Sport confirma troca de marca, da Adidas para a Under Armour. Contrato até 2023

O novo painel digital da sala da Ilha do Retiro. Foto: Superesportes/PE

Acima, o painel digital da coletiva de anúncio na Ilha, já com a fornecedora

Com contrato de cinco anos, até julho de 2023, a fabricante norte-americana Under Armour é a nova fornecedora de material esportivo (e patrocinadora) do Sport. Chega para substituir a Adidas, que vestiu o clube rubro-negro nas últimas quatro temporadas – com vendas elevadas, como o 5º lugar nacional no ranking Nethoes, líder de e-commerce no país. Embora seja renomada nos Estados Unidos, tendo como garoto-propaganda Tom Brady, quarterback do New England Patriots, pentacampeão do Super Bowl, a Under Armour ainda tenta se inserir com o mesmo peso no futebol mais tradicional.

Atualmente, conta com clubes como os ingleses Southampton e Aston Villa (campeão europeu em 1982, mas atualmente na 2ª divisão), AZ Alkmaar (Holanda), Colo Colo (Chile) e Cruz Azul (México). No país, São Paulo e Fluminense, embora no tricolor paulista um distrato (ou, no mínimo, a renegociação dos termos) esteja na pauta. Em relação às lojas, o cenário é semelhante – tanto que ainda negocia a abertura da primeira loja no Recife.

Embora o contrato anterior tenha expirado em dezembro de 2017, por uma questão de logística, tanto da empresa (material produzido) quanto do clube (jogos a disputar), o Sport segue com os uniformes da Adidas até junho de 2018, com Estadual, Copa do Brasil e Série A envolvidos. Somente no segundo semestre a mudança de fato, no time e nas vitrines da cidade.

Em relação ao público, Adidas e UA praticam R$ 249,90 por camisa.

Veja 7 projeções não oficiais de padrões Sport/Under Armour clicando aqui.

As fabricantes de uniformes do Sport
1977/1980 – Malharia Terres
1981/1982 – Adidas (Alemanha)
1983/1987 –  Le Coq Sportif (França)
1988 – Everest
1988 – MR Artigos Esportivos
1988/1990 – Topper
1991/1994 – Finta
1995/1998 – Rhumell
1999/2007 – Topper
2008/2013 – Lotto (Itália)
2014/2018 – Adidas (Alemanha)
2018/2023 – Under Armour (EUA)

As projeções não oficiais para uniformes da Under Armour no Sport, já a caminho

Mockups de uniformes da Under Armour no Sport. Crédito: Marcela Santiago/twitter (@timossim)

Em 2018, no Brasileirão, o Sport terá uma nova fornecedora de material esportivo. Possivelmente, com o maior patrocínio da história do clube. De acordo com o globoesporte.com, o leão fechou um contrato de quatro temporadas com a Under Armour, recebendo R$ 12 milhões em cada ano. Ou seja, R$ 48 milhões! Cifra sem precedentes no futebol nordestino.

À parte do caixa do clube, a marca norte-americana, ainda buscando o seu espaço no país, inclusive inaugurando lojas, chega com a responsabilidade de substituir a Adidas, que produziu 15 modelos em quatro temporadas, tendo forte aceitação na torcida. No período, o Sport subiu de patamar nas vendas, figurando no top ten entre os times brasileiros por diversas vezes, segundo listas divulgadas por empresas como Centauro e Netshoes. Esta última apresentou em setembro um ranking de camisas de futebol de e-commerce, com o leão figurando em 5º lugar, atrás de Corinthians, Palmeiras, Flamengo e São Paulo – justamente os quatro clubes mais populares do país.

Mockup de uniforme da Under Armour no Sport. Crédito: Publick Comunicação Visual/reprodução

O acordo deve ser oficializado pelo clube em janeiro, com o contrato passando a valer a partir de junho de 2018. Como de praxe, torcedores e designers, não ligados à UA, criaram vários mockups, termo usado para modelos de demonstração. Utilizando traços das linhas recentes da fabricante às cores e características do Sport, as projeções dão uma ideia do que vem por aí.

No alto, os uniformes imaginados pela rubro-negra Marcela Santiago
No centro, um padrão feito pela agência Publick – Comunicação Visual
Abaixo, os uniformes imaginados pelo rubro-negro Eduardo Silva

Até o momento, sete modelos na web. Curtiu algum?

