Enquete: Pernambucano de 2010!

Torcidas de Santa, Sport e Náutico lotando as arquibancadas

Agora é oficial. A temporada 2009 do futebol pernambucano acabou.

Começou em janeiro, com a Copa São Paulo de Juniores, com Porto e Ypiranga.

Estadual…

Libertadores com o Sport.

Copa do Brasil com Náutico, Santa Cruz e Central.

Série A do Campeonato Brasileiro com Náutico e Sport, Série C com o Salgueiro e Série D com Santa Cruz e Central.

E terminou com Brasileiro Sub-20, com Sport e Náutico.

Portanto, vamos para 2010.

A velha rivalidade pernambucana, misturada por 12 equipes no Estadual. Além do Recife, Vitória de Santo Antão (Vitória e Vera Cruz) e Caruaru (Porto e Central) também vão parar para assistir aos clássicos.

A primeira enquete visando o Estadual de 2010 é bem tradicional…

Quem é o favorito para a competição!?  😎

Opine!

Disk-Santinha

Orelhão(81) 3444-5422.

Este é o telefone para marcar amistosos contra o Santa Cruz, que pretende disputar 2 partidas no Recife nos dias 5 e 10 de janeiro.

A estreia coral no Campeonato Pernambucano de 2010 será no dia 13 de janeiro, contra o Sete de Setembro, no estádio Gigante do Agreste, em Garanhuns.

A ideia pra lá de curiosa foi do diretor remunerado de futebol do Tricolor, Raimundo Queiroz. Que falou sério, diga-se. O número, aliás, é da sala do próprio dirigente.

Apenas uma ressalva sobre o agendamento de amistosos da Cobra-Coral: de preferência, times da 1ª divisão em seus estados.

De São Paulo ao Amapá.

Alguém se habilita?

Qual será a mágica que Raimundo Queiroz fará para evitar os trotes?

Obs. Só não vale ligar a cobrar… 😎

Náutico “não” precisa de oposição

NáuticoNáutico30 anos.

A última eleição no Náutico com uma oposição de fato e de direito aconteceu em 1979.

Na ocasião, João de Deus venceu José Antônio de Oliveira Ventura por apenas 55 votos de diferença para o biênio 79/80.

Desde então, o Timbu viu disputas nas urnas apenas nos rivais Sport e Santa Cruz.

Até o Central acompanhou um bate-chapa recentemente. Na segunda-feira. E a vitória foi da oposição, diga-se. E o mundo não acabou no País de Caruaru.

Em Rosa e Silva, um novo pleito começa a ser organizado, após o desastroso desfecho da “não-eleição”, na qual as duas chapas (situação e oposição) se retiraram da disputa para 2010/2011. Atitudes que só fizeram manchar o próprio Náutco. Surreal.

A política do consenso, utilizada no Alvirrubro há 3 décadas, se mostrou insuficiente para contornar a situação atual do clube.

Ficou só a imagem de que “ninguém quer assumir o Náutico”

E, obviamente, isso não é verdade. Ou não deveria ser, pelo menos.

Se não houver uma oposição de fato nesta nova eleição, que ela exista na vida do clube. Forte, presente, atuante. Que a oposição fiscalize e cobre respostas.

Transparência nas negociações, projetos para fidelizar os sócios, modernização administrativa e crescimento do CT. Tudo o que se espera da “situação” em janeiro de 2010 (seja qual for o vencedor, ele terá esta alcunha a partir do próximo mês).

A inscrição de chapas para a nova eleição acabará às 18h desta sexta-feira, no Conselho Deliberativo. Contagem regressiva para desfazer um erro histórico.

Enquete: Qual foi a pior gestão em PE em 2009?

Charge de Jarbas

Qual foi a pior gestão do futebol pernambucano em 2009? Essa temporada foi bronca, hein? Para muitos, um triplo empate.

No Sport, o presidente Silvio Guimarães assumiu um clube com o status de campeão nacional e na Taça Libertadores, mas encerrou a temporada na Série B, com a vexatória lanterna. Neste ano, um time com uma folha de pagamento de R$ 1,2 milhão. Na próxima temporada, uma receita 50% menor.

