O nome da taça

Polícia Militar. Foto: Jaqueline Maia/Diario de Pernambuco

Definido o nome do troféu do Campeonato Pernambucano de 2011.

A Federação Pernambucana de Futebol manteve a tradição de homenagear instituições do estado na taça de campeão. Portanto, eis o nome desta temporada:

Troféu Polícia Militar de Pernambuco.

Será uma homenagem aos 185 anos da PM, cujo aniversário foi em 11 de junho do ano passado. O escultor será o mesmo dos dois últimos Estaduais, Sérgio Vasconcelos.

Abaixo, os nomes dos troféus do pentacampeonato rubro-negro.

2006 – Troféu Diario de Pernambuco
2007 – Troféu 100 Anos do Frevo
2008 – Troféu Radialista Luiz Cavalcante
2009 – Troféu Governador Eduardo Campos
2010 – Troféu Tribunal de Justiça de Pernambuco

Que a Polícia Militar seja de fato um dos destaques do torneio, mas apenas pela segurança ostensiva nos 11 estádios…

O preço da dependência

Dinheiro

Entre 1998 e 2010, nada menos que 12 edições do campeonato pernambucano foram subsidiadas pelo governo do estado, sempre com a compra de ingressos.

Apenas o torneio de 2007 ficou de fora, por causa da transição do Futebol Solidário para o Todos com a Nota. Saiba mais sobre a questão política dos programas AQUI.

Agora, os números de toda essa ajuda estatal apenas no Pernambucano da 1ª divisão. De acordo com o levantamento feito pelo blog, já foram repassados para os cofres dos nossos clubes desde então a bagatela de R$ 30.475.000.

PernambucoA resposta na arquibancada, é verdade, sempre foi forte, visível. Desde 1990, quando a Federação Pernambucana de Futebol passou a listar as médias de público do Estadual, 12.781.680 torcedores passaram pelas catracas em 2.538 jogos.

O público subsidiado corresponde a 66,1% de todos os bilhetes nos últimos 21 anos, com quase 8,5 milhões de torcedores e média de 6.186. Bem superior às 3.695 pessoas por jogo nas edições sem promoção, incluindo o torneio de 2007.

Para 2011, o governo deverá investir R$ 5.830.000 no Pernambucano. A verba etatal corresponde a 55% de toda a receita dos clubes. Algo considerável. Só resta saber até quando o estado vai incluir o futebol em seu orçamento anual.

Leia a reportagem do Diario de Pernambuco sobre a dependência dos clubes em relação aos programas governamentais clicando AQUI.

Várzea de domingo

Estádio Olindão, em Jardim Brasil. Foto: Prefeitura de Olinda/divulgação

O Campeonato Pernambucano só vai começar no dia 13 de janeiro.  Até lá, aquele clima morno, com jogo-treino, amistoso, coletivo e muita especulação nos bastidores.

Agora, esqueça o nível técnico do jogo. Direcione o foco apenas para a emoção…

Sendo assim, o domingo reserva duas partidas “imperdíveis”.

Às 14h, a decisão da 2ª divisão do Campeonato Amador do Recife: Manchester x Criciúma, com a vantagem do empate para o time inglês.

Às 16h, a final da 1ª divisão da mesma competição: Botafogo da Campina do Barreto x Engenho do Meio. O Fogão joga pelo empate.

Os dois torneios, ainda de 2010, são promovidos pela FPF, acredite (veja AQUI).

O palco das duas partidas é o desta da foto, o estádio Municipal Eugênio de Araújo. O “Olindão” fica na Rua Rio Grande do Sul, nº 1.198, no bairro de Jardim Brasil, em Olinda.

O recado está dado. Só não reclame que está faltando futebol…

O nível “várzea” vai imperar no domingo. Mas vale a pena.

Curiosidade: o campeonato amador está em sua 21ª edição. A Série A contou com dez clubes, contra oito da B. O acesso contempla dois times por ano. Saiba mais AQUI.

Pernambucano fora de sintonia

Televisão fora do ar

Quanto vale a transmissão ao vivo na televisão do Campeonato Pernambucano?