Fabricantes de uniformes do Sport no século XXI
2001/2007 – Topper
2008/2013 – Lotto (Itália)
2014/2017 – Adidas (Alemanha)
2018/2021 – Under Armour (EUA)

Mockups de uniformes da Under Armour no Sport. Crédito: Eduardo Silva/twitter (@eduardo__sds)

Os fornecedores de material esportivo dos 40 clubes das Séries A e B de 2017

Ranking das fornecedoras de uniforme na Série A de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Somando as duas principais divisões, a Topper é a fabricante mais presente no Campeonato Brasileiro de 2017, com nove clubes. Consequência da nova política da empresa, que voltou a investir pesado no futebol, angariando sete clubes em relação à temporada anterior. Galo e Fogão puxam a fila, mas a maioria ainda segue concentrada na segunda divisão – como o Náutico. Analisando só a elite, a Umbro passou de quatro para sete clubes, destronando a Adidas, com os mesmos cinco de 2016, incluindo o Sport.

Os 40 times inscritos nas Séries A (gráfico acima) e B (abaixo) estão divididos entre 13 fornecedoras tradicionais. Porém, existem outras quatro marcas ligadas aos próprios clubes. Em 2016 o Paysandu foi o único nesta frente, mas outros clubes seguiram a ideia, como o Santa Cruz, que deixou a Penalty após nove anos. É preciso destacar três observações neste levantamento. O Fluminense largou no Brasileiro vestindo o padrão da Dry World, mas já com contrato assinado com a Under Armour a partir de julho – e o blog considerou esta segunda. Já o Santos tem um acordo misto com a Kappa em relação à produção, mas como mantém a logo italiana, entrou como fornecedora tradicional. Na Série B, o Boa Esporte perdeu a marca após anunciar a contratação do goleiro Bruno. E iniciou a competição sem um novo patrocinador, tendo como saída a fabricação própria (sem nome definido).

Em relação aos contratos, ao menos aqueles divulgados, o Corinthians tomou a dianteira após firmar um acordo de 10 anos (!) com a Nike. São R$ 40 milhões anuais, 5 mi a mais que o Fla, então líder. Quanto à exposição, os 760 jogos das duas divisões estão na grade da televisão, incluindo o pay-per-view. Logo, o alcance das marcas depende da audiência de cada clube firmado…

As fornecedoras na Série A
Umbro – Atlético-PR, Avaí, Bahia, Chapecoense, Cruzeiro, Grêmio e Vasco
Adidas – Coritiba, Flamengo, Palmeias, Ponte Preta e Sport
Topper – Atlético-MG, Botafogo e Vitória
Under Armour – Fluminense e São Paulo
Kappa – Santos
Nike – Corinthians
Numer – Atlético-GO

As fornecedoras na Série B
Topper – Brasil, Ceará, Goiás, Guarani, Náutico e Paraná
Marca própria – Boa, Santa (Cobra Coral), Paysandu (Lobo) e Juventude (19Treze)
Rínat – ABC, CRB e Vila Nova
Adidas – Figueirense
Deka – Oeste

Embratex – Criciúma
Kanxa – Luverdense

Karilu – Londrina
Lupo – América-MG
Nike – Internacional

Marcas das Séries A e B
9 Topper, 7 Umbro, 6 Adidas, 4 Marca própria, 3 Rínat, 2 Under Armour, 2 Nike, 1 Deka, 1 Kappa, 1 Numer, 1 Embratex, 1 Kanxa, 1 Karilu e 1 Lupo

Maiores contratos
1º) R$ 40,0 milhões/ano – Corinthians/Nike (2016-2025)
2º) R$ 35,0 milhões/ano – Flamengo/Adidas (2013-2022)
3º) R$ 27,0 milhões/ano – São Paulo/Under Armour (2015-2019)
4º) R$ 20,0 milhões/ano – Palmeiras/Adidas (2017-2018)
5º) R$ 17,0 milhões/ano – Grêmio/Umbro (2015-2018)
6º) R$ 14,5 milhões/ano – Vasco/Umbro (2014-2017)
7º) R$ 13,0 milhões/ano – Botafogo/Topper (2016-2018)
7º) R$ 13,0 milhões/ano – Atlético-MG/Topper (2017-2020)
9º) R$ 10,0 milhões/ano – Cruzeiro/Umbro (2016-2019)

Ranking das fornecedoras de uniforme na Série B de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Os fornecedores de material esportivo dos 40 clubes das Séries A e B de 2016

Ranking das fornecedoras de uniforme na Série A 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP, via Infogram

Somando as duas principais divisões, a Umbro é a marca mais presente no Campeonato Brasileiro de 2016, com seis clubes. O número poderia ser maior caso o Náutico não tivesse rescindido o contrato na véspera da competição, fechando com a Topper, de volta ao mercado. Os 40 times inscritos nas Séries A (gráfico acima) e B (abaixo) estão divididos entre 18 fornecedoras, cinco a mais que 2015. Uma delas pertence ao próprio “patrocinado”. No caso, a Lobo, do Paysandu – na Itália, a Roma já fez o mesmo.

