A cada trinta dias um fotógrafo contratado pela Odebrecht sobrevoa a arena a bordo de um helicóptero, captando imagens sempre do mesmo ponto.
Com o auxílio de um GPS, as imagens replicam maquetes originais, produzidas em 3D pelos arquitetos há bastante tempo. O mesmo ocorreu internamente.
Com a cobertura finalizada e quase todo o estacionamento finalizado, é possível, enfim, enxergar nas imagens aquele projeto futurista em São Lourenço.
Na prática, o empreendimento já encontra-se em 95% de avanço físico. Nas imagens é possível perceber as lacunas: fachada inspirada na Allianz Arena, cadeiras, iluminação, placar eletrônico e gramado.
Neste postagem, dois exemplos dessa evolução, saindo da maquete. Na sua opinião, está fazendo jus ao projeto original?
Há uma certeza sobre o jogo inaugural da Arena Pernambuco. De contato assinado com o consócio, o Náutico estará presente na pioneira partida. Não, não será em 14 de abril de 2013, data oficial para a abertura do estádio.
Na prática, o primeiro evento, que poderá ter a presença da presidente da república Dilma Rousseff, será uma tarde de visitação ao empreendimento. Para o futebol propriamente dito, com limitação de público sobre os 46.214 lugares, são três datas possíveis no mês de maio.
Dias 12, 19 e 26. Três domingos. Um deles está reservado para a final do Estadual, caso a decisão chegue ao terceiro jogo, com prevê o regulamento.
Se o Náutico alcançar a final, surge a chance da decisão ser levada para a arena, ainda que não seja a ideia inicial. Palavras do secretário do Comitê Gestor de Planejamento Urbano, Silvio Bompastor.
Se a final não for um clássico, algo raríssimo no futebol local, a chance cresce bastante. Considerando uma decisão óbvia, envolvendo dois dos três grandes clubes, haveria de ter uma longa reunião para liberar a partida.
Nem o governo do estado nem o consórcio se mostram muito animados com a abertura do estádio logo com um clássico, sobretudo após as polêmicas aberturas do Mineirão, com Cruzeiro x Atlético-MG, e Castelão, com uma rodada dupla reunindo Ceará e Fortaleza.
O dia 26 de maio é o único dia reservado e confirmado para um evento-teste da Fifa antes da Copa das Confederações. Até lá, um amistoso então? Apenas 30 mil ingressos? Com o Náutico, provavelmente. O mistério está perto do fim.
A partir do dia 27 de maio a arena ficará sob controle da Fifa e só voltará ao traçado ordinário do consórcio após o Festival dos Campeões…
O sol forte colaborou para a visita de Jérôme Valcke à Arena Pernambuco. O secretário-geral da Fifa chegou no canteiro de obras por volta de 12h desta terça. Veio de carro, com o caminho aberto por batedores, naturalmente.
Do Aeroporto Internacional dos Guararapes, encarou as Avenidas Mascarenhas de Morais e Abdias de Carvalho e as rododvias BR-232 e BR-408. Na segunda a cidade havia tido um dia de caos, com vias travadas apás a volta da chuva, relembrando pela enésima vez a precária condição viária da metrópole.
Paralelamente a isso, o governador Eduardo Campos e o prefeito da capital pernambucana, Geraldo Julio, realizavam um sobrevoo no canteiro a bordo de um helicóptero, sem qualquer chance de imprevisto ao destino. No solo, o encontro. Aos gestores locais, o tempo bom realmente ajudou na inspeção oficial da Fifa, sobretudo ao “produto” divulgado para o público.
Valcke, aliás, optou por não comentar desta vez sobre mobilidade urbana com a imprensa. Argumentou que não havia tido acesso aos relatórios àquela altura.
Na Suíça, certamente teve. Mas uma reunião posterior acertaria os ponteiros com o governador, que não conseguia esconder a satisfação o grau de avanço da arena, que correu bastante para cumprir os prazos e passar de 90%.
Insistindo novamente na mobilidade urbana, esta aparece como o principal desafio local tanto na Copa das Confederações quanto na Copa do Mundo.
Há a certeza de que teremos feriados, que diminuirão consideravelmente a quantidade de carros nas ruas, até porque a Região Metropolitana do Recife conta com inacreditáveis 1.115.461 veículos registrados.
