Padrão Fifa até nos preços de caixas de pipoca, hot-dog e prato cartonado

Produtos oficiais da Copa do Mundo de 2014. Crédito: www.americanas.com.br

No embalo dos 64 jogos agendados, mais de 1.500 produtos foram criados por 34 empresas brasileiras e estrangeiras, todos devidamente licenciados pela Fifa para utilizar a marca da Copa do Mundo de 2014 (veja aqui).

Fuleco, Brazuca, miniaturas de estádios, camisas, mochilas… Até aí, ok.

Mascote, bola e roupas estão entre os produtos mais procurados no Mundial há tempos. No entanto, existem itens bem curiosos na lista. E o que realmente chama a atenção é o preço, no legítimo “Padrão Fifa”.

Já à venda na internet, encontramos caixa de pipoca, prato e caixa de hot-dog, todos comercializados apenas em pacotes. São produtos cartonados, com impressão de alta resolução e o lema da copa: “Juntos num só ritmo”.

A concorrência com os genéricos deve marcar a disputa no mercado…

Atualização: a loja Americanas “identificou o equívoco de preço, já corrigiu e nenhum cliente foi prejudicado”. Porém, o preço da caixa de pipoca foi mantido. No post, então, os preços novos e “antigos”.

8 caixas de pipoca em papel cartonado (10cm x 23cm) = R$ 139,90.
Valor médio por unidade: R$ 17,48

Caixas de Pipoca da Copa do Mundo 2014. Crédito: www.americanas.com.br

8 caixas de hot-dog em papel cartonado (37cm x 4cm) =  R$ 9,90
Valor médio por unidade: R$ 0,99
Valor anterior: R$ 84,90 (média de R$ 10,61

Caixas para hot-dog da Copa do Mundo 2014. Crédito: www.americanas.com.br

8 pratos em papel cartonado (22cm) = R$ 16,90
Valor médio por unidade: R$ 2,11
Valor anterior: R$ 169,90 (média de R$ 21,23)

Pratos cartonados da Copa do Mundo 2014. Crédito: www.americanas.com.br

Confira mais detalhes dos produtos clicando aqui.

Game oficial da Copa do Mundo apresenta a Arena Pernambuco com o LED

A cada quatro anos, uma versão especial do game Fifa Football chega ao mercado. Com a chancela da Fifa, o jogo oficial da Copa do Mundo no Brasil – o Fifa World Cup 2014 – será lançado em 15 de abril. Apesar da nova geração disponível (Playstation 4 e Xbox One), o título virá apenas para PS3 e Xbox 360.

O diferencial do game, claro, é a imersão absoluta no clima do Mundial, desde os primeiros jogos nas eliminatórias, em todos os continentes. Na fase final, no Brasil, os doze estádios do torneio foram recriados – vários deles antes do estádios reais, diga-se.

A produtora do Fifa, a EA Sports captou no futebol brasileiro a festa das arquibancadas para dar mais realidade. As torcidas de outros países ainda terão fan fests – em Paris, por exemplo, o cenário é o Arco do Triunfo.

Em doses homeopáticas, a empresa vem lançando imagens – fotos e vídeos curtos – do novo jogo. Já foi possível captar frames de oito palcos, incluindo a Arena Pernambuco, que no futebol virtual conta com a fachada de LED…

Ao todo, foram licenciadas 203 seleções, com uniformes e nomes reais de todos os 7.469 atletas envolvidos na disputa. A EA Sports adquiriu os direitos do jogo em 1998, com distribuição para o Playstation 1 o Nintendo 64. Entre 1986 a 1994 os games foram produzidos pela US Gold, para PC e plataformas de 8 e 16 bits.

Confira os estádios presentes no 8º game oficial da Copa do Mundo.

