Não dá para reclamar de falta de vontade em campo. Houve empenho na decisiva partida pela Copa Sul-americana. Entretanto, a falta de entrosamento dos rubro-negros foi visível, decepcionante. Com a torcida empurrando, indo de encontro ao suposto desejo do próprio clube, o Sport procurou o ataque de forma desordenada e em lampejos de Marcos Aurélio.
O camisa 10 e Oswaldo ainda tiveram a chance de marcar no primeiro tempo, mas aos 42 minutos veio a definição do duelo entre pernambucanos e paraguaios. Em mais um escanteio, arma muito bem utilizada em Luque – quando venceu por 2 x 0 -, o Libertad abriu o placar com Jorge González.
A empolgação da torcida leonina foi duramente silenciada na noite em São Lourenço. Ou quase, pois o apito para o intervalo veio acompanhado de uma sonora vaia, que a equipe armada com oito reservas não merecia pelo primeiro tempo que fez. Talvez, a vaia tenha sido para a postura que o clube adotou em relação à participação no torneio internacional, quase sempre com desdém.
Na etapa final nesta quarta-feira, a chuva fina cedeu lugar a um temporal. Impossível não pensar numa ducha de água fria nas pretensões leoninas em sua primeira partida como mandante na moderna Arena Pernambuco. Logo na retomada do intervalo Ailson ainda empatou, levantando de novo o público.
Infelizmente, deu nem tempo de comemorar, pois o mesmo Gonzáles desempatou, na quarta bola aérea a favor do Libertad em todo o confronto. Sem chances para Saulo. A derrota por 2 x 1 encerrou de forma melancólica a terceira participação do Sport em uma competição internacional.
O preço da escalação – e da preparação – no segundo jogo das oitavas de final foi preservar o plantel para o restante da Série B, sob a explicação do desgaste físico. Na sequência, agora só com o Campeonato Brasileiro, serão dois jogos no Recife, contra dois times na zona de rebaixamento. A torcida irá cobrar o alto preço nesses jogos contra ASA e São Caetano…