De volta ao Brasileirão, o Santa Cruz já irá mexer com tabuleiro, na ferrenha disputa de mercados. O clube estreia o padrão produzido pela Dry World, substituindo a Penalty. Com isso, a marca canadense sobe para a 3ª colocação no ranking de fornecedoras. A Adidas, que veste o Sport, se mantém à frente na elite, agora de forma isolada. Na última edição, com os mesmos cinco clubes (mas com o Flu no lugar do Coxa), a empresa alemã dividia o posto com a Umbro, que sofreu com as quedas de Vasco e Joinville.

Em relação aos contratos (ao menos aqueles divulgados), o Flamengo segue firme com acordo mais rentável. São R$ 35 milhões anuais, com mais sete temporadas pela frente, expondo o status atual dessas parcerias. Quanto à exposição, as 760 partidas das duas divisões estão na grade da televisão, incluindo o pay-per-view. Logo, o alcance das marcas depende da audiência de cada clube firmado…

As fornecedoras na Série A
Adidas – Coritiba, Flamengo, Palmeiras, Ponte Preta e Sport
Umbro – Atlético-PR, Chapecoense, Grêmio e Cruzeiro
Dry World – Atlético-MG, Fluminense e Santa Cruz
Nike – Corinthians e Internacional
Lupo – América-MG e Figueirense
Kappa – Santos
Puma – Vitória
Topper – Botafogo
Under Armour – São Paulo

As fornecedoras na Série B
Kanxa – Bragantino, Luverdense e Oeste
Kappa – Brasil-RS e Criciúma
Numer – Atlético-GO e Sampaio Corrêa
Penalty – Bahia* e Ceará*
Umbro – Joinville e Vasco
Rinat – CRB e Vila Nova
Fila – Avaí
Dry World – Goiás
Karilu – Londrina
Topper – Náutico
Lobo – Paysandu
Errea – Paraná*
Gsport – Tupi

* Bahia (Umbro), Ceará (Topper) e Paraná (Topper) podem mudar no Brasileiro.

Marcas das Séries A e B
6 Umbro, 5 Adidas, 4 Dry World, 3 Kappa, 3 Kanxa, 2 Nike, 2 Lupo, 2 Numer, 2 Penalty, 2 Rinat, 2 Topper, 1 Puma, 1 Under Armour, 1 Fila, 1 Karilu, 1 Lobo, 1 Errea e 1 Gsport

Maiores contratos
R$ 35 milhões/ano – Flamengo (10 anos, até 2022)
R$ 30 milhões/ano – Corinthians (10 anos, até 2025)
R$ 27 milhões/ano – São Paulo (5 anos, até 2019)
R$ 20 milhões/ano – Atlético-MG (5 anos, até 2021)
R$ 19 milhões/ano – Palmeiras (2 anos, até 2016) 

Ranking das fornecedoras de uniforme na Série B 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP, via Infogram

Os fornecedores de material esportivo dos 40 clubes das Séries A e B de 2015

Marcas de material esportivo nas Séries A e B de 2015. Crédito: http://www.mantosdofutebol.com.br

Da produção de uniformes com limitação de modelos e distribuição à venda massiva de até cinco padrões refinados por temporada, atrelada às cotas de até R$ 35 milhões anuais, as marcas de material esportivo vêm travando uma disputa ferrenha pelo mercado do futebol brasileiro. Os 40 clubes inscritos nas Séries A e B de 2015 estão divididos entre 13 fornecedoras.

Curiosamente, a marca com mais times é uma fábrica de menor porte, a Kanxa, criada em São Paulo em 1986. São sete agremiações com camisas produzidas pela empresa, mas todas na Série B. Considerando a elite, a disputa é mais uma sequência do clássico mundial Adidas x Nike. Quatro times têm contrato com a marca americana e cinco, incluindo o Sport, com a alemã.

No Brasileirão ainda há uma terceira via, através da Umbro. São cinco times com a estampa inglesa. A Umbro também patrocina o Náutico, único na segundona. Situação inversa vive a Penalty, com três clubes na segunda divisão, incluindo o Santa Cruz, e apenas um na elite, o Cruzeiro. O levantamento foi elaborado pelo site Mantos do Futebol se estende à Série C. Lá, o Salgueiro veste a Rota do Mar, uma empresa local.

As 760 partidas das duas divisões serão transmitidas na televisão. Logo, o alcance da exposição das marcas dependerá da audiência de cada clube…

Marcas das Séries A e B
7 Kanxa, 6 Umbro, 5 Adidas, 4 Nike, 4 Puma, 4 Penalty, 2 Lupo Sport, 2 Kappa, 2 Super Bolla, 1 Under Armour, 1 Fila, 1 Errea e 1 Wilson.

Maiores contratos
R$ 35 milhões/ano – Flamengo (10 anos, até 2022)
R$ 30 milhões/ano – Corinthians (10 anos, até 2015)
R$ 27 milhões/ano – São Paulo (5 anos, até 2019)
R$ 19 milhões/ano – Palmeiras (2 anos, até 2016)