Antes da resposta, um pouco de história. Antigamente, apenas jogos esporádicos do Estadual eram exibidos na TV. Negociações rápidas, valores enxutos.

Em 1995, por exemplo, apenas o segundo jogo da final entre alvirrubros e tricolores foi transmitido para o Recife, na Rede Globo. O anúncio da partida foi no mesmo dia.

Em 1996, a rodada dupla de abertura da competição na Ilha do Retiro, com Santa Cruz x Central e Sport x Náutico, passou ao vivo para todo o país pela Band.

Em 1997, nenhum joguinho sequer… De fato, o torneio não foi atrativo. Aquele ano marcou a pior média de público do Pernambucano desde 1990, quando a FPF passou a contar os dados, com apenas 2.080 pessoas por jogo.

A guinada começou em 1998, com a primeira venda do Estadual. A Globo pagou R$ 225 mil e repassou os direitos de transmissão ao Sportv, seu canal de TV a cabo.

Muito se fala das cotas do Brasileirão, “injustas”. Eu discordo. Acredito que cada clube tem um potencial de mercado bem distinto. Assim como aconteceu em Pernambuco…

As verbas em 1998 foram divididas em 5 cotas. E olhe que eram apenas 12 clubes!

Grupo 1 – Sport, Santa Cruz e Náutico: R$ 45 mil
Grupo 2 – Central: R$ 20 mil
Grupo 3 – Vitória: R$ 15 mil
Grupo 4 – Porto, Recife, Cabense e Flamengo de Arcoverde: R$ 10 mil
Grupo 5 – Ferroviário de Serra Talhada, 1º de Maio e Petrolândia: R$ 5 mil

Em 1999, o Pernambucano entrou numa nova (velha) era: a TV aberta. O locutor Luciano do Valle comprou os direitos de transmissão por R$ 500 mil, sendo R$ 90 mil para os grandes. Os jogos passavam ao vivo nas noites de segunda-feira, às 20h30, na TV Pernambuco. Os clássicos foram exclusivos no pay-per-view, pelo Sportv.

Com índices de audiência impressionantes, a Globo entrou na parada e comprou o pacote completo (TV aberta e fechada) em 2000, por R$ 850 mil.

A emissora, aliás, acabou negociando os direitos de todas as edições seguintes. Em 2001, com o horário no sábado à tarde, a cifra chegou a R$ 1 milhão.

Em 2010, com dois jogos transmitidos por semana, a cota do trio de ferro saltou para R$ 370 mil, num orçamento total de R$ 1,32 milhão – além de bônus para campeão (R$ 150 mil) e vice (R$ 100 mil). O valor em 2011, com a volta do pay-per-view, será o mesmo, apesar da reclamação dos clubes, com Gustavo Dubeux à frente.

Nota-se que a valorização do certame local sofreu uma freada brusca.

Como estamos em um blog, a divagação é liberada. Portanto, vamos comparar a cota da TV do Pernambucano com a do Brasileirão. Em 1998, o valor do Estadual foi 83 vezes menor que o do Nacional, orçado em R$ 18,67 milhões. Em 2000, ficou 105 vezes menor que a Série A, que já valia R$ 90 milhões. Em 2010, o abismo, com o nosso certame sendo 353 vezes menor que o Brasileiro, já na casa dos R$ 466 milhões…

Será que o nosso produto realmente não tem capacidade de se valorizar?

O contrato atual com a Globo vai até 2014.

Cronograma Cacareco

No dia 13 de janeiro vai começar oficialmente a temporada 2011 do futebol pernambucano. Abaixo, todo o calendário das competições no estado, mês a mês, considerando as categorias profissional e amadora, masculina e feminina.

Ao todo, são nove torneios organizados pela FPF, incluindo o Sub-13.

Apesar de o gráfico da Federação Pernambucana de Futebol ainda informar a abertura da 1ª divisão para o dia 16 deste mês, a data está mesmo confirmada para o dia 13, numa quinta-feira à noite… Afinal, o calendário da entidade não “segue” o da CBF, que liberou apenas 23 datas para o Estadual, contra 26 do nosso.

