R$ 2 milhões líquidos…

Após 42 jogos do Pernambucano de 2011, a renda líquida para os clubes passou dos R$ 2 milhões. Exatos R$ 2.186.808,62. Uma verba a ser dividida por 12 clubes (veja AQUI).

Média por jogo: R$ 52.066. Pouco ou muito? Projetando esta média até o fim da fase classificatória da competição, o valor total para os times seria de R$ 6,8 milhões.

Como a renda bruta no borderô (ingresso e TCN) foi de 2.867.367 reais e a FPF tem direito a 6%, então a entidade já arrecadou até agora R$ 172.042.

Nada mal, hein Federação Pernambucana de Futebol?

Para não perder tempo, eis o público total: 338.634 torcedores. Média: 8.062.

1º) Santa Cruz (3 jogos)
FPF Total: 70.456
Média: 23.485

2º) Sport (3 jogos)
Total: 66.222
Média: 22.074

3º) Náutico (4 jogos)
Total: 50.573
Média: 12.643

4º) Central (4 jogos)
Total: 33.440
Média: 8.360

Massa centralina

Pernambucano 2011: Central 1 x 0 Cabense. Foto: Wagner Morais, da equipe Toque de Bola/divulgação

Esse post é uma homenagem à torcida do Central.

A massa alvinegra vem dando show em Caruaru nesta temporada.

No embalo do invicto alvinegro, vice-líder do Pernambucano, os torcedores vêm correspondendo na arquibancada do estádio Luiz Lacerda.

Com a atualização dos dados após o 1 x 0 sobre a Cabense, o time soma 25.200 torcedores no borderô em três jogos em casa, todos contra clubes do mesmo porte.

A média de público do clube até o momento é 8.400 pessoas.

A marca centralina é de fazer inveja a muito clube grande do eixo Sul/Sudeste. O tema foi até repercutido por jornalistas do carioca O Globo (veja AQUI).

Apesar do post, o vídeo abaixo foi gravado no estádio Gileno de Carli, no Cabo de Santo Agostinho, mas no meio da torcida do Central, na vitória por 1 x 0 sobre o América.

Confiram o naipe da figura… Seria a “dança da classificação”?

Guerra fria do doping

Agulhas

A partir deste domingo, os jogos envolvendo Náutico, Sport e Santa Cruz no Pernambucano de 2011 vão ter um rigoroso controle antidoping.

A solicitação foi feita pelos próprios clubes…

O custo da equipe, de três médicos por jogo, não é muito barato. Em jogos na capital, o valor é de R$ 3.040, sob coordenação de Jomar Ferreira.

Nas partidas no interior, quanto maior a distância em relação ao Recife, maior a despesa, podendo chegar a R$ 380 em Petrolina e Araripina (saiba mais AQUI).

Até o fim da fase classificatória, sem contar os clássicos, o Trio de Ferro terá 42 jogos. Considerando o valor “original” do antidoping com os acréscimos: R$ 130.820.

É o preço para acabar com qualquer suspeita de adversário a 200 km/h.

Mesmo assim, alguns times vão chegar voando nos confrontos do Estadual, pois o combustível da mala branca também é eficiente….

R$ 10 mil por portão

Documento da FPF sobre a perda de mandos de campo no Estadual de 2011A FPF endureceu o discurso para tentar reduzir o número de incidentes relacionados ao público neste campeonato estadual de 2011 (veja AQUI).

Até agora, já foram registrados problemas em três jogos, na Ilha do Retiro (Sport x América), no Carneirão (Vitória x Santa) e no Arruda (Santa x Ypiranga).

Abaixo, a disposição final do documento publicado no site da entidade.

Revogar o Ato nº 004/11, de 17 de janeiro de 2011 e determinar que o clube mandante e responsável que não tomar providências no sentido de coibir tumultos nas entradas e catracas seja multado em R$ 10 mil por portão onde ocorreram incidentes e tenha, automaticamente, a perda do mando de campo, sendo o próximo jogo do campeonato realizado de portões fechados sem entrada de torcedores.

Como será esta fiscalização, via delegado ou TJD? Em relação à aplicação da multa por “portão”… No Arruda e na Ilha do Retiro isso pode passar de R$ 100 mil! Já sobre a perda do mando de campo, a pena será aplicada caso o jogo seguinte seja o da TV?

Forçar um controle baseado apenas em medidas duras não é suficiente. Antes disso, era necessário reforçar a organização das partidas, em conjunto com clubes e PM.

Questionamento final: o dinheiro da multa será utilizado para a segurança nos jogos?

Estádio maldito

Estádio Ademir Cunha. Foto: Paulo Paiva/Esp DP/D.A Press

Inaugurado em 10 de maio de 1982, o estádio Ademir Cunha foi durante muito tempo a casa do Paulistano, outrora sempre presente na elite pernambucana.

