Devidamente traçado, o plano do presidente da FPF, Evandro Carvalho, para a prospecção de patrocinadores é baseado em três segmentos da economia.
1) Bebidas
2) Automóveis
3) Bancos
No caso, a entidade já tem contrato firmado no primeiro setor com a Coca-Cola, via naming rights do Estadual até 2014, por cerca de R$ 600 mil/ano.
Os outros dois ainda seguem em aberto. O BMG seria o banco parceiro, mas a saída da empresa do futebol inviabilizou o acordo de R$ 600 mil pelos campeonatos da base.
Segundo o dirigente, duas indústrias automotivas e cinco bancos estão em negociação.
Será que este tipo de projeto de prospecção é comum nos clubes?
Na primeira semana do ano, cinco dias seguidos de inspeção em Pernambuco.
A Fifa não alivia em nada na vistoria das 12 subsedes da Copa do Mundo de 2014. A partir desta terça, 3 de janeiro, a Federação Pernambucana de Futebol também irá conferir todos os aspectos dos 11 estádios que serão utilizados no Estadual.
Que o rigor local na cobrança seja “parecido” com o da Fifa, sem arrumadinhos.
Condições de acesso, assentos, banheiros para o público, vestiários para as equipes, normas de segurança e, obviamente, o campo de jogo, sempre tão criticado.
Tudo observado e registrado em planilhas com níveis de exigência.
A visita da FPF, a terceira inspeção visando a edição de 2012, será coordenada pelo novo diretor de futebol da entidade, Murilo Falcão, acompanhado de membros da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. No caso, será avaliado o cumprimento das exigências…
Até porque as duas corporações são responsáveis pelos laudos exigidos pelo Estatuto do Torcedor. No Estadual, o torcedor fará a sua própria “vistoria”, conferindo in loco.
Abaixo, o calendário das inspeções, do Sertão para o Litoral. Há muito a ser feito…
2012. Para a nova gestão da FPF, o próximo ano será, na verdade, o primeiro.
Evandro Carvalho assumiu a entidade somente após o Estadual deste ano.
Os clubes já estavam consolidados no Campeonato Brasileiro. O papel da FPF, àquela altura, era desembrulhar o engodo da segunda divisão. O que não ocorreu…
Pior. Resultou num recorde mundial, com um vice-campeão com pontuação negativa.
O aparelhamento da sede, necessário na visão do blog, é, sim, um avanço. Mas nada disso será lembrado se a organização do Pernambucano de 2012 falhar.
Aí, sim, um grande teste para o novo presidente e sua diretoria de futebol, remexida.
Fora o básico, como arbitragem, campos em boas condições, mudanças despropositadas na tabela e bastidores de uma forma geral, vem o necessário, o faturamento.
Nos últimos dois anos, a arrecadação do Estadual com bilheteria registrou um aumento considerável, com 28,8% de 2009 para 2010 e 49,8% de 2010 para 2011.
Ficar neste patamar é uma obrigação para a saúde financeira da competição.
Para isso, basta seguir a seta para o alto em relação à média de público, com crescimento gradativo desde 2007, passando de 4.509 para 8.548 pessoas por jogo.
O jeito é, então, voltar ao ciclo das obrigações da federação, como arbitragem, campos em boas condições, mudanças na tabela etc, etc, etc…
Serão quatro meses de pressão. Que vão valer por todo o ano de 2012. Da FPF.
Repare bem nas imagens deste post. Depois, comece a ler.
Antes de lançar qualquer ideia no futebol, o novo presidente da FPF resolveu aparelhar a sede da entidade, até então lotada de equipamentos eletrônicos ultrapassados.
Entre as máquinas, televisão de até 25 anos de uso, a Panacolor, e computadores 286 e 386, com sistemas obsoletos, na absoluta contramão do avanço tecnológico.
No caso do PC, uma diferença que resume o abismo: o 286 tem um processador de 8 MHz, enquanto os computadores atuais passam dos 3.600 MHz.
A tralha está sendo substituída por três televisões de LED, computadores conectados à internet de banda larga, além dos ar-condionados, da “janela” para os splits.
Ou seja, o material está sendo alinhado a outros setores da FPF, já modernizados.
Paralelamente a isso, uma reforma no revestimento das paredes está em andamento…
Em suma, um investimento de aproximadamente R$ 100 mil. É uma despesa dentro do orçamento da entidade, com patrimônio líquido de R$ 2,8 milhões.
Por que nada disso foi feito antes? O novo mandatário, Evandro Carvalho, diz ter conversado com Carlos Alberto Oliveira em três oportunidades, sem resposta.
“O presidente entendia que a reforma não seria funcional, então respeitei. Agora, antes de qualquer coisa, optei primeiro pelo aparelhamento, que considero essencial”.
