Confira um levantamento do blog para os três setores de Santa e Sport na primeira final do Estadual desta temporada, já projetando possíveis mudanças para o jogo de volta.
Defesa
Os defensores corais não tiveram tanto trabalho. Vágner e William Alves cercaram bem Jael e Jheimy, cedendo poucos espaços, até porque o rival chegou pouco lá na frente. Vágner foi o protagonista dos dois principais lances do jogo. No primeiro, perdeu um gol feito, com a meta vazia. Depois, viu Jael se desvencilhar na grande área e quase marcar. Na Ilha, a dupla deverá ter um papel mais efetivo, caso o Sport se apresente com uma proposta mais aberta.
Meio-campo Zé Teodoro surpreendeu ao escalar o Tricolor com dois meias de ligação: Luciano Henrique e Natan. No entanto, ambos estiveram numa tarde pouco inspirada, sobretudo LH, sem fôlego. Natan, bem marcado, encostou pouco no ataque. O desempenho da dupla deve colocar uma dúvida em Zé quanto ao esquema tático para a finalíssima, entre a volta do precavido 3-5-2, o seu preferido, e um time mais ofensivo, em busca da vitória. Na contenção, Pedra virou dúvida.
Ataque Artilheiro do Estadual, Dênis Marques passou em branco. Recuperado da lesão no pé, DM9 correu bastante, procurando tabelas. Acabou finalizou poucas vezes, de fora de área. Não teve “a” chance. Vale lembrar que sempre que ele fez gol no PE2012, e foram 14, o Santa venceu. O seu companheiro no ataque, Flávio Caça-Rato foi a boa surpresa. Um batalhador. A entrada de Carlinhos Bala na etapa final só mostra que Geilson é uma opção melhor no banco.
Defesa O trio de zagueiros esteve muito bem na partida. Edcarlos, Tobi e Bruno Aguiar foram bem tanto nas bolas altas quanto nos desarmes. Em alguns momentos, faltou atenção, principalmente na marcação e ao tirar a bola da área, o que fez com o Tricolor se aproveitasse dos rebotes. O mais rápido da zaga, Tobi será desfalque certo na Ilha, após o terceiro amarelo. Se Mazola mantiver o esquema, Ailson, pouco aproveitado este ano, deverá completar o 3-5-2.
Meio-campo Hamilton e Rivaldo foram dois verdadeiros leões em campo, com uma marcação dura. Em alguns momentos, abusaram das faltas, mas sem deslealdade. A atuação foi contrastada com a ineficiência na criação. Novamente solitário, Marcelinho não recebeu a marcação cerrada de outros Clássicos das Multidões, mas esteve um pouco apático e foi substituído. Segue como peça-chave para o próximo domingo. Pode ganhar a companhia de Marquinhos Paraná.
Ataque O Leão praticamente abdicou do ataque no Arruda. A dupla Jheimy e Jael foi pouco acionada, até mesmo pela falta de peças ofensivas no Sport. Jheimy chegou a tentar buscar o jogo antes de ser substituído. Enquanto isso, Jael, fixo na grande área, teve apenas uma oportunidade. Quase marcou, diga-se. A tendência na Ilha é que o ataque seja mantido, desde que seja mais municiado. Ou então não fará sentido. A bola parada de Marcelinho não foi uma arma dessa vez.
Sport e Santa Cruz vão decidir o título pernambucano pela 22ª vez (veja aqui).
Apesar do campeonato manchado pelo péssimo nível das arbitragens e por jogos sem muita emoção, chegou a hora da verdade, de decidir o vencedor desta temporada.
Atual campeão, o Tricolor de Zé Teodoro busca o bi, feito que não alcança há 25 anos. Curiosamente, diante do mesmo adversário e no mesmo palco da finalíssima, a Ilha.
Enquanto o rival luta pelo 26º troféu, o Leão de Mazola vai pelo 40º título, o que colocaria o time num patamar bem seleto no futebol nacional, no clube dos quarentões.
Ao Rubro-negro, que almeja a revanche pela perda do hexa, a vantagem de dois resultados iguais nesta decisão, tensa desde já. Uma bonificação importante, sobretudo pelo momento que vive a equipe, sem apresentar um bom futebol.
Não que a Cobra Coral esteja jogando o fino. Não está. Mas cresceu nesta reta final. Era mesmo necessário, pois perdeu os dois duelos na fase classificatória.