Arena Pernambuco

Arena Pernambuco. Crédito: game Fifa World Cup 2014/EA Sports

Arena das Dunas

Arena das Dunas. Crédito: game Fifa World Cup 2014/EA Sports

Castelão

Castelão. Crédito: game Fifa World Cup 2014/EA Sportsa

Fonte Nova

Fonte Nova. Crédito: game Fifa World Cup 2014/EA Sports

Itaquerão

Itaquerão. Crédito: game Fifa World Cup 2014/EA Sports

Beira-Rio

Beira-Rio. Foto: Crédito: game Fifa World Cup 2014/EA Sports

Mineirão

Mineirão. Foto: Crédito: game Fifa World Cup 2014/EA Sports

Maracanã

Maracanã. Crédito: game Fifa World Cup 2014/EA Sports

A 100 dias da Copa do Mundo

Copa do Mundo de 2014. Foto: Fifa/divulgação

Faltam apenas cem dias para o início da Copa do Mundo de 2014.

Em 12 de junho, a Seleção Brasileira enfrentará a Croácia no Itaquerão.

12 estádios.

32 seleções.

64 partidas.

Neymar, Messi, Cristiano Ronaldo, Ribéry, Iniesta, Schweinsteiger…

Taça Fifa, Brazuca, Fuleco, Maracanã, Arena Pernambuco…

Durante um mês, o Brasil será o centro maior do futebol.

Ainda assim, há hoje uma incerteza.

Não sabemos qual será a real situação do país durante o Mundial.

Um misto de festas e protestos.

Sem dúvida alguma, viveremos um período histórico.

A contagem regressiva entrou na reta final.

100, 99, 98, 97…

A estranha figura do assistente de linha de fundo no futebol

Clássico no Carioca 2014: Vasco 1x2 Flamengo. Crédito: Band/reprodução

A figura do assistente de linha de fundo foi criada no futebol em 2010.

Mais precisamente em 21 de julho daquele ano, quando a mudança foi aprovada na International Board. Inicialmente, a Fifa testou a novidade, com um auxiliar atrás de cada barra, claro, em sete competições espalhadas no mundo.

Curiosamente, o Campeonato Pernambucano foi um dos torneios (veja aqui).

A missão era relativamente simples, mas importante, a de observar apenas os lances na grande área e, sobretudo, se a bola cruzou ou não a linha do gol.

No entanto, até hoje os resultados práticos são mínimos nesta função.

Além do custo adicional aos jogos – R$ 1.996 a cada partida no Estadual -, a polêmicas não mudaram, existindo ainda o princípio da dúvida a olho nu.

O que dizer do clássico entre Vasco e Flamengo, neste domingo?

No jogo no Maracanã, vencido pelo rubro-negro carioca por 2 x 1 , o time cruz-maltino chegou a mandar uma outra bola para o gol. A pelota quicou 33 centímetros após a linha, de forma nítida para todos no estádio e na tevê.

Menos para uma pessoa. O assistente de linha de fundo, Leonardo Cavaleiro, a dois metros, não enxergou. E era a única função dele naquela ocasião…

Uma Taça Fifa inteiramente de chocolate, em qualquer esquina

Troféu de chocolate da Copa do Mundo de 2014. Crédito: Garoto/divulgação

A Copa do Mundo é uma marca pulsante no mercado. A concorrência para associar produtos ao maior torneio de futebol, de forma oficial, é enorme.

Não por acaso, os contratos costumam ser exclusivos junto à Fifa. Assim, as prateleiras a cada esquina recebem a cerveja oficial, o refrigerante oficial, a camisa oficial, a bola oficial, o boneco oficial… E até o chocolate oficial.

Pois é. A Garoto é uma das patrocinadoras da edição de 2014, no Brasil. Aproveitando o “direito adquirido”, a empresa, com previsão de investimento de R$ 200 milhões em ações de marketing até o evento, lançou uma réplica do troféu inteiramente de chocolate ao leite.

O produto embrulhado de dourado terá 25 centímetros de altura, pesando 300 gramas e com preço sugerido de R$ 50. Já a taça original, criada há quatro décadas, tem 36,8 centímetros e 6,175 quilos. O valor da peça oficial, com cinco quilos de ouro dezoito quilates, até hoje não foi calculado…

Duas décadas depois da primeira visita, a Taça Fifa volta ao Recife

Chegada da seleção tetracampeã mundial no Recife, em 19 de julho de 1994. Fotos: Diario de Pernambuco

O Recife viveu um dia inesquecível em 19 de julho de 1994. Há vinte anos aconteceu na Avenida Boa Viagem a carreata do tetracampeonato mundial, com a Taça Fifa. Mais de 1,5 milhão de pernambucanos tomaram conta da orla no desfile dos campeões, na primeira parada no país.