Não seria “funcional”?! É difícil até de entender o significado desse raciocínio…
Declarações de Evandro Barrros, 56 anos, presidente da FPF, em entrevista ao blog sobre a drástica mudança em sua vida, após assumir o comando do futebol do estado devido ao falecimento de Carlos Alberto Oliveira.
Antigo papel “Eu só aparecia aqui (FPF) para resolver crise, de todos os tipos. Na CBF, foi importante a tarefa de reaproximar duas bandeiras tão importantes, quanto a de Pernambuco e a do Brasil. Tudo aquilo me fortaleceu.”
Descoberta do sucessor “Estava previsto, mas não programado. A responsabilidade é grande, mas não foi uma surpresa a função, pois Carlos Alberto já havia me comunicado sobre a sua decisão. Ele me chamou para que eu me ambientasse mais com a federação por isso. Os clubes já sabiam. Ele estava esperando a hora certa para divulgar para todos.”
Paixão x profissionalismo “A FPF é isenta, independente. Outros diretores torcem por outros clubes e não há problema algum. O nosso sistema é profissional e o papel da liderança precisa ser o de um CEO (diretor executivo, numa sigla em inglês).”
Posturas distintas
“Carlos Alberto comandou o futebol de forma firme, centralizada. O meu sentimento deve ser o da coletividade, aberto a propostas que possam melhorar de alguma maneira o nosso futebol. O papel da FPF não é só o de organizar o campeonato. É o de fomentar os clubes.”
Objetivo na gestão “Quero ser conhecido como quem conseguiu criar e implantar um modelo de gestão a médio e longo prazo que fortaleça o surgimento de elencos de jogadores formados nas bases. E que isso permita aos clubes pernambucanos a projeção em campeonatos nacionais e internacionais, além da arrecadação de recursos substanciais.”
Sobre a foto, o dirigente comentou de forma sucinta durante a entrevista.
Elaborada pelo próprio presidente da FPF, Evandro Carvalho, a ideia para a “cota de atletas da base” nos elencos como regra presente no Campeonato Pernambucano de profissionais será colocada na mesa de discussão do próximo Conselho Arbitral.
O evento com os filiados deve acontecer, provavelmente, em outubro de 2012. A princípio, no entanto, os torcedores dos grandes clubes aprovam do projeto.
A principal avaliação da enquete realizada pelo blog é justamente o baixo índice de rejeição, cuja maior porcentagem foi de exatamente 20%, entre os rubro-negros.
Torcedores de Sport e Náutico apontam a fração de 20% como a quantidade ideal para os jogadores das categorias amadoras. Considerando o modelo de 30 jogadores por plantel, cada equipe teria que contar com pelo menos seis atletas formados em casa.
Os tricolores, por sua vez, registraram o maior percentual em uma opção, passando de 40% para a cota de, curiosamente, 40% para base, com12 revelações por elenco.
Você é a favor da implantação de uma cota para jogadores formados na base para o elenco profissional dos clubes durante o Pernambucano?
Sport – 595 votos
Sim, até 20% – 34,62%, 206 votos
Sim, até 30% – 19,50%, 116 votos
Sim, até 40% – 25,88%, 154 votos
Não – 20,00%, 119 votos
Náutico – 246 votos
Sim, até 20% – 32,93%, 81 votos
Sim, até 30% – 25,61%, 63 votos
Sim, até 40% – 27,23%, 67 votos
Não – 14,23%, 35 votos
Santa Cruz – 181 votos
Sim, até 20% – 24,86%, 45 votos
Sim, até 30% – 21,55%, 39 votos
Sim, até 40% – 41,44%, 75 votos
Não – 12,15%, 22 votos
Em processo de reformulação, a FPF irá lançar um novo site em 15 de janeiro. A equipe contratada pela federação vem realizando um levantamento em documentos históricos.
Até hoje, por exemplo, a lista de campeões da Copa do Interior não era conhecida.
Desde 1997 o torneio é bienal. Contudo, o torneio com todas as ligas filiadas começou em 1938! Abaixo, a lista com as 18 seleções municipais que já ergueram o troféu.
Limoeiro (1938 e 1986), Caruaru (1947, 1961 e 1962), Garanhuns (1963, 1966 e 1979), Gravatá (1967, 1968 e 1974), Surubim (1984), Cabo (1985), Santa Cruz do Capibaribe (1987 e 1991), Jaboatão dos Guararapes (1989), Arcoverde (1992), Petrolina (1994), Vitória de Santo Antão (1996), Igarassu (1997), Pesqueira (1999), Barreiros (2001), Sertânia (2003), Ipojuca (2005 e 2007), Paulista (2009) e Goiana (2011).
Confira a população dos 186 municípios de Pernambuco, segundo o IBGE, clicando aqui.
Além da bilheteria, o Pernambucano de 2011 teve três contratos de patrocínio.