Contudo, os discursos, tanto no inglês fluente do francês Valcke quanto no português carregado de sotaque de Eduardo, direcionam o legado do estado para a infraestrutura viária, à acessibilidade. Só na Copa das Confederações o investimento em mobilidade chega a R$ 1,2 bilhão. Sem os incrementos.
A Arena Pernambuco já é uma realidade. Dentro de quarenta dias deve acontecer a sua inauguração, apesar do lampejo de cobrança do executivo da Fifa em relação ao gramado. Nesta segunda visita do secretário-geral da entidade que comanda o futebol, o supracitado tema central, notório, ficou nos bastidores. Mas os representantes de Pernambuco e da Fifa se entenderam.
Nesta apressada reta final, o momento aponta um discurso afinado, seja lá qual for a língua, do caminho traçado. O interesse vai do Recife a Zurique.
Um campo oficial de um torneio da Fifa tem 105 metros x 68 metros, segundo o caderno de encargos. Ao todo, uma ára de 7.140 metros quadrados. Levando em conta as doze arenas brasileiras para a Copa do Mundo, serão 85.680 m².
Na Arena Pernambuco, após um estudo que considerou o clima e o solo da região, a grama escolhida foi a Bermuda Celebration. Outras arenas fizeram o mesmo, sempre no padrão determinado pela Fifa.
Agora, a entidade resolveu focar de vez os campos. Naturalmente, tornou-se prioridade devido aos prazos apertados das obras nos estádios, o que leva consequentemente a um gramado finalizado em cima da hora.
Não por acaso, no Recife até o sistema de plantação e drenagem foi modificado. Em vez do plantio de sementes e drenagem à vácuo, reduzindo drasticamente a possibilidade de alagamento no campo, os gestores locais conseguiram dobrar os executivos da Fifa, uma vez que o prazo estava bastante curto.
Desta forma, o estádio em São Lourenço terá uma plantação em rolos, com a transição de placas de grama, e uma drenagem gravitacional, a mais tradicional nos palcos do país. Com pressa, placas soltas, como na Arena Grêmio.
“O importante é que seja qual for o jogo na cidade-sede, o gramado precisa estar em boas condições, pois serão 90 minutos para o mundo inteiro. E aqui todos vão ver Espanha x Uruguai”.
Palavras do francês Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, aqui no estado.
Uniformizar os gramados brasileiros parece ser uma missão mais difícil do que se imagina. Além do que, é preciso que seja nivelado por cima, sem placas soltas, gramado irregular…
Principal figura da Fifa em relação à preparação brasileira para a Copa das Confederações de 2013 e, sobretudo, a Copa do Mundo de 2014, o francês Jérôme Valcke é disparado o tom mais crítico em relação às obras no país.
Ao contrário dos gestores brasileiros, que sem surpresa alguma focam sempre o otimismo máximo, o secretário-geral da entidade que comanda o futebol não costuma economizar nos comentários.
No próximo dia 5 de março de 2013, o executivo visitará a Arena Pernambuco pela segunda vez. Na primeira, em 26 de junho de 2012, encontrou o canteiro com 43% de avanço. Na época, o temor era de que o Recife virasse uma nova Port Elizabeth, a cidade sul-africana cortada da última Copa das Confederações.
A esta altura, com milhares de ingressos do Festival de Campeões vendidos para os três jogos no estado, essa possibilidade tornou-se irreal. O que não significa que esteja tudo perfeito. Não está, mas a correria para a alcançar o prazo de conclusão agendado para abril elevou o panorama atual para 90%.
Na nova visita, o mesmo script, com Ronaldo e Bebeto atraindo as atenções, o governador de Pernambuco reforçando a parceria com o Comitê Organizador Local e, no fim, Valcke listando as verdadeiras prioridades.
Há oito meses, falou do estádio, da rede hoteleira, do aeroporto e da mobilidade urbana da capital. A sua última declaração expõe a situação (veja aqui).
“Não adianta fazer o estádio mais bonito do mundo, no meio do nada.”
Agora fica a expectativa sobre o que ele tem a dizer sobre a inauguração do estádio, uma vez que o Castelão e o Mineirão abriram os portões sob críticas.
Na reta final de trabalho, a Arena Pernambuco passou de 90,1% de avanço físico. Os dados de fevereiro, com expectativa superior a 95%, serão concluídos até meados de março. Falta pouco para o futuro do futebol local.
