Era o primeiro jogo de Marcelinho Paraíba na Ilha do Retiro.
A estreia havia sido no sábado, em Bragança Paulista. Discreta.
Em casa, uma expectativa enorme sobre a contratação mais cara do Sport na temporada. Entre luvas e salários, um custo mensal de R$ 110 mil.
Meia-atacante. Qualidade no passe, velocidade, bom finalizador. Era a prova dos 9 do jogador. Na verdade, a prova do camisa 10.
O adversário não era qualquer um não. Enfrentar o São Caetano, 3º lugar no Brasileiro da Série B, tinha deixado a torcida bem desconfiada. Vai ou não vai? Uma dúvida que já se arrasta há várias rodadas no clube.
Mas ele correspondeu.
Pode até ser exagero das letras de alguém que estava no estádio, mas a verdade é que Marcelinho Paraíba teve uma das melhores estreias no Leão considerando os jogadores renomados dos últimos anos.
A vitória foi convincente. Uma goleada, aliás: 4 x 1.
Um scout rápido de Marcelinho: um golaço de falta e três assistências, sendo duas delas para o artilheiro Ciro, agora como 11 gols. Esse, por sinal, arrumou um bom companheiro no ataque.
Os números de Marcelinho realmente foram de um “meia-atacante”, que buscou a bola a todo instante, tabelou e mostrou uma visão de jogo diferenciada. Fim da partida, e os repórteres que o cercaram perguntaram qual nota ele daria para si mesmo.
“Dez”.
Com as devidas proporções que a Segundona exige, o craque teve uma atuação digna desta nota. Se foi 10, 9 ou 8,5… De fato, é bem subjetivo. Tanto faz a nota publicada nos jornais ou num blog. A grande atuação de Marcelinho foi percebida pela torcida.
No fim, ele ainda mandou o recado… Quer pintar o cabelo de vermelho e preto. Aí, só vai faltar mesmo o acesso à Série A. O mais importante, diga-se…