E na despedida da Série B de 2010, o atacante Cristiano fez o torcedor alvirrubro relembrar de vez a Batalha dos Aflitos, que completou cinco anos nesta sexta-feira.
O jogador desperdiçou uma cobrança de pênalti de forma incrível.
Chutou por cima da meta. A bola quase atingiu o refletor…
Um chute ridículo.
O lateral-esquerdo Ademar, escondido no futebol da Bulgária, mandou lembranças.
O velho fantasma e as suas ironias…
No fim da insossa partida à noite, no ABC Paulista, o castigo para o Náutico.
Borebi, aos 45 minutos do segundo tempo, acabou com o “lide” (início do texto) de todos os jornais da capital pernambucana…
Santo André 1 x 0. O mesmo time rebaixado que já havia complicado o Sport.
Chega logo, 2011. A torcida timbu já está de cabeça quente desta temporada.
Que venha logo o ano mais importante para o Alvirrubro após uma década…
O mediador? O presidente do Náutico, Berillo Júnior.
O mandatário já avisou, via imprensa:
“Se tiver que escolher um ou outro, mando os dois embora.”
Ele está certo. Na teoria, teria que ser assim mesmo.
Mas, nos bastidores, a articulação do mandatário timbu é cuidadosa.
Em entrevista ao blog, Berillo afirmou que se reúne regularmente com ambos. Pelo menos uma vez por semana. Algumas dessas reuniões são separadas.
Outras, contam com os dois personagens.
Ambos dizem que a proximidade é profissional. Ponto.
A permanência de Gustavo Mendes vem sendo questionada, a possível saída de Roberto Fernandes, também. Berillo não abre mão de contar com os dois.
Sabe que entrará para a história do Náutico em 2011, de um jeito ou de outro.
Se evitar o hexacampeonato pernambucano do Sport, entrará pela porta da frente. Ficará ao lado de João de Deus (1974) e André Campos (2001), presidentes que também defenderam o hexa com sucesso.
Se o rival rubro-negro conquistar o Estadual, Berillo tem consciência absoluta, desde o dia em que assinou o protocolo oficializando seu nome na eleição, que ficará marcado como o presidente que acabou com o maior bordão do Náutico. Um lema de 42 anos.
Por isso, tanto cuidado.
O presidente alvirrubro aposta na experiência de Gustavo Mendes para conseguir reforços (apesar dos nomes controversos desta temporada) e em Roberto Fernandes, torcedor declarado do clube e conhecedor do futebol pernambucano, como o nome ideal para tentar voltar a ser campeão depois de sete anos.
Neste ano, a taça escapou por pouco. Em 2011, a última chance.
“O processo de sucessão será tranquilo. Todos estão em prol do Sport.”
“Precisamos da presença de todas as lideranças do clube.”
A cada dois anos pode apostar as suas fichas que frases desse tipo vão ecoar por todos os cantos da Ilha do Retiro. A eleição leonina é, historicamente, o processo mais turbulento no meio político do futebol do estado.
A gama de lideranças, ou pseudolideranças, é enorme.
Agradar a todos é difícil. Diria impossível, até. E, de certa forma, desnecessário.
A vaidade de nenhum dirigente colabora para a melhora do Leão.
Mas os envolvidos fazem questão de apontar esse caminho da “união” como a solução definitiva para novas gestões. Nunca foi.
Não no Sport, que entre 2000 e 2008 realizou quatro eleições. Quatro!
Consenso na Ilha é ilusão. Vender essa ideia cola menos a cada nova passagem de bastão. Agora parece ter chegado a vez de Gustavo Dubeux encabeçar o Executivo.
O que parecia fácil, devido à ótima aceitação do nome do empresário nas mais diversas castas rubro-negras, se tornou um engodo.
Como alocar o atual mandatário Silvio Guimarães no nova diretoria sem causar rusgas?
O atual presidente colecionou algumas inimizades durante os seus dois anos de gestão. O rebaixamento em 2009 e o fracasso na Série B de 2010 acentuou a situação.
Foi uma gestão marcada pelo acerto de dívidas paralelo à perda enorme de receita de cotas de transmissão pela ausência na elite. Especula-se que chegue a R$ 15 milhões.
Guimarães se diz fritado no episódio que vai tratar a gestão 2011/2012.
Ao mesmo tempo, fica a dúvida sobre a necessidade de continuar na direção. Por que tanto embaraço para compor um novo grupo? Qual é o problema em indicar novos nomes, velhos nomes ou outros nomes? O presidente surpreendeu e retirou o seu.
Mas a metralhadora já havia disparado de todos os lados. Alguns se dizem vítimas, outros apontam culpados. No fim, quem perde é o Sport. A união, é claro, não existe.
