Os 64 jogos da Copa do Mundo de 2014 terão cerca de três milhões de ingressos, entre bilhetes comuns e entradas para convidados, autoridades e imprensa.
Deste total, 85% irá para a bilheteria tradicional. Ou quase isso.
Será uma bilheteria virtual. A Fifa confirmou que a comercialização dos ingressos será apenas pelo site oficial da entidade que regula o futebol no planeta.
Ou seja, é bom o torcedor ficar atento em relação a qualquer proposta de agência de turismo, promoções e outros sites de ingressos especializados no futebol brasileiro.
“A Fifa e o Comitê Organizador Local chamam a atenção dos torcedores para que tenham cuidado com ofertas de ingressos e promoções que não sejam autorizadas. Diversas empresas estão tentando convencer pessoas de que possuem ingressos autênticos para a Copa do Mundo 2014, embora não haja ingressos individuais disponíveis ainda (fora os que fazem parte dos pacotes de hospitalidade).”
Por enquanto, a venda do Mundial está liberada apenas para os bilhetes corporativos através de pacotes caríssimos, fixados em dólar e negociados sobretudo com empresas multinacionais. O mais caro de todos custa a bagatela de US$ 2,3 milhões (veja aqui).
Se essa vai ser a Copa do jeitinho, saberemos em breve. Cabe ao torcedor ficar ligado.
O guichê na Arena Pernambuco, por exemplo, terá outra finalidade durante o evento…
As dezesseis seleções que participaram da recém-encerrada Eurocopa 2012 vão repartir US$ 229 milhões em prêmios (182 milhões de euros), com índice de US$ 14,3 milhões.
Acima, a tabela de prêmios do torneios segundo o Futebol Finance, em euros, com direito a uma verba extra por ponto conquistado na fase de grupos.
Ao todo, a campeã Espanha abocanhou 28,9 milhões de dólares. Há dois anos, na África do Sul, a Fúria recebeu US$ 30 milhões, um valor bem próximo.
Para se ter uma ideia do que esse valor pago pelo torneio da Uefa desta temporada representa em competições deste porte, os 32 países que disputaram a Copa do Mundo de 2010 dividiram 420 milhões de dólares, com média de US$ 13,1 milhões.
A crise econômica está pesada no Velho Mundo, mas as seleções passaram ilesas…
Confira a premiação absoluta do Mundial de futebol, de acordo com a Fifa.
2002 – US$ 199 milhões
2006 – US$ 300 milhões (+ 50,7%)
2010 – US$ 420 milhões (+ 40,0%)
Após pagar a bagatela de R$ 70 milhões, a CBF mudará a sua sede para um complexo de 5.560 metros quadrados na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
O imóvel fica a 3,5 quilômetros da sede atual. As sedes anteriores também eram no Rio.
O valor impressiona, mas a Confederação Brasileira de Futebol, uma entidade privada, vem acumulando sucessivos superávits nos últimos anos. Lucra mais que os clubes.
De acordo com o balanço de 2011, o patrimônio da “empresa” saltou de R$ 181 milhões para R$ 258 milhões em um ano. Um aumento de 42,5% (veja aqui).
Boa parte da receita de R$ 300 milhões veio através dos patrocinadores da entidade. São 14 ao todo. A Nike, a principal marca, bancou nada menos que R$ 59 milhões.
Curiosamente, a sede da Nike é vizinha da nova CBF, na Avenida Luís Carlos Prestes.
A entidade que regula o futebol nacional aprendeu bem com a Fifa, imitando os traços da sede de Zurique. Por lá, o cofre é maior, com um patrimônio líquido de R$ 2,3 bilhões.
Modernidade por fora, volume financeiro por dentro e outras cositas más.
Ronaldo terá 37 anos durante a Copa do Mundo no Brasil. Com as chuteiras penduradas desde o início do ano passado, o Fenômeno ainda lamenta ter desperdiçado a chance de jogar com a Canarinha no próximo Mundial de futebol.
Membro do conselho do Comitê Organizador Local (COL), Ronaldo vem sendo o viés positivo nas inspeções da Fifa, roubando a atenção dos operários a cada pênalti batido nos campos, ainda de terra, das arenas em construção. No Recife, com bom humor, falou sobre a expectativa de jogar a Copa. No caso, pelo sonho frustrado.
“Queria ter 10 anos a menos e 20 quilos a menos (risos). Seria fantástico jogar com essa geração, com a boa possibilidade em 2014. Dois anos, uma Copa no país, com o nosso povo. Meu Deus, eu daria tudo por essa possibilidade.”
Sobre a característica física de Ronaldo, o ex-jogador de 1,83m variava entre 89 e 90 quilos no auge de um craque que soube dar a volta por cima após episódios dramáticos.
