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O relógio marcava 14h30. Últimos minutos da viagem para o Recife, a bordo do avião A-320, da TAM, na tarde desta quinta-feira. A volta feliz da equipe feminina de vôlei do Sport, após a vitória sobre o Vôlei Futuro, em Araçatuba/SP.

O comandante da aeronove, Alexandre Reis, informa para a tripulação que o pouso no Aeroporto dos Guararapes está autorizado.

Paralelamente ao aviso, eu conversava com a jogadora Milca e com o técnico Adalberto Nóbrega, que contava o medo da atleta de viajar de avião. Fato confirmado por ela.

“Eu prefiro viajar 3 dias de ônibus do que de avião. Uma vez levantei durante a decolagem de tanto medo e comecei a chorar. Não tem jeito”, afirmou Milca.

Neste momento, imperou a Lei de Murphy.

A uma distância muito próxima da pista, apesar das nuvens e da forte chuva, o avião foi descendo… Descendo… E arremeteu, em uma das manobras mais arriscadas da aviação civil. Além do inevitável frio na barriga e do susto, vários passageiros ficaram sem entender a situação. O comandante explicou depois que a falta de visibilidade foi a causa do desvio. Alguns chegaram a chamar o voo de “montanha-russa da TAM”.

E Milca durante o episódio? De olhos fechados. Por mais de 20 minutos. Rezando. Tensa. 😯

No final, o bem humorado diretor de vôlei do Sport, Ednilton Vasconcelos (que participou da delegação), ainda soltou a pérola:

“Jornalista, você até trouxe sorte para o nosso time lá em Araçatuba. Mas se for para passar por isso de novo no final, eu prefiro é perder na Superliga”. 😎

Araçatuba/SP – O técnico Adalberto Nóbrega havia dito que o jogo contra o Vôlei Futuro, nesta noite, no interior paulista, seria o confronto do “tudo ou nada” para o Sport na briga contra o rebaixamento na Superliga feminina de vôlei. Afinal, o time estava na última colocação, com apenas duas vitórias e 13 derrotas  A conscientização das meninas do Leão – que se reuniram durante uma hora no dia anterior – foi visível na quadra, e finalmente veio a 3ª vitória, por 3 sets a 0, em 1h24 de jogo. Agora, o Rubro-negro está na 11ª colocação.

“Nos últimos jogos, estávamos jogando abaixo do nosso nível, mas elas tiveram a humildade de reconhecer isso, e mostraram a força do Nordeste, de superação. Todas estão de parabéns. Essa foi uma vitória para a gente voltar a ter o objetivo de seguir na Superliga”, disse o técnico, emocionado.

A oposto Letícia, filha do mandatário rubro-negro, também vibrou com o resultado da equipe. “Muitas pessoas não entendem  algumas derrotas, que são contra times de um nível muito maior. Nesses jogos, brigamos para fazer um bom set. Hoje, era a chance de vencer de novo. Foi um resultado para devolver a confiança para o time”, afirmou Letícia, que ainda puxou o cazá-cazá no ônibus, na volta para o hotel.

A capitã Pilão disse que o time ainda tem melhorar a concentração no início dos sets. “Tivemos uma boa recuperação, mas precisamos disso porque deixamos elas abrirem muito no começo. Contra outros times, poderemos não ter como virar se isso acontecer de novo”, disse a jogadora.

Sets: 25 x 19, 25 x 22 e 25 x 22.

Obs. Isadora foi eleita pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) como a melhor da partida. Nas outras duas vitórias do Sport, as eleitas foram Marcela e Pilão.

Parabéns para as meninas do Leão! 😀

Araçatuba/SP – Aos 33 anos, o técnico do time feminino de vôlei do Sport, Adalberto Nóbrega, já foi campeão brasileiro duas vezes. Uma com as meninas da seleção pernambucana juvenil, em 2006. O outro título foi no… Judô. E há muito tempo. Com apenas 15 anos, quando usava a faixa roxa, em Caxias do Sul/RS.

Anos depois, já comandando uma equipe de vôlei, Nóbrega foi desafiado pelo também técnico (e amigo) Guaraçu, do Colégio Motivo. Guaraçu fazia a cadeira “Judô 2” no curso de Educação Física, e tirou uma “onda” com o treinador do Sport, sem saber do passado dele.

Resultado da luta (cuja aposta foi uma lata de coca-cola)? Guaraçu levou um ippon em 10 segundos. 😯

“Até hoje ele diz que aquilo não foi um golpe de judô. Fala que eu inventei na hora”, comentou Adalberto.

Araçatuba/SP – No jogo entre Sport/Maurício de Nassau e Vôlei Futuro, nesta quarta-feira, no interior paulista, uma jogadora rubro-negra terá uma motivação a mais para tentar a reabilitação. A oposta Isadora terá, pela primeira vez, a presença da família na quadra em um jogo pela Superliga nacional.

Os pais da oposta moram em Lins, a uma hora de carrro de Araçatuba. Segundo a jogadora (já ansiosa com a presença), eles deverão chegar acompanhados de outros parentes. A partida acontecerá às 19h (horário do Recife).

“Vai chegar todo mundo. Pai, mãe, primo, tio… Só não vão trazer o meu cachorro Zulu”, afirmou a jogadora de apenas 18 anos, mas já com 1,84m.

A raça de Zulu é a Basset Hound.