O dia 24 de agosto de 2008 já está sendo considerado como o pior da história do Santa Cruz. O dia que marcou a eliminação do time na Terceirona e que deixou o clube virtualmente rebaixado à Série D. Uma queda surreal. No domingo, o Santa vencia o Campinense até os 45 minutos do segundo tempo, quando sofreu o gol de empate, no Arruda. Aquele capítulo parecia mesmo fadado a ser escrito de forma cruel.
Um fato não menos doloroso – mas de maior importância – aconteceu em 7 de dezembro de 1975. Com um timaço (palavra fora do vocabulário coral atualmente), o Santa Cruz se tornou o primeiro time do Nordeste a chegar em uma semifinal do Campeonato Brasileiro da Série A. Com uma excelente campanha na fase anterior, o Tricolor decidiu a vaga para a decisão em um jogo único contra o Cruzeiro, em um Arruda (fotos) bem diferente (sem o anel superior, que seria construído apenas de 1982).
Com jogadores como Givanildo, Ramón e Fumanchu, o time coral abriu 1 x 0 no placar, em um pênalti cobrado por Fumanchu. O Cruzeiro empatou ainda no primeiro tempo. Mas a vantagem do empate era do Santa. Mas do outro lado também estava um dos maiores esquadrões do futebol brasileiro nos anos 70. O Cruzeiro tinha craques do porte de Raul, Nelinho, Piazza, Palhinha e Joãozinho. E com muita força, o time de Belo Horizonte virou o jogo para 2 x 1. O mesmo Fumanchu deixou tudo igual aos 28 minutos, mas a Raposa ganhou, de forma dramática, no último minuto. Aos 45 do 2º tempo.
O lance que decidiu a partida é contestado até hoje pela torcida tricolor, que alega impedimento de Palhinha. Apito mandrake das antigas.
Depois, o time mineiro acabou perdendo o título para o Internacional, mas no ano seguinte ganhou nada mais nada menos que a Taça Libertadores, e logo com a vaga que estava nas mãos do Santa. Com a derrota, o Tricolor acabou em 4º lugar no Nacional (que diferença, hein?). Anos depois, o agora comentarista Raul Plassmann disse que aquela semifinal de 1975 foi uma de suas maiores atuações. Mas logo contra o Santinha, Raul…
Santa Cruz 2 x 3 Cruzeiro (07/12/1975)
Local: Arruda. Árbitro: Romualdo Arppi Filho (SP). Gols: Fumanchu aos 32 e Zé Carlos aos 43 do 1º; Palhinha aos 2, Fumanchu (pênalti) aos 28 e Palhinha aos 45 minutos do 2º tempo. Cartões Amarelos: Pedrinho e Carlos Alberto Rodrigues, Vanderlei e Palhinha. Público: 38.118 torcedores
Santa Cruz: Jair; Carlos Alberto Barbosa, Lula, Levir Culpi e Pedrinho; Givanildo, Carlos Alberto e Alfredo (Volnei); Fumanchu, Ramón e Pio. Técnico: Paulo Emílio
Cruzeiro: Raul; Nelinho, Morais, Darci Menezes e Vanderlei; Piazza, Zé Carlos e Eduardo Amorim (Isidoro); Roberto Batata, Palhinha e Joãozinho. Técnico: Zezé Moreira
Fotos: Arquivo/DP
11/06/2014 – orlando lateral, joguei alguns jogos pelo santa cruz pena não ter entrado neste jogo, acho que seria expulso.abraços a todos torcedores do santa cruz
Cássio, a mim me parece que o gol de Palhinha, além de impedido, foi aos 46 do segundo tempo.
Lembro bem disso, pois, naquela época, não se tinha os minutos adicionais nos moldes de hoje.
Quando havia paralisação do jogo, o cronômetro era parado e reinciado tão-logo a bola rolasse.
Acho que merece uma retificação nisso. ,
Meu time tem passado e vai ter Fututo Amaremos o nosso mais querido pra sempre
O SANTA CRUZ NASCEU E VIVERA ETERNAMENTE..
ABRAÇOS E SAUDAÇOES S A N T A C R U Z E N S E !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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ESTAVA LÁ COM MEUS 13 ANOS, AQUILO SIM E QUE ERA UM TIME DE GUERREIROS
Ô saudade…..
Beleza de recordação Cássio. O Tricolor arrebentava com qualquer adversário sem tomar conhecimento de quem era.
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Abraço Cássio,
Marcelo Araujo