Portanto, vamos ao capítulo final desse controvertido Campeonato Pernambucano. Os protagonistas serão Marcelinho Paraíba e Dênis Marques, os artilheiros, com 14 gols.
O primeiro ato será no Arruda, no dia 6 de maio. No domingo seguinte, Ilha do Retiro.
Definitivamente, o Santa Cruz está vivo na briga pelo bicampeonato pernambucano. A última vez em que o Tricolor conquistou dois títulos seguidos foi em 1986/1987.
Aquela volta olímpica foi na Ilha do Retiro. Agora, 25 anos depois, os corais terão a chance de repetir o feito, no mesmo palco, no Clássico das Multidões. Tudo por causa da suada vitória por 3 x 1 sobre o Salgueiro, na noite desta segunda, no Mundão.
O herói foi DM9, que chegou a 14 gols na competição. A estatística segue: em todos os jogos em que o atacante balançou as redes, o Tricolor triunfou.
A partida começou a 100 km/h. Luciano, inseguro no gol do Carcará, quase pôs tudo a perder aos três minutos, saindo da área de forma atabalhoada. Derrubou Caça-Rato e recebeu o amarelo. Esse nervosismo seria venal para o visitante no segundo tempo.
Antes, apesar da multidão no Arruda, o Carcará não se intimidou. Mais do que isso. O clube sertanejo se portava com mais organização, tocando bem a bola, sem abrir mão do ataque. Porém, o Tricolor atacou mais na base da pressão, com 36 mil torcedores.
Aos 33 minutos, após uma partida bem amarrada, o gol coral. O início da classificação.
O Salgueiro saiu jogando mal e o Santa tramou a jogada em velocidade. Luciano Henrique recebeu de DM9 e encontrou Natan, com uma bela assistência. O meia recebeu e bateu cruzado, gol. Num jogo equilibradíssimo, a resposta do Salgueiro foi fulminante.
Em uma descida pelo lado direito, Tamandaré cruzou e Fabrício Ceará desviou. Tiago Cardoso tentou operar o milagre, mas Élvis empurrou para as redes. Silêncio.
No pequeno município do Sertão, tensão pura, com o jogo sendo exibido em um telão. Mais de seis mil pessoas diante de um sonho. De todo o interior.
O Salgueiro voltou para a etapa final disposto a se fechar, mas nem teve tempo. Cometeu um pênalti infantil , de Josa em Caça-Rato, com apenas 38 segundos. Frio, Dênis Marques bateu com perfeição, sem chance para Luciano.
O mesmo Josa completou a noite infeliz recebendo o segundo amarelo logo depois. Deixou o Salgueiro com um a menos, numa situação completamente adversa.
Aos 25, Clébson ainda perdeu uma chance incrível, mas não chegou a vez do interior. Até porque nos descontos Dênis Marques alcançou a artilharia do Estadual…
No currículo, uma longa invencibilidade do Salgueiro em seu reduto nesta competição, com nove vitórias e dois empates. Um retrospecto respeitável e que o Salgueiro soube valorizar bastante neste domingo, vencendo na raça por 2 x 1.
Sob um sol escaldante, com uma vital parada técnica para hidratação, no primeiro tempo, os dois times lutaram muito no Cornélio de Barros, tomado por 8.740 pessoas.
Os 11 titulares do Salgueiro entraram em campo com as camisas dos outros times do interior. Neste momento, era este o sentimento de todos. O do título ainda inédito, após 98 anos. Não é uma tarefa fácil, mas o Carcará de Neco vai aprontando.
Na primeira etapa, porém, poucas chances. Na etapa complementar, um jogo lá e cá, quando Zé Teodoro resolveu soltar um pouquinho a retranca, afiada no 3-5-2.
Saiu para o jogo e cedeu espaços. Aos 10, a melhor chance do Carcará até então. Fabrício Ceará recebeu na área, matou no pênalti e perdeu um gol embaixo da trave.
O atacante bateu forte demais, por cima. A resposta coral foi através de Renatinho, cria sertaneja, acertando o travessão. Foi só o aviso. Aos 26 minutos, o gol coral.
No rebote do goleiro Luciano, após um chute de Renatinho, Branquinho mandou para as redes. Tento que deixava os tricolores com uma vantagem gigante no confronto.
Por pouco tempo. Quase abatido, o Carcará chegou ao empate, num lance de sorte, aos 32 minutos. O lateral-direito Tamandaré cruzou na área e Tiago Cardoso aceitou.