Vale destacar que a sua estreia oficial na Seleção Brasileira foi justamente em Pernambuco, em 23 de março de 1994, diante de 85 mil torcedores no estádio do Arruda. Vitória sobre a Argentina, por 2 x 0. O atacante entrou no finzinho, no lugar de Bebeto, autor dos gols. Curiosamente, ambos integram o COL.
“Aqui foi a primeira vez que eu vesti a camisa da Seleção. Joguei só cinco minutos, porque o fominha do Bebeto não deixou eu entrar. Mas a história é marcante, com o entusiasmo de todos aqui. Espero voltar aqui para jogar uma pelada na arena.”
Do Arruda para a Arena Pernambuco, vinte anos e alguns quilos depois.
Contagem regressiva para a Copa das Confederações de 2013. Faltam 365 dias. Confira as imagens mais recentes das seis arenas selecionadas para o torneio.
Apenas com esses estádios serão gastos R$ 3,96 bilhões. Com a mobilidade urbana, Pernambuco gastará mais R$ 717 milhões visando o evento de 2013.
Dinheiro, pelo visto, tem bastante. Tempo, nem tanto. Hora de correr.
Falta exatamente um ano para o início da Copa das Confederações no Brasil.
O jogo de abetura será em 15 de junho de 2013, às 16h, no Estádio Nacional, em Brasília, com a presença da Seleção Brasileira. Serão 365 dias para organizar toda a infraestrutura para a 9ª edição do evento para o Mundial, atualmente chamado de teste, mas que há vinte anos era, na verdade, uma ode ao rei saudita. Confira.
1992 – Troféu extraoficial
Os petrodólares atraíram bastante jogadores e técnicos no início da década de 1990 ao Oriente Médio. A Arábia Saudita, nação mais rica da região, foi além, promovendo a Copa Rei Fahd, com os campeões continentais. Na primeira edição, só quatro times. Mas foi um sucesso de público, com 169 mil pessoas em quatro partidas, todas no estádio Rei Fahd, na capital Riad. Sob o olhar do rei, que morreria em 2005, aos 85 anos.
Sede: Arábia Saudita
Campeão: Argentina
Vice: Arábia Saudita
Participantes: 4
Jogos: 4
Gols: 18 (média de 4,5)
Estádios: 1
Média de público: 42.375 pessoas
Artilheiros: Murray (EUA), Batistuta (Argentina), 2 gols
1995 – Estreia europeia no circuito
A novidade na 2ª Copa Rei Fahd, além do período de realização de dois em dois anos a partir dali, foi a presença do campeão europeu. Vencedora da Eurocopa em junho de 1992, a Dinamarca poderia ter participado da pioneira Copa das Confederações, mas declinou do convite. Em 1995, a seleção encarou a disputa e conquistou a taça, batendo a Argentina de Batistuta e Ortega por 2 x 0, com gols de Landrup e Rasmussen.
Sede: Arábia Saudita
Campeão: Dinamarca
Vice: Argentina
Participantes: 6
Jogos: 8
Gols: 19 (média de 2,3)
Estádios: 1
Média de público: 20.625 pessoas
Artilheiro: Luis Garcia (México), 3 gols
1997 – Com a chancela da Fifa
Novamente na Arábia Saudita, a Copa Rei Fahd passou a contar com a chancela da Fifa, que deu a denominação atual. Posteriormente, a entidade oficializou os dois torneios precursores. A Copa passou a contar com oito países, formato mantido até hoje. Começava também o domínio da Seleção Brasileira na competição. Na decisão, um categórico 6 x 0 sobre os australianos, com três gols de Romário e três de Ronaldo. O ataque “Rô-Rô”.
Sede: Arábia Saudita
Campeão: Brasil
Vice: Austrália
Participantes: 8
Jogos: 16
Gols: 52 (média de 3,2)
Estádios: 1
Média de público: 20.843 pessoas
Artilheiro: Romário, 7 gols
1999 – Sucesso de público
No torneio, apesar das 16 partidas na agenda, foram apenas duas subsedes, o Azteca (Cidade do México) e Jalisco (Guadalajara), ambos utilizados nos Mundiais de 1970 e 1986 e devidamente modernizados. Com uma seleção de novos, o Brasil fez ótimas partidas na Copa das Confederações do México, goleando a Alemanha por 4 x 0 e a Arábia Saudita por 8 x 2. Na decisão, com 110 mil pessoas no Azteca, o time da casa conquistou o seu primeiro título intercontinental, com um agônico 4 x 3 sobre a Seleção.
