O cenário é comum em ano eleitoral no Brasil, a cada dois anos. Até a véspera da votação são divulgadas, de norte a sul, pesquisas de intenção de voto.
Existem quase duas centenas de consultorias no ramo. Na Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa, a Abep, estão cadastrados 174 institutos.
Acredite, esses mesmos levantamentos eleitorais têm uma relação direta com os estudos quantitativos sobre torcidas de clubes de futebol.
Foi o caso do Ibope, instituto mais famoso do país, que lançou uma pesquisa nacional de torcida pela última vez em 2010. Agora, em mais um ciclo presidencial, especula-se um novo grande levantamento de campo do Ibope. No último foram ouvidas 7.109 pessoas, em 141 cidades.
O custo de um estudo do tipo, dependendo do número de entrevistados – mudando, claro, a fidelidade na margem de erro -, pode ir de R$ 8 mil a mais de R$ 70 mil. De 400 pessoas a aproximadamente 10 mil entrevistados.
No campo político, os levantamentos são encomendados por jornais, emissoras de televisão e até pelos próprios partidos, com o objetivo de enxergar melhor o eleitorado, tanto nas disputas majoritárias – municipal, estadual e federal -, quanto nas proporcionais – vereador e deputado.
O público pesquisado é sempre a partir dos 16 anos. Não por acaso, não mesmo, é a idade mínima para tirar um título de eleitor no país.
Com questionários prontos, alguns institutos de pesquisa aproveitam a oportunidade para mensurar outras questões. E aí entra o futebol.
Cenário aplicado, por exemplo, em Caruaru, através da Plural Pesquisa em 2014. Outros municípios já estão na pauta, como Garanhuns e Petrolina.
Cidades, estados, país. Não é mera coincidência. Até porque a divulgação dos estudos costuma ter espaço na mídia e repercussão entre as massas, dando destaque aos nomes das empresas envolvidas.
Portanto, a situação já está encaminhada para um ano recheado de levantamentos sobre os times, inclusive de grande alcance. O cenário político está aberto. Para entender melhor o público, o futebol sai ganhando no embalo.
Confira as pesquisas já publicadas pelo blog aqui.