Em vez de apontar o que já foi feito, chegou a hora do blog fazer o oposto, enumerando os pontos em aberto no milionário empreendimento.
No setor de cadeiras já são mais de 16.000 assentos instalados, de um total de 46.214. Parte das cadeiras vermelhas já encontra-se no anel superior, na ala sul.
Içados por guindastes, os 22 módulos da cobertura, armados ainda no solo por telhas, forros e vidros, pesando 45 toneladas cada, foram montados com ajuda de alpinistas. Os módulos estão sendo finalizados.
Na área do campo de jogo, o terreno foi rebaixado para a colocação do sistema de drenagem, com o formato de uma “escama de peixe”. As camadas seguintes serão de brita, no estágio inicial, e areia, prevista para março. Só depois será colocado o gramado “bermuda celebration”, cultivado no CT do Náutico.
A estrutura metálica onde será instalado o revestimento combinado entre LED e almofadas de Etileno Tetrafluoretileno já circunda quase toda a arena. A membrana terá 25 mil metros quadrados, a tecnologia da Allianz Arena.
Os trabalhos de acabamento devem durar até o início de abril, no chamado “arremate” do projeto. Entre os vários pontos, a colocação de azulejos nas quatro rampas de acesso ao anel superior, além de lanchonetes e banheiros.
Antes dos testes finais em abril, prioridade para as instalações elétrica e hidráulica – nos lugares climatizados ainda haverá um forro especial. Além do trabalho na área interna, serão colocados dois telões de LED (77,4 m²) e 380 projetores de luz, anexados à cobertura.
Estamos a exatamente quatro meses da Copa das Confederações.
O Festival de Campeões de 2013 será o grande teste do Brasil aos olhos do planeta para a organização da Copa do Mundo, no ano que vem. Estrutura, acessibilidade, conforto, segurança, horários etc.
O país vem correndo para tentar deixar as seis subsedes em condições de abrigar o torneio no alto nível exigido pela Fifa. Uma correria que na prática é culpa da própria desorganização do país, no seu oceano burocrático.
Nesta mesma sexta começou a segunda fase da venda pública de ingressos para o torneio. Ainda faltam 291.200 bilhetes para os jogos de Brasil, Espanha, Itália, Uruguai, México, Nigéria, Japão e Taiti. Veja como conseguir aqui.
Abaxo, um vídeo com a tabela completa, estádio por estádio, agora finalizada após o título africano da Nigéria em fevereiro, o oitavo integrante.
Aos países participantes, uma premiação acumulada de US$ 20 milhões através da Fifa, sendo 4,1 milhões de dólares para o campeão.
Na Arena Pernambuco, com 90% de avanço físico até o momento, o cronograma tabela já estava definido, com três partidas (veja aqui).
Em 120 dias teremos as respostas sobre a capacidade organizacional.
Inegavelmente, é um projeto de grande impacto para a cidade. O Conselho de Desenvolvimento Urbano do Recife (CDU) avalia projetos de grande relevância tendo como ponto de partida terrenos de 10 mil metros quadrados. Uma reavaliação na Ilha do Retiro expôs uma área de 110 mil metros quadrados, distribuídos entre estádio, campo auxiliar, sede, parque aquático e estacionamento. Onze vezes maior.
Na mesa da Prefeitura do Recife encontra-se uma pilha de páginas com o projeto de remodelagem do complexo, transformando a estrutura atual em arena, centro comercial e empresariais. Neste ponto, o impasse entre Sport e poder público, encabeçado por Geraldo Júlio. O documento segue estagnado.
O secretário de mobilidade e controle urbano da capital, João Braga, alega precisar de mais tempo para avaliar o projeto, hoje orçado em R$ 750 milhões. Sem dúvida alguma, é preciso uma minuciosa análise técnica. A pressa em tirar a nova Ilha do papel acabou gerando uma ansiedade entre os rubro-negros.
A ponto de aumentar a discussão sobre possíveis articulações políticas contrárias ao projeto. Há quem enxergue a demora no fato de a arena leonina ser um entrave para a plena operação da Arena Pernambuco, a parceria público-privada entre governo do estado e Odebrecht. Por enquanto, só o Náutico tem contrato assinado com o estádio em São Lourenço, por trinta anos.
