Maior de Pernambuco. Acredite, esse status já pertenceu ao combalido Alviverde.
O América, aquele mesmo Mequinha cada vez menor, chegou a ser o maior vencedor do Estadual na década de 1920, em uma época remota.
Nem mesmo o torcedor símbolo Teófilo Silva, de 87 anos, se recorda.
Transmissões de jogos de futebol praticamente não existiam. Até mesmo nos jornais as notícias eram escassas. Mas os registros apontam…
O Alviverde fora campeão em 1918, 1919, 1921, 1922 e 1927!
Depois da era de ouro, apenas mais uma conquista, já na era profissional, em 1944.
Mas troféu foi seguido pelo ostracismo.
Longo tempo nas últimas colocações do Pernambucano, de vexames na 2ª divisão e até sem atividade alguma, com poeira na tradicional sede na Estrada do Arraial.
Por isso, a simpatia dos antigos rivais, com uma certa saudade dos antigos clássicos.
Foram 15 anos longe dos principais gramados pernambucanos. Até que, de quase indigente, o América começou a se reerguer…
Na base do milagre, voltou à elite em 2010. Além da combinação de resultados, precisava golear fora de casa. Deu tudo certo. Sorte que nunca foi a cara do time.
Em 2011, o segundo ato da santificação do América Futebol Clube.
Após a abertura, ficou da 2ª rodada até a 21ª na zona de rebaixamento.
Haja sofrimento! Nas últimas quatro partidas, arrancou sob a batuta do técnico Paulo Júnior. Ganhou três aos tranc0s e barrancos e empatou uma.
No apagar das luzes de um histórico e tenso jogo em Araripina, já com o apagão em Santa Cruz do Capibaribe, o zagueiro Carioca marcou de cabeça o gol salvador.
O gol da vitória por 2 x 1, aos 48 minutos do segundo tempo.
Tão maltratado, o Mequinha dessa vez sorriu. Os poucos torcedores vivos, a grande maioria da velha guarda, como Teófilo, comemora, como se fosse um título.
Não há troféu desta vez. Mas há a lembrança viva, de que o América está vivo.