Boxe, a 10ª modalidade dourada do Brasil. Graças a Robson Conceição, no Rio

Final do boxe (peso ligeiro), com Robson Conceição, na Olimpíada 2016. Crédito: Rede Globo/reprodução

O pugilista Robson Conceição conquistou a primeira medalha de ouro da história do boxe brasileiro. Na categoria até 60 quilos, ou “peso ligeiro”, o baiano venceu o francês Oumiha, diante de uma plateia ensandecida na arena do Rio Centro, e colocou a sua modalidade no rol dos esportes com títulos olímpicos do Time Brasil. O boxe tornou-se a 10ª modalidade dourada, numa série iniciada em 1920, com Guilherme Paraense no Tiro, na prova de pistola rápida.

Em 2016, das 42 modalidades instituídas pelo Comitê Olímpico Internacional, o Brasil teve representantes em 39, com o boxe seguindo fase a fase a partir dos socos cruzados, jabs e ganchos de Robson, de 27 anos e em sua terceira Olimpíada. Após eliminações precoces em Beijing e Londres, ele manteve o foco, o sonho. E venceu de forma incontestável as quatro lutas no Rio de Janeiro, com a última já ao vivo em tevê aberta para todo o país.

Até esta jornada, o boxe do país somava quatro medalhas, sendo uma prata e três bronzes. O primeiro pódio foi em 1968, na Cidade do México, com Servílio de Oliveira, terceiro lugar no peso mosca. Desta vez, a bandeira ficou no alto!

Campanha do título olímpico de Robson Conceição em 2016
Oitavas – Anvar Yunusov (Tadjiquistão)
Quartas – Hurshid Tojibaev (Uzbequistão)
Semifinal – Lázaro Álvarez (Cuba)
Decisão – Sofiane Oumiha (França)

Final do boxe (peso ligeiro), com Robson Conceição, na Olimpíada 2016. Crédito: Rede Globo/reprodução

A primeira participação do Brasil na Olimpíada foi em 1920. E já estreou com o ouro. Porém, só voltaria ao degrau mais alto 32 anos depois, com Adhemar Ferreira da Silva. Após o bi no salto triplo, um novo hiato, de 24 anos. A partir de 1980, o ouro tornou-se recorrente, mas sempre em doses homeopáticas. Foram dez edições desde então, com apenas uma Olimpíada em branco, em 2000. Nas últimas quatro o país conquistou títulos olímpicos em modalidades inéditas, duas delas improváveis para o histórico desportivo do país, hipismo e ginástica. O boxe, de Éder Jofre e Popó, não. Esse era, há muito, aguardado…

O primeiro ouro brasileiro em cada modalidade
1º) Tiro – 1920
2º) Atletismo – 1952
3º) Vela – 1980
4º) Judô – 1988
5º) Vôlei – 1992
6º) Vôlei de praia – 1996
7º) Hipismo – 2004
8º) Natação – 2008
9º) Ginástica – 2012
10º) Boxe – 2016

Todas as medalhas de ouro do Time Brasil
1920 – Tiro (1ª)
1952 – Atletismo (1ª)
1956 – Atletismo (2ª)
1980 – Vela (1ª) e Vela (2ª)
1984 – Atletismo (3ª)
1988 – Judô (1ª)
1992 – Judô (2ª) e Vôlei (1ª)
1996 – Vela (3ª), Vela (4ª) e Vôlei de praia (1ª)
2004 – Vela (5ª), Hipismo (1ª), Vela (6ª), Vôlei de praia (2ª) e Vôlei (2ª)
2008 – Atletismo (4ª), Natação (1ª) e Vôlei (3ª)
2012 – Judô (3ª), Ginástica (1ª) e Vôlei (4ª)
2016 – Judô (4ª), Atletismo (5ª) e Boxe (1ª)

Final do boxe (peso ligeiro), com Robson Conceição, na Olimpíada 2016. Crédito: Rede Globo/reprodução

Com time completo, judô emplaca três pódios no Rio. Em 52 anos, 22 medalhas

Rafaela Silva, Mayra Aguiar e Rafael Silva em ação nos Jogos Olímpicos de 2016. Fotos: Rio 2016/twitter (@rio2016)