Para saber mais detalhes sobre o cronograma local das competições, clique AQUI.

Calendário do futebol pernambucano em 2011

O novo nome do Pernambucano

Coca-ColaO Campeonato Pernambucano de 2011 terá um contrato de naming rights. Finalmente…

Após uma reunião na semana passada com o departamento de marketing da Coca-Cola, a FPF deve chegar a um acordo nesta terça, como revelou ao blog o secretário-geral da federação, João Caixero.

Além de colocar prismas nos estádios da competição, a gigante vai “emprestar” o nome ao torneio.

Campeonato Pernambucano Coca-Cola de Futebol.

A Coca-Cola já fechou com o Gauchão-2011. Como não tem “álcool” na história, o contrato deverá sair por aqui, com uma boa verba. Estima-se que passe dos R$ 800 mil, o valor de 2009, quando a ação foi quase concretizada. Na ocasião, chegou a ser assinado um contrato com a Ambev, renomeando o certame para Campeonato Pernambucano Brahma Fresh de Futebol.

A polêmica sobre a venda de bebidas alcoólicas nos estádios, proibida em Pernambuco, acabou inviabilizando o rentável acordo.

Um exemplo de grande porte sobre o naming rights é a Taça Libertadores da América. Em 1998, a Toyota passou a patrocinar a competição, adicionando o seu nome ao torneio, que virou Copa Toyota Libertadores. A parceria durou até 2007.

Depois, a Conmebol firmou um contrato ainda mais vantajoso, com a Santander. Assim, o nome oficial passou a ser Copa Santander Libertadores.

A prática do naming rights no mundo esportivo começou na década de 1970, na NFL, o futebol americano. Saiba mais AQUI.

Valorizado esse Pernambucano 2011, hein? PFC, Coca-Cola… Mesmo com a situação ruim do nosso futebol, a briga pelo hexa animou de vez.

Renovação da confusão

Juiz

Tribunal de Justiça Desportiva. Pense em algo polêmico, em um foco de dicussões… No futebol pernambucano não é diferente. Não mesmo.

Suspensão de uma, duas ou três partidas?
Perda de mando de campo?
Efeito suspensivo?
De quem é o título do campeonato?!

A mesa do TJD/PE já foi o palco de muitas confusões no futebol do estado. Porém, a composição vigente – há vários anos na titularidade do tribunal – será modificada.

A partir do dia 23 de janeiro de 2011, sete novos bacharéis em direito – todos eles registrados na OAB Seção de Pernambuco – vão tomar posse.

A nomeação já foi oficializada pela Federação Pernambucana de Futebol (veja AQUI).

A medida visa cumprir a Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998,  que estabelece a duração máxima de um mandato em quatro anos, além de uma recondução.

De acordo com a FPF, eis os nomes e as suas respectivas indicações:

Ordem dos Advogados do Brasil/PE
Hilton Carvalho Galvão
Cláudio Pessanha Veloso

Sindicato dos Atletas Profissionais
Pedro Fernandes de Oliveira
João Firmino de Paula Cavalcante Neto

Sindicatos dos Árbitros Profissionais
José Francisco Arruda Teobaldo

Maioria dos clubes participantes da 1ª divisão estadual
Augusto José Carreras Cavalcanti de Albuquerque
Marcos Roberto Bandeira de Melo

Veja a composição atual da mesa no TJD/PE clicando AQUI.

O desafio

Carlos Alberto Oliveira, presidente da FPF. Foto: Helder Tavares/DP

A FPF tem dono.

Quem manda lá, e não esconde de ninguém, é Carlos Alberto Oliveira. Ele prova isso ao passar por cima até do calendário da CBF.

A CBF libera apenas 23 datas para os Estaduais.

Em Pernambuco, o Estadual de 2011 utilizará mais uma vez um número acima do permitido pela Confederação Brasileira.

Serão 26 jogos rodadas, entre fase classificatória e mata-mata decisivo.

Em uma reunião extraordinária nesta quarta-feira, a FPF antecipou o Pernambucano de 16 para o dia 13 de janeiro. Paliativo.

Seriam quatro jogos em oito dias. Agora, apenas um intervalo será “sufocado”.

