Contra o embalo carioca

Geraldo, cercado por Ibson, em 2007. O mesmo duelo poderá acontecer neste sábado, no mesmo localAté hoje, o Náutico só venceu o Flamengo apenas três vezes em sua história. Todas elas em partidas válidas pela Série A. Todas disputadas no Recife. O último duelo foi em 2 de dezembro do ano passado, quando o Alvirrubro festejou a sua permanência na elite e ganhou por 1 x 0, gol de Sidny, na 38ª rodada da competição.

Naquele dia (foto ao lado), o jogo foi quase um amistoso. O Flamengo até lutava pelo vice-campeonato brasileiro (acabou em 3º), mas devido à rivalidade com o Vasco, os cariocas abriram mão do “vice”, marca registrada do rival cruz-maltino.

Empate sem gols no Robertão de 1968, nos Aflitos. Ainda no tempo do "Balança mas não cai"Neste sábado, às 18h20, nos Aflitos, a parada será bem diferente. De um lado, o Flamengo alimentando o sonho do pentacampeonato brasileiro. Do outro, um embalado Náutico, que começa a ter o mesmo espírito da reta final de 2007, quando acumulou vitórias importantes em casa e conseguiu escapar do rebaixamento.

O primeiro jogo válido por uma competição nacional entre os dois aconteceu há 40 anos, pelo extinto Robertão (foto ao lado). Empate por 0 x 0.

Náutico x Flamengo (geral) – 23 jogos
3 vitórias do Náutico
6 empates
14 vitórias do Flamengo

Bandeira do NáuticoPela Série A – 19 jogos
3 vitórias do Náutico
4 empates
12 vitórias do Flamengo

Bandeira do FlamengoNo Recife (geral) – 12 jogos
3 vitórias do Náutico
5 empates
4 vitórias do Flamengo

Jogos no Recife
02/12/2007 – Náutico 1 x 0 Flamengo – Série A (Aflitos)
20/03/1992 – Náutico 0 x 0 Flamengo – Série A (Aflitos)
16/10/1990 – Náutico 2 x 2 Flamengo – Copa do Brasil (Aflitos)
12/10/1990 – Náutico 0 x 0 Flamengo – Série A (Aflitos)
25/04/1984 – Náutico 2 x 1 Flamengo – Série A (Arruda)
24/01/1982 – Náutico 3 x 4 Flamengo – Série A (Arruda)
16/03/1980 – Náutico 2 x 2 Flamengo – Série A (Arruda)
19/09/1976 – Náutico 0 x 3 Flamengo – Série A (Arruda)
27/08/1975 – Náutico 1 x 0 Flamengo – Série A (Arruda)
28/11/1972 – Náutico 0 x 1 Flamengo – Série A (Arruda)
24/11/1968 – Náutico 0 x 0 Flamengo – Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Aflitos)
10/04/1946 – Náutico 0 x 4 Flamengo – Amistoso (Aflitos)

Fotos: Arquivo/DP

Sport e Flamengo, amigos por uma semana. Título de 1987 à parte…

Flamengo treina tranquilamente na Ilha do Retiro. Na arquibancada frontal, o título que motiva toda a discórdia. Foto: Jaqueline Maia/DP

Apesar da rivalidade sobre 1987, as diretorias de Sport e Flamengo até que se entendem bem fora de campo. No Recife, onde terá o Náutico como adversário pela Série A, o time carioca treinou, pasmem, na Ilha do Retiro. Foi o último preparativo do rubro-negro carioca, já na véspera da partida de sábado, nos Aflitos. O acordo foi costurado entre os dirigentes durante a semana. Os leoninos cederam o campo sem problema algum.

Durante o treinamento, o que não faltou foi provocação sobre o título brasileiro de 1987, ainda que num cenário mais amistoso. Dos dois lados, diga-se. O vice-presidente de comunicação do Sport, José Alves, chegou a conceder entrevista para o canal online Fla TV, exclusivo para os assinantes do urubu, defendendo a conquista pernambucana no Brasileirão daquele ano.

No final do treinamento realizado à tarde, porém, os dirigentes mostraram o que interessa mesmo atualmente. José Alves foi cumprimentar Getúlio Brasil, chefe da delegação do Flamengo, e deu logo o aviso:

“Eu quero uma vitória de vocês amanhã, nos Aflitos”.

Getúlio respondeu à altura:

“E eu quero vocês batendo no Vasco na quarta-feira aqui. Porque a gente quer ver o Vasco na segunda divisão”.