Os sete dias de disputas no judô na Arena Carioca renderam três medalhas olímpicas para os brasileiros. Ouro inédito para Rafaela Silva (leve) e bronze com Mayra Aguiar (meio pesado) e Rafael Silva (pesado), que repetiram a terceira colocação em Londres. Há quatro anos, o país subiu quatro vezes no pódio, em seu melhor desempenho. No Rio, esperava-se um rendimento maior, pelo fator casa (importante nos quatros títulos obtidos nos Mundiais de 2007 e 2013) e pelo investimento no ciclo. A modalidade, aliás, era considerada uma das principais fontes de medalhas para o COB, na busca pelo top ten no quadro geral dos Jogos de 2016. Com o time completo, o rendimento de medalhas foi de 21%. Dos outros onze judocas, apenas Erika Miranda e Mariana Silva chegaram a lutar por medalha, com os demais caindo nas fases preliminares.

Em 52 anos de participação, o Brasil conquistou 22 medalhas, sendo 4 ouros, 3 pratas e 15 bronzes. Uma história iniciada por Lhofei Shiozawa, o solitário representante em 1964, em Tóquio, quando o judô entrou no programa olímpico – no Japão, os donos da casa inciaram um domínio absoluto, hoje com 37 ouros. O brasileiro, então com 23 anos, terminou em 5º lugar na categoria até 80 quilos. Depois, os pódios foram recorrentes, começando com o bronze de Chiaki Ishii em 1972, em Munique. A partir de 1984, o judô brasileiro emplacou uma série, ainda vigente, com nove edições presente no pódio.

Naturalmente, a equipe brasileira foi crescendo, técnica e numericamente, com a participação feminina, preenchendo cada vez mais categorias. Até completar, via ranking, a lista de pesagem. Em 2012 e 2016 o Brasil competiu nas 14 categorias, sendo sete masculinas e sete femininas. Que a esperança nos tatames se renove em 2020. Novamente em Tóquio, a meca da arte marcial…

Estatísticas do judô brasileiro nos Jogos Olímpicos…

Medalhas
1964 – nenhuma (estreia da modalidade)
1968 – não houve disputa
1972 – 1 bronze
1976 – nenhuma
1980 – nenhuma
1984 – 1 prata e 2 bronzes
1988 – 1 ouro
1992 – 1 ouro
1996 – 2 bronzes
2000 – 2 pratas
2004 – 2 bronzes
2008 – 3 bronzes
2012 – 1 ouro e 3 bronzes
2016 – 1 ouro e 2 bronzes

Evolução da delegação brasileira
1964 – 1 judoca
1972 – 2 judocas

(…)
2000 – 12 judocas
2004 – 12 judocas
2008 – 13 judocas
2012 – 14 judocas (time completo)
2016 – 14 judocas (time completo) 

Rendimento de medalhas (pódios x representantes)
2000 – 16%
2004 – 16%
2008 – 23%
2012 – 28%
2016 – 21%

Rafaela Silva, Mayra Aguiar e Rafael Silva em ação nos Jogos Olímpicos de 2016. Fotos: Rio 2016/twitter (@rio2016)

De Leônidas de Rodes a Michael Phelps, o último recorde olímpico. De 2.168 anos

Lêonidas de Rodes, recordista nas Olimpíadas da Antiguidade. Foto: Museu Britânico

A Olimpíada foi criada na Grécia em 776 antes de Cristo. De quatro em quatro anos, com corrida, luta, salto, arremesso de disco, pentatlo, corrida de bigas, entre outras provas exóticas. O campeão ganhava uma guirlanda e a honra de virar estátua na mítica cidade de Olímpia, numa tradição que superou mil anos. Nos Jogos da Antiguidade, o maior vencedor foi Leônidas de Rodes. Em provas individuais, ganhou 12 coroas de louros. Dos 24 aos 36 anos, ele foi imbatível em três tipos de corridas. No estádio, contra vinte competidores, ganhou as provas de uma e duas voltas. Ainda havia uma sui generis, a hoplitódromo, tendo que correr com um elmo e segurando um escudo de ferro.