Sede: México
Campeão: México
Vice: Brasil
Participantes: 8
Jogos: 16
Gols: 55 (3,4)
Estádios: 2
Média de público: 60.625 pessoas
Artilheiros: Ronaldinho, Al Otaibi (Arábia Saudita) e Blanco (México), 6 gols
2001- Um teste de verdade
Enfim, um torneio organizado com o status de teste oficial para a Copa do Mundo. A preocupação da Fifa se devia à logística de um torneio em dois países, feito inédito para a entidade. Cada país-sede emplacou três arenas, em um recorde que deverá ser igualado em 2013. Treinado por Emerson Leão, o Brasil com um time “B” foi despachado na semifinal. Os estádios do Mundial, os mais modernos do planeta até então, foram aprovados. Não houve atrasos.
Sede: Coreia do Sul/Japão
Campeão: França
Vice: Japão
Participantes: 8
Jogos: 16
Gols: 31 (média de 1,9)
Estádios: 6
Média de público: 34.824 pessoas
Artilheiros: Suzuki (Japão), Hwang (Coreia), Carriere e Viera (França), Murphy (Austrália), 2 gols
2003 – Fatalidade sob os olhos do mundo
Cinco anos após o seu Mundial, a França voltou a organizar um torneio de grande porte e de grande audiência televisiva. A estrutura de 1998 ainda era mais do que suficiente. Aquele ano, contudo, ficou marcado pela morte do jogador camaronês Marc-Vivien Foé em plena semifinal contra a Colômbia, no estádio Gerland, em Lyon. O ato reforçou a pressão da Fifa pela segurança dos jogadores, com a rigidez dos cuidados médicos.
Sede: França
Campeão: França
Vice: Camarões
Participantes: 8
Jogos: 16
Gols: 37 (média de 2,3)
Estádios: 3
Média de público: 30.731 pessoas
Artilheiro: Thierry Henry (França), 4 gols
2005 – Aprendendo com as falhas
Uma mudança definitiva na estrutura do torneio. A partir de 2005, a Copa das Confederações seria realizada de quatro em quatro anos, sempre no país-sede do Mundial, um ano antes. O objetivo seria, literalmente, testar a organização. No caso da Alemanha, funcionou, ainda que às avessas. Primeiro com a falha na cobertura retrátil da arena Waldstadion, em Frankfurt, que vazou durante um temporal no jogo Brasil x Argentina. Outro problema foi o número de invasões de campo: cinco. Beckenbauer, presidente do Comitê Organizador da Copa 2006, classificou os episódios como uma “vergonha”. No Mundial, invasões contidas e nada de vazamentos na cobertura dos estádios.
Sede: Alemanha
Campeão: Brasil
Vice: Argentina
Participantes: 8
Jogos: 16
Gols: 56 (média de 3,5)
Estádios: 5
Média de público: 37.694 pessoas
Artilheiro: Adriano, 5 gols
2009 – Prazo vencido para as arenas
O atraso nas obras dos estádios para o primeiro Mundial da África respingou no evento-teste. Johanesburgo foi o palco da abertura e da final, tanto na Copa das Confederações quanto na Copa do Mundo. Ao contrário do Mundial, quando o belíssimo Soccer City recebeu as partidas, em 2009 foi o Ellis Park. A construção do maior estádio da cidade só seria finalizada em 21 de outubro daquele ano. A decisão entre brasileiros e norte-americanos aconteceu no dia 28 de junho. Um caso ainda pior ocorreu com a cidade de Port Elizabeth, que acabou de fora. A cúpula da subsede retirou-se do torneio em 8 de julho de 2008 porque o estádio Nelson Mandela não ficaria pronto a tempo para o prazo estipulado pela Fifa, em 30 de março de 2009. Assim, restaram apenas quatro cidades. Contexto semelhante ao de 2013, com as seis praças correndo contra o tempo.
Sede: África do Sul
Campeão: Brasil
Vice: Estados Unidos
Participantes: 8
Jogos: 16
Gols: 44 (média de 2,7)
Estádios: 4
Média de público: 36.555 pessoas
Artilheiro: Luis Fabiano, 5 gols
Para 2013, seis países já estão classificados: Brasil, Espanha, Uruguai, México, Japão e Taiti.
As edições seguintes serão na Rússia (2017) e Catar (2021).
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, visitou o canteiro da Arena Pernambuco nesta segunda. Fez um sobrevoo sobre a área de 52 hectares. No passeio, o vídeo abaixo.
O estádio, cuja construção começou em 30 de julho de 2010, está com 40% das obras executadas. Para fazer parte da Copa das Confederações, a arena precisa ficar pronta até fevereiro de 2013. Já é possível ver todo o contorno.