Obs. No site do Lance!, a reportagem sobre o treino diz que a torcida Fla-Recife foi vetada na Ilha pela diretoria do Sport. Uma notícia inverídica, pois as duas torcidas foram barradas em comum acordo. A própria diretoria do Flamengo tomou a iniciativa de não permitir a entrada dos seus torcedores, assim como os rubro-negros pernambucanos, que também não liberaram o acesso dos sócios. Com o claro objetivo de evitar qualquer tipo de confusão.

Colaboração da repórter Ana Paula Santos, do Diario de Pernambuco

“O Simon é inteligente”

Bala foi o capitão do time. Começou na lateral e terminou como atacante. Mais esforçado do que produtivo... Foto: Jorge Gontijo/EMO Sport soube marcar o adversário fora de casa.

Articulou algumas boas jogadas.

Não finalizou bem, é verdade.

Mas também impediu o adversário de finalizar.

Impedimentos mal marcardo? Alguns.

Faltas mal marcadas? Algumas.

Incompetência leonina? Com certeza.

O Cruzeiro venceu por 1 x 0, na noite desta quinta-feira, no Mineirão, e manteve o tabu de não perder há 30 anos para o Sport em Belo Horizonte.

Moacir fez uma boa partida, mas foi desatento no lance que resultou no gol mineiroCom o time mineiro avançando na tabela, um novo encontro poderá acontecer ainda nos primeiros meses de 2009.

Talvez na Libertadores.

Antes do dia 26 de março, para não aumentar para 31 anos? Ainda não tem como afirmar.

Esse futuro, porém, ainda está distante. O que incomoda é mais uma derrota sem jogar mal.

Culpa do árbitro? Não, segundo Nelsinho, que ainda o “elogiou” no final do jogo.

“Sobre o árbitro, eu só tenho uma coisa a dizer: O Simon é inteligente”.

Concordo, Nelsinho…

Oxalá!

Esta é a minha simulação. Faça a sua!Assim como em 2007, o site globo.com disponibilizou para os torcedores a Tabela Dinâmica do Brasileirão, um divertido simulador de resultados da Série A.

Sem paciência para fazer contas até a última rodada? Basta sair colocando os seus palpites nos jogos restantes da competição, e o programa irá simular a “classificação final da Série A”.

Ao lado está a minha simulação. Sport e Náutico permaneceram na elite, com o Alvirrubro se classificando para a Copa Sul-Americana e o Palmeiras conquistando o título brasileiro.

Ou seja: Para esses 3 clubes, não mudou nada. Já o Vasco, hoje na lanterna, “conseguiu” escapar. Acho que esse foi o meu maior chute.

Faça a sua simulação também. Basta clicar AQUI. Depois, compare com a tabela do blog.

Está conseguindo enxergar o futuro!?Participe!

Não vou revelar os meus reultados não… Mas no jogo-chave do campeonato, o Palmeiras “venceu” o Grêmio por 2 x 1.

30 anos

Em 26 de março de 1978, o Sport ainda não tinha estrelas acima do seu escudo. Hoje são 3.

No Diario de Pernambuco, o nome do clube era publicado como “Esporte”, em uma linha editorial polêmica para ‘aportuguesar’ palavras estrangeiras.

Títulos pernambucanos? Eram apenas 21.

Fora das fronteiras do estado, a única da taça era a do Torneio Norte-Nodeste, de 1968.

A Ilha do Retiro ainda não possuía as duas gerais. O setor de cadeiras tinha a metade do tamanho atual. Arquibancadas especiais? Essas aí só foram erguidas décadas depois. “Arena”? Conversa sobre gladiadores…

Biro-Biro, revelado pelo Sport e "melhor" que MaradonaMas o gramado da Ilha era melhor, vale ressaltar.

Naquele mesmo ano, numa atitude corajosa, o Sport não participaria – meses depois – do Estadual, que estava sendo deficitário.

O “craque” do time era Biro-Biro. Aquele mesmo, melhor que Maradona… Mas que naquele ano estava no começo da carreira, com apenas 19 anos. Não sabia se era atacante, meia ou volante. E terminou a carreira sem saber.

Não existia Torcida Jovem. Muito a menos a Rádio Ilha.

A hoje histórica Bafo do Leão havia sido criada há pouco tempo.

Lotto? Era nome de loteria mesmo. Marketing? Mais uma palavra em inglês.

O blogueiro aqui estava longe de nascer ainda.

