“Joga ou não joga, pai?”

Pernambucano 2011, final: Sport 0 x 2 Santa Cruz. Foto: Sport/divulgação

Everton Sena, 19 anos.

Marcelinho Paraíba, 35 anos.

O duelo com 16 anos de diferença virou um marco na disputa entre tricolores e rubro-negros pelo título pernambucano desta temporada.

Até aqui, vantagem soberba para o volante do Santa Cruz.

Raçudo e técnico na marcação, Everton anulou Marcelinho no primeiro jogo da decisão, em plena Ilha. Não deu espaço algum e ainda provocou.

“Aqui não joga não, pai!”

A sua frase, dita ao camisa 10 do Sport, já está famosa. Condiz com o clássico.

O novo confronto, já marcado para este domingo, às 16h, desta vez no Arruda, é uma peça-chave para o mistério sobre o campeão estadual.

Com 2 x 0 no placar, a Cobra Coral tem tudo para seguir fiel ao seu estilo de jogo, pegado e dotado de contragolpes letais.

Em desvantagem, o Leão não deve esperar o adversário. Não há tempo para isso. A cada volta no relógio, cresce a pressão para marcar ao menos dois gols.

Nos pés de Marcelinho Paraíba, o ponto de partida das jogadas mais bem articuladas do time comandado por Hélio dos Anjos.

No bote de Everton Sena, o front de batalha da armada coral de Zé Teodoro. Um desarme basta para quebrar a espinha dorsal do adversário.

Outros 20 jogadores em campo devem se desdobrar para manter o nível de aplicação das respectivas equipes, caso o trabalho de Sena ou Paraíba não seja eficiente.

Mas nem a falta de um choque direto vai aliviar a disputa desta dupla antagônica.

De uma cobrança de falta ou escanteio, Marcelinho joga a esperança da Ilha. Com o bom posicionamento, Everton dará ainda mais confiança ao povo do Arruda.

O vencedor deste duelo particular dará um passo enorme para ficar com a taça.

Ansiedade coletiva por uma taça

Diario de Pernambuco: 14/05/2011De acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população de Pernambuco é de 8.796.032 habitantes. Dados divulgados em 2010.

É a 7ª maior massa humana entre as 27 unidades federativas do país.

Nesta temporada, o futebol mexeu com esse povo como nunca, direta ou indiretamente. Em 143 jogos, um público acumulado de 1.168.750 torcedores.

Isso quer dizer que, na média, um em cada sete pernambucanos assistiu a algum jogo do Estadual de 2011.

A média, excelente, é a maior entre todos os estaduais, com assistência de 8.173 pessoas por jogo.

Ou seja, não espanta mais ninguém – a não ser em outros estados – a notícia que a decisão de domingo já tenha vendido 53.800 ingressos. Restam apenas 1.200 para a lotação máxima.

A carga de bilhetes deverá ser esgotada neste sábado. Desde já, este já é o maior público do Brasil no ano.

Falta pouco o Clássico das Multidões do título, no Arruda. Tente conter a sua ansiedade nas próximas horas, por mais que a partida não saia da cabeça. Tenha a certeza que muitos estão como você… Milhões.

Atualização às 13h19: a diretoria tricolor anunciou o esperado: todos os 55 mil ingressos foram vendidos. Parabéns, tricolores e rubro-negros!

Domingo dos tambores silenciosos

Tambores

“De acuerdo a la reunión del Comité de Seguridad de la Ciudad Autónoma de Buenos Aires celebrada el 12 de mayo del corriente, y por los antecedentes del último Boca-River, se resuelve como medida de seguridad que no ingresen ni banderas ni bombos ni otros elementos que puedan perjudicar la seguridad del espectáculo el próximo domingo 15 en el estadio de Boca Juniors”.

Nota oficial das autoridades argentinas (veja AQUI).

Domingo, às 16h, Boca Juniors e River Plate vão se enfrentar no mítico estádio La Bombonera, pelo campeonato argentino.

No mesmo dia e no mesmo horário, a 3.786 quilômetros de distância, Santa Cruz e Sport vão decidir o título pernambucano de 2011 no Arruda.

Expectativa de 45 mil hinchas em Buenos Aires e 60 mil torcedores no Recife. Nem cá nem lá teremos a batucada das arquibancadas.

A falta de educação de alguns prejudica bastante o espetáculo de todos.