Mas o clube não é movido a isso. O clube tem que ser movido pelo profissionalismo.
Não faz parte da diretoria? Sente na arquibancada e apoie bastante. Fará diferença.
Milhares de alvirrubros também. Rubro-negros e até tricolores, que não conseguiram ingresso para o Arruda, no mesmo dia, foram infiltrados.
Com o passar dos anos, o número de torcedores que foram ao estádio dos Aflitos em 26 de novembro de 2005 só faz aumentar. Era a vida do Náutico em campo.
Se o borderô registrou cerca de 23 mil naquele dia, hoje essa quantidade já passa dos 50 mil… Aumenta a cada dia. Todos estiveram lá de uma forma ou de outra.
Viram de perto toda a confusão no gramado. Não foi pela TV. Foi no estádio. Não adianta dizer o contrário… Até quem não gosta de futebol jura ter visto um gremista agredir o árbitro, quando ele já havia dado quatro vermelhos para o time gaúcho.
Daqui a 10 anos, não duvide, o público oficial daquela partida chegará a 100 mil. Afinal, ninguém ignorou um dos episódios mais incríveis e polêmicos da história do futebol.
Jogo válido pela última rodada do quandrangular decisivo da Série B.
Náutico x Grêmio.
Mesmo com quatro expulsões e dois pênaltis para o adversário, o Tricolor venceu por 1 x 0. Virou até filme. Para o clube, esta data é o “Dia a Garra Gremista” (veja AQUI).
O jogo continuará sendo relembrado. O Náutico conseguiu cicatrizar a sua maior dor já no ano seguinte, quando escreveu a “Batalha dos Aflitos II”.
Agora, 1.825 dias depois, saiba detalhes da pioneira batalha. Leia a reportagem de Alexandre Barbosa, relembrando os bastidores da Batalha dos Aflitos clicando AQUI.
Entre as novidades, a revelação de que o bicho de R$ 1 milhão, levado por Américo Pereira (é claro), já estava no vestiário alvirrubro…
Aproveitando a realização do sorteio da Taça Libertadores da América de 2011, nesta quinta-feira, o blog apresenta um post com um quiz formado através de um passeio nos dados históricos da maior competição interclubes do continente entre 1960 e 2010.
Quantos jogos já foram realizados e quantos gols foram marcados na Libertadores?
Em 51 edições, foram disputadas 4.388 partidas, com 11.819 gols assinalados.
Qual é o clube que disputou mais jogos até hoje?
Nacional, do Uruguai, com 319 partidas.
Quem tem mais participações?
Peñarol, do Uruguai, com 38.
Quem marcou mais gols?
Nacional, do Uruguai, com 481 tentos.
Quem mais venceu?
River Plate, da Argentina, com 144 vitórias.
Quem tem o melhor aproveitamento de pontos?
Paysandu, do Brasil, com 70,83%.
Quantos clubes já participaram da Taça Libertadores?
Ao todo, foram 184 clubes, distribuídos em 11 países.
Qual é o time brasileiro melhor colocado?
O tricampeão São Paulo, em 10º lugar, com 268 pontos em 15 participações.
Entre os campeões, qual é o time na pior posição no ranking?
Argentinos Juniors, em 74º lugar, com 36 pontos em 2 participações.
Entre os clubes sem título, quem é o melhor colocado no ranking?
Cerro Porteño, do Paraguai, em 6º lugar, com 345 pontos em 33 participações.
Veja o ranking oficial da Libertadores clicando AQUI.
Curiosidade: Sport e Náutico estão no ranking. O Leão está em 86º lugar, com 23 pontos, enquanto o Timbu ocupa a 154ª posição, com 5 pontos.
Após 105 jogos de puro marasmo e duas semifinais com alguma emoção, eis a final do Campeonato do Nordeste de 2010.
ABC x Vitória, na próxima quarta-feira, 1º de dezembro.
Estádio Frasqueirão, em Natal. Às 21h45, com transmissão pela TV para Natal e Salvador.
Na noite desta quarta, os dois clubes jogaram em casa nas semifinais e aproveitaram a vantagem. ABC 3 x 0 Treze (com três gols de Ederson) e Vitória 2 x 1 CSA.
Será a 9ª decisão da história do intermitente Nordestão, realizado pela primeira vez em 1994. E o Vitória chega com um cartal incrível: está em sua 7ª decisão e vai em busca do tetracampeonato. Faturou em 1997, 1999 e 2003.
O ABC, dono da melhor campanha na primeira fase, chega à finalíssima pela primeira vez. Após conquistar o primeiro título brasileiro do futebol do Rio Grande do Norte (a Série C desta temporada), o ABC quer agora igualar o feito do rival América/RN, campeão do Nordeste em 1998.
