O atacante Brasão ficou em campo durante 61 minutos no Clássico das Multidões.
Era a maior esperança pelo lado tricolor. Um dos personagens do confronto, ao lado de Ciro. O #brasaofacts, popular na internet, ia encarar uma missão daquelas na vida real.
Para alguém que havia disputado apenas 8 partidas pelo Santa Cruz, acho, no entanto, que acabou sendo pressão demais.
Uma responsabilidade grande para jogador, que teria que tirar uma desvantagem ainda maior em campo. Pois esta é a distância que separa os dois times há alguns anos.
Bem marcado, Brasão foi acionado 13 vezes na partida. Finalizou 2 vezes. Uma delas, na etapa final, com muito perigo. Acertou quatro passes e errou um, segundo o scout feito pelo repórter do Rodolfo Bourbon, do DP (veja AQUI).
Ele sofreu 2 faltas e cometeu outras 2… A segunda, resultou num cartão vermelho direto para o jogador, que já havia tomado o amarelo por reclamação.
Pra piorar, o jogador estava no lado contrário ao vestiário do visitante quando foi expulso. Teve que caminhar mais de 100 metros escutando um irônico “Brasão! Brasão! Brasão!” da torcida do Sport. De herói a antiherói em cerca de uma hora.
De positivo, o controle emocional do jogador nas declarações pós-jogo. Se no campo a pressão foi demais, fora dele Brasão teve equilíbrio. Reconheceu o mérito adversário, não provocou, aceitou as brincadeiras…
Assim, é o fim do mito (reescrito). Brasão não deixará de ser um bom jogador. Longe disso. Ele continua sendo o xodó dos corais. Mas ele é mais um no time tricolor. Que se junta a Elvis, Jackson e Joelson para formar a equipe mais consistente da Cobra Coral nos últimos anos. Vale a gréia, mas não dá pra esquecer 100% da razão…
Se bem que Brasão parece ter suportado calado desta vez como quem pensa, seguindo a febre do twitter: “O Sport tirou onda de Brasão uma vez. UMA VEZ”. 😈
Foto: Ricardo Fernandes/DP