No Náutico, o chefe do Executivo, Maurício Cardoso, teve em suas mãos a maior receita da história do clube, cerca de R$ 23 milhões. Sem título algum e sem permanência na elite, além de um déficit de R$ 3 milhões no fim das contas. Bronca tão grande que ninguém quer assumir em 2010.

No Santa Cruz, a missão era clara: sair da Série D. O mandatário Fernando Bezerra Coelho (FBC) tocou reformas importantes no Arruda (que até recebeu a Seleção), mas o time não decolou. Os contratos curtos do Estadual atrapalharam a montagem para a Série D. Resultado? Eliminação na 1ª fase!

Participe da nova enquete do blog…

Qual foi a pior gestão do futebol pernambucano em 2009? 😯

Última enquete: O Santa Cruz deveria aceitar a proposta do governo do estado para jogar na Cidade da Copa em troca de um novo CT?

  • Não (72%, 200 votos)
  • Sim (28%, 77 votos)

Total de votos: 277

Charge: Jarbas/DP

O último degrau de Pernambuco

A Federação Pernambucana de Futebol anunciou a criação da 3ª divisão do Estadual para a próxima temporada.

Criação?

Nem tanto.

Eu diria que seria uma “ressurreição” de algo 100% deficitário.

Ramalat, de OuricuriEntre 1994 e 1998, a competição era completamente amadora e chamava-se Copa Intermunicipal. Quem reinou nesse tempo foi o Ramalat. Um clube alviverde de Ouricuri, a 623 quilômetros do Recife.

Nas várias viagens de ônibus para enfrentar os campeões de outras ligas municipais, o Ramalat conquistou o tetracampeonato intermunicipal, entre 1996 e 1999.

A partir de 1998, porém, a FPF instituiu a opção de profissionalizar o campeão, para a disputar a Segundona no ano seguinte. E não é que o Ramalat preferiu continuar amador? Mas após a 4ª conquista, o clube aderiu ao profissionalismo.

Alguns participantes da antiga Terceirona: Náutico de Petrolina, Sport Beleense, Independente e Comercial (ambos de Pesqueira), Gameleira etc. 😯

A competição acabou em 2002. O último campeão foi o Vera Cruz. O time de Vitória de Santo Antão, por sinal, hoje integra a elite do futebol pernambucano.

Segundo a revista Torcida, em 2010 o time terá que estar situado numa cidade com pelo menos 40 mil habitantes. É gente demais… Em 2003 e 2004, o Itacuruba chegou a disputar a Primeirona. E o município de Itacuruba tem, hoje, apenas 4.358 moradores!

Para reativar a “Série A-3”, porém, a FPF espera estender até o torneio a campanha promocional Todos com a Nota.  Se mesmo assim a Série A-2 já é complicada financeiramente, imagine o último degrau…

De torcedor a presidente

Náutico

A presidência de um clube é o ponto máximo que um torcedor pode alcançar.

Primeiro, é necessário virar sócio. Alguns optam por escrever uma carreira no Conselho Deliberativo, com ações mais amplas do que o futebol.

Outros se associam a departamentos do Executivo. São vários. Financeiro, Administrativo, Engenharia, Social e, obviamente, Futebol.

Todos com a mesma vontade de colaborar, de se sentir efetivamente um “vencedor”, parte da história. Alguns conseguem. Outros vão além. Conseguem repassar esse caminho para as gerações seguintes.

São anos e anos em busca de um espaço no clube. Sempre com o objetivo de ajudar a própria paixão clubística.

No Náutico, esse caminho para a cadeira principal em Rosa e Silva parece parece um portal difícil de ultrapassar para o biênio 2010/2011. A transformação de um desejo em realidade acabou pesando. E muito!

Primeiro, Toninho Monteiro. Mesmo cercado por quase todas as lideranças do Alvirrubro, o publicitário sentiu a pressão de tocar reformas estruturais no Timbu. Não queria ficar marcado como o “homem que tirou o Náutico dos Aflitos”. Mesmo que isso seja algo positivo. O suposto lastro financeiro também não o seduziu. Refugada.