Contudo, o Sport já tem uma negociação pronta para também mandar os seus jogos no estádio da Copa 2014, mas por cinco temporadas, justamente o prazo máximo de construção de seu novo estádio. Seria do interesse do governo estado, da mesma base partidária da PCR, inviabilizar um novo palco na cidade, particular, para priorizar o “seu” projeto?
Economicamente, o estádio seria (será) um concorrente. Mas focar apenas nisso, na opinião do blog, resulta em uma leitura, a princípio, rasa, até porque deveria ser de interesse ainda maior a revitalização completa de um bairro em uma área central do Recife, com capital privado, sem mexer em nada no não menos milionário empreendimento em andamento visando o Mundial.
Portanto, teoria da conspiração à parte, o projeto do Sport, devidamente elaborado, revisado e com as medidas mitigadoras para espaços públicos, segue tramitando no CDU em um curso normal. Até segunda ordem.
Sobretudo porque uma suposta inviabilização desta arena não levaria o Sport, necessariamente, a assinar um contrato de trinta anos. Poderia ser até um tiro no pé dos gestores públicos, com o clube negando inclusive o contrato de cinco anos com o Consórcio Arena Pernambuco. Até porque, francamente, a Ilha do Retiro ainda está de pé. E o clube poderia recorrrer da decisão na justiça.
Tempo ao tempo. Um projeto dessa magnitude não seria aprovado do dia para a noite. E nem o estado seria tão ingênuo de bater de frente com uma massa humana passando por cima de todas as licenças. Poderia ser irreversível.
De quatro em quatro anos o faturamento da Fifa é turbinado.
Apesar de bilionária, a entidade conta os dias para uma nova Copa do Mundo. É o período no qual o seu lucro sobe à estratosfera.
Em 2010, na África do Sul, o saldo líquido foi de US$ 202 milhões, entre ingressos, direitos de transmissão, patrocinadores e produtos oficiais. Um ano depois, sem eliminatórias, produtos oficiais do novo torneio ou algo do tipo, o lucro foi de “apenas ” 36 milhões de dólares (veja aqui).
Com o Mundial do Brasil batendo na porta, a Fifa irá reacelerar a sua engenharia financeira. A partir de março chegam ao mercado brasileiro as primeiras peças oficiais da Copa do Mundo.
Ao todo, serão aproximadamente 1.500 produtos, fabricados por 34 empresas licenciadas. Veja a lista de produtos confirmados aqui.
Na gama de produtos relacionados ao torneio estão mascotes, peças de vestuário, bolas, cadernos, bonés, mochilas, canecas, brinquedos etc.
A ação já deve refletir em Pernambuco de forma imediata.
O planejamento na distribuição de lojas oficiais em 2014 é contar no mínimo com dois quiosques, no aeroporto e no estádio, além de uma megaloja em algum ponto na cidade, numa operação da rede Dufry Sports, que fez o mesmo nos Jogos Pan-americanos de 2007.
No Recife, portanto, Aeroporto Internacional dos Guararapes, Arena Pernambuco e mais algum centro de compras a definir.
Será possível encontrar nas lojas até uma miniatura do estádio…
Entre ingressos e produtos, o torcedor deverá ser bastante guiado pelo mundo publicitário coordenado pela Fifa à gastança.
À medida que o estádio se aproxima da conclusão, prevista para abril, aumenta a preocupação sobre a infraestrutura viária até o complexo (veja aqui).
No estádio, cuja obra chegou em janeiro a 90% de avanço físico, serão aproximadamente de seis mil vagas disponíveis no estacionamento.
Para chegar lá, dois caminhos vitais, além do metrô. Pelo Ramal da Copa, em um acesso a partir de Camaragibe, e através da rodovia BR-408.
O Ramal foi uma das últimas obras a sair do papel, apesar do caráter prioritário. A assinatura do projeto de R$ 132 milhões foi em 1º de outubro de 2011. Atualmente encontra-se em 65%, com parte da pista asfaltada.
Já na rodovia federal a duplicação está pronta. Falta o viaduto de acesso à arena, cujo contrato é de R$ 24,5 milhões. A construção está em 92%.
A previsão é finalizar os dois caminhos até abril, no limite do estádio.
Você acha que a estrutura de acessibilidade à Arena Pernambuco suportará a demanda de público? A princípio, você iria de metrô, pelo ramal ou pela rodovia?