“O futebol representa 0,2 do PIB nacional e tem potencial para 1,2 com mais empregos, tributos e riqueza para o País. Estádios modernos multiuso melhorarão o público, a renda, o patrocínio e valorizarão as marcas dos clubes.”
Palavras do ministro do esporte, Aldo Rebelo, através do seu perfil no twitter, antes de sua segunda visita na Arena Pernambuco.
O produto interno bruto do país em 2011 foi de US$ 2,48 trilhões, ou R$ 4,14 trilhões.
Montante que elevou o Brasil ao status de 6ª economia do planeta.
Mas vamos à porcentagem citada pelo ministro. Considerando 0,2%, a receita gerada pelo futebol chegou a 4,96 bilhões de dólares. É muito dinheiro…
Porém, caso o país chegasse ao máximo estipulado, levando em consideração o último PIB, o futebol brasileiro poderia ter produzido até US$ 29,76 bilhões.
Convertendo, o futebol poderia ser, hoje, um produto de 60 bilhões de reais. Para isso, seria necessário uma lista telefônica de exigências na administração do esporte. Menos corrupção, mais organização, mais investimentos, mais serviços, melhores serviços etc.
Enquanto isso, o clube mais popular do país não consegue sequer manter a sua folha de pagamento em dia, mesmo com a maior cota de TV da elite nacional.
Já o segundo time de maior torcida só está conseguindo tirar o seu estádio do chão após R$ 400 milhões em incentivos fiscais, sob polêmica, claro.
A evasão de renda, intimamente ligada ao futebol, ainda se faz presente, mesmo com modernos sistemas de bilhetes à disposição. Esquemas por toda parte, embaixo do nariz da segurança pública. A evasão se estende aos balancetes suspeitos, sem fiscalização.
Estádios sucateados nas principais divisões e pelo menos três arenas com padrão Fifa em cidades sem apelo algum no esporte, a não ser o político. Pois é.
E o torcedor? Este é tratado como gado, de norte a sul, com o Estatuto do Torcedor rasgado a cada dia. Jogadores como máquinas, sufocados pelo calendário ortodoxo.
Esse post seria o maior da história do blog caso listasse todas as mazelas.
Mas fica uma vaga ideia porque ainda estamos em 0,2% do PIB. Com tanta coisa para melhorar, o ministro foi até otimista no índice. Mas reconhece a necessidade de melhora.
Fica a torcida para que 1,2% seja um dia a verdade no futebol, bem administrado.
Monitoramento quase 24 horas por dia. São 20 horas, na verdade.
Há tempos a Odebrecht Infraestrutura contava com câmeras registrando o passo a passo da construção dos estádios da Copa do Mundo. A construtora está envolvida em quatro palcos, Arena Pernambuco, Fonte Nova, Maracanã e Itaquerão.
As imagens eram cedidas somente para o Comitê Organizador Local (COL) e para a Fifa, em sinais exclusivos de transmissão.
A partir de agora, o torcedor também poderá acompanhar esta evolução. Os intervalos das imagens são de 30 minutos após a gravação, sempre em vídeos de uma hora.
Acesse a câmera do estádio em São Lourenço da Mata aqui.
Confira a série Diário de uma Arena, sobre a construção do estádio, clicando aqui.
Divulgada a tabela oficial da Copa das Confederações de 2013.
A Arena Pernambuco receberá três jogos, incluindo um duelo do cabeça de chave do grupo B. A tabela, que já havia sido vazada na imprensa, foi confirmada pela Fifa.
Como o Brasil é o cabeça de chave do grupo A, a outra ponteira deverá ser a seleção da Espanha, atual campeã mundial e líder do ranking da Fifa. Corre por fora o futuro campeão da Eurocopa.Você gostaria de ver qual time?
Confira a tabela completa em uma resolução maior clicando aqui.
Pernambuco acabou se dando bem na confecção da tabela, pois o objetivo inicial, quando o comitê pernambucano sondou a CBF sobre a possibilidade de ingressar no torneio, era receber uma ou, no máxima, duas partidas.
Somando Mundial e Copa das Confederações, o governo estadual havia criado uma projeçãao sobre a quantidade de partidas, o Índice Copa, de 4 a 7 jogos. Com oito partidas agendadas, o número acabou superando a expectativa, mesmo sem a Seleção.
Tabela à parte, a dura missão será entregar as obras no prazo estipulado. O estádio, com 40% dos trabalhos executados, precisa ser concluído até fevereiro.
Além disso, é necessário finalizar as obras viárias, sobretudo a duplicação da BR-408, a Radial da Copa e a estação de metrô.
A tabela foi camarada. Portanto, mãos à obra.
Se o Brasil chegar à final da Copa das Confederações como 1º do grupo A, o país jogará em 5 das 6 subsedes. Só uma vai sobrar. Recife…