Que as quatro torcidas citadas no texto façam a diferença na “garganta” mesmo…

A Bala que matou Osama

Carlinhos Bala no Sport. Foto: Alexandre Barbosa/Diario de Pernambuco

Carlinhos Bala, atacante recifense de 31 anos.

Após quase um mês de silêncio, o atleta voltou a falar, nesta quinta-feira. Acima, um registro da entrevista com o destaque do Sport.

O Rei de Pernambuco é mesmo um jogador-chave para a finalíssima do Campeonato Pernambucano de 2011? Qual é a importância da sua presença em campo? Abaixo, algumas perguntas para os torcedores do Estadual mais disputado dos últimos tempos.

Para os rubro-negros:

Qual é a chance de título para o Leão com Bala escalado? Caso o jogador siga fora, o time ainda terá forças para reagir?

Para os tricolores:

A postura da equipe coral irá mudar caso Carlinhos Bala seja titular? A ausência de Bala é essencial para ratificar a conquista do título?

O Sport já iniciou uma campanha de apoio ao time com a presença de Bala (veja AQUI).

Sobre o troféu pernambucano: gosto se discute

Pernambucano 2011, final: Santa Cruz x Sport. Troféu oficial Polícia Militar de Pernambuco. Foto: Nando Chiapetta/Diario de Pernambuco

Bonito, indiferente ou feio? O que você achou do troféu acima?

A assessoria de imprensa da FPF não é de aceitar críticas sobre a taça do Estadual de 2011, por falta de “qualificação cultural” dos interlocutores (veja AQUI).

O troféu de campeão já havia sido revelado pelo blog em 4 de abril. Na ocasião, os leitores também não gostaram muito (veja AQUI).

Como justificativa da entidade, a explicação do artista plástico, Sérgio Vansconcelos.

“Quando uma crítica é conceitualmente fundamentada, ela é sempre bem-vinda! Analisar um objeto artístico sem um mínimo de critério e apegando-se apenas ao aspecto estético e formal, você reduz o campo de discussão ao universo puramente subjetivo. E mesmo as questões mais subjetivas como a do gosto, podem e devem ser discutidas. O nosso gosto é formado pela experiência que a gente adquiriu vendo, ouvindo, lendo e estabelecendo relações.”

“Quanto maior seu vocabulário de informação maior será seu campo sensível de escolha. Gosto se forma. Gosto se discute. O Trofeu Campeonato Pernambucano de Futebol apresenta características da tendência minimalista em que se caracteriza pela criação de obras com um mínimo de recursos. O Minimalismo privilegia formas geométricas simples, repetição simétrica e materiais industrializados. A peça traz uma representação estilizada de uma bola, elemento de grande presença simbólica impregnado em nossa cultura.”

“Essa bola está elevada por uma base em acrílico transparente, conferindo um efeito de leveza e flutuação. A criação do troféu não foi direcionada a nenhum homenageado específico, mas, acredito estar a PM bem representada, simbólica e conceitualmente, com um objeto que valoriza a simplicidade sem excesso e exagero estético.”

Vai uma sugestão do blog, ainda que não faça muita diferença:

Por que não se estabelece um troféu com um modelo definitivo, como ocorre na Série A do Brasileiro ou na Liga dos Campeões da Uefa? Haveria uma identidade maior.

Faixa com previsão do futuro – Parte II

Faixa do Sport, campeão pernambucano de 2011. Foto: Antônio Mousinho/divulgação

Como era esperado, já estão circulando nas mãos dos ambulantes as faixas de hexacampeão pernambucano do Sport em 2011. Ainda com preço barato, R$ 3.

Mesmo desconfiados com a final, alguns os rubro-negros compraram antecipadamente. Porém, para tirar uma onda, torcedores do Santa também fizeram isso.

A imagem acima foi postada no Twitter pelo tricolor Antônio Mousinho (veja AQUI).

Afinal, além de ter a sua faixa de campeão, nada como guardar a relíquia que o adversário não teve direito a comemorar… Caso não haja reviravolta no Arruda!

Confira também a faixa já confeccionada para o título do Santa Cruz AQUI.

Encolheram o Arruda em 50%

Diario de PernambucanoNo mesmo estádio, no mesmo colosso, duas realidades bem distintas…

Arruda, dia 15 de maio de 2011: 55.000 ingressos à venda.

