Um estilo que se manteve durante toda a competição. O bom toque de bola, sem se expor, sem pressa. Sem um atacante fixo, mas com a coletividade se impondo em campo
Na cadência, a Espanha foi avançando nesta grande Eurocopa organizada por poloneses e ucranianos, em busca do tri. Na decisão em Kyev, devido às apresentações econômicas, a Fúria perdeu um pouco da aura de favorita, diante da ascendente Itália.
Desta vez, no entanto, a Azzurra foi impedida de cumprir à risca o seu script favorito. Os espanhóis enfim aceleraram o jogo e partiram para cima, com um categórico 4 x 0.
A exuberância da pelota de pé em pé permaneceu neste domingo, mas articulando para frente, mirando o gol, de forma incisiva. Surpreendeu a squadra de Cesare Prandelli.
No primeiro tempo, dois gols em jogadas muito bem trabalhadas. Aos 14 minutos, Iniesta encontrou Fábregas no lado direito e o meia cruzou rasteiro, rápido, e Silva completou. Ali sim, uma jogada de uma escola que causa inveja pela plena execução de um estilo.
Interceptando o rival 18 vezes na primeira etapa, a turma de Pirlo e Balotelli até procurou reagir, mas aos 41 minutos veio a vantagem consagradora. Xavi viu o jovem Jordi Alba se aproveitar a linha de defesa azul e deu uma bela assistência. Chute seco.
Na etapa final, sem desgaste físico, a Espanha escreveu de vez o seu nome na história, com Fernando Torres, autor do gol do título há quatro anos, marcando mais um. O mesmo Torres ainda teve tempo para deixar Juan Mata livre para completar a goleada.
O resultado elástico cravou o terceiro título de grande porte de forma consecutiva do país, com a Eurocopa 2008, a Copa do Mundo 2010 e a Eurocopa 2012. Que domínio!
Atuando sempre do mesmo jeito, conhecido por todos, mas nem por isso fácil de marcar. Até porque quando é preciso acelerar, acredite, a Espanha engata a quinta marcha.
Em 2013, essa seleção estará em Pernambuco, na abertura oficial da Arena…