Coca-Cola, através do naming rights, com o nome oficial da competição: R$ 600 mil.
Rede Globo, com a exclusividade na transmissão do torneio na televisão: R$ 1,32 milhão.
Governo do estado, via campanha promocional Todos com a Nota: R$ 5,83 milhões.
A bilheteria, apenas com os ingressos não-promocionais na competição, gerou R$ 8,51 milhões nas 144 partidas realizadas na edição deste ano.
Portanto, contando a venda de ingressos no modelo tradicional, o campeonato estadual arrecadou ao todo 16,26 milhões de reais. Muito? Nem tanto…
O crescimento até 2014, aliás, deverá ser comedido, pois os contratos com a Coca-Cola e com a Rede Globo já estão assinados pelos próximos quatro anos. Reajuste, só depois.
O governo de Pernambuco, apesar de assinar contratos anuais, vem aumentando os valores das cotas no máximo em 10% a cada novo acordo em relação ao TCN.
Portanto, um avanço exponencial no faturamento absoluto do Camponato Pernambucano só poderá acontecer em 2015.
Ao blog, o presidente da FPF, Evandro Carvalho, disse acreditar em valores bem mais altos após a efetivação de novos patrociadores em 2015.
“Os três contratos que temos hoje com a competição podem valer de cinco a dez vezes mais em 2015, se o campeonato for bem organizado até lá.”
Em vez de R$ 7,75 milhões (Coca-Cola, Rede Globo e Governo de Pernambuco), valores de R$ 38,7 milhões a R$ 77,5 milhões.
Qual é o real valor de mercado do Campeonato Pernambucano? Comente.
Em primeira mão, a capa do pioneiro capítulo de uma série de livros que devrá contribuir bastante com a história do futebo de Pernambuco.
Uma parceria entre os pesquisadores Carlos Celso Cordeiro, Roberto Vieira e Lucídio Oliveira resultou na série “Reis do Futebol em Pernambuco”, dividida em cinco edições.
Na primeira parte, a história de 15 grandes técnicos no estado. Começando por Pimenta, que dirigiu a Cacareco em 1939, até Nelsinho, campeão nacional pelo Sport em 2008.
Em seguida, virão os livros sobre goleadores, goleiros e zagueiros. Já na gráfica, com 300 páginas, o primeiro será lançado em 3 de fevereiro de 2012, na Fundaj de Apipucos. O projeto “Reis do Futebol em Pernambuco” terá uma colaboração financeira da FPF.
Entre os pesquisadores, vale destacar a contribuição histórica de Carlos Celso Cordeiro, com 15 livros publicados com dados estatísticos sobre o futebol pernambucano desde o primeiro jogo realizado no Recife, em 1905, no Campo do Derby (veja aqui).
15 grandes técnicos? 15 atacantes? 15 goleiros? 15 zagueiros? Quem são…?
Estádios de verdade e de brinquedo. Sonhos de todas as formas…
Como se não bastasse a quantidade de projetos para novos estádios de futebol no Recife, o interior também acabou estimulado para a construção de novas “arenas”.
O caso principal, e emblemático, é o do estádio Cornélio de Barros, em Salgueiro. Orçado em R$ 6 milhões, o local deveria ter ficado pronto para a Série B deste ano.
Como se sabe, o Carcará jogou no Grande Recife, foi rebaixado e o estádio com 10.360 lugares ainda não está pronto. A expectativa é que seja concluído até o Estadual.
Seguindo pelo Sertão, até o São Francisco, se chega à negociação via FPF para um novo campo em Petrolina. O acanhado estádio Paulo de Souza, com capacidade para apenas 5 mil torcedores seria substituído por um de 15 mil.
O acordo seria viabilizado pelo valor do terreno atual, no centro. O novo projeto, também pertencente ao poder municipal, seria na entrada da cidade.
Com 300 mil habitantes, Petrolina é o único município do interior com mais de 100 mil moradores a ter um estádio de capacidade mínima oficial, segundo a federação.
Com o mesmo porte econômico e demográfico, Caruaru também poderá ser contemplada com uma “arena”, sem o luxo absoluto do padrão Fifa, é claro.
Podendo abrigar até 20 mil torcedores, próximo ao autódromo da cidade, o estádio seria a nova casa do Central. Trata-se de uma ideia antiga, com a negociação do Lacerdão, fincado no metro quadrado mais caro da “Capital do Agreste”.
Novos estádios, apoio da iniciativa privada, capacidade maior, conforto…
No papel, ótimo. A utilização, ou “subutilização”, é que parece ficar em segundo plano. É preciso estruturar, também, os clubes, para que o calendário não seja ocioso.
Saiba mais sobre os estádios ingleses de brinquedo feitos com 2.500 peças aqui.
Já imaginou reproduzir Arruda, Ilha do Retiro e Aflitos com modelos assim?