Antes dele, o recorde era de três coroas em uma prova, o stadion, a primeira e mais importante corrida, com Chionis de Sparta (664 a.C., 660 a.C., 656 a.C.), Astyalus de Crotone (488 a.C., 484 a.C. e 480 a.C.) e Crisson de Himera (448 a.C., 444 a.C. e 440 a.C.). A Era Antiga dos Jogos acabou em 393, por decisão do imperador romano Teodósio I, convertido ao cristianismo. Seguiu assim até 1896, quando a Era Moderna foi iniciada, outra vez na Grécia. Nada de guirlandas, mas medalhas douradas aos campeões das tantas modalidades formuladas desde então. Com o homem desafiando o seu limite, recordes foram caindo. Exceto o de Leônidas. Essa marca, levantada pelo olympstats.com e publicada pelo jornal The Washington Post, já durava 2.168 anos.

Tão veloz quanto, mas na água, Michael Phelps agigantou a sua lenda ao registrar 1 minuto, 54 segundos e 66 centésimos nos 200 metros medley. Num mar de medalhas, com 26 ao todo, sendo 22 de ouro, esta foi a sua 13ª vitória individual. No um contra um, como havia sido com Lêonidas, tetracampeão nos primórdios descritos como contos, Phelps tornou-se o primeiro nadador com quatro ouros numa prova individual. Ao vivo para o mundo inteiro, o americano unificou as eras Antiga e Moderna em torno de uma verdade: é o maior.

Lêonidas de Rodes (corredor grego, 12 guirlandas individuais)
164 a.C. – stadion (180 metros), diaulos (360 metros) e hoplitodromos
160 a.C. – stadion (180 metros), diaulos (360 metros) e hoplitodromos
156 a.C. – stadion (180 metros), diaulos (360 metros) e hoplitodromos
152 a.C. – stadion (180 metros), diaulos (360 metros) e hoplitodromos

Michael Phelps (nadador norte-americano, 13 ouros individuais)
2004 – 400m medley, 100m borboleta, 200m borboleta, 200m medley
2008 – 400m medley, 200m livre, 100m e 200m borboleta, 200m medley
2012 – 200m medley, 100m borboleta
2016 – 200m borboleta, 200m medley

Michael Phelps. Foto: Rio 2016/reprodução

Náutico, Santa e Sport na Olimpíada 2016

Entre os milhares de torcedores assistindo in loco aos Jogos Olímpicos de 2016, a referência pernambucana vem sendo encontrada facilmente. Nas incontáveis transmissões na tevê, é bem comum ver bandeiras e/ou camisas de Náutico, Santa e Sport nos ginásios e estádios, não só no Rio de Janeiro. Como os torneios de futebol (masculino e feminino) são descentralizados, os registros também vem ocorrendo em praças como Salvador e Manaus.

A bandeira de Pernambuco, como não poderia deixar de ser, também é artigo de viagem – quase um imã para encontros no Parque Olímpico. Aqui, algumas fotos, compartilhados pelos próprios torcedores e também pelos clubes, num engajamento importante com o maior evento esportivo da temporada.

Cleber Lima
Local: Fonte Nova (futebol masculino), 11/08

Torcedor do Náutico na Olimpíada do Rio de Janeiro. Foto: Náutico/twitter (@nauticope)

Vinícius Medeiros (Santa Cruz)
Local: Arena da Amazônia (futebol feminino), 09/08

Torcedor do Santa Cruz na Olimpíada do Rio de Janeiro. Foto: Santa Cruz/twitter (@santacruzfc)

Marcelo Marinheiro e Guilherme Lima (Sport)
Local: Parque Deodoro (Rugby), 10/08

Torcedores do Sport na Olimpíada do Rio de Janeiro. Foto: Marcelo Marinheiro/twitter (@marinheiro87)

Renato Carneiro (Náutico)
Local: Maracanãzinho (vôlei feminino), 09/08

Torcedor do Náutico na Olimpíada do Rio de Janeiro. Foto: Náutico/twitter (@nauticope)

Jorge Neves e Fabiana Neves (Santa Cruz)
Local: Parque Aquático (natação), 10/08

Torcedores do Santa Cruz na Olimpíada do Rio de Janeiro. Foto: Ana Paula Santos/DP

Nara Vieira (Sport
Local: Engenhão (futebol feminino), 06/08

Torcedores do Sport na Olimpíada do Rio de Janeiro

O quadro de medalhas do Brasil segundo a revista Sports Illustrated, de 2000 a 2016

Edições da revista Sports Illustrated sobre a previsão de medalhas olímpicas em 2000, 2004, 2008, 2012 e 2016

A previsão de medalhas elaborada pela revista Sports Illustrated na edição que antecede a Olimpíada já tornou-se tradicional mundo afora. Trata-se de uma análise de desempenho de todos os países em todas as competições realizadas nos Jogos. O blog levantou a estimativa feita pela publicação norte-americana para o Time Brasil nas últimas cinco edições. Considerando todas as opções possíveis (ouro, prata, bronze e total), apenas uma projeção bateu, com as 15 medalhas conquistadas na China. De 2000 a 2012, a magazine contabiliza um “saldo negativo” de onze ouros em relação às estimativas.