Depois, Francisco Dacal. Surreal. A chance da minoria numa disputa majoritária sem adversário algum. O rombo financeiro minou qualquer desejo de assumir a presidência. Paixão sim, mas com um pingo de razão. Refugada – Parte II.

A eleição do Náutico não aconteceu. Ninguém quis.

Deixar de ser “torcedor” não é tão simples…

Veja a matéria do diariodepernambuco.com.br sobre a “eleição” do Náutico AQUI.

Exército sem capitão

Durval, tetracampeão pernambucano pelo Sport, de 2006 a 2009Paraibano de Cruz do Espírito Santo, Durval chegou no Sport no início de 2006, aos 25 anos. O zagueirão havia sido vice-campeão da Taça Libertadores do ano anterior, quando defendia o Atlético-PR.

Mas chegou por baixo na Ilha, por causa de uma falha na decisão da competição. No Recife, sob o comando de Dorival Júnior, ganhou uma vaga no time principal rapidamente. Canhoto, o defensor passou a vestir a camisa número 4, emblemática.

Da estreia em 8 de janeiro de 2006 até a última rodada da Série A deste ano foram 226 jogos. De “refugo” do Furacão ao status de ídolo do Sport. O capitão da Copa do Brasil. 😈

Nestes quatro anos na Ilha do Retiro, o jogador escreveu uma história rara no atual futebol brasileiro, no qual atletas trocam de clube a cada seis meses.

Foram quatro temporadas de soberania no Rubro-negro. Foi tetra no Estadual – o último de maneira invicta. Nos 2 primeiros anos, a braçadeira de capitão ficou com o meia Geraldo (2006) e com o volante Éverton (2007).

E olhe que foi difícil achar uma foto do zagueiro segurando a taça no primeiro título. Em cerca de 50 fotos, Durval aparece atrás dos destaques daquele time em quase todas.

Sinal claro de que ainda estava buscando o seu espaço no grupo. Depois disso, ele cansou de levantar taça na Ilha. Só de turnos foram 7!

Mais. Veio também a fama de zagueiro-artilheiro. Fez 25 gols pelo clube, com vários gols nos clássicos contra o Náutico.

Foram quatro anos tendo o nome gritado na arquibancada da Ilha, com aquele início impublicável e que termina com a célebre frase “É o melhor zagueirodo Brasil!” .

Este segundo semestre em 2009 foi o seu pior momento no Leão, no qual o tal grito de guerra não fez tanto sentido, mas que continuou sendo ecoado no estádio por respeito a um dos jogadores mais vitoriosos nos 104 anos do Sport.

Durval ergue a Copa do Brasil de 2008Apesar da proposta feita pelo clube para tentar uma renovação, o seu empresário e o presidente leonino não chegaram a um acordo. Durval vai seguir a sua vida, provavelmente em um time na Série A. Ele tem mercado e futebol pra isso.

Aos torcedores do Sport, vai ficar uma lembrança eterna. O gol de falta contra o Internacional, no dificílimo confronto das quartas de final da Copa do Brasil de 2008, na Ilha.

O relógio marcava 33 do 2º tempo. Um jogo tenso. O Leão, com 1 jogador a menos, vencia por 2 x 1, mas precisava de um gol, diante do fortíssimo Colorado de Alex, Fernandão e Nilmar.

Falta para o Leão. Durval se aproximou e chamou a responsabilidade. O capitão acertou um míssil contra a meta de Clemer. Há quem diga que aquele foi um dos gols mais comemorados da história do estádio rubro-negro…

A fotomontagem no lado direito reproduz as 4 voltas olímpicas no Pernambucano, entre 2006 e 2009, de cima para baixo. Acima, a maior de todas as taças na “Era Durval”. O troféu que valeu a 2ª estrela dourada. É cacete! 😯

Números: Inaldo Freire, fisiologista do Sport.

A nova ciranda de Bala

Carlinhos Bala

Um boato que circula faz tempo nos bastidores…

Carlinhos Bala novamente na Ilha do Retiro. A notícia ainda não foi confirmada, mas o atacante, que defendeu o Náutico nesta temporada, deverá assinar com o Sport para mudar de casaca novamente em 2010.

