Todos os caminhos na capital paulista na tarde deste domingo parecem ter levado ao estádio do Morumbi, que recebeu 62.207 torcedores, no maior público da Série A.
Mais um forte indício para contextualizar o amplo favoritismo do São Paulo diante do Náutico, que se tranforma, da pior forma possível, quando atua longe dos Aflitos. Bem à frente na tabela, com qualidade técnica de sobra e pronto para estrear um craque.
No primeiro tempo, apenas o Tricolor jogou bola. Queria de todo jeito ratificar a vaga na próxima Libertadores. Mesmo sem forçar tanto, o mandante chegou várias vezes à meta do goleiro alvirrubro Felipe. Bola alçada, chute de fora da área, tabelas.
É verdade que nenhum lance assustou de fato, mas a interminável sequência foi provocando o desgaste físico nos marcadores alvirrubros. No meio-campo, Josa, Alison e Souza só faziam correr atrás de Lucas, Jádson e Osvaldo. Um pouco mais atrás, Alemão e Jan Rolt tentavam evitar as faltas. Trabalho grande.
No segundo tempo, essa conta criada pela extrema precaução acabaria sendo cobrada. Antes disso, o Timbu até surpreendeu. Nulo ofensivamente no primeiros 45 minutos, o Náutico marcou logo na sua primeira chance na etapa final.
Aos 3, Kieza foi derrubado próximo à meia lua. Na cobrança, Souza acertou mais um belo chute, no cantinho de Rogério. Mas a produção no campo adversário ficou nisso para os pernambucanos. O empate veio antes do dez minutos, com Luís Fabiano, de cabeça.
O gol deu tranquilidade ao técnico Ney Franco, que promoveu a badalada estreia do meia Paulo Henrique Ganso. O pontinho fora de casa virou ilusão aos 25 minutos, numa penalidade infantil cometida por Alemão em cima do centroavante rival. Deslocando Felipe, Rogério Ceni virou, 2 x 1. Vitória de um time que teve 69% de posse de bola.
O segundo revés seguido deve deixar o Náutico ligado nas duas últimas rodadas…