Em um processo acelerado, a Caixa Econômica Federal já estampa a sua marca em onze clubes brasileiros, gerando um aporte anual em patrocínios no futebol de R$ 96,9 milhões. O banco ligado ao governo federal repete o formato massivo de patrocínios no esporte, cíclico.
No final da década de 1980, a Coca-Cola patrocinou quase todos os integrantes do Brasileirão. A companhia de refrigerantes era quase onipresente na televisão. Com isso, conseguiu associar a sua imagem ao esporte. Duas décadas depois, o banco BMG, privado, retomou o processo, com cifras bem maiores.
Na ocasião, o banco, cuja marca ocupava espaços enormes nos uniformes, alcançou 19 clubes. Em 2011, nada menos que metade da Série A foi bancada pela empresa. Das treze agremiações de maior torcida no Brasil, oito eram patrocinadas pela instituição, o que correspondia, na época, a 42% da população nacional. Ao todo, um investimento de R$ 100 milhões por temporada.
Visando o Mundial de 2014, a Caixa vai se estendendo nas mais diversas regiões. Já firmaram com o banco: Flamengo, Corinthians, Vasco, Coritiba, Atlético-PR, Vitória, Atlético-GO, Figueirense, Avaí, Chapecoense e ASA. Ou seja, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Bahia, Santa Catarina, Goiás e Alagoas. Outros estados estão na mira, inclusive Pernambuco.
Algumas negociações estão travadas porque os clubes ainda não conseguiram as certidões negativas de débito, exigidas no processo com um parceiro estatal. São documentos de órgãos públicos declarando que não existem pendências.
No Recife, Sport e Santa Cruz já tiveram contato. O objetivo é assinar contratos entre R$ 3 mi e R$ 6 milhões. Em pelo menos três oportunidades os três grandes locais já foram patrocinados pela mesma empresa ao mesmo tempo: Banorte (anos 1980), Coca-Cola (1993/1994) e Excelsior Seguros (1998/1999).
É cada um por si ou vale negociar em bloco? É preciso observar a tendência do mercado, com o domínio das marcas entre os rivais…