Assim, Carlinhos dá sequência à sua ciranda pelos clubes do Recife (seria a 7ª participação em 11 temporadas). A última troca noticiada pelo blog foi no dia 6 de janeiro deste ano, quando ele trocou a Ilha pelos Aflitos (veja AQUI).

Quem ficar com Bala (revelado pelo Santa Cruz), na verdade, terá um reforço, ainda mais para a Série B do Brasileiro. No Brasileirão-2009, o atacante jogou 32 vezes e marcou 12 gols pelo Timbu. No histórico completo do atacante pela Série A, são 118 jogos e 32 gols.

Mas vale lembrar que Bala pode aparecer no Arruda também… Seria uma bomba.

1999/2001 – Santa Cruz
2001 – Náutico
2002 – Santa Cruz
2004/2006 – Santa Cruz
2007/2008 – Sport
2009 – Náutico
2010 – Sport ou Santa Cruz? 😯

Se for mesmo para o Sport, Carlinhos terá mais uma chance de fechar o “Grand Slam” da artilharia nos clássicos do Recife. De todos os clássicos e camisas possíveis, ele só não balançou as redes em um, o Clássico das Multidões com a camisa do Sport. Ao todo, ele já fez 24 tentos nos clássicos pernambucanos. Veja os números abaixo, segundo os dados do pesquisador Carlos Celso Cordeiro.

Clássico das Emoções = 13 gols
Pelo Santa Cruz: 12
Pelo Náutico: 1

Clássicos dos Clássicos = 6 gols
Pelo Sport: 3
Pelo Náutico: 3

Clássico das Multidões = 5 gols
Pelo Santa Cruz: 5
Pelo Sport: 0

No limite

VasoPaixão clubística é algo louvável.

Tem quem pinte o cabelo.

Quem compre um caixão com as cores do clube.

Até quem pinte os dentes, como o tricolor Bacalhau, um torcedor-símbolo do Santa.

Mas, francamente, vaso sanitário…!? 😯

Na foto acima, modelos de tampas de vasos de Sport e Santa Cruz (ou seriam de Flamengo e São Paulo?). Acho que aí passou dos limites…

Na internet, o comentário sobre a foto foi rápido: “Os dois estão na m… mesmo!”

Superclássico das Multidões

Expresso Coral, ônibus oficial do Santa Cruz

De acordo com o IBGE, a população de Pernambuco no fim do 1º semestre de 2009 era de 8.810.256 habitantes, sendo o 7º estado mais populoso do país.

Se depender de dirigentes e lideranças políticas de Sport e Santa Cruz, o Clássico das Multidões não deixa espaço algum para a torcida alvirrubra no estado.

No ônibus oficial do Tricolor, o Expresso Coral, a mensagem é clara sobre o ‘tamanho’ do Povão: “Movido por 5.000.000 de apaixonados”.

Nesta sexta-feira, Homero Lacerda divulgou uma nota sobre a postura da Rede Globo em relação ao título nacional de 1987. Num trecho da nota, o ex-presidente leonino também estipulou o tamanho da torcida do Rubro-negro. Veja.

Ao longo dessa semana, a Globo tem divulgado que o Flamengo, caso vença o campeonato desse ano, será hexacampeão. Isso equivale a dizer que o Sport não foi o campeão de 1987. Assim, a sua emissora deturpa a verdade, afronta a lei, desrespeita os quatro milhões de torcedores do Sport e alimenta a impressão de que a Globo seria anti-nordestina.

Somando a massa dos dois clubes, o total chega a  9 milhões de torcedores, superando a população pernambucana em apenas “200 mil” pessoas.

Em 2007, a FPF encomendou um estudo sobre as torcidas em PE. O Sport ficou com 22,9%, enquanto o Santa ficou com 17,1%. Trazendo esses dados para 2009, os rivais teriam, respectivamente, 2.017.548 e 1.506.553 seguidores.

O Clássico das Multidões teria, então, um número mais próximo a 3.524.101 torcedores. Assim, as lideranças dos rivais erraram na contagem por “apenas” 5,4 milhões!