Sobre 2016, o exercício de futurologia da SI apontou 20 medalhas para a delegação brasileira, tendo o fator casa como importante para a avaliação. Apesar do número recorde de pódios, o país ficaria fora do top ten, a obsessiva meta estipulada pelo COB. No quadro geral, a vitória no Rio de Janeiro seria dos Estados Unidos, com 45 ouros, 34 pratas e 39 bronzes, ou 118 no total.

Abaixo, as projeções da revista e a realidade sobre o desempenho brazuca…

2016 – Rio de Janeiro
Previsão: 6 ouros, 4 pratas e 10 bronzes (20 medalhas)
Favoritos ao ouro: Erlon Souza/Isaquias Queiroz (canoagem), Martine Grael/Kahena Kunze (vela), futebol masculino, vôlei masculino, Alisson/Bruno (vôlei de praia) e Talita/Larissa (vôlei de praia)

2012 – Londres
Previsão: 8 ouros, 4 pratas e 12 bronzes (24 medalhas)
Favoritos ao ouro: César Cielo (natação), Robert Scheidt/Bruno Prada (vela), Diego Hypólito (ginástica), Éverton dos Santos (boxe), futebol masculino, Sarah Menezes (judô), Juliana e Larissa (vôlei de praia) e vôlei feminino 

Resultado: 3 ouros, 5 pratas e 9 bronzes (17 medalhas)
Ouro: vôlei feminino, Sarah Menezes (judô) e Arthur Zanetti (ginástica)

Saldo: -5 ouros, +1 prata, -3 bronzes (-7 medalhas)
Entre os campeões, a revista acertou Sarah Menezes e vôlei feminino

2008 – Beijing
Previsão: 5 ouros, 3 pratas e 7 bronzes (15 medalhas)
Favoritos ao ouro: Maurren Maggi (atletismo), vôlei masculino, vôlei feminino, Diego Hypólito (ginástica) e Tiago Camilo (judô) 

Resultado: 3 ouros, 4 pratas e 8 bronzes (15 medalhas)
Ouro: Vôlei feminino, Maurren Maggi (atletismo) e César Cielo (natação) 

Saldo: -2 ouros, +1 prata, +1 bronze (acertou o total de medalhas)
Entre os campeões, a revista acertou o vôlei feminino e Maurren Maggi

2004 – Atenas
Previsão: 4 ouros, 4 pratas e 4 bronzes (12 medalhas)
Favoritos ao ouro: Robert Scheidt (vela), Daiane dos Santos (ginástica), Ricardo e Emanuel (vôlei de praia) e vôlei masculino 

Resultado: 5 ouros, 3 pratas e 3 bronzes (11 medalhas)
Ouro: Rodrigo Pessoa (hipismo), vôlei masculino, Ricardo e Emanuel (vôlei de praia), Robert Scheidt (vela) e Torben Grael/Marcelo Ferreira (vela) 

Saldo: +1 ouro, -1 prata, -1 bronze (-1 medalha)
Entre os campeões, a revista acertou Ricardo e Emanuel (vôlei de praia), vôlei masculino e Robert Scheidt (vela)

2000 – Sidney
Previsão: 5 ouros, 2 pratas e 1 bronze (8 medalhas)
Favoritos ao ouro: Zé Marco e Emanuel (vôlei de praia), Gustavo Kuerten (tênis), Rodrigo Pessoa (hipismo), futebol masculino e Robert Scheidt (vela) 

Resultado: 6 pratas e 6 bronzes (12 medalhas)
Ouro: nenhum 

Saldo: -5 ouros, +4 pratas, +5 bronzes (+4 medalhas)
Entre os campeões, a revista errou tudo 

