A premiação paga pelo Clube do 13 ao vencedor do Campeonato Brasileirão da Série A de 2010 será 60% maior que o valor no ano passado.
Mas o bônus não fica restrito ao clube que erguer a taça. Dos 20 times, 16 vão receber algum bônus. Somente os quatro rebaixados é que ficarão de fora, naturalmente.
R$ 8 milhões: campeão
R$ 4 milhões: vice-campeão
R$ 3 milhões: 3º lugar
R$ 2 milhões: 4º lugar
R$ 1 milhão: do 5º lugar ao 14º
R$ 500 mil: 15º e 16º colocados
Ou seja, se não cair, o clube já fatura um extra de R$ 500 mil. Se fizer uma campanha um pouquinho de nada melhor – acabando no máximo na 14ª posição -, o cash dobra!
Infelizmente, Pernambuco está fora da Série A de 2011. Mas é bom a cartolagem local abrir o olho, pois o próximo ano encerra o triênio do contrato vigente para a transmissão do Braileirão pela Rede Globo. Para exibir com exclusividade as edições de 2009, 2010 e 2011, a emissora carioca pagou ao Clube dos 13 a fortuna de R$ 1,4 bilhão. Posteriormente, a entidade rateou a receita em cotas heterogêneas.
O acesso na Série B de 2011 deixará o clube inserido em um novo contrato, provavelmente bem superior ao atual, já bilionário.
O Clube do 13 já anunciou que o próximo pacote do Nacional, válido a partir de 2012, também terá exclusividade na TV aberta – além disso, a entidade deverá ser ampliada, de 20 para 40 membros. Assim, Globo e Record travam uma guerra os bastidores para abocanhar o contrato, que deverá ser estendido até 2014, na nossa Copa do Mundo.
A partir de agora, na hora de planejar as receitas e as despesas da temporada, os clubes do futebol pernambucano vão poder levar em consideração esse “13º salário” no fim do ano. Desde que não sejam rebaixados. Aí está a bronca.
Para se ter uma ideia do que isso significa, basta dizer que a Organização das Nações Unidas (ONU) tem 192 membros reconhecidos.
Pois deste número enorme da entidade que comanda o futebol do planeta, apenas 2 países estão fora do raio de ação da loja virtual (Official Fifa Store).
Um é o Turcomenistão, ex-república soviética de 5 milhões de habitantes perdida na Ásia Central. E atualmente em 134º lugar no ranking mundial.
O Turcomenistão nunca esteve numa Copa do Mundo. Nem em sonho.
A sede do próximo Mundial ainda não tem um espaço virtual definido.
Como o site oficial da Fifa demorou 15 anos (entre 1994 e 2009) para disponibilizar uma versão em português (confira AQUI), então é torcer bastante para essa loja seguir um caminho diferente até junho de 2014.
Seria isso a “honra” por ostentar cinco títulos mundiais?
O sorteio dos confrontos na Pré-Libertadores e das chaves na fase de grupos da Taça Libertadores da América de 2011 será realizado nesta quinta-feira, às 13h, no centro de convenções da Conmebol, em Luque, no Paraguai (veja AQUI).
Ao todo, 38 clubes de 11 países (mexicanos convidados) vão disputar a maior competição interclubes do continente, entre 25 de janeiro e 22 de junho.
Após a informação, uma constatação.
O sorteio será realizado, como de costume, sem a presença de muitos clubes classificados.
No fim de semana, Fluminense, Corinthians e Cruzeiro garantiram vaga na próxima Libertadores e se juntaram a Santos e Internacional. Assim, resta apenas mais uma vaga para o Brasil: Palmeiras (caso ganhe a Copa Sul-americana) ou o 4º lugar da Série A, que hoje seria o Grêmio.
Com esses três classificados o número de times presentes subiu para 21, ou 55,2%.
Os outros 17 clubes deverão ser definidos até janeiro. Assim, o formato da competição, com representantes como “Argentina 4”, “Paraguai 2” e “Equador 3”, poderá resultar até mesmo na possível cominação para a formação dos grupos (o arrumadinho).