Só uma coisa era igual.

A paixão rubro-negra. A mesma que fez a torcida acreditar em uma vitória diante do Cruzeiro naquele 26 de março, em pleno Mineirão. E ela veio, por 2 x 1, gols de Mauro e Darci.

Mas, infelizmente, foi um caso único, pois nos 7 jogos realizados depois contra o mesmo adversário, no mesmo palco, o Leão só viu estrelas. Bordadas na camisa do Cruzeiro.

Hoje, a paixão leonina continua igual. Ou maior… É ver para crer.

Cuidado com a Raposa…

Cruzeiro x Sport, em Belo Horizonte/MG

Cruzeiro x Sport11 jogos
1 vitória do Sport (7 gols)
3 empates
7 vitórias do Cruzeiro (25 gols)

21/12/1941 – Cruzeiro 0 x 0 Sport – Amistoso (Barro Preto)
12/04/1956 – Cruzeiro 2 x 2 Sport – Amistoso (Barro Preto)
17/10/1971 – Cruzeiro 5 x 1 Sport – Série A (Mineirão)
26/03/1978 – Cruzeiro 1 x 2 Sport – Série A (Mineirão)
03/05/1980 – Cruzeiro 2 x 0 Sport – Série A (Mineirão)
06/05/1984 – Cruzeiro 4 x 0 Sport – Torneio Heleno Nunes (Mineirão)
O Sport venceu o Cruzeiro apenas 1 vez no Mineirão29/10/1986 – Cruzeiro 0 x 0 Sport – Série A (Mineirão)
17/03/1991 – Cruzeiro 5 x 1 Sport – Série A (Mineirão)
17/11/1996 – Cruzeiro 3 x 1 Sport – Série A (Mineirão)
19/09/1999 – Cruzeiro 1 x 0 Sport – Série A (Mineirão)
08/08/2007 – Cruzeiro 2 x 0 Sport – Série A (Mineirão)

Retrospecto geral – 28 jogos
7 vitórias do Sport
9 empates
12 vitórias do Cruzeiro

Obs. O 12º confronto em BH (e 29º no geral) está marcado para as 20h30 desta quinta-feira.

Lelé da Cuca

A temporada na Série A de 2008 tem sido horrorosa para o técnico Cuca. Apesar de badalado por boa parte da imprensa, o treinador – cujo perfil é conhecido por armar equipes que jogam bonito – não vem conseguindo bons resultados no Brasileirão. E olhe que ele já teve várias chances. E em três clubes diferente. Atualmente, comanda o Fluminense (onde chegou em 17 de agosto), lanterna da competição.

Aos 45 anos, o paranaense Alexis Stival participou de 25 das 27 rodadas da Série A (ficou de fora apenas da 4ª e da 19ª). Ele tem um aproveitamento de 36%. Caso Cuca tivesse treinado um único time no período, hoje ele teria 29 pontos com esse índice, e estaria em 15º lugar. Curiosamente, nas duas rodadas em que ele “folgou”, o clube que o demitiu também perdeu, ambas para o Náutico, que bateu Botafogo (3 x 0) e Santos (1 x 0).

Cuca em 3 momentos em 2008: Botafogo, Fluminense e SantosBotafogo – 3 jogos
4 pontos – 44,4%
1 vitória
1 empate
1 derrota

Santos – 14 jogos
13 pontos – 30,95%
3 vitórias
4 empates
7 derrotas

Fluminense – 8 jogos
10 pontos – 41,6%
2 vitórias
4 empates
2 derrotas

Total – 25 jogos – 27 pontos – 36%
6 vitórias
9 empates
10 derrotas

Bem mais que 1 ponto

Alvirrubros lutaram muito, mas encontraram um adversário fortíssimo do outro ladoEm um jogo duríssimo, Náutico e Palmeiras não mexeram no placar, na tarde do domingo, nos Aflitos. Os dois times até tiveram chances claras de gol, mas por algum detalhe sempre presente no futebol, o resultado foi mesmo 0 x 0. Ponto fundamental para o Timbu, diante de um adversário técnico e forte, e que também saiu satisfeito pelo empate.

Também pudera, já que após 13 rodadas consecutivas com o Grêmio na liderança, o Verdão tomou o lugar e agora está na ponta da Série A, com a mesma pontuação do clube gaúcho (50). Os paulistas levam vantagem no número de vitórias (15 x 14).