Somando as previsões da Sports Illustrated de 2000 a 2012…

Previsão: 22 ouros, 13 pratas, 24 bronzes (59 medalhas)
Resultado: 11 ouros, 18 pratas, 26 bronzes (55 medalhas)
Saldo: -11 ouros, +5 pratas, +2 (-4 medalhas)

O Rio abre as portas ao mundo olímpico esbanjando emoção, representatividade

Cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Crédito: Rede Globo/reprodução

Belíssima a cerimônia de abertura dos Jogos do Rio. O Maracanã foi palco de uma festa emocionante, cumprindo com sobras o nível olímpico neste quesito. Do início da vida na Terra ao Brasil indígena, passando pelo descobrimento, cultura, ritmos, arte. Entre coreografias incríveis, a evolução do país, com o voo do 14-bis, e belezas indiscutíveis, como Gisele Bündchen. Um Brasil como se sonha há tempos. Após a apresentação, entraram as 207 delegações, com bandeiras de inúmeras cores. A brasileira, a anfitriã, encerrou o desfile, com a pernambucana Yane Marques puxando o time ao som de Aquarela do Brasil. 

Em seguida, a política, com discursos protocolares e vaias protocolares. Voltando à festa, faltava o ponto alto da noite, o acendimento da pira. O mundo esperava Pelé, que declinou por problemas de saúde. Então, um enredo com reviravoltas, positivas. Iniciou com Gustavo Kuerten, ainda fora do Maraca, passando a chama para a rainha Hortência, já no centro do campo, e terminou com Vanderlei Cordeiro de Lima, na escadaria. Já ovacionado. Em 2004, um padre irlandês impediu a sua vitória na maratona. Mesmo assim, Vanderlei seguiu correndo e alcançou o bronze. Cruzou a linha de chegada agradecendo a Deus, já detentor do pleno espírito olímpico, condecorado posteriormente pela Medalha Pierre de Coubertin. Escolha justa, representativa para os brasileiros

O fogo olímpico iluminou uma escultura cinética, simbolizando o sol, sem dúvida uma das piras mais bonitas já vistas numa Olimpíada. Na nossa Olimpíada.

Que a organização se esforce para manter esta impressão nas competições…

Cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Crédito: Rede Globo/reprodução

Cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Crédito: Diario de Pernambuco/facebook

Cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Crédito: Olimpíada/twitter (@Olympics)

Cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Crédito: Olimpíada/twitter (@Olympics)

Cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Crédito: Olimpíada/twitter (@Olympics)

Cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Crédito: Rio 2016/twitter (@rio2016)

Cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Crédito: Olimpíada/twitter (@Olympics)

Cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Crédito: Olimpíada/twitter (@Olympics)

Os 262 emojis do Twitter na Olimpíada

O Twitter conta com 310 milhões de perfis ativos, segundo o dado mais recente divulgado pela empresa, com 44% usando a rede social diariamente. Ou seja, 136 milhões. No cenário esportivo, o microblog aparece com mais força, sendo atualmente, na visão do blog, a melhor rede para o acompanhamento em tempo real de eventos e competições. Ciente disso, o Twitter vem criando “emojis” (ideogramas) específicos (e pontuais) para os torneios. Em 2016 já havia acontecido tanto na Eurocopa quanto na Copa América. Agora, o Twitter lançou um catálogo gigantesco para os Jogos Olímpicos de 2016.

São 262 emojis, sendo 9 gerais (Olimpíada, Rio, medalhas de ouro, prata e bronze e cerimônias de abertura e encerramento), 206 bandeiras dos países filiados ao COI, 2 para o time de refugiados olímpicos (a 207ª delegação no evento), e 45 sobre os esportes, com modalidades distintas – somente no ciclismo, por exemplo, são quatro emojis. Abaixo, a lista completa, em inglês.

Por sinal, caso não siga, o meu perfil no microblog é @cassito_z.