Imponente, a praça esportiva – bancada pela prefeitura e pelo governo estadual – foi projetada para receber 18 mil torcedores. É o 4º maior estádio do Grande Recife.

Porém, tornou-se sub-utilizado. Arcaico. Vetado.

Veja o estádio Ademir Cunha em 360º clicando AQUI.

Na década de 1990, o Paulistando acabou desaparecendo do mapa. Outros times se arriscaram a jogar em Paulista, como Recife e Estudantes. Também extintos.

O estádio já não era visto da mesma forma. Nos últimos anos, o Ademir Cunha teve a sua capacidade limitada a 7.500 espectadores após a confusão na abertura do Estadual de 2006, superlotado. Ficou vetado da 1ª divisão desde então.

Um estorvo para a Prefeitura, que não fez a manutenção necessária.

Agora foi a vez do América tentar mandar os seus jogos na zona norte da RMR. Foi assim na segunda divisão de 2010. Porém, ainda não conseguiu neste ano.

Já são dois jogos sem poder jogar em “causa” porque o clube ainda não conseguiu todos os laudos exigidos pela FPF. Uma visita mostra que é preciso melhorar bastante.

Após jogar em Vitória de Santo Antão contra o Porto, o Alviverde irá agora ao Cabo de Santo Agostinho para “receber” o Central (veja AQUI). Fiasco de público à vista.

O Brasil foi do Central

Central campeão da Série B de 1986? Crédito: Caetano Neto/divulgaçãoEm 1986, a segundona nacional foi chamada de “Torneio Paralelo”, dividido em 4 chaves, com 9 times cada uma (veja AQUI).

Os vencedores ganharam o acesso à elite do Brasileiro no mesmo ano. Não houve uma disputa final entre os quatro clubes.

Treze, Inter de Limeira, Criciúma e… Central. Porém, a CBF nunca oficializou.

Com a unificação dos títulos da Série A em dezembro, o assunto voltou à pauta. Ainda mais após o amistoso com o Treze, em Campina Grande. No estádio PV, a frase “Campeão Brasileiro de 1986 – Série B”.

Por que não fazer o mesmo no Lacerdão? Sem a chancela da CBF, a diretoria da Patativa resolveu consultar a FPF. Carlos Alberto Oliveira autorizou (isso mesmo).

Na próxima semana, o Alvinegro de Caruaru deverá pintar a mesma frase na marquise do seu estádio (veja o PV AQUI). Resta ao Central, agora, montar um bloco com os outros três “campeões” e pedir o reconhecimento oficial junto à CBF.

O Central se tornaria o primeiro pernambucano campeão nacional de futebol…

A imagem do post foi produzida pelo designer alvinegro Caetano Neto e ilustra a comunidade oficial da Patativa no Orkut.

5% de erros

FifaEmerson Sobral, um dos árbitros mais renomados do estado sobre o #PE2011:

“A International Board admite até 5% de erros. Se a gente conseguir esse índice, seremos top de linha. Apesar de ter acontecido aqueles erros na primeira rodada, ficou dentro dos 5%. Eu também já fui punido na primeira rodada, e a punição serve para corrigir. O Mercante vai voltar. Ele é um dos melhores árbitros do Brasil.”

A International Board regula as regras do futebol junto à Fifa desde 1913. Veja AQUI.

Você concorda com essa margem de erro de “5%”? Opine!

Falando em regras, confira um post sobre a utilização da tecnologia no futebol AQUI.

Castellano anti-freezer

GeladeiraBastou uma rodada do #PE2011 para Cláudio Mercante, apontado como o melhor árbitro do estado, segundo o presidente da própria FPF, ser enviado para a geladeira devido ao excesso de erros.

A arbitragem em Pernambuco é questionada há um bom tempo. Dirigentes de todos os clubes têm queixas sobre a escala com fulano, cicrano ou beltrano.

Repito: bastou uma rodada para esta polêmica!

Os clássicos e as finais serão jogos de muita tensão. O quadro local está sem respaldo para dar conta do recado. Mas já existe uma saída sendo articulada…

Em 2010, as finais entre Náutico e Sport foram comandadas por árbitros de “fora”. Nos Aflitos, o carioca Marcelo de Lima Henrique. Na Ilha, o mineiro Alício Pena Júnior. Tiveram atuações seguras.

Esta dupla foi o plano B da federação, pois a ideia inicial era para ser realmente de fora… do país!

O diretor de marketing da FPF, Felipe Gomes, revelou uma sondagem com o uruguaio Jorge Larrionda e o colombiano Oscar Ruiz, ambos da Fifa (veja AQUI).