Pentacampeão brasileiro como técnico, Luxemburgo já mira a 6ª estrelaO Palmeiras é o 5º time a liderar o Brasileirão deste ano. Também já ocuparam o lugar Flamengo (10 vezes), Cruzeiro (2) e o próprio Alvirrubro, na 2ª rodada. Com o resultado, o Alviverde entrou de vez na briga pelo título nacional.

Apesar de contestado por causa de algumas atitudes extra-campo, a verdade é que Vanderlei Luxemburgo (foto) é o maior campeão como técnico da Série A. Com 5 troféus no currículo, Luxa caminha para a 6ª conquista. Ele já foi campeão em 1993, 1994 (ambos com o Palmeiras), 1998, (Corinthians), 2003 (Cruzeiro) e 2004 (Santos).

Fotos: Alexandre Gondim/DP

Sorte de quem viu

D'Alessandro, em uma atuação sensacional em um Gre-Nal ainda mais digno de elogio

O Grêmio passou 13 rodadas seguidas na liderança do Campeonato Brasileiro. Atuava com pinta de campeão. No entanto, um segundo turno desastroso colocou em xeque o destino gremista, que perdeu o 1º lugar. E como perdeu… O time foi massacrado neste domingo por 4 x 1 logo pelo maior rival, o Internacional.

Eu tive a sorte de ver, pela TV, os 90 minutos de um jogaço de bola. Técnico, aguerrido, emocionante. Um legítimo GreNal.

O Inter, comandado pelo meia argentino D’Alessandro (que jogou demais), venceu no Beira-Rio, incendiado por 42 mil torcedores, sendo a imensa maioria vermelha. Metade do Sul chora a derrota. O revés. A frustração.

A outra metade comemora como nunca. Aliás… Como em 1997, quando o Colorado goleou por 5 x 2, em pleno Olímpico Monumental. Uma goleada que era comentada no Sul há 11 anos. Era, pois a de hoje tomou esse lugar na boca do povo. Do povão.

Foto: site oficial do Internacional

Do Luxo ao Luxa

Náutico disputa a finalíssima da Taça Brasil contra o Palmeiras, no MaracanãNáutico e Palmeiras disputarão uma partida importantíssima para o andamento da Série A neste domingo. No jogo, marcado para as 16h, nos Aflitos, o Verdão tem a chance de assumir a ponta do campeonato, em caso de vitória, enquanto o Timbu precisa dos 3 pontos para seguir a sua matemática em busca da vaga na Copa Sul-Americana.

Adversários da parte de cima da tabela apoiando o Alvirrubro… A metade de baixo é pró-Luxemburgo. Uma partida emocionante, decisiva. Mas longe do mesmo teor que cercou o jogo realizado na noite do dia 29 de dezembro de 1967.

Pentacampeão pernambucano, o Náutico disputava a primeira final nacional de sua história contra o Palmeiras, a “Academia”, que já havia conquistado a outra competição nacional daquele ano (o Torneio Roberto Gomes Pedrosa). Após uma vitória alviverde na Ilha (3 x 1), e um triunfo timbu no Pacaembu (2 x 1), a “negra” da Taça Brasil foi disputada no Maracanã, numa noite chuvosa.

A vitória palmeirense por 2 x 0, porém, adiou – até hoje – o sonho do título nacional do Náutico. Mas não foi suficiente para apagar uma geração tão brilhante, que seria hexacampeã pernambucana na temporada seguinte.

Você pode assistir um vídeo histórico do CANAL 100 sobre aquela decisão clicando AQUI. Imagens de um esquadrão. Dois, aliás…

Palmeiras 2 x 0 Náutico – 29/12/1967

Local: Maracanã (Rio de Janeiro). Árbitro: Armando Marques. Gols: César, aos 7 minutos do 1º tempo, e Ademir da Guia, aos 33 mim 2º tempo. Público: 16.577 pagantes.
Palmeiras: Perez; Escalera, Baldochi, Minuca e Ferrari; Dudu, Zequinha e Ademir da Guia; César, Tupãzinho e Lula. Técnico: Mário Travaglini
Náutico: Valter Serafim; Gena, Mauro, Fraga e Clóvis; Rafael e Ivan; Miruca, Ladeira (Paulo Choco), Nino e Lala. Técnico: Duque

Retrospecto geral – 33 jogos
7 vitórias do Náutico (29 gols)
5 empates
21 vitórias do Palmeiras (61 gols)

Primeiro jogo: Palmeiras 2 x 1 Náutico, em 1955, em Belo Horizonte.