Nas redes sociais, a interação (informação, greia, imagens etc) deve ser lá…

Emoji dos Jogos Olímpicos de 2016 para o twitter

Emoji dos Jogos Olímpicos de 2016 para o twitter

Emoji dos Jogos Olímpicos de 2016 para o twitter

Emoji dos Jogos Olímpicos de 2016 para o twitter

A cidade olímpica do Rio na versão Lego

Maquete do Rio de Janeiro via "lego". Crédito: Governo Federal/twitter (@Brasil2016)

Com 947 mil peças, construtores da Lego montaram uma enorme maquete do Rio de Janeiro, celebrando a Olimpíada, com 25 ícones da Cidade Maravilhosa. Cristo Redentor, Maracanã, Copacabana, Pão de Açúcar, Sambódromo e elementos olímpicos, naturalmente. A maquete de lego é a maior já feita na América Latina, com 20 metros quadrados e quase 1 metro de altura. Juntas, as pecinhas pesam 1,5 tonelada, somente.

A montagem precisou de 50 pessoas, em três equipes distintas, nos EUA, Dinamarca e República Tcheca. Um projeto comandado por Dan Steininger, Chris Steininger e Paul Chrzan, os “master builders” da Lego, com décadas de experiência. Instalada no Boulevard Olímpico, no Porto Maravilha, a construção ficará como legado (turístico) para o Rio. Após os Jogos Olímpicos de 2016 ficará no museu da Gávea.

Maquete do Rio de Janeiro via "lego". Crédito: lugbrasil.com

Maquete do Rio de Janeiro via "lego". Crédito: Governo Federal/twitter (@Brasil2016)

Maquete do Rio de Janeiro via "lego". Crédito: Governo Federal/twitter (@Brasil2016)

Maquete do Rio de Janeiro via "lego". Crédito: Governo Federal/twitter (@Brasil2016)

Yane Marques, a primeira pernambucana porta-bandeira do Brasil na Olimpíada

Yane Marques no pódio da Olimpíada de 2012, em Londres. Arte: Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer de Pernambuco/twitter (@turismo_pe)

Diante de 78 mil pessoas no Maracanã e centenas de milhões na tevê mundo afora, a bandeira brasileira irá tremular à frente de uma delegação recorde na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2016. Lá no Rio, uma pernambucana arretada como porta-bandeira. Com 49% dos votos, a pentatleta Yane Marques desbancou os campeões olímpicos Serginho, do vôlei, e Robert Scheidt, da vela, na enquete do globoesporte.com, com o aval do COB, para a eleição do porta-bandeira. Em uma semana, a votação chegou a quase um milhão de participações. Mais precisamente, 961.562.

Nessas bandas, um engajamento maciço, com campanha nas redes sociais, na televisão e até o apoio do Náutico, clube do coração da atleta. Deu certo, com uma escolha histórica. Em 22 participações olímpicas do Brasil, esta é apenas a segunda vez que uma mulher recebe a honra, 16 anos após Sandra Pires. Em termos regionais, recoloca o Nordeste após 84 anos! Sertaneja de Afogados da Ingazeira, de apenas 42 mil habitantes, Yane se aventurou em uma soma improvável de esportes, numa modalidade criada em 1912 pelo idealizador da Olimpíada da era moderna, o barão Pierre de Coubertin.

Esgrima, natação, hipismo, tiro e corrida. Não é preciso ser expert nos cinco, é preciso ser regular. E, acima de tudo, perseverante, para superar a lacuna estrutural no esporte nacional. Vencendo tudo isso, Yane subiu no pódio em Londres, há quatro anos, com o bronze, a 17ª medalha do país naquela edição, um recorde. Com o reconhecimento, do público, ela escreve agora um dos maiores capítulos de sua carreira, e também do desporto pernambucano…

Resultado final da votação para o porta-bandeira
Yane – 49% (471,1 mil)
Serginho – 40% (384,6 mil)
Scheidt – 11% (105,7 mil)

Os porta-bandeiras do Brasil nos Jogos Olímpicos
2016 – Yane Marques (PE, pentatlo moderno)