Entre a 3ª e 4ª rodadas não há solução. O desgaste físico é iminente, com um intervalo entre os jogos de apenas 48 horas. Segundo normas da CBF, deveriam ser 66.

O mandatário da Federação Pernambucana de Futebol, no entanto, diz que não há o que fazer e que continuará assim.

“Não tem nada que eu possa fazer. O clubes querem jogar a semifinal, então continuará sendo assim. E a imprensa, que fez uma polêmica com isso, que faça a tabela dela. Sou o presidente da FPF e não abro mão das minhas atribuições”.

OLIVEIRA, Carlos Alberto.

Não só a imprensa pode fazer, mas qualquer torcedor, presidente.

Exigências do dirigente: elaborar uma competição com 12 clubes e formato de semifinal e final e em 23 datas. Como ficaria? Está lançado o desafio.

Elaborei uma fórmula com os critérios. Confira nos comentários e faça a sua!

Sem pausa para respirar

PernambucoSaiu a tabela do Campeonato Pernambucano de 2011. Uma tabela surreal.

Em primeira mão, o portal Superesportes antecipou a ordem das 22 rodadas da fase classificatória do próximo Estadual, que começará em 16 de janeiro (veja AQUI).

Porém, basta dar uma rápida observada na tabela para ter a certeza que o nosso futebol ainda carece de um “pouco” de organização.

Explico: de acordo com o Estatuto do Torcedor, o intervalo entre jogos oficiais é de pelo menos 72 horas – três dias. Veja abaixo as datas das primeiras rodadas.

1ª rodada – 16 de janeiro (domingo)
2ª rodada – 18 de janeiro (terça-feira, 5 jogos) e 19 de janeiro (quarta-feira, 1 jogo)
3ª rodada – 20 de janeiro (quinta-feira, 4 jogos) e 21 de janeiro (sexta-feira, 2 jogos)
4ª rodada – 23 de janeiro (domingo)

4 rodadas em 8 dias.

Intervalos de 48 horas… Algo visto pela última vez na década passada.

O modelo segue a fórmula absurda com três jogos por semana até a 7ª rodada, quando o Estadual passa a ter dois jogos a cada sete dias. A fase acabará em 17 de abril.

Mas, como o mandatário da FPF, Carlos Alberto Oliveira já afirmou, o Pernambucano vai continuar com 12 times e inchado até o fim de sua gestão, em 2015 (veja AQUI).

Que ninguém reclame de falta de tempo para treinar…

12 clubes até 2015

Carlos Alberto Oliveira, presidente da FPF. Foto: Jaqueline Maia/Diario de Pernambuco

O número de clubes no Pernambucano foi ampliado de 10 para 12 em 2008.

Assim está e deverá ficar por mais algumas temporadas.

Há dois anos, o presidente da FPF, Carlos Alberto Oliveira, promoveu o acesso de quatro times da Série A2, quando apenas dois deveriam ter subido. Entre os quatro, o Centro Limoeirense, o seu time do coração, que não conseguiu o acesso no campo.

E veio um Estadual inchado, com datas insuficientes no calendário da CBF.

Sempre foi especulada a redução da competição para dez equipes desde então. O Estatuto do Torcedor, que prevê a realização de uma fórmula por pelo menos dois anos, acabou inviabilizando a mudança.

Como em 2011 o formato será o mesmo deste ano, vai abrir, assim, o caminho para a modificação dentro de dois anos. Em tese… Na prática, não deverá sair do papel.

Durante o Conselho Arbitral do Campeonato Pernambucano de 2011, nesta terça-feira, Carlos Alberto deu a seguinte declaração em entrevista ao blog:

“Enquanto eu for presidente  da Federação Pernambucana de Futebol, o número de clubes será 12. Não mudarei nada até 2015.”

Ele alegou que outros Estaduais têm mais clubes, como São Paulo, com 20 equipes. Lá, porém, são utilizadas 23 datas, enquanto aqui gastamos 26.

Em tempo: a gestão do mandatário acaba em 2015. Deveria ser em 2014, mas ele ganhou um ano de bônus para acompanhar o centenário da FPF…