Foi um golaço sem querer. Desestabilizou o Santa Cruz, animou o Salgueiro. Ainda mais com a expulsão do atacante Geilson, peça nula.
Aos 43, Edmar virou a partida escorando de carrinho, fazendo o Carcará voar de novo. O sonho do Sertão, aos poucos, vai se tornando real. A um empate da final.
No jogo de volta, o Santa precisará como nunca de sua torcida no Mundão…
Dono da melhor campanha no returno (27 pontos em 33 possíveis), o Santa Cruz cresceu na reta final da competição. Chegou a emplacar oito triunfos seguidos na competição. O surpreendente revés diante do desconhecido Penarol-AM, na Copa do Brasil, é o contraponto desta evolução. Ou seria justamente o ponto de partida?
Com Dênis Marques em grande fase, o Tricolor encontrou o seu pilar ofensivo, assim como em 2011, quando Gilberto engatou uma ótima sequência de gols decisivos. Resultou no histórico título. Em vez de Landu, Geilson. Da velocidade ao posicionamento.
Pesa neste ano o comportamento da defesa. Zé Teodoro modificou o esquema da equipe, daquela armada totalmente para os contragolpes para uma formação que sai para o jogo aberto. Os gols corais estão saindo. Os tentos dos adversários também.
Destaque
Dênis Marques, sem dúvida alguma. Mesmo estreando apenas na 8ª rodada, após um ano e meio parado, o atacante entrou na briga pela artilharia. Todos os seus gols foram marcados dentro da área, mostrando oportunismo. É o ponto forte dos corais para o bi.
A aposta
Como Luciano Henrique evoluiu no torneio e ocupou o lugar do outrora maestro Weslley, agora lesionado, cabe ao rápido e habilidoso Natan ter paciência para buscar o seu lugar no time. Vem entrando bem nas partidas e deve ser aproveitado nas finais.
Ponto fraco
Em 2011, Leandro Souza foi absoluto na defesa coral. Neste ano, envolvido com uma proposta da Europa, o zagueiro acabou caindo de rendimento. No embalo, todo o setor tricolor, que não vem contendo jogadas de velocidade. Nem bolas aéreas.
Campanha
44 pontos (vice-líder)
14 vitórias (2º)
2 empates (que menos empatou)
6 derrotas (o 3º que menos perdeu)
44 gols marcados (melhor ataque)
22 gols sofridos (3º)
Foia uma semana marcada pela discussão sobre o atual nível técnico do futebol pernambucano. Sobre o baixo nível, que fique claro. Veio o Clássico das Multidões, valendo a liderança na geral da primeira fase do Estadual. Na Ilha do retiro, neste domingo de solzão, esse papo ficaria em segundo plano…
Teve quem acreditasse que os dois times entrariam em campo guardando as energias para a etapa decisiva. Com Sport e Santa Cruz, essa ideia não tem fundamento algum.
Abalado com o vexame em casa na última quarta, o Leão precisava dar uma resposta rápida ao seu torcedor. Os corais esperavam festejar pela terceira vez seguida na Ilha.
Bem mais ligado na partida e marcando forte, o Rubro-negro venceu por 2 x 1. Derrubou o maior rival e vai com todas as vantagens para o mata-mata.
O domínio leonino começou cedo. Com 2 minutos, Marcelinho quase marcou um gol olímpico. No rebote, Jael exigiu uma boa defesa de Tiago Cardoso. O goleiro coral seria o personagem principal dos tricolores, para o bem e para o mal. Aos 35, o primeiro gol.
Marcelinho cobrou escanteio pelo lado direito e Tiago Cardoso, que vinha salvando, não alcançou a bola, que passou e bateu no zagueiro Bruno Aguiar, 1 x 0. Aos 45, o zagueiro Vágner deu um presente para Jael, que perdeu mais uma boa chance para o Leão.
No arranque da etapa final, Natan foi derrubado na área, no lance mais polêmico do jogo. Diante de 20.008 pessoas na Ilha do Retiro, o árbitro mandou seguir…
No minuto seguindo, aos 6, Marcelinho levantou na área numa cobrança de falta e Bruno Aguiar marcou de novo, repetindo a dobradinho do primeiro tempo. Mais uma vez, Tiago Cardoso saiu do gol de maneira afobada. O placar agora refletia o volume de jogo.
A resposta coral veio numa cobrança de falta de Renatinho aos 16, uma segunda falta, na verdade, pois o árbitro marcou mão na bola da barreira na falta cobrada por Memo. Na sequência do lance, com a bola na área, Caça-Rato marcou um golaço, de voleio.