A negociação no último Estadual esfriou porque a decisão, nos dias 2 e 5 de maio, ocorreu numa data reservada para um treinamento da Fifa. Que a pressão volte então. Agora, o contato poderá ser feito com antecedência, pois que ninguém se faça de surpreso com a pressão na final. Árbitros deste porte acalmariam as arestas…

Os dois nomes seguem na pauta. Larrionda, de 42 anos, e Ruiz, de 41, estão confirmados no quadro internacional da Conmebol para esta temporada (veja AQUI).

Faça um bom trabalho, PM

Futebol e Cidadania

Ao todo, serão 132 jogos na fase classificatória do Estadual desta temporada.

A Polícia Militar, como já foi dito, será homenageada pela FPF, dando nome ao troféu de campeão pernambucano de 2011 (veja AQUI).

Agora, resta esperar uma redução nos dados da violência nos jogos no Pernambucano.

Abaixo, os dados do Juizado do Torcedor, ligado ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), durante as duas últimas edições da competição.

2009 – 169 ocorrências em 43 jogos com o MPPE. Foram 162 pessoas detidas por atos violentos e 7 cambistas. Média de 3,9 casos registrados por jogo.

2010 –  180 ocorrências em 34 jogos com o MPPE. Foram 101 pessoas detidas por atos violentos e 79 cambistas. Média de 5,2 casos registrados por jogo.

O recorde foi em 3 de fevereiro do ano passado, com 122 detidos no clássico Santa 1 x 3 Sport, o que mostra o grau de periculosidade.

O órgão vem com mais poder de atuação no #PE2011. A Lei Complementar número 163, de 17 de dezembro de 2010, será colocada em prática já na abertura.  Com ela, o Jetep passa a ter plena competência cível e criminal.

Assista ao vídeo institucional “Futebol e Cidadania”, do Jetep, clicando AQUI.

Mais um na trincheira

Eduardo Campos e Carlos Alberto Oliveira no lançamento do TCN 2011. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

O anúncio da continuidade da campanha Todos com a Nota no Campeonato Pernambucano de 2011 foi uma mera formalidade na tarde desta quarta-feira.

Faltavam apenas os detalhes, como o investimento de R$ 5,5 milhões para este ano. Porém, o blog havia antecipado o acordo há dez dias (veja AQUI).

O que chamou a atenção mesmo no discurso no Palácio foi a palavra do governador Eduardo Campos sobre a resistência das torcidas dos clubes pernambucanos.

O socialista foi duro ao apontar a fraqueza dos times locais no interior.

“A campanha do Todos com a Nota traz o torcedor mais pobre para o estádio. Sabemos que o futebol é um lazer importante. No interior, isso significa a presença de todas as nossas torcidas. Precisamos massificar isso, pois é algo que mexe com a nossa autoestima. Em todo o Nordeste, só Pernambuco continua forte nessa resistência. Estamos em uma trincheira e precisamos ser o exemplo, com o crescimento e valorização das torcidas locais”.

A queixa do governador é algo visto há anos no estado, mas nunca disseminada de forma tão visceral. Trata-se de um fenômeno explicado de várias formas.

Desde a Rádio Nacional, sediada no Rio de Janeiro, ainda na década de 1940, às transmissões nacionais de jogos do Sudeste pelas grandes emissoras de TV a partir da década de 1980, entre outros pontos. A antena parabólica virou o símbolo maior.

Analisando os dados das duas últimas pesquisas (Ibope/2010 e Opine/2008), nota-se que o número de pessoas que não torcem por clube algum em Pernambuco chega a 30% – nem cá nem lá. Somando com os torcedores de times de outros estados, porém, o número alcança a metade da população.

O trio composto por Sport, Santa Cruz e Náutico se esforça nesta “luta”, chegando a 54,8% segundo o Ibope (4,82 milhões de torcedores). De acordo com os dados da Opine, a situação é pior, com 46,1% (4,05 milhões de pessoas).

São Paulo e Corinthians aparecem como as maiores torcidas “forasteiras”. Agregadas, elas chegam a 12,7% (1,11 milhão, Ibope) e 10,5% (923 mil, Opine).

Grande parte dessas torcidas estão a partir do Agreste, seguindo pela BR-232.

Ou seja… A trincheira é longe, governador. Passa, sim, pela fidelização das torcidas, fato que ganhou força a partir de 1998, com o crescimento da média de público.

A massificação, cujo caminho inverso demorou décadas, só será possível a longo prazo, indo além das arquibancadas subsidiadas do Estadual, que dura apenas 4 meses. Será, sobretudo, com bons resultados além das nossas trincheiras. Digo, fronteiras…

Seja bem-vindo a esta luta, governador. Você já está no front.