O ABC poderá conquistar a tríplice coroa, juntando Estadual, Série C e Nordestão.
Quem manda lá, e não esconde de ninguém, é Carlos Alberto Oliveira. Ele prova isso ao passar por cima até do calendário da CBF.
A CBF libera apenas 23 datas para os Estaduais.
Em Pernambuco, o Estadual de 2011 utilizará mais uma vez um número acima do permitido pela Confederação Brasileira.
Serão 26 jogos rodadas, entre fase classificatória e mata-mata decisivo.
Em uma reunião extraordinária nesta quarta-feira, a FPF antecipou o Pernambucano de 16 para o dia 13 de janeiro. Paliativo.
Seriam quatro jogos em oito dias. Agora, apenas um intervalo será “sufocado”.
Entre a 3ª e 4ª rodadas não há solução. O desgaste físico é iminente, com um intervalo entre os jogos de apenas 48 horas. Segundo normas da CBF, deveriam ser 66.
O mandatário da Federação Pernambucana de Futebol, no entanto, diz que não há o que fazer e que continuará assim.
“Não tem nada que eu possa fazer. O clubes querem jogar a semifinal, então continuará sendo assim. E a imprensa, que fez uma polêmica com isso, que faça a tabela dela. Sou o presidente da FPF e não abro mão das minhas atribuições”.
OLIVEIRA, Carlos Alberto.
Não só a imprensa pode fazer, mas qualquer torcedor, presidente.
Exigências do dirigente: elaborar uma competição com 12 clubes e formato de semifinal e final e em 23 datas. Como ficaria? Está lançado o desafio.
Elaborei uma fórmula com os critérios. Confira nos comentários e faça a sua!
Pernambuco já revelou muitos craques no futebol. Alguns dos melhores da história.
Muitos deles brilharam nos clubes do estado antes de serem negociados. Outros tantos, é verdade, saíram ainda na categoria juvenil para times das regiões Sul e Sudeste.
Mas sempre houve uma preparação forte, uma base reconhecida.
Regularmente, se disputa por aqui os Estaduais infantil, juvenil e júnior.
Porém, os testes ficam praticamente restritos ao limite geográfico do estado. É preciso haver intercâmbio e estrutura – uma consequência do investimento, é claro. O retorno, já sabemos, é garantido…
Por isso, vale apontar uma constatação de que os grandes clubes do Recife não seguem esse caminho. Está registrado na Copa São Paulo de Futebol Júnior.
A edição de 2011 será a 5ª consecutiva sem a presença da garotada de Sport, Santa Cruz e Náutico – que também estão fora do Brasileiro Sub-20, no próximo mês. Desde 2007, apenas o Porto de Caruaru marcou presença constante. O Ypiranga também participou em 2008 e 2009, sem sucesso. Este ano foi a estreia do Atlético Pernambucano, de Carpina. No próximo ano vão viajar apenas Porto e Vitória.
Vale ressaltar que essas participações do interior acontecem com um esforço enorme para captar recursos. Entre 2004 e 2010, o estado se classificou para a segunda fase em apenas uma oportunidade: Porto, em 2007, até as oitavas de final. É muito pouco.
Enquanto isso, os jovens valores são alçados ao profissionalismo sem os fundamentos básicos, como marcação, cruzamento, chute… Fora a preparação psicológica.
Veja o regulamento e os grupos da Copinha de 2011, com 92 times, clicando AQUI.
Os Jogos Pan-americanos de 2011 vão acontecer na cidade mexicana de Guadalajara.
Falta menos de um ano para a festa esportiva das três Américas. A competição será realizada entre os dias 14 e 30 de outubro (veja o site oficial AQUI).
O mascote da edição mexicana dos Jogos já foi divulgado.
Na verdade, são três… Já foi o tempo em que cada competição tinha apenas um mascote como símbolo. Hoje em dia isso é raro. Aconteceu, porém, na Copa do Mundo de 2010, com o leopardo Zakumi, na África do Sul.
Pela ordem da foto acima (da esquerda para a direita):
Um agave, uma planta muito encontrada no território mexicano. Chamado de Gabo, o mascote é o representante do estádio Jalisco e do México no mundo.
Um cervo. Uma fêmea, a Wichi, representando o povo Huichol – também chamado de “wixarika”.
Para completar, o leão Leo, simbolizando a cidade de Guadalajara, na qual ele aparece no brasão de armas.
Abaixo, o hit e-music “Pa Panamericano”, que tentará sobreviver até 2011.
Para saber mais sobre a origem (e a “verdade”) da música, clique AQUI.