Era uma ensolarada terça-feira, com ponto facultativo em toda a cidade. Na frente do carro do Corpo de Bombeiros, no desfile, estavam Ricardo Rocha e Romário, exibindo a taça. A festa durou o dia todo. Para se ter ideia, o Galo da Madrugada daquele ano teve um milhão de pessoas.

Relembre: imagem 1, imagem 2 e imagem 3.

Em 2014, Pernambuco voltará a receber o troféu da Copa do Mundo, mas em uma passagem organizada, sem alvoroço, através da visitação oficial.

O Recife receberá a taça nos dias 23 e 24 de maio, em evento gratuito. No Brasil, todas as capitais estaduais serão visitadas. Confira o tour.

A chegada do maior troféu do futebol acontece na reta final do tour de 267 dias, passando por 89 países. Antes, foram 28 nações em 2006 e 84 em 2010.

A famosa peça dourada foi criada pelo italiano Silvio Gazzaniga, em 1974, com 36,8 centímetros e 6,175 quilos, sendo cinco de ouro 18 quilates.

Antes da final no Maracanã, vale conferir o troféu em terras pernambucanas…

A segunda versão da filatelia brasileira na Copa do Mundo

selos das 12 subsedes da Copa do Mundo de 2014. Crédito: Correios/divulgação

A tradição da filatelia em eventos esportivos no país ganhou mais um capítulo através dos Correios. A companhia lançou os primeiros selos da Copa do Mundo de 2014. No caso, a reprodução dos cartazes oficiais das doze subsedes, incluindo, claro, o Recife. Foram apresentadas cartelas com 24 imagens, com 600 mil cópias ao todo. Em caso de compra por unidade, o selo sai por R$ 1,20.

Com 351 anos de história, Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos já utilizou bastante o conceito em competições de grande porte no Brasil, como Mundial, Copa das Confederações e Jogos Pan-americanos, além de clubes de futebol, em aniversários ou títulos expressivos.

Selo oficial dos Correios para a Copa do Mundo de 1950

Em 1950 a Copa do Mundo teve como destaque o Maracanã, construído na época e cuja capacidade era de 200 mil pessoas. Há 64 anos os selos básico foram vendidos por menos de 1 cruzeiro. Curiosamente, o principal foi vendido por Cr$ 1,20.

Voltando ao presente, outros selos do Mundial de 2014 devem chegar ao mercado, com a devida autorização da Fifa. Seria interessante ver o principal selo de 1950, com o estádio Mário Filho, repaginado.

Selos oficiais dos Correios para a Copa do Mundo de 1950

Uma transferência a cada 42 minutos no mundo do futebol

Fifa

A cada, 33 transferências internacionais são concretizadas no futebol. Isso representa, em tese, uma negociação a cada 42 minutos.

Em toda a temporada, o montante envolvido nos acordos entre os clubes em todo o mundo foi de US$ 3,7 bilhões, ou R$ 9,01 bilhões.

Na média, os times gastaram 300 mil dólares por cada atleta contratado, cuja idade média foi de 25 anos e 3 meses. Ao todo, 24,6% do dinheiro envolvido no futebol foi gasto por clubes ingleses.

Esses são alguns dos números do terceiro balanço anual do FIFA Transfer Matching System (TMS), o sistema eletrônico da entidade para monitorar as transações do futebol, agregando 200 nações filiadas e 6 mil clubes inscritos.

De 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2013, nada menos que 12.309 jogadores mudaram tanto de clube quanto de país.

Qual país cedeu mais negociou atletas para o exterior? O status coube mais uma vez ao Brasil, que desta vez teve 1.402 jogadores negociados, incluindo chegada e saída de atletas. Sport, Santa e Náutico estão inseridos nesses dados.

2011 – 11.661 transferências e US$ 3 bilhões
2012 – 11.784 transferências e US$ 2,53 bilhões
2013 – 12.309 transferências e US$ 3,7 bilhões

Total (2011/2013): 35.754 jogadores negociados, com gasto de US$ 9,23 bilhões

Saiba mais sobre o balanço do TMS da Fifa clicando aqui.