A carga corresponde quase à lotação máxima para o estádio coral, segundo as normas atuais da Fifa. De acordo com a diretoria do Santa Cruz, a capacidade é de 60.044 pessoas.

Arruda, 18 de dezembro 1983: 110.000 ingressos à venda!

Ao lado, uma reprodução da edição do Diario de Pernambuco, dois dias antes da decisão do supercampeonato pernambucano entre alvirrubros e tricolores, a primeira no Mundão após a construção do anel superior.

Veja a página ao lado em uma resolução maior clicando AQUI.

Assista à reportagem sobre aquela decisão de 1983 em duas partes no Youtube, clicando AQUI e AQUI.

No Clássico das Multidões, valendo o título de 2011, o estádio deverá ficar lotado. Aí, neste momento, tente imaginar um público dobrado, no mesmo espaço. Tenso.

Em tempo: o público oficial de 1983 foi de 83 mil pessoas, sendo 76.636 pagantes. Ou seja, 33.364 ingressos não foram vendidos. Após o vídeo fica difícil acreditar nisso…

Multidão para conter as multidões

Polícia Militar. Foto: Jaqueline Maia/Diario de Pernambuco

Efetivo recorde da Polícia Militar para a finalíssima do Pernambucano: 1.608.

O dado do próximo domingo quebrou a marca histórica no futebol pernambucano, estabelecida em 2009, no jogo Brasil 2 x 1 Paraguai, pelas Eliminatórias da Copa.

Naquela ocasião, também no estádio do Arruda, foram 1.600 policiais. O público naquela noite foi de 56 mil pessoas, com comportamento ordeiro.

Agora, a expectativa para o Clássico das Multidões também é de um público altíssimo, acima de 50 mil torcedores. Mas com o “agravante” de duas torcidas distintas.

O aumento da presença policial já era esperado, pois toda a fase final do Estadual de 2011 foi marcada por megaesquemas da PM (veja AQUI).

Pelo menos o estado fez a sua parte para a organização do jogão entre Santa e Sport, ao liberar um esquema de segurança que condiz com a importância da partida.

Faixa com previsão do futuro

Faixa do Santa Cruz, campeão pernambucano de 2011. Foto: Felipe Coelho, Sportnet/divulgação

Em qualquer decisão de campeonato de futebol a faixa de campeão é algo de praxe.

Na entrada do estádio, sempre é possível encontrar peças dos dois finalistas. No fim, o campeão acaba elevando o preço das faixas.

Lei da oferta e da procura… O que custava R$ 3 vira R$ 10 em segundos.

No domingo, será fácil encontrá-las no Arruda. Do Santa Cruz e também do Sport, mesmo com a grande desvantagem. Prudência do mercado.

No entanto, os vendedores ambulantes anteciparam o produto.

Nesta quarta-feira, na abertura da venda de ingressos para os corais, já era possível comprar a faixa tricolor de campeão pernambucano de 2011. Vendeu bastante.

Na Ilha do Retiro, a venda de entradas para os leoninos começará na quinta. Não será surpresa encontrar alguma faixa rubro-negra também. Haja véspera!

Milhõe$ em jogo para alcançar o céu

Nasa

Informações extraoficiais sobre valores reais.

Quando se trata de dinheiro, os clubes evitam ao máximo a divulgação dos números. Seja de contratos, venda de jogadores, salários, prêmios e até, acredite, borderô.

Neste post, o tema abordado é o valor do título pernambucano de 2011.

Para Santa Cruz e Sport.

Os valores são desencontrados. Mas, ainda assim, é possível mensurar o gasto milionário para conquistar a competição mais acirrada dos últimos tempos no estado.

No Leão, a premiação começou já na classificação ao G4, com R$ 600 mil. Inicialmente, a cifra seria a mesma para o hexa, totalizando R$ 1,2 milhão.

Numa tentativa de motivar o elenco para reverter a situação, a diretoria já teria subido para R$ 2 milhões. Há quem acredite que o teto seja ainda mais alto até o domingo.

No Tricolor, o valor mais modesto oscila entre R$ 600 mil e R$ 800 mil pelo fim do jejum de taças. Porém, o time ainda teria uma bonificação de alvirrubros abastados.

Então, na projeção mínima, um prêmio de R$ 1,8 milhão estará em jogo no Arruda, na decisão. No pote máximo, o número vai passar fácil de R$ 3 milhões…