A oportunidade final da cerveja no futebol pernambucano, já descarregada

Cerveja Budweiser na Arena Pernambuco no Mundial 2014

A venda de cerveja está proibida nos estádios pernambucanos desde 24 de março de 2009, através de uma lei estadual.

Nesse tempo todo houve apenas uma exceção. Em 2013, durante a Copa das Confederações, os três jogos na Arena Pernambuco tiveram a autorização especial.

Agora em 2014, nas cinco partidas agendas para o estádio, nova “exceção”, baseada na Lei Geral da Copa.

Por sinal, os produtos já chegaram ao empreendimento.

Caixas e mais caixas de Budweiser – patrocinadora oficial da Copa do Mundo – foram descarregadas e posicionadas nos freezers. Tudo visando Costa do Marfim x Japão, em 14 de junho.

Apesar das latas de 473 ml – customizadas num tom dourado para o torneio -o torcedor irá consumir a bebida em copos.

Nas duas “exceções”, o preço subiu de R$ 12 para R$ 13. Já a Brahma passou de R$ 9 para R$ 10. Confira o cardádio completo da Copa aqui.

A tal lei estadual deverá durar mais quanto tempo no futebol do estado?

Cerveja Budweiser na Arena Pernambuco no Mundial 2014

Para o craque de cada partida, um troféu nas Confederações

Troféu de melhor jogador a cada partida na Copa das Confederações 2013. Imagem: divulgação

O craque do campeonato costuma receber a Bola de Ouro.

Esse prêmio é quase universal no futebol. O conjunto da obra, o diferencial numa final, a regularidade. A soma resulta na consagração de um nome.

Mas há espaço também para a premiação a cada jogo.

A Fifa, como ninguém, conseguiu não só oficializar o prêmio como capitalizá-lo junto a um patrocinador, através do contrato de naming rights.

No caso, a cervejaria Budweiser, que dá nome à taça de melhor em campo em cada um dos 16 jogos da Copa das Confederações de 2013.

A votação é feita online, nos sites e redes sociais do evento (veja aqui).

O anúncio do “Man of the Match” é feito logo após a partida.

E o primeiro troféu foi parar nas mãos de… Neymar.

A conquista de mais alguns pode abrir caminho para a bola dourada…

Dentro do estádio, nada de Lei Seca

Budweiser

Por 15 votos a 9, os deputados liberaram o consumo de cerveja nos jogos da Copa do Mundo de 2014, em votação na comissão da Câmara dos Deputados (veja aqui).

Texto confirmado na Lei Geral da Copa. Agora, a votação vai para o Plenário da Câmara.

O ritmo da aprovação da cervejinha vem sendo cumprindo à risca. O roteiro completo havia sido divulgado pelo blog em 16 de setembro do ano passado (veja aqui).

Apesar de o Estatuto do Torcedor proibir o consumo de bebida alcoólica nos estádios de futebol do país, o governo federal se submeteu às regras da Fifa.

Até porque a cervejaria Budweiser, marca exclusiva da competição, é uma das oito patrocinadoras oficiais da próxima edição do torneio.

A decisão neste 6 de março de 2012 foi uma manobra para evitar um constrangimento aos governos estaduais, entre eles o de Pernambuco.

Assim, a responsabilidade pela mudança sai da esfera estadual, “lavando as mãos”. Aqui, a proibição começou em janeiro de 2009, sem qualquer exceção à regra.

De forma excepcional, o torcedor vai poder matar a sede na Arena Pernambuco…

Cerveja na Arena Pernambuco

Budweiser na Copa 2014

Cerveja liberada na Copa do Mundo de 2014…

Somente no Mundial, nos 64 jogos agendados para a competição, de forma excepcional.

Apesar de o Estatuto do Torcedor proibir o consumo de bebida alcoólica nos estádios de futebol do país, o governo federal vai ter mesmo que se submeter às regras da Fifa.

Até porque a cervejaria Budweiser, marca exclusiva da competição, é uma das oito patrocinadoras oficiais da próxima edição do torneio. Espere um chope em “conta”.

Para isso, foi elaborada a Lei Geral da Copa, em articulação. Trata-se de uma manobra para evitar um constrangimento aos governos estaduais, entre eles o de Pernambuco.

Assim, a responsabilidade pela mudança sai da esfera estadual, “lavando as mãos”.

Aqui, a proibição começou em janeiro de 2009, sem qualquer exceção à regra.

Ricardo Leitão, secretário extraordinário de Pernambuco para a Copa 2014, explicou ao blog de forma sucinta sobre o poder da entidade que comanda o futebol no planeta…

“Os dirigentes da Fifa costumam dizer para a gente: não foi o Brasil que escolheu a Fifa para receber a Copa do Mundo, mas a Fifa que escolheu o Brasil.”

Durante um mês, entre junho e julho de 2014, as bebidas alcoólicas estarão presentes nos estádios brasileiros, incluindo, obviamente, a Arena Pernambuco.

Discussão sobre a polêmica venda à parte, um brinde à soberania brasileira!

Naming rights

HublotSe tem algo que a Fifa sabe fazer é ganhar é dinheiro. E nada como usar o naming rights, associando um evento da Fifa a uma marca que pague milhões de dólares por isso.

E como despejam dinheiro… Quase tudo na Copa já foi “rebatizado” com o nome de grandes empresas. Do scout dos jogos às premiações. No site da Fifa isso está claro.

Hyundai e BudweiserVejamos alguns exemplos:

1) Hublot (relógio), o cronômetro oficial.

2) Castrol (lubrificante automotivo), o scout oficial.

3) Hyundai (montadora), o prêmio para a revelação da Copa.

4) Budweiser (cervejaria), o prêmio do craque da partida.

5) Emirates (companhia aérea), o lance a lance oficial.

6) MTN (comunicação), o centro de mídia do Mundial.

7) Adidas (material esportivo), a bola oficial. Neste caso, a empresa, que produz a bola oficial desde 1970, opta por dar um “nome” à bola.

Os valores dos patrocínios são desencontrados. Especula-se, por exemplo, que a Budweiser – cerveja oficial desde 1986 – tenha gasto US$ 100 milhões em 2010! 😯

Pode-se afirmar que essa pujança da Fifa começou na gestão do brasileiro João Havelange, que presidiu a entidade entre 1974 e 1998, organizando 6 Mundiais.

Basta dizer que Havelange conseguiu visitar 186 países no período e ainda trouxe a China de volta à Fifa, após 25 anos ausente por razões políticas.

Curiosidade: a prática do naming rights no mundo esportivo começou na década de 1970, na NFL, o futebol americano. Saiba mais AQUI.