Após 48 anos, o Atlético de Madri voltou a conquistar um torneio europeu. Em 1962, o time espanhol venceu a extinta Recopa, que reunia o campeões das copas nacionais. Nesta quarta, o clube, grande rival do Real na cidade, venceu a Liga Europa, ex-Copa da Uefa. Um título com a raça uruguaia como ponto forte.
Em uma final contra os ingleses do Fulham, decidida nos últimos minutos da prorrogação, os “dorminhocos” (apelido do Atlético por causa do uniforme) venceram no sufoco por 2 x 1, na cidade de Hamburgo, na Alemanha (foto: Uefa).
Os gols da vitória foram marcados pelo uruguaio Diego Forlán.
O atacante é a maior esperança da Celeste na Copa do Mundo da África do Sul.
Em 58 jogos pelo Uruguai, Forlán marcou 22 gols. É um ídolo nacional, que já venceu 2 vezes a chuteira de ouro da Europa. Tanto que os seus gols na decisão repercutiram bastante na capital Montevidéu, como deixa claro o diario El País (veja AQUI).
O futebol bicampeão mundial do Uruguai precisa de 11 Forláns. Raça e técnica.
Fim da licitação da arena pernambucana para a Copa de 2014, como o blog havia antecipado (veja AQUI). O consórcio liderado pela Odebrecht confirmou o favoritismo e irá erguer a arena local para o Mundial, em São Lourenço da Mata.
O anúnciou oficial saiu nesta quarta-feira. Na quinta, a publicação no Diario Oficial. Parte burocrática finalizada.
Custo total para que o estádio comece a operar em janeiro de 2013 (contabilizando projeto, obra e pré-operação): R$ 532.615.000.
A data para o início da obra segue incerta. O secretário da Casa Civil do estado, Ricardo Leitão, afirmou que deve ser no segundo semestre, mas evitou precisar uma data. Até porque sabe que já saíram muitos prazos…
Fontes ligadas ao governo, porém, garantem existir uma ordem do governador Eduardo Campos: a obra deve começar antes do Mundial de 2010, em 11 de junho! 😯
Fica a expectativa para pedra fundamental do futuro do futebol pernambucano.
O Deloitte Football Money League fez um levantamento sobre os 20 clubes mais ricos do mundo. Todos eles estão sediados na Europa. Uma particularidade do estudo é conferir a média de público de cada equipe.
O Real Madrid é o clube mais rico, com uma receita na temporada 2009/2010 de R$ 920 milhões. No Santiago Bernabéu, porém, uma média de “apenas” 64.300 torcedores, ou 84% da capacidade do estádio. É alto, mas está longe do líder.
Em 18º lugar na lista dos mais ricos, o alemão Borussia Dortmund tem a maior média de assistência do planeta. Um número espetacular. O Westfalenstadion (foto) tem capacidade para receber até 80.552 torcedores. Todos os jogos da última temporada tiveram 76,8 mil pessoas, o que corresponde a uma taxa de ocupação de 95%.
Veja abaixo as maiores médias de público do mundo.
Nada como usar a criatividade na hora de comemorar um gol… O ponto máximo do futebol.
Pode até ser proibido no Brasil comemorar de forma menos conservadora, como acontecia nos anos 1990. É quase chato hoje em dia, na verdade. Mas na Europa ainda vale o “velho estilo”.
E com certo exagero, até! 😈
Abaixo, a ” guerra civil” idealizada pelo atacante Bajram Fetai, no terceiro gol do Nordsjaelland na goleada por 4 x 1 sobre o Silkeborg, pela última rodada da liga dinamarquesa, em 18 de abril.
Fetai enfrentava o seu ex-clube e decidiu usar uma bizarra forma para “tirar uma onda”. E aí já viu, né…
O dia 11 de maio de 2010 foi um marco na retomada do futebol brasileiro. Às 13h, o Brasil digeriu desconfiado os 23 nomes escolhidos para vestir o manto canarinho na África. Nada de Ganso, Neymar ou Ronaldinho Gaúcho. Fim da esperança.
A convocação da Seleção para a Copa de 2010 foi um claro recado do comandante Dunga, submerso em jargões prontos para justificar suas escolhas. Lemas como coerência, comprometimento e lealdade foram usados como escudo. Para proteger um grupo desprovido de talento, mas até então vencedor. Campeão da Copa América e da Copa das Confederações. Primeiro lugar nas eliminatórias, carrasco da Argentina. A Copa, no entanto, pedia mais…
Na África do Sul, o Mundial clamou pelo talento do futebol brasileiro. Em falta. Naquele trágico anúncio no hotel Windsor, Dunga escancarou seu alto apreço pelo tal comprometimento. E desapego à arte. A arte de improvisar.
