Sem volta pra casa

Coritiba

A maior punição da história do futebol brasileiro.

Nada menos que 30 mandos de campo. Como a pena será aplicada apenas no Campeonato Brasileiro (nem a Copa do Brasil vale), o Coritiba jogará 19 vezes fora do estádio Couto Pereira na Série B de 2010. E mais 11 jogos na Série A de 2011. Ou na própria B… Ou, quem sabe, na Terceirona!

Na punição – bem imposta pelo STJD, após o episódio de selvageria da torcida coxa-branca na última rodada do Brasileirão -, o time paranaense terá que jogar em cidades a pelo menos 100 quilômetros de distância de Curitiba.

STJDNeste post, uma “ajudinha” do blog para iniciar a longa peregrinação do Coritiba no Nacional.

Tudo por causa de integrantes de uma torcida organizada, irracionais diante de um revés. Ato que resultou num calvário agendado para as 2 próximas temporadas.

Abaixo, todos os 11 estádios paranaenses a pelo menos 100 km da capital e com uma capacidade de pelo menos 10 mil torcedores, mínimo exigido pelo Regulamento Geral das Competições da CBF (veja AQUI).

Pertinho, é possível jogar no limite mínimo. Estádio mais amplo? Só pegando a estrada.

1º) Ponta Grossa – 314 mil hab. / 110 km – Germano Krüger, 13.000
2º) Irati – 56 mil habitantes / 153 km – Estádio Emilio Gomes, 10.000 lugares
3º) Jaguariavía – 33 mil hab. / 232 km – Romão Delgado, 10.000
4º) Apucarana – 121 mil hab. / 369 km – Bom Jesus da Lapa, 13.000
5º) Arapongas – 103 mil hab. / 386 km – José Luís Chiapin, 20.000
6º) Londrina – 510 mil hab. / 387 km – Estádio do Café, 36.000
7º) Maringá – 335 mil hab. / 436 km – Willie Davids, 20.000
8º) Cascavel – 296 mil hab. / 501 km – Olímpico Regional, 34.000
9º) Paranavaí – 82 mil hab. / 516 km – Waldemir Wagner (Felipão), 25.000
10º) Toledo – 78 mil hab. / 543 km – 14 de Dezembro, 20.000
11º) Foz do Iguaçu – 325 mil hab. / 643 km – Estádio ABC, 15.000

Veja o mapa do Paraná AQUI.

Saindo do estado, também é possível ir até Joinville, em Santa Catarina, a 130 quilômetros. A cidade, com uma população de 497 mil moradores, conta com a moderna Arena Joinville, com capacidade para 22.400 pessoas. Boa opção.

Com o mando de campo longe do Couto Pereira, o Coritiba deverá registrar uma queda substancial na média de público do Brasileiro. Um bom exemplo disso é o Bahia. Com a interdição da Fonte Nova em 2007 (quando 7 pessoas morreram depois que parte da arquibancada cedeu), o Bahia ficou sem estádio para jogar em Salvador. Teoricamente, teria o Barradão, mas o Vitória não o liberou para o rival.

Assim, o Tricolor de Aço teve que ir jogar no estádio Jóia da Princesa, em Feira de Santana, a 116 quilômetros da capital baiana. A distância de Salvador fez estrago… Nesta temporada, com a inauguração de Pituaçu, o time voltou pra casa.

Médias do Bahia no Brasileiro:

Série C de 2007 – 40.410, em 14 partidas (Fonte Nova)
Série B de 2008 – 3.826, em 18 jogos (Jóia da Princesa)
Série B de 2009 – 14.485, em 19 jogos (Pituaçu)

Precisa dizer mais alguma coisa…? 😎

6 Replies to “Sem volta pra casa”

  1. Bruno,

    Com essas suas informações, fica claro queo Coxa terá dificuldade em 2010… E que o ato da torcida na última rodada da Série A não foi umfato isolado no história…

  2. É lamentavel, estão liberando os 10 presos dos 18 na cadeia. Isso é liberar demais para mais violência nos estádios, mau exemplo brasileira, também vemos a lei da Justiça bem fraca dentro do Brasil. Se na Inglaterra, Italia, Alemanha, se algum torcedor aprontar lá será banido do estádio por 2 a 3 anos, vai ficar na cadeia, ou pagar cestas basicas ecc, para aprender respeitar o esporte e a vida humana. Por que no Brasil não acontece? Ta tudo errado isso. Coritiba, sinto muito aos torcedores fiéis ao seu time de coração, estão tendo imagem denigrida por esses que não são torcedores, que vão lá destruir, brigar e arruinar seu clube. Futebol brasileiro precisa de mudança drásticas urgente. O eixo carioca – paulista precisam observar bem o que acontecem com suas torcidas organizadas, ta na hora de tirar organizadas dos estádios do Brasil. Basta violência, chega queremos paz para torcer nos estádios com a familia junta… REFLITAM 1 MIL VEZES SOBRE ISSO.

  3. Cássio, em partes, estádio por estádio:

    Ponta Grossa – o estádio está em reformas, não tem condições pra 10000 atualmente.

    Irati – a torcida do Coritiba, em 1992, destruiu o Emílio Gomes e parte da cidade de Irati. O clube não é bem vindo.

    Jaguariaíva – estádio sem condições de sediar competições.

    Apucarana – o clube terá torcida contra. Comentário semelhante vale para Arapongas, Londrina, Maringá, Cascavel, Paranavaí, Toledo e Foz.

    Estranhamente, a opção mais viável é JOINVILLE, em Santa Catarina. A cidade fica a 120 km de Curitiba, e o estádio tem condições e capacidade. O que conspira contra (novamente) é a torcida do Coritiba, que está proibida de entrar em Florianópolis, em virtude de atos de vandalismo e depredação na cidade em 2007, num jogo contra o Avaí. E a cidade de Joinville já se posicionou contrária à possibilidade de sediar partidas do Coritiba.

    É uma sinuca de bico.

  4. Easn,

    Dessa vez, concordo contigo… E logo ontem, os caras foram liberados da prisão. Na própria Inglaterra, a situação só mudou depois de uma tragédia num estádio. Por aqui, parecem esperar pelo mesmo…

  5. Cássio, sabemos que se fosse um Corinthians ou Flamengo a pena não seria tão severa! E pergunto : Cadê a punição individual a todos os marginais que fizeram a baderna ? Enquanto tratarmos marginais como criancinhas vítimas de desigualdade social nada mudará! O Coritiba pagará o pato, mas a violência nos estádios continuará! O correto seria identificar e prender os bandidos e cobrar uma multa do Coritiba. A punição do jeito que se deu puniu somente os verdadeiros torcedores do clube! Os inocentes são punidos e os marginais permanecem soltos  pois mesmo os que forem pegos como bode expiatório, no máximo pagarão com cestas básicas. 

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