Uma Polícia Militar sem tanto trabalho dentro do Mundão, com uma divisão larga entre as duas massas, contagiadas pelo clima de festa.

Mas na saída do jogo, infelizmente, vi de perto uma batalha na Avenida Beberibe, onde fiquei durante quase 40 minutos esperando um táxi. Centenas de torcedores do Santa correndo de arrastões. Crianças, inclusive. A mesma situação vivida pelos leoninos, que saíram 15 minutos depois. A Cavalaria da PM teve muito trabalho. Escrevo sem saber o saldo final da violência. Espero que tenha sido “zero”. 😯

Nas fotos acima, cenas do jogão (fotos de Alexandre Gondim e Helder Tavares, ambos do DP). Todos os olhos voltados para o tapete com a grama bermuda, onde os 22 jogadores corresponderam em um clássico bem disputado. O motivo maior para vencer a luta que se tornou ir aos jogos de futebol no Recife.

Um sol para cada um no primeiro tempo. Cadência…

E nenhum gol para sacramentar a festa nas arquibancadas do Arruda.

Segundo tempo corrido, emocionante.

Golaço.

Pressão.

Pênalti.

Pênalti perdido.

Emoção.

Gol de empate nos minutos finais.

E gente, muita gente vendo tudo isso.

Durante 90 minutos, ficou provado que clássico é um jogo de superação, no qual é possível igualar a distância técnica com muita raça.

E diga-se que isso não faltou ao Sport. Longe disso. Na tarde deste domingo, o abismo entre a Série D e a Série A se tornou inexistente pela determinação do Santa Cruz. De um novo Santa Cruz, para deixar bem claro.

Valeu a pena a espera. O empate por 1 x 1 mexeu com o Recife no domingo. Um domingão daqueles…

Leia a matéria do diariodepernambuco.com.br sobre o clássico clicando AQUI.