Faltou a alma pura dos meninos Neymar e Ganso na África. O futebol bem jogado, a habilidade, a magia verde e amarela. Nossa principal matéria prima fez falta. Diferentemente de 94, quando Parreira se viu sem alternativa, a safra 2010 tinha talento a oferecer A derrota na África era assim uma morte anunciada. Era e foi. Uma lição aos pragmáticos, ferrenhos críticos da geração Telê Santana.
Ficou provado que futebol força sustentado na marcação não é condição de triunfo, como imaginavam alguns. A arte da Espanha sobrepôs o esquema previsível de Dunga nas oitavas-de-final. O Brasil voltou pra casa mais cedo. E a genuína arte, a brasileira, exigiu passagem no alto comando da Seleção.
No dia primeiro de julho de 2010, Dorival Júnior foi anunciado como novo comandante. Sua missão? Resgatar o verdadeiro futebol brasileiro. O projeto 2014 tinha um único objetivo: dar o troco na Argentina de Messi, campeã com beleza e justiça na África do Sul. De imediato, novas caras na primeira convocação. Com a chegada de Neymar, Ganso e Alexandre Pato, o apelo popular enfim foi atendido. Começava, na prática, a retomada. E como fez gosto acompanhá-la.
Pra encurtar a história neste chuvoso 11 de maio de 2054, o último ato, a redenção do nosso autêntico futebol havia mesmo de ser daquela maneira. Naquele exato palco, diante daquele exato adversário: 4 x 1 incontestável em cima da Argentina de Messi. Gols de Neymar e Ganso, dois pra cada. Era o adeus ao sonhado tetra hermano. Sonhado por eles, é claro. O gol de Messi logo no início foi o único consolo. Chegou a aterrorizar a massa com a possibilidade de outro Maracanazo.
Cutucou os fantasmas de 50 e incitou os pragmáticos de plantão. Mas era dia de fazer as pazes com a justiça. O ousado, paciente e educado Dorival Júnior fora enfim coroado. Ciente da responsabilidade, teve todo mérito naquela retomada. O mérito de saber escalar. Hoje, tenho certeza: a sexta taça foi um marco. A confirmação da nossa identidade. Sem ela, não teríamos chegado ao deca de maneira tão bela. Faz 40 anos. Mas parece que foi ontem.
* Lucas Fitipaldi é repórter do Diario e colaborador do blog
Dunga preza pelo pragmatismo dos resultados. Preza por comprometimento, coerência e lealdade. Despreza a arte. O Brasil digeriu desconfiado os 23 nomes que vão vestir o manto verde e amarelo na África do Sul. Nada de Ganso, Neymar ou Ronaldinho. A Seleção vai à Copa com a cara do comandante. Fracassada em 90, glorificada em 94.
Gilberto Silva, Josué, Felipe Melo, Ramires, Kléberson, Elano, Júlio Baptista e Kaká preenchem as oito vagas do meio-campo. Quatro volantes, três quase volantes e um único meia criativo. No ataque, Grafite foi o escolhido para substituir Adriano. A única surpresa de fato. O técnico resolveu apostar na sua tropa fiel. Vencedora. Campeã da Copa América e da Copa das Confederações.
Acima, o texto escrito pelo repórter Lucas Fitipaldi e que está na capa do Diario de Pernambuco desta quarta-feira
A edição traz toda a repercussão da polêmica convocação da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2010 (veja AQUI). No DP, um posicionamento crítico sobre o time, tentando compreender as razões do treinador e o sentimento da torcida.
De fato, vale ressaltar que o elenco é fiel ao perfil do treinador, que prioriza o grupo acima de tudo. Mas esse pensamento ultrapassou todos os limites. Inclusive aquele que é primordial em uma Copa. A técnica…
Deixar Ronaldinho Gaúcho e Paulo Henrique Ganso fora da lista foi demais. Principalmente com 7 volantes entre os 8 meio-campistas anunciados por Dunga.
Mas a torcida vai existir, sempre. Com esses 23 nomes, o sonho do do hexa.
Em questão de minutos, logo após a divulgação nesta terça-feira da lista com os 23 nomes convocados por Dunga para a Seleção Brasileira, a Nike postou um vídeo na internet com o depoimento de quatro jogadores que estarão na África do Sul.
Coincidentemente, os quatro craques presentes no vídeo são patrocinados pela empresa de material esportivo: Nilmar, Robinho, Maicon e Luís Fabiano.
Na Copa do Mundo, até os atletas patrocinados por outras marcas (Adidas, Puma, Lotto, Diadora etc) terão que usar, obviamente, o uniforme da Nike. Apenas a chuteira (o material de “trabalho”) é de livre escolha. Ou contrato…
No fim do vídeo, o quarteto manda o recado para a torcida: “Tamo junto”.
A confiança dos atletas sobre a presença na lista do técnico Dunga para o Mundial de 2010 era realmente grande. Produção caprichada!