A Conmebol tem a necessidade de antecipar o sorteio por uma questão de estrutura e calendário. Mas que é curioso esse sistema, é…
A TV Esporte Interativo foi a única emissora que se interessou pela fase classificatória e aguentou bem o tranco.
Então, chegou a horado mata-mata, em jogo único. Emoção até vai ter a partir de agora.
Nesta quarta-feira, às 21h45, ABC x Treze em Natal e Vitória x CSA em Salvador.
Percebeu algo de diferente no horário?
Caso você tenha pensado “Rede Globo”, acertou. A emissora, detentora dos principais campeonatos do país, também vai transmitir os jogos para as praças envolvidas na disputa (veja AQUI). Abaixo, um print screen do site oficial da Liga do Nordeste.
De qualquer forma, o título ainda é oficial. O Vitória luta pelo tetra (ganhou em 1997, 1999 e 2003), enquanto os outros três times vão em busca de uma taça inédita. É bom correr, pois ainda não há garantia de uma edição em 2011.
Fase classificatória insossa e alguma emoção somente a partir da semifinal.
Déjà Vu? Talvez. O Campeonato Pernambucano de 2011 vem aí.
A recuperação do rival caminhava associada ao acesso à elite nacional.
A derrocada alvirrubra caminhava a passos largos para a Série C.
Os rivais centenários ficariam separados por até duas divisões do Brasileiro?
No fim, tudo na mesma. Incompetente, o Rubro-negro não subiu…
Nos Aflitos, o maior público alvirrubro nesta Segundona, com 18.952 torcedores, focados em manter o clube pelo menos no 2º degrau da casta do futebol no Brasil.
Em campo, o Náutico fez a sua parte e deu o fim ao sofrimento surreal.
Começou sofrendo, é verdade. O primeiro tempo terminou com derrota parcial por 1 x0 – sinal evidente da ansiedade e desarranjo técnico.
Na etapa final, com direito a olé, goleada por 4 x 1.
O jogo foi marcado pelo nervosismo absoluto que faz parte da briga contra o rebaixamento – ambos estavam nesta situação. Foram nada menos que cinco jogadores expulsos! Comemoração? Não.
Alívio, no máximo. Apesar do foguetório nos Aflitos…
O Timbu, é bom não esquecer, chegou a liderar o Brasileiro durante quatro rodadas. Esteve no chamado G4 durante 11 rodadas – o Sport, por exemplo, não pisou lá uma vez nesta temporada.
De qualquer forma, o técnico Roberto Fernandes evitou o pior. Salvou o time mais uma vez do descenso. Foi a 3ª vez. Uma hora cansa.
E Pernambuco terá três times na Série B de 2011. Nenhum na A.
No contexto geral, não temos o que comemorar… Com a ausência no Brasileirão os investimentos ficam ainda mais escassos.
Em uma campanha marcada pela inconstância, principalmente em plena Ilha do Retiro, o Sport falhou na sua missão de “carro-chefe” da Série B (veja AQUI).
Dos três campeões brasileiros presentes na Segundona desta temporada, o Leão é o único que não conseguiu o acesso à elite.
O último duelo contra a calculadora foi na tarde deste sábado, no confronto direto contra o América/MG. Em oito minutos, no entanto, o Rubro-negro fez com que muitos televisores no Recife fossem desligados.
Aos 6, Marcelinho Paraíba acertou a trave.
Aos 7, Fábio Júnior marcou o primeiro gol do Coelho.
Aos 8, Germano foi expulso…
Dudu ainda marcou mais um na justa vitória do América por 2 x 1 – Dairo ainda fez um de “honra”. Agora, o time mineiro luta apenas contra a Portuguesa pela última vaga.
Ao Sport, o início de uma nova gestão. A atual recebeu o clube na Taça Libertadores da América, com um orçamento de cerca de R$ 30 milhões em 2009, e vai entregar o clube na Série B, novamente com a imagem manchada pelos insucessos.
A cota do Clube dos 13, que havia caído para 50% neste ano por causa do rebaixamento, vai ficar na casa dos 25% em 2011, seguindo a regra de 1/4 da receita para filiados longe da elite por mais de um ano.
O que era R$ 13 milhões virou R$ 6,5 mi e agora deverá ser R$ 3,25 mi.