2012 – Rodrigo Pessoa (França*, hipismo)
2008 – Robert Scheidt (SP, vela)
2004 – Torben Grael (SP, vela)
2000 – Sandra Pires (RJ, vôlei de praia)
1996 – Joaquim Cruz (DF, atletismo)
1992 – Aurélio Miguel (SP, judô)
1988 – Walter Carmona (SP, judô)
1984 – Eduardo Souza Ramos (SP, vela)
1980 – João Carlos de Oliveira (SP, atletismo)
1976 – João Carlos de Oliveira (SP, atletismo)
1972 – Luiz Cláudio Menon (SP, basquete)
1968 – João Gonçalves Filho (SP, polo aquático)
1964 – Wlamir Marques (SP, basquete)
1960 – Adhemar Ferreira da Silva (SP, atletismo)
1956 – Wilson Bombarda (SP, basquete)
1952 – Mário Jorge da Fonseca Hermes (RJ, basquete)
1948 – Sylvio de Magalhães Padilha (RJ, atletismo)
1936 – Sylvio de Magalhães Padrilha (RJ, atletismo)
1932 – Antônio Pereira Lira (PB, atletismo)
1924 – Alfredo Gomes (SP, atletismo)
1920 – Afrânio Antônio Costa (RJ, tiro esportivo)

13 – São Paulo
5 – Rio de Janeiro
1 – Paraíba, Distrito Federal, França* e Pernambuco
* Filho do brasileiro, e também cavaleiro, Nelson Pessoa

Yane Marques, atleta do pentatlo moderno e porta-bandeira brasileira na Olimpíada de 2016. Crédito: Ministério do Esporte/twitter (@minesporte)

O Brasil de Neymar na Olimpíada de 2016

Os 18 convocados para a Seleção Olímpica de 2016. Crédito: CBF/facebook (montagem)

Os 18 nomes da Seleção Olímpica de 2016 foram revelados pelo técnico Rogério Micale, com quinze jogadores dentro do limite de 23 anos e três acima, Fernando Prass, Neymar e Douglas Costa. O time verde e amarelo se apresenta em 18 de julho, para a preparação na Granja Comary. No grupo, Neymar é a principal estrela. A sua convocação já era certa, pois a direção da CBF optou pela sua presença nos Jogos do Rio em detrimento da Copa América Centenário, uma vez que o Barça só o liberou para um torneio. Por sinal, a liberação, que neste caso não é obrigatória, foi um entrave.

Começou já no gol, com o Benfica vetando Ederson. Assim, sem bons nomes na faixa etária, Micale optou pelo palmeirense Prass, 37, que nunca atuou na Seleção. Foi chamado pela liderança, histórico em decisões por pênalti e boa fase no clube. Já Douglas Costa, decisivo no Bayern, ganhou a disputa com o zagueiro Thiago Silva pela terceira vaga sem restrição. Ainda nesta mescla, o ex-alvirrubro Douglas Santos, já presente na seleção principal, se firmou na ala esquerda. Já para a composição do time, apenas um “armador clássico”, Felipe Anderson, com Fred podendo se improvisado. Lembrando que são cinco atletas a menos em relação aos torneios com as seleções principais.

O torneio olímpico de futebol, de 4 a 20 de agosto, será disputado em sete estádios espalhados no país, com quatro grupos de quatro times, nos quais os dois melhores avançam. Na sequência, quartas de final, semifinal e final, no Maracanã. Nas últimas oito edições da competição, o Brasil conquistou cinco medalhas, sendo três pratas (1984, 1988 e 2012, já com Neymar) e dois bronzes (1996 e 2008). Falta o ouro, numa obsessão maior a cada revés.

Confira o quadro de medalhas do torneio olímpico masculino de futebol aqui.

Goleiros
Fernando Prass, 37 anos (Palmeiras)
Uilson, 22 (Atlético-MG)

Laterais
Willian, 21 (Inter)
Douglas Santos, 22 (Atlético-MG)
Zeca, 22 (Santos) 

Zagueiros
Rodrigo Caio, 22 (São Paulo)
Luan, 23 (Vasco)
Marquinhos, 22 (PSG) 

Meias
Thiago Maia, 19 (Santos)
Rodrigo Dourado, 22 (Inter)
Fred, 23 (Shakhtar Donetsk)
Rafinha Alcântara, 23 (Barcelona)
Felipe Anderson, 23 (Lazio) 

Atacantes
Neymar, 24 (Barcelona)
Douglas Costa, 25 (Bayern de Munique)
Luan, 23 (Grêmio)
Gabriel Barbosa, 19 (Santos)
Gabriel Jesus, 19 (Palmeiras)

Tabela da seleção masculina na 1ª fase:
04/08 – Brasil x África do Sul (Mané Garrincha, 16h)
07/08 – Brasil x Iraque (Mané Garrincha, 22h)
10/08 – Brasil x Dinamarca (Salvador, 22h)