O Tricolor até apertou nos 15 minutos finais, mas a festa não aconteceu dessa vez. Favorecido pelo tropeço do Salgueiro, o Santa acabou em 2º lugar. Menos mal.
Ao Sport, com a terceira vitória seguida sobre a Cobra Coral, o mínimo de dignidade para o restante do campeonato. Por sinal, os dois times voltam a se enfrentar este ano?
Em ritmo de treino, o Santa Cruz venceu o rebaixado América no Arruda.
Com o chocolate de 5 x 0 na Semana Santa, o Tricolor já garantiu a melhor campanha do returno, com nove vitórias em dez partidas. Foi o 8º triunfo consecutivo…
Sim, oito vitórias seguidas no Estadual. Aquele mesmo time destronado pelo Penarol, na Copa do Brasil? Pois é. O time de Zé Teodoro recuperou-se de vez.
No Mundão, Dênis Marques marcou logo aos 15 minutos, em uma síntese da partida.
Cobrança de escanteio pelo lado esquerdo e ninguém da zaga do Mequinha se mexeu com a bola alçada na área. Dênis Marques não precisou nem pular para cabecear…
Geilson ampliou aos 32, com o ataque coral funcionando neste domingo. Mérito do meia Luciano Henrique, o melhor da partida, e que cruzou na medida para o centroavante.
No 2º tempo, Dênis Marques marcou mais duas vezes, chegando a 12 gols. Empatou na artilharia com Marcelinho Paraíba. E olhe que DM9 só estreou na 8ª rodada!
No finzinho, os 18 mil corais presentes ainda viram o merecido gol de Luciano Henrique, tomando para si o lugar de maestro da equipe, outrora pertencente a Weslley.
Após três assistências na partida, LH recebeu uma, de Bala, de calcanhar…
Após a “conquista” do returno, neste domingo, a Cobra Coral quer mesmo é terminar com a liderança geral da primeira fase. Precisará vencer o clássico na Ilha do Retiro.
Estará em jogo a vantagem nas finais… Aí, nada de treino.
Seria uma mentira afirmar que o clássico foi emocionante, como preza o nome.
Seria uma mentira ainda maior não reconhecer a evolução do Santa Cruz no Estadual.
Com o batalhado 1 x 0 sobre o Náutico neste 1º de abril, o Tricolor chegou a sete vitórias consecutivas na competição. Cresceu na reta final do torneio. Pelo bi.
O duelo começou lento no Mundão. Parecia que a torcida presente assistiria a mais um clássico tecnicamente desanimador. Mas até melhorou um pouco, apesar das 52 faltas.
Na primeira jogada efetiva, o gol solitário do domingo, diante de 27.078 pessoas.
Aos 20 minutos, Geilson avançou e tocou para Dênis Marques. O atacante tentou duas vezes. Na segunda, preferiu o passe para Renatinho, que recebeu na ponta esquerda da área e acertou o ângulo. O estreante goleiro Felipe, ex-Santos, sentiu a falta de ritmo.
Do Náutico, no primeiro tempo, só uma cabeçada de Siloé, aos 34, e um chute de longe de Lenon, aos 36. No último lance, Dênis Marques quase marcou um gol de bicicleta.
O Alvirrubro voltou mais disposto na etapa final. Mesmo bem marcado, o que não é novidade, Eduardo Ramos resolveu aparecer um pouco mais para o jogo, principalmente alçando bolas na área coral. Foi para o abafa.
A dura marcação em Eduardo Ramos mudou o jogo, quando Anderson Pedra recebeu o segundo amarelo aos 13 minutos, após cometer mais uma falta no meia.
Com um a mais em campo, Waldemar incitou o time a ter um pouco mais de ousadia. O Alvirrubro passou a dominar, territorialmente. Mas faltava qualidade na conclusão.
Zé Teodoro percebeu a mudança no volume de jogo e colocou o zagueiro Vágner no lugar de Geilson, passando a atuar nos contragolpes, como na campanha de 2011.
Siloé ainda perdeu uma chance aos 26, livre na área após um cruzamento. O time pressionava, mas sem ser contundente. Foi o 4º jogo seguido sem gol do Timbu.
Bem armado, o Tricolor conquistou a primeira vitória em um clássico na temporada. Vice-líder, o time quer obter o direito de decidir a semifinal no Arruda…