Este sábado marcou as “bases” do Sport em busca do hexacampeonato pernambucano em 2011. E, mais uma vez, do acesso…
Miami – A cidade anda e respira, com um sistema viário expandido e eficiente. A organização, apesar de potencializada pelo temor onipresente de terrorismo, se mostra funcional. A educação do público também colabora bastante para isso, com o respeito em filas, horários, assentos marcados etc. Resumindo: estrutura.
E assim caminha os Estados Unidos. Sede da Copa do Mundo de 1994 – com a maior média de público da história, de 68.991 torcedores – e concentrando esforços para voltar a receber a principal competição da Fifa, mas em 2022. Caso eles recebessem “hoje” este direito, não haveria muito o que construir ou reformar.
É impossível circular por aqui e não lembrar o quanto estamos longe da preparação ideal para o nosso Mundial, daqui a menos de quatro anos.
Das horas que perdemos no trânsito. E quem é do Recife compreende bem isso. Não há vias alternativas, além de uma qualidade precária das pistas.
Da insegurança nos jogos de futebol, por mais que se saiba exatamente onde está o foco da confusão. Prazer virou coragem.
Do cimento quente na arquibancada. Isso quando você consegue arrumar um espaço para sentar após o sufoco na bilheteria…
Mas estão sendo erguidas arenas Brasil afora, fato. Doze. Pernambuco foi contemplado. Porém, isso está bem distante do que se propõe em uma Copa do Mundo. Para muitos a competições tornou-se um sinônimo de upgrade nas subsedes.
Os jogos vão acontecer, os estrangeiros vão curtir as cidades e teremos um mês inesquecível em junho de 2014. Mas é preciso vencer a burocracia, acelerar projetos e implantá-los e reduzir os alarmantes indícios de corrupção que tomam conta do país.
No fim das contas talvez seja apenas um jogo de futebol. Só não é preciso esgotar toda a energia e paciência por 90 minutos de diversão. É possível ir a um jogo com uma vaga garantida no estacionamento, com o ingresso comprado com facilidade, com a segurança necessária para poder ter a companhia dos filhos, dos pais… Ir pelo simples prazer de ver o Jogo Bonito, como chamam o estilo brasileiro.
A foto foi tirada no Club Mansion, em Miami Beach, para delírio dos estrangeiros, que gostam mesmo do nosso país.
Miami – Esporte é espetáculo em sua essência, e quando bem produzido torna-se algo impressionante, muito além de um duelo na grama, no cimento, no saibro, no asfalto ou sobre os tacos de uma quadra. Há décadas a NBA atingiu um incrível nível de profissionalismo aliando competitividade e entretenimento. E bote entretenimento…
Ao assistir pela primeira vez in loco a um jogo da maior liga de basquete do planeta foi um pouco difícil ficar alheio ao evento, à presença de astros do Miami Heat – LeBron James (2,03m), Dwyane Wade (1,93m) e Chris Bosh (2,08m) – e ao comportamento do público. Aliás, todos estão lá para ver as feras, mas também bem despojados e prontos para serem captados pelas dezenas de câmeras espalhadas pelos quatro andares da moderníssima American Airlines Arena.
Essa ansiedade começa ainda fora do ginásio, apesar do tom organizacional que toma conta da agenda da NBA. A venda dos ingressos restantes, já que a imensa maioria foi vendida antecipadamente em carnês, começa pontualmente às 16h – comprei pela internet, ainda no Brasil, mas havia tíquete a partir de 28 dólares. Duas horas depois, catracas liberadas. Na entrada, detector de metais e a ordem para tirar qualquer objeto do bolso. No meu caso foi necessário até mesmo um tic-tac.
A 60 minutos do início, a arena se mostra um centro autossustentável. O tempo é suficiente para conhecer as inúmeras lojas dentro do imponente ginásio na margem da Biscayne Bay. A gama de produtos faz inveja a qualquer clube de futebol brasileiro. Opções para comer e beber também são fartas. O preço é que não é convidativo. Como exemplo, um copo de refrigerante por R$ 5 dólares (ou R$ 8,6). Ok, não é um valor convidativo para um brasileiro… Mas confesso que paguei ali 50 dólares na camisa número 6, de LeBron, eleito em duas temporadas como o “MVP” (melhor jogador).