A transformação geopolítica do mundo de 1930 a 2014

Mapa mundi em 1930. Crédito: http://geacron.com/home-en/

A Copa do Mundo de 2014 será a vigésima edição da história.

Disputado desde 1930, o maior torneio do futebol agrega, hoje, mais filiados que a ONU, passando de 200 nações reconhecidas pela Fifa.

Contudo, as mudanças geopolíticas ao longo dos anos mostram que o Mundial sempre esteve entre inúmeros conflitos políticos, militares, econômicos etc. Uma breve análise nos mapas da edição pioneira, no Uruguai, e da segunda competição realizada no Brasil já é suficiente para compreender a confusão.

As maiores transformações foram nos continentes europeu e africano.

Da enorme União Soviética, dissolvida em 1991 e resultando em 15 países, à Iugoslávia, cuja capital Belgrado já foi sede de cinco nações (e seleções) distintas em Mundiais, fora as bandeiras dissidentes, como Croácia e Eslovênia.

E o que dizer da Tchecoslováquia? Duas vezes vice-campeão mundial, o país acabou dividida ao meio, entre República Tcheca e Eslováquia.

Na África, a enorme colônia francesa, no oeste africano, deu lugar oito nacionalidades independentes. Já na Ásia não havia divisão na Coreia – posteriormente, tanto o Norte quanto o Sul foram à Copa. Outros tantos países mudaram de nome, bandeira, regime…

Confira as imagens mais detalhadas: 1930 e 2014.

Veja outros mapas nos períodos das copas no World History Maps & Timelines.

E assim a história segue sendo escrita, com um novo mapa a cada Mundial…

Mapa mundi em 2014. Crédito: http://geacron.com/home-en/

A última arena do Mundial deve aprender com a última da Copa das Confederações

Construções da Arena da Baixada (janeiro/2014) e Arena Pernambuco (janeiro/2013). Crédito: Odebrecht e CAP/S.A.

A situação é bem parecida… Misturando trabalho, apreensão, política e pressão.

Com as seguidas declarações da Fifa, pondo em xeque a presença no torneio, vem novos cronogramas e soluções emergenciais para a conclusão.

A Arena Pernambuco foi escolhida para a Copa das Confederações após uma articulação política. Para bancar a ideia do governo do estado, foi preciso criar um novo roteiro para a obra, com mais funcionários e metas de execução, do tipo de material à forma de instalação.

Em janeiro de 2013, a construção, a última entre os seis palcos do evento, estava em 90%. A principais pendências eram a cobertura, cadeiras, gramado e acabamento.

Um ano depois, outra competição da Fifa em junho pela frente. Desta vez, a Copa do Mundo. Em janeiro de 2014, a lanterna da vez, sob ameaça de exclusão, é a Arena da Baixada, em Curitiba, cujo percentual é bem semelhante àquele do estádio em São Lourenço: 88,8%.

Curiosamente, as pendências são as mesmas. Aliás, os estádios terão capacidades semelhantes, com 46.214 lugares em Pernambuco e 42.372 no Paraná.

No entanto, há uma enorme diferença na realização: a mão de obra empregada.

Na reta final dos trabalhos na Arena Pernambuco eram nada menos que 4.462 operários ligados à Odebrecht. No estádio do Atlético-PR, tocado pela CAP S/A, o número é de 1.084.

A diferença de funcionários e máquinas é bem visível nas imagens de divulgação das parcerias.

No caso público-privado, o aumento no efetivo foi justificado pela participação local no evento-teste. A obra acelerou e cumpriu a sua meta, incluindo um jogo teste em 22 de maio, no amistoso entre Náutico e Sporting, diante de 26.903 pessoas.

Ou seja, em relação à engenharia civil, o quadro curitibano é possível.

Só não será uma missão barata.

Segundo a Secretaria Extraordinária da Copa em Pernambuco, a Secopa, a ordem de grandeza do empreendimento subiu R$ 118 milhões no processo de aceleração, chegando a R$ 650 milhões.

E assim como a Copa das Confederações não teve apenas cinco subsedes, o Mundial também não deverá ter apenas onze. Custe o que custar…