Cerveja em grande escala e hot-dogs afogados em catchup. Contagem regressiva nos quatro telões em HD no centro da quadra, cheerleaders de shortinhos, hino dos Estados Unidos com 100% dos americanos em pé e, finalmente, bola ao alto.
Let’s go Heat. Esta é apenas uma das inúmeras frases puxadas por um locutor em sintonia absoluta com a partida. Não só com o apoio deliberado como também através da popular “secação”, algo cultural. Além do tradicional ” D-Fence” (cujo cartaz é um brinde na entrada), também aparece nos telões a todo momento o pedido “make some noise” (faça algum barulho), durante o lance livre. Do adversário, é claro.
Na noite de quarta-feira, em mais um dia quente na cidade que teima em não aceitar o inverno no hemisfério norte, o Heat recebeu o Phoenix Suns – uma temperatura que fez jus aos nomes dos dois times. Foi um duelo entre duas franquias tradicionais da liga. Campeão da NBA em 2006, o time da Flórida vinha num início irregular. Eram seis vitórias e quatro derrotas. Mas a minha “primeira impressão” da NBA acabou sendo espetacular, com uma atuação irretocável do trio milionário do Miami.
O caladão Bosh foi o cestinha, com 35 pontos. O marrento LeBron – dono de um contrato de US$ 14 milhões por temporada – marcou outros 20, com enterradas que levantaram público na arena. Para completar, o ídolo Wade anotou 17, mas com direito a duas jogadas individuais que foram reprisadas pelo menos duas vezes cada uma.
O placar? Com tanta técnica, força e velocidade em quadra, o chocolate acabou sendo inevitável sobre o Suns, do veterano Steve Nash: 123 x 96.
Aquela ansiedade da torcida virou euforia na escadaria. Numa saída sem aperreio algum, um sistema parecido com o futebol – afinal, o público foi de 19 mil pessoas -, com a avenida principal interditada por alguns minutos pela polícia. A grande maioria do público se dissipou pelos utilitários esportivos, febre nos Estados Unidos. Mas cerca de 20 pessoas ficaram na parada de ônibus em frente à arena.
Lá fiquei durante 15 minutos, até a chegada do ônibus, na mais absoluta tranquilidade. Jovem arrêa? Inferno Coral arrêa? Fanáutico arrêa? No máximo, let’s go Heat.
Miami – Seguindo a trilha esportiva na cidade. O estádio Orange Bowl foi a casa do Miami Dolphins durante 21 anos, até 1987, quando a franquia construiu a sua própria arena. Era o principal palco do sul da Flórida na NFL, a liga de futebol americano.
Foi jogando neste estádio que o Dolphins conquistou os seus dois únicos títulos do Super Bowl, em 1972 e 1973 – a veja o site oficial do time AQUI.
Ok… Depois, o Orange Bowl, então com capacidade para 74 mil pessoas, passou a ser a casa do Miami Hurricanes, o time universitário de futebol americano da cidade.
Porém, o estádio, já com falhas na estrutura, acabou sendo demolido em 2008. Mas um novo já está sendo erguido no mesmo lugar – a foto foi tirada na via expressa entre o aeroporto internacional de Miami e o centro (veja o mapa AQUI). A capacidade será reduzida para 37 mil pessoas, e a bola vai mudar bastante. De tamanho e de forma.
Sai a bola oval da NFL, para a bolinha pesada do baseball. A partir de 2012, o new Orange Bowl vai passar a abrigar os jogos do Florida Marlins (veja AQUI).
Vale relembrar que o estádio também já recebeu vários jogos do nosso futebol (soccer para os norte-americanos). Com uma grande colônia de brasileiros em Miami, a Seleção Brasileira jogou várias partidas na antiga versão do Orange Bowl.
Para ser mais exato, foram nove vezes entre 1996 e 2003, incluindo os jogos da seleção olímpica de 1996, durante os Jogos Olímpicos de Atlanta.
Foi lá onde Romário marcou o gol mais bonito de sua carreira, segundo o próprio Baixinho. Confira abaixo o golaço na goleada por 4